27.4.12

Bissau: Kumba ataca Angola

O Partido da Renovação Social (PRS), presidido por Kumba Ialá, candidato à Presidência guineense, acusou hoje o Governo de Angola de ter intenções hegemónicas na região, "com epicentro" na Guiné-Bissau. Em comunicado hoje divulgado, o segundo maior partido da Guiné-Bissau diz tratar-se de "puro delírio" que se relacione o golpe de Estado de dia 12 com "as legítimas pretensões reivindicativas" de Kumba Ialá nas eleições presidenciais realizadas em março (que considerou fraudulentas, exigindo a repetição). O comunicado surge como resposta a acusações, no dia 24, do vice-ministro da Defesa de Angola, Salvino de Jesus Sequeira "Kianda", que no parlamento angolano implicou Kumba Ialá no golpe de dia 12 e acusou-o de dar dinheiro ao chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Injai. O governante angolano disse também que António Indjai e Kumba Ialá são parentes. Em resposta, "face aos ataques sistemáticos de que o presidente Kumba Ialá tem sido alvo por parte do governo angolano", o PRS diz que o responsável angolano "esboça" um "falso laço de parentesco" entre Indjai e Ialá e que, "além do desprezo pelas realidades culturais, próprio de um colonialista", demonstra desconhecer as mesmas. O comunicado informa que Kumba Ialá, quando chegou a Bissau, apresentou condolências à família de Malam Bacai Sanhá (Presidente eleito, que morreu em janeiro), a quem deu dinheiro, como é da tradição guineense. Angop

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