O ministro português defendeu hoje, no Conselho de Segurança, o envio de uma força internacional de estabilização para a Guiné e sanções para os autores do golpe de Estado.
Numa intervenção na reunião em curso no Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau, o ministro concluiu falando em português, «para ser claramente entendido em Bissau», sublinhando que «a comunidade internacional fala a uma só voz ao condenar veementemente o golpe executado por alguns militares» no passado 12 de abril.
«A solução para esta crise passa, incondicionalmente, pela libertação dos responsáveis políticos ilegalmente detidos, pela plena reposição da ordem constitucional, e pela conclusão do processo eleitoral internacionalmente reconhecido como transparente e livre», afirmou.
«Aqueles que persistirem na execução de ações inconstitucionais, bem como aqueles que ativamente os apoiarem, serão alvo de medidas restritivas e deverão ser responsabilizados», adiantou.
Entre os meios ao dispor da ONU, Portas defendeu o estabelecimento de uma missão de estabilização mandatada pelas Nações Unidas, com contingentes militares de países da CPLP, CEDEAO e União Africana, e também «medidas restritivas» contra os autores do golpe, como a «interdição de viagens e congelamento de bens».
«No entanto, saberemos distinguir entre os que persistem na ilegalidade e os que se arrependem», afirmou.
«A União Europeia, para além de suspender a cooperação com a Guiné-Bissau, está pronta a aplicar sanções àqueles que continuam a obstruir a paz, a segurança e o normal funcionamento das instituições constitucionais. Apelamos a este Conselho para que considere medidas similares», disse o ministro.
TSF
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