26.2.13

A cocaína que matou Nino Vieira

By Nikolaj Nielsen . BRUSSELS - The price and demand for cocaine in Europe remains high as shipments through West African transit countries to EU destinations has dropped. Less cocaine is being trafficked into Europe via West Africa, says the United Nations (Photo: US federal government) . A report released on Monday (25 February) by the United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) says the cocaine tonnage arriving into Europe from West Africa has dropped to 18 in 2010, down from a 2007 peak of 47. “While this is good news, it does not take a lot of cocaine to cause trouble in a region with poverty and governance problems,” says the UNODC report. The region is also a hotbed of weapons smuggling, methamphetamine production for crystal meth, fraudulent medicines, and maritime piracy. But the cocaine traffic is driven by a lucrative EU market. The white powder comes primarily from Colombia, Bolivia and Peru via West Africa before it reaches city streets in Europe where demand has more than doubled in the past two decades. In Brazil’s largest port at Santos, Nigerian groups are said to organise up to 30 percent of the cocaine exports by ship or container, “up from negligible levels a few years earlier”, notes the UN. The money generated exceeds the GDP of some of the transit countries. Criminals use the extraordinary wealth to buy off the political elite that fuels corruption and in some cases topples governments. Assassinations are not uncommon. The ‘narco-state’ of Guinea-Bissau saw its president, Joao Bernardo Vieira, shot dead by a rival military commander in 2009 over his alleged role in the lucrative cocaine trade with Columbian cartels. EUobserver.com

25.2.13

Síria: o possível desmembramento

Un Etat alaouite pourrait au demeurant se révéler viable, avec sa façade maritime, ses ports, son terminal pétrolier, son aéroport, ses terres agricoles, et l’homogénéité de sa population estimée à quelque deux millions de personnes. Avec ses conquêtes territoriales récentes, il approcherait de la superficie du Liban. La constitution d’un Etat alaouite, qui signerait le démembrement de la Syrie actuelle, serait une catastrophe pour les Syriens, qui n’auraient plus de façade maritime et deviendraient donc totalement dépendants des pays voisins avec lesquels les relations évoluent traditionnellement en fonction de la situation du moment. Mais s’ils ont en face d’eux une forteresse alaouite imprenable, leurs moyens d’action seront limités. En revanche, Bachar el-Assad aurait le soutien de la Russie, assurée de conserver l’usage militaire des ports. L’Iran serait également à ses côtés, d’autant que l’extension de la zone alaouite vers l’est lui offrira une frontière au nord de la Bekaa libanaise, ce qui permettrait de continuer à ravitailler le Hezbollah libanais pro-syrien. Même Israël, favorable à la création d’Etats confessionnels dans la région, pourrait se satisfaire d’un Etat alaouite, bien que cela impliquerait, par voie de conséquence, la naissance d’une situation imprévisible sur la frontière du Golan désormais gardée par un pouvoir syrien qui n’aurait peut-être pas la même volonté que le régime Assad d’empêcher tout incident frontalier. Mais l’avenir des relations syro-israéliennes est de toute façon posé, avec ou sans Etat alaouite. Quant aux pays occidentaux, déjà impuissants face à la crise syrienne, ils pourraient s’estimer satisfaits si ce démembrement de la Syrie met fin à la guerre civile. Xavier Baron Slate.fr

24.2.13

Jornal de Angola critica fortemente Portugal

24 de Fevereiro, 2013 O pesadelo da guerra terminou com a morte de Jonas Savimbi, o traidor da Pátria angolana até ao fim dos seus dias. Mas ontem como hoje ainda há entre nós uma minoria pouco esclarecida que tem saudades do colonialismo que serviu convictamente. Como serviu o “apartheid” e está pronta a servir tudo desde que esteja contra Angola e o seu povo. O mesmo se passa com a desvairada imprensa portuguesa e as elites corruptas políticas e económicas daquele país em profunda crise moral, acossado pelos credores e ao mesmo tempo a exibir tiques imperiais ridículos. Uma parte significativa das elites políticas corruptas e intelectuais portuguesas fez tudo para que Angola não fosse um país independente. Se o plano aprovado na ilha do Sal por Spínola, Nixon e Mobutu tivesse resultado, hoje as elites portuguesas e a sua imprensa tratavam os angolanos como trataram durante décadas a UNITA. Já a ONU tinha aprovado pesadas sanções contra a organização de Jonas Savimbi e os seus dirigentes e Portugal era ainda um paraíso para os sancionados. A imprensa portuguesa apresentava Savimbi como um herói. Mário Soares, então presidente da República, tratava-o como um amigo e o seu filho João como compadre. Altos dirigentes políticos seguiram o exemplo e curvaram-se reverenciais diante dos servidores do colonialismo e organizados nas forças repressivas do regime de “apartheid” da África do Sul. Nunca a imprensa portuguesa referiu que Savimbi foi um dos carcereiros de Nelson Mandela, ao colaborar com o regime racista da África do Sul. Ou que pôs as suas armas ao serviço da sangrenta guerra colonial. Os dirigentes da UNITA andaram décadas por Lisboa a traficar armas e diamantes e a tratar das suas negociatas criminosas. Mas nunca a Procuradoria-Geral da República Portuguesa ou os serviços de combate ao banditismo investigaram os traficantes e criminosos que circulavam livremente em Portugal. Muito menos os raptores e assassinos de cidadãos portugueses que viviam em Angola. Antes pelo contrário, muitos foram premiados com a atribuição da nacionalidade portuguesa e integrados em instituições e sociedades secretas para ficarem melhor protegidos. Qualquer jornalista português sabe disso, mas todos se calaram. O império mediático português foi sempre um fiel servidor de Jonas Savimbi. Os jornais e canais de televisão do senhor Pinto Balsemão trataram a rede criminosa como se os seus membros fossem os seus heróis. Savimbi escolhia a dedo os jornalistas portugueses necessários às acções de propaganda para a guerra em Angola. Os nomes dos jornalistas a quem Savimbi pagava os seus serviços são conhecidos e continuam activos nas redacções. Mas mantêm um silêncio cúmplice até hoje. Alguns estão agora em lugares-chave das grandes empresas e passaram a ter como nova tarefa prejudicar ao máximo as relações luso-angolanas. Já o escrevi aqui e volto a repetir: a imprensa portuguesa foi responsável pelo prolongamento da guerra em Angola e as elites corruptas portuguesas apenas se servem dos angolanos. Por trás estimulam ataques violentos contra quem lhes dá a mão e oferece amizade desinteressada. Continuamos a lidar com uma chocante falta de carácter. Um antigo ministro da Defesa português, Castro Caldas, voltou a pôr a mão na ferida. Confirmou o que todos sabíamos: Jonas Savimbi e a UNITA foram agentes das autoridades coloniais portuguesas, que armaram, municiaram e financiaram as suas operações para impedir a libertação de Angola. Pensava eu que face a mais esta confirmação oficial da traição, a actual direcção da UNITA fosse rever a sua posição de continuar a apresentar o fundador do partido como um patriota. Mas nada aconteceu. O defunto chefe da UNITA continua a ser glorificado pela desacreditada imprensa portuguesa e pela liderança do maior partido da oposição. Oa recursos que foram roubados pela UNITA em Angola para pagar os serviços prestados pelos jornalistas portugueses ordena os silêncios e as cumplicidades em Portugal. Mas essa cobardia merece uma profunda indignação em Angola. Por continuar ainda hoje, décadas depois da independência, a perseguição aos interesses de Angola em Portugal, soa mal e gera muita desconfiança quando vem a Luanda um ministro do governo de Lisboa afiançar que a amizade entre Portugal e Angola continua de pé e os investimentos angolanos são “bem vindos” em Portugal. Já começamos a acreditar que isso não é sincero. Mesmo quando o portador da mensagem é Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que é líder de um partido que nunca escondeu a sua simpatia por Jonas Savimbi e que foi director de um jornal, “O Independente”, que tanta desinformação verteu para a opinião pública sobre a nossa realidade. Hoje Paulo Portas é um grande amigo de Angola e está a ser lançado para liderar a direita portuguesa em caso de as coisas correrem mal à actual coligação, o que mostra que é possível, afinal de contas, um entendimento com Portugal, se calhar igual ao Entendimento do Luena, para que se ponha fim, de uma vez por todas, às guerras e guerrinhas portuguesas contra Angola". José Ribeiro, director do Jornal de Angola

Bissau: Apenas mais uma resolução da ONU

SECURITY COUNCIL EXTENDS MANDATE OF UN OFFICE IN GUINEA-BISSAU FOR THREE MONTHS New York, Feb 22 2013 1:00PM The Security Council today extended the United Nations office in Guinea-Bissau for three months, and requested Secretary-General Ban Ki-moon to provide recommendations on its future mandate and any possible readjustment in the world body’s support to the West African nation. In a resolution adopted unanimously by the 15-member body, the Council decided that the UN Integrated Peacebuilding Office in Guinea-Bissau (UNIOGBIS) will continue its work until 31 May of this year. The Office, currently headed by the Secretary-General’s Special Representative, José Ramos Horta, was established by the Council in 2009 and tasked with promoting stability in the country, which has been beset by coups and political instability since it became independent in the early 1970s. Last year, rogue soldiers seized power in a military take-over on 12 April – just days ahead of the country’s presidential run-off election – prompting calls from the international community for the return to civilian rule and the restoration of constitutional order. Recent incidents include an attack on a military base in October, which reportedly resulted in numerous deaths. The Council today reiterated its demand to the armed forces “to submit themselves fully to civilian control.” It also urged the national authorities to take all necessary measures to protect human rights and put an end to impunity. In addition, the Council requested Mr. Ban to continue to work through UNIOGBIS, in coordination with other partners, on the ongoing dialogue process among political parties, “to facilitate the early finalization of a broader political agreement for the restoration of constitutional order and the holding of free, fair and transparent elections.” It also called on all stakeholders in the country to “deepen the internal political dialogue” to create a conducive environment for free, fair and transparent polls, acceptable to all, for a rapid return to constitutional order and the long-term stabilization of Guinea-Bissau. The Secretary-General was also requested to submit his report with respect to the mission’s future mandate and possible readjustments to the Council by 30 April. ________________

23.2.13

A guerra no Kordofão do Sul (Sudão)

Il y a des guerres délaissées, celles dont on ne se souvient que par intermittence, à la faveur d'une flambée de violence plus spectaculaire que des morts au quotidien comptés en quelques unités. Et il y a d'autres conflits dont on ne parle pas ou peu, tout simplement parce que l'on ne peut y aller. Ce qui se passe au Kordofan du Sud depuis juin 2011 relève de cette catégorie. "Une guerre étouffée", écrit la photojournaliste Camille Lepage, qui a pu se rendre dans les monts Nouba. Une guerre qui oppose l'armée soudanaise, et ses milices affidées, au mouvement rebelle de l'Armée de libération des peuples du Soudan du Nord (ALPSN). Une "guerre étouffée" qui a déjà jeté sur les routes des dizaines de milliers de civils. Le Kordofan du Sud est un des Etats du Soudan fédéral, frontalier du Soudan du Sud. Les populations y vivent une tragédie à huis clos du fait de l'interdiction d'accès décrétée par les autorités de Khartoum et des difficultés dressées par une rébellion élevée dans le culte de la clandestinité. Organisations non gouvernementales, agences des Nations unies et médias sont tenus éloignés de ce théâtre dramatique. La guerre s'est rallumée en juin 2011 dans les monts Nouba après des élections locales contestées par une partie des habitants du Kordofan. Voilà pour le prétexte. Le contexte, à l'époque, est celui de l'accession à l'indépendance du Soudan du Sud à l'issue de plusieurs décennies de guerres contre le Nord durant lesquelles les populations des monts Nouba se battirent aux côtés des sudistes. Aujourd'hui, le conflit au Kordofan du Sud ressemble à une guerre par procuration entre les deux Soudans, qui nourrissent encore de lourds contentieux consécutifs à l'indépendance du Soudan du Sud en juillet 2011. Définition des frontières, partage des revenus pétroliers, intégration des populations sudistes au Nord sont autant de sujets explosifs qui menèrent Khartoum et Juba au bord de la confrontation directe en 2012. Sans doute les deux pays n'ont-ils plus les moyens financiers de se lancer dans une guerre frontale. Sans doute, en conséquence, les populations du Kordofan du Sud font-elles les frais d'une guerre intersoudanaise menée à travers un Etat-clé pour Khartoum et Juba. LE MONDE

Os delírios de Teodoro Obiang

MALABO - O Estado de S.Paulo Existem duas cidades dentro de Malabo, a capital da Guiné Equatorial. Uma vive na pobreza, com favelas, ruas estreitas e sem calçamento, esgoto a céu aberto e uma epidemia permanente de malária. Outra, têm avenidas largas e bem iluminadas, condomínios de luxo, hotéis imponentes, praias artificiais e até mesmo uma "vila presidencial", com dezenas de casas luxuosas para receber visitantes ilustres. As duas cidades, Malabo velha e Malabo 2, convivem lado a lado, fruto da ambição e dos delírios de grandeza de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, presidente do país há 34 anos. Desde 2004, quando o país começou a ganhar dinheiro com a exploração do petróleo, o ditador - que derrubou o próprio tio em um golpe - decidiu investir no que chama de modernização do país e na tentativa de atrair estrangeiros para a Guiné Equatorial. O Produto Interno Bruto per capita subiu para US$ 19 mil nos últimos 10 anos, graças ao petróleo, mas metade da população ainda vive na pobreza. Para o presidente, no entanto, Malabo 2 é a mostra de que "acredita no desenvolvimento da África". Malabo velha, no entanto, ficou entregue à miséria e aos mosquitos. Despesas. Desde que começou a construção da nova cidade já foram gastos 580 milhões em prédios e infraestrutura que deixariam envergonhadas a maior parte das cidades brasileiras. O centro de convenções, todo de vidro e metal, com paredes cobertas de granito de cima a baixo, faz vizinhança com uma vila de 50 mansões construídas para receber os presidentes da União Africana em encontros no país, mesmo a Guiné Equatorial não sendo a sede permanente da UA. Cada casa possui seis suítes e salões de recepção. Em frente ao Centro de Convenções, uma churrascaria de propriedade da primeira-dama, Constancia Mangue, traz a cada semestre 20 brasileiros para assar e servir o rodízio de carnes saboreadas por visitantes ilustres. Malabo 2, no entanto, não é a única extravagância de Mbasogo. Convencido de que Malabo - uma ilha que fica, na verdade, no litoral de Camarões - é muito vulnerável, o presidente decidiu construir uma nova capital, no meio da selva. Planejada por um escritório de arquitetura português, a nova capital, Djibloho, tem linhas modernas, lagos artificiais, campos de golfe e até, possivelmente, um circuito de Fórmula 1 para atrair turistas - não existe menção a casas populares. Mbasogo sonha inaugurar Djibloho em 2020. O eterno presidente da Guiné Equatorial domina seu país com mão de ferro. Estrangeiros - especialmente jornalistas - são proibidos de tirar fotos de prédios públicos. Seu filho, Teodorin Nguema Obiang, é também vice-presidente e ministro de segurança nacional, e sua mulher, Constancia, além da churrascaria é dona de supermercados e imóveis em Malabo. Teodorin, que passou o último carnaval em Salvador, onde patrocinou o bloco afro Ilê Aiyê, é procurado pela Justiça francesa por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos estrangeiros. / L.P.

América do Sul estreita laços com Obiang

Tras una jornada de intensos debates, los mandatarios de la Cumbre América del Sur-África (ASA), finalizaron sus trabajos con un breve cierre de conferencia en el que participaron Evo Morales, Presidente de Bolivia, y el Jefe del Estado de Guinea Ecuatorial, S. E. Obiang Nguema Mbasogo. A lo largo del cierre y durante la rueda de prensa posterior, se definieron algunos de los resultados de la cumbre, como la aceptación de la ampliación del grupo, que había sido propuesta por el Presidente ecuatoguineano, con los países de Centroamérica y el Caribe. Además, en su intervención, el presidente de Nigeria, Goodluck Jonathan, también ha manifestado que la creación de la secretaría técnica será efectiva en todas las áreas establecidas. El Presidente Evo Morales intervino para manifestar su alegría por haber participado en esta cita importante que le ha permitido “compartir las experiencias de nuestros pueblos, de dos continentes que tienen la misma historia, ya que en el pasado fueron sometidos, y saqueados sus recursos naturales y humanos”, dijo Morales. También hizo una especial comparación con Guinea Ecuatorial, “país que también había sido colonizado, al igual que Bolivia, por España”. Tras hacer un balance del desarrollo boliviano de los últimos años, Morales declaró que “después de tantos años de saqueos, en Bolivia hemos empezado a recuperar y nacionalizar nuestros recursos naturales. Los países industrializados nunca quieren que nos desarrollemos, y utilizan el narcotráfico, el terrorismo, la democracia, para intervenir en nuestros países, y poder apoderarse así de nuestros recursos humanos”. También ponderó el trabajo realizado por el presidente Obiang en Guinea Ecuatorial, manifestando su sorpresa por haberse encontrado un país tan desarrollado y con tantas infraestructuras. Por su parte, el Jefe del Estado de Guinea Ecuatorial sintetizó los objetivos que habían llevado a la creación de esta organización y el desarrollo de la misma, tras este evento: “Como un grupo de países que aspira a influir en la política internacional, hemos acordado privilegiar la cooperación sur-sur a fin de reforzar la unidad y solidaridad en torno a los objetivos comunes de desarrollo y justicia social que nos identifican”. -“En este sentido, la puesta en marcha y consolidación de los lazos comerciales, a través de la inversión directa, y la creación de fondos sociales, para el turismo, educación, ciencia y tecnología, etc. constituyen la prioridad de la cooperación para el desarrollo que debemos entablar a partir de esta cumbre. Todas estas acciones sólo pueden tener su éxito total con la liberación del comercio entre ambas regiones, amparados por los acuerdos de protección reciproca de bienes y servicios entre los estados miembros. En conclusión, tenemos la firme convicción de que esta cumbre será un punto de inflexión que vitalice la cooperación entre Latinoamérica y África, para la emergencia de sus estados y su integración en el mundo de los países desarrollados”. Con estas palabras quedó clausurada la III Cumbre de los Jefes de Estado y Gobierno de África y América del Sur. Texto: Inés Ortega. Fotos: Mansueto Loeri Bomohagasi. Oficina de Información y Prensa de Guinea Ecuatorial.

18.2.13

Bissau. golpistas querem ficar mais três anos

Bissau (Lusa, 17 de Fevereiro de 2013) - Dirigentes políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau debateram ontem no Parlamento o prolongamento do período de transição para mais seis meses ou três anos após o término do atual período, em maio. Num debate dirigido pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, líderes partidários, as chefias militares e representantes das organizações da sociedade civil analisaram os passos a serem encetados no país tendo em conta a impossibilidade de se organizar eleições gerais em abril próximo. Falando à imprensa no final dos debates, que duraram sete horas sem interrupção, Serifo Nhamadjo afirmou que “as partes estiveram na procura do meio-termo” sobre a prorrogação do período de transição, com uns a defenderem seis meses e outros mais três anos. Para o chefe de Estado guineense de transição o tempo da “nova transição até nem é o mais importante”, desde que se saiba de concreto “quais os itens” que serão englobados nas várias reformas que devem ser realizadas no país. Sobre o exercício de hoje, o Presidente de transição diz ter ficado encorajado com o diálogo “aberto e franco” entre os vários atores da vida do país, sublinhando que “os guineenses têm que ter coragem de conversar”. “É esse o elemento que me motiva, que haja diálogo franco e sincero, frente a frente”, disse, Nhamadjo, que quer ouvir a opinião de todas as franjas da sociedade guineense antes de cimeira de chefes de Estado da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental) no dia 27 em Abidjan, na Costa do Marfim. Na sequência do golpe de Estado de 12 de abril, protagonizado pelos militares, foi fixado o prazo de um ano para realizar eleições gerais, mas as autoridades de transição têm vindo a público admitir que vai ser impossível realizar eleições nesse período. Em princípio, as eleições gerais deveriam ter lugar em abril próximo. Na reunião de ontem, os militares, pela voz dos tenentes-coronéis Júlio Nhaté e Daba Na Walna, advogaram o prolongamento do período de transição, e consequentemente a realização de eleições, para três anos.

17.2.13

Uma opinião sobre a renúncia de Bento XVI

A história secreta da renúncia de Bento XVI Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris, para a Carta Maior. com br Paris – Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. 

A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. 

Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. 

João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. 

Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. 

Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema. Tradução: Katarina Peixoto

15.2.13

Barão germânico vai dirigir as finanças do Vaticano

Ernst von Freyberg is a native of Germany, Born in 1958. Married 1978 -1985: Law studies at the University of Munich and Bonn 1986-1987: Verwaltungshochschule Speyer 1988: Admission to the Bar at Landgericht Ulm; Second law exam at Oberlandesgericht Stuttgart 1988-1991: TCR Europe Limited (Bemberg Group), Three City Research Inc. (Bemberg Group), Associate 1991-2012: founder and CEO of Daiwa Corporate Advisory GmbH. 2012-present: Blohm+Voss Group - Hamburg, German shipyard, Chairman Mr von Freyberg is an active member of the Sovereign Military Hospitaller Order of Saint John of Jerusalem of Rhodes and of Malta. He is co-leader of the Association for Pilgrimages to Lourdes of the Archdiocese of Berlin. He is founder and member of Freyberg Stiftung since its creation in 2009. The Foundation supports three Catholic organizations in France, Germany and Austria, the Freiligrath Schule (primary school in Frankfurt) and it provides student scholarships. Mr von Freyberg is a member of the supervisory board of Flossbach von Storch AG, a Cologne based asset management firm with assets of Euro 8bn. He is a member of the Advisory board of Manpower GmbH, a temporary work service firm with revenues of Euro 600m and 22,000 employees in Germany. Mr von Freyberg brings with him a vast experience of financial matters and the financial regulatory process.

A Santa Sé e a construção de fragatas

VATICAN CITY (AP) — The Vatican was drawn into a new controversy over its embattled bank Friday after acknowledging that the institution's new president is also chairman of a shipbuilder making warships for Germany. The Vatican announced to great fanfare Friday that Pope Benedict XVI had signed off on one of the last major appointments of his papacy, approving Ernst von Freyberg as president of the Vatican's bank, officially known as the Institute for Religious Works (IOR). The Vatican spokesman was caught off-guard when a journalist noted that the German shipbuilder von Freyberg chairs, Blohm + Voss, has a military component. The Rev. Federico Lombardi demurred and defended the selection. He later issued a statement saying the company repairs and transforms cruise ships and builds yachts — and is currently part of a consortium that is building four frigates for the German navy. Michael Brasse, spokesman for Blohm + Voss in Hamburg, said that von Freyberg is chairman of the executive board of Blohm + Voss Shipyards, a unit that concentrates on building civilian ships. But before Blohm + Voss Shipyards and other non-military units of Blohm + Voss were sold in 2011 to Star Capital Partners, its military shipbuilding unit, Blohm + Voss Naval, had contracted with the German Defense Ministry for four new frigates. Blohm + Voss Naval subcontracted the actual construction of those vessels to Blohm + Voss Shipyards. Though Blohm + Voss Naval is now known as ThyssenKrupp Marine Systems GmbH, and is entirely separate from the other Blohm + Voss units, the Shipyards unit is still constructing the frigates under the legacy contract. After they are built, however, the company plans to concentrate entirely on non-military ships. "The focus of the business is for yachts, and on the repair side for cruise ships or the offshore oil and gas industry," Brasse said. The revelation dominated what was supposed to have been the Vatican's triumphant appointment of a new president for the bank after its last president Ettore Gotti Tedeschi, was fired nine months ago for incompetence. Gotti Tedeschi's stunning ouster came just as the Vatican was submitting its finances to a review by a Council of Europe committee in a bid to join the list of financially transparent countries. The Vatican last summer passed the test by the Council of Europe's Moneyval committee, which seeks to prevent money laundering and terrorist financing. But the IOR and the Vatican's financial watchdog agency, however, received failing grades. The new president will be tasked with bringing the IOR into compliance by Moneyval's next review. The Vatican stressed von Freyberg's Catholic credentials, noting that he was a member of the Sovereign Military Order of Malta, an ancient chivalrous military order drawn from European nobility. The Vatican said he had been appointed by the bank's commission of cardinals and that the pope had "expressed his full consent." The appointment may well be one of the last major decisions of Benedict's papacy given his planned retirement Feb. 28. While the appointment was seemingly curiously timed, Lombardi went to great lengths to stress that the selection process took its own path and was to some degree irrelevant to the running of the church. Lombardi said von Freyberg was selected after a "meticulous and articulate" seven-month search process from an initial list of 40 candidates put forward by an international head-hunting firm. ___

Bissau: PAIGC quer entrar no Governo dos golpistas

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), maior partido da Guiné-Bissau, quer fazer parte de um Governo de transição no país e defende que as eleições devem ser ainda este ano. "Deve de haver um esforço no sentido de não se ultrapassar 2013 para as eleições", disse hoje em conferência de imprensa o porta-voz do partido, Óscar Barbosa, que apelou à celeridade do processo. O partido quer também, na sequência da assinatura do Pacto de Transição (instrumento de regulação do período de transição que se seguiu ao golpe de Estado de 12 de abril de 2012), participar mais ativamente nos destinos do país. "Consideramos que a adesão do PAIGC (ao Pacto) tem de ter repercussões num Governo de base alargada e de consenso", frisou. No entanto, o PAIGC não concorda com a criação de uma Comissão Partidária Social de Transição, como foi proposto na quarta-feira por diversos partidos e organizações da sociedade civil, por considerar que tal entidade iria assumir poderes que outros órgãos de soberania já têm, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular (ANP). O PAIGC quer antes "a promoção de um diálogo inclusivo, capaz de levantar consensos, reforçando o papel das instituições da República", participar ativamente "nos debates de uma agenda política nacional" sobre a transição, que haja harmonização de posições da comunidade internacional quanto à Guiné-Bissau e diálogo entre as autoridades guineenses e a comunidade internacional, disse Óscar Barbosa. "Neste âmbito, o PAIGC está disposto a partilhar os esforços nacionais no sentido de fazermos o país sair desta situação paralisante", acrescentou. Enumerando exaustivamente todas as ações do maior partido desde o golpe de Estado, no sentido de "facilitar iniciativas de diálogo" e "contribuir para a normalidade constitucional", Óscar Barbosa salientou que "o PAIGC recuou sempre", não por medo ou por outros interesses que não fosse o "da defesa dos superiores interesses do povo guineense". O PAIGC, afirmou, abdicou da presidência da ANP, a "única instituição" que fez progredir o período de transição e que não foi ouvida quanto a grandes decisões do Governo de transição. "Nenhum programa de Governo nem o orçamento geral do Estado retificativo foram submetidos para aprovação do parlamento", salientou, acrescentando que o Governo de transição também não conseguiu cumprir os principais objetivos traçados pela CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), a agenda eleitoral e a reforma do sistema político em geral, e do setor de segurança e defesa, em particular. Apesar do apoio financeiro da CEDEAO, disse o porta-voz, nem o recenseamento eleitoral sequer começou e também a Comissão Nacional de Eleições continua sem presidente. Por outro lado, acentuou-se a pobreza e a degradação das condições de vida das populações, afirmou. "O atual Governo não funciona" e "não presta contas a ninguém", disse o responsável do PAIGC, que responsabiliza as autoridades de transição pelo não cumprimento da sua principal meta, as eleições no mês de abril. LUSA

14.2.13

Moçambique: comunicado governamental

Quatro guardas prisionais afectos a cadeia distrital de Macanga, na província de Tete, torturaram até a morte um recluso que se tinha evadido daquele estabelecimento prisional no passado dia 9 de Fevereiro. O recluso, de 27 anos de idade, que em vida respondia pelo nome de Fausto Félix Tembane, natural de Changara, encontrava-se naquela cadeia a cumprir uma pena de prisão de 14 meses, depois de ter sido condenado por crime de ofensas corporais qualificadas. O finado foi recapturado no mesmo dia, nas proximidades da vila de Macanga, não tendo oferecido qualquer resistência, sendo por isso deplorável e condenável a actuação desproporcional dos guardas prisionais. Os quatro guardas prisionais encontram-se detidos, estando neste momento a responderem disciplinar e criminalmente. O Ministério da Justiça é intolerável e implacável a actuações degradantes e desumanas de guardas prisionais e outros agentes. No passado, a Ministra da Justiça, Benvinda Levi, demitiu o director da BO depois deste ter pactuado com situações de torturas naquele estabelecimento prisional. Ministério da Justiça

12.2.13

As ameaças que pairavam sobre Bento XVI

“The scandal first came to light in January 2012 when Italian journalist Gianluigi Nuzzi published letters from Carlo Maria Viganò, formerly the second ranked Vatican administrator to the Pope, in which he begged not to be transferred for having exposed alleged corruption that cost the Holy See millions in higher contract prices. Viganò is now the Apostolic Nuncio to the United States. “Over the following months the scandal widened as documents were leaked to Italian journalists, uncovering power struggles inside the Vatican over its efforts to show greater financial transparency and comply with international norms to fight money laundering. Also in early 2012, an anonymous letter made the headlines for its warning of a death threat against Pope Benedict XVI. “The scandal escalated in May 2012 when Nuzzi published a book entitled His Holiness: The Secret Papers of Benedict XVI consisting of confidential letters and memos between Pope Benedict and his personal secretary, a controversial book that portrays the Vatican as a hotbed of jealousy, intrigue and underhanded factional fighting. The book reveals details about the Pope’s personal finances, and includes tales of bribes made to procure an audience with him.” The Vatileaks, na Wikipédia ----- Diziam as antigas profecias maias que o Mundo ia acabar no fim de 2012. Mas se calhar o que virá a acabar é a Santa Sé, nos moldes em que a temos conhecido nestes últimos 140 anos. Talvez a Igreja esteja mesmo a precisar de ser profundamente reformulada.

11.2.13

Uma proposta africana para a cadeira de Pedro

Cardinal Peter Kodwo Appiah Turkson, President of the Pontifical Council for Justice and Peace, Archbishop emeritus of Cape Coast (Ghana), was born on 11 October 1948 in Wassaw Nsuta, Ghana. He was ordained for the Diocese of Cape Coast on 20 July 1975 and holds a doctorate in Sacred Scripture from the Pontifical Biblical Institute, Rome. From 1975-1976 and 1980-1981 he served as staff member at St Theresa’s Minor Seminary, and from 1981-1987 as staff member at St Peter’s Major Seminary. On 6 October 1992 he was appointed Archbishop of Cape Coast and was ordained on 27 March 1993. He was President of the Ghana Catholic Bishops’ Conference (1997-2005) and member of the Pontifical Commission for Methodist-Catholic Dialogue; Chancellor of the Catholic University College of Ghana; member of the National Sustainable Development, Ministry of Environment; member of the Board of Directors of the Central Regional Development Committee and treasurer of the Symposium of Episcopal Conferences of Africa and Madagascar (SECAM). Attended the Special Assembly for Africa of the Synod of Bishops, Vatican City, April 10 to May 8, 1994; the 9th Ordinary General Assembly of the World Synod of Bishops, Vatican City, October 2 to 29, 1994; the 11th Ordinary General Assembly of the Synod of Bishops, Vatican City, October 2 to 23, 2005 and the 12th Ordinary General Assembly of the Synod of Bishops, Vatican City, October 5 to 26, 2008. General Relator of the 2nd Special Assembly for Africa of the Synod of Bishops, "The Church in Africa, at the Service of Reconciliation, Justice and Peace. 'You are the salt of the earth, ... you are the light of the world'" (4-25 October 2009). On 24 October 2009 he was nominated President of the Pontifical Council for Justice and Peace. Created and proclaimed Cardinal by John Paul II in the Consistory of 21 October 2003, of the Title of S. Liborio (St. Liborius). Member of: Congregation: for the Doctrine of the Faith; for Divine Worship and the Discipline of the Sacraments; for the Evangelization of Peoples; for Catholic Education; Pontifical Councils: for Promoting Christian Unity; Cor Unum; Pontifical Committee for International Eucharistic Congresses; XIII Ordinary Council of the Secretariat General of the Synod of Bishops; II Special Council for Africa of the General Secretariat of the Synod of Bishops.

Depois de Ratzinger, a Igreja necessita de evoluir

A comunidade internacional de cidadãos católicos não pode continuar a ser chefiada, apenas, por papas europeus, uma vez que quase três quartos dos cristãos que há no Mundo são de fora da Europa. O próximo Conclave é uma oportunidade a não desperdiçar. Num Mundo em profunda evolução, bastante diferente daquele que existia há 100 anos, no período colonial, antes de a África, a Índia e o Paquistão se terem tornado independentes, parece já não fazer muito sentido que os papas sejam apenas da Itália, da Polónia, da ou da França. Se hoje em dia nas Américas já existem muito mais cristãos do que na Europa, e se na própria África Subsariana eles já são quase tantos como na Europa, não é curial que a chefia da Igreja Católica continue a ser um feudo de europeus. Segundo destacou no seu número de Dezembro a revista Além-Mar, dos missionários combonianos, estamos perante um mapa em mudança, no qual o cristianismo se radicou nos cinco continentes e se moveu de Norte para Sul. Já não é mais uma coisa essencialmente europeia; mas sim um fenómeno que em dois terços é do resto do Mundo. Os cristãos já não chegam hoje em dia a representar sequer 33 por cento da Humanidade; e onde eles estão é sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil, no México, na Rússia, nas Filipinas, na Nigéria, na China e na República Democrática do Congo. Não é na Alemanha, na França, no Reino Unido ou na Itália. O maior salto, nestes últimos 100 anos, foi na África a sul do Sara, que de 1,4 por cento passou para 23,6 por cento da Cristandade, fenómeno que a hierarquia da Igreja Católica de modo algum reflecte. Enquanto no Colégio dos Cardeais a maioria dos elementos não forem das Américas, da África e da Ásia, a Igreja não se poderá afirmar inteiramente ecuménica, instituição que a todos os continentes trata por igual. O peso excessivo de cardeais italianos e de outras nacionalidades europeias é um legado da História; uma sequela da ordem mundial que havia há 250 ou 300 anos; e de modo algum reflexo do que é a realidade no século XXI. Recentemente, foram promovidos a cardeais alguns prelados de fora da Europa; mas são ainda muito poucos, proporcionalmente falando. Um Sacro Colégio digno desse nome terá de ter muito mais rostos das Américas, da África e da Ásia. E até mesmos os próprios papas não poderão continuar a ser exclusivamente cidadãos nascidos em terras europeias. Agora, que o papado de Bento XVI chega ao fim, dada a idade avançada do antigo cardeal Ratzinger, é boa altura para se avivar o debate, começando a admitir que a médio prazo seja eleito para a chefia da Igreja Católica alguém da América do Norte, do Brasil, das Filipinas ou da África. A globalização, fenómeno económico e financeiro, também se deverá fazer reflectir nas grandes instituições de índole religiosa. Sob pena de as mesmas ficarem anquilosadas, presas ao Passado. Jorge Heitor

6.2.13

Líbia: o futuro é ainda uma incógnita

(Tripoli)- Libya is still plagued by serious rights abuses, including arbitrary arrests, torture, and deaths in detention nearly a year-and-a-half after the overthrow of Muammar Gaddafi, Human Rights Watch said today at a news conference for its World Report 2013. Libya's new government has made strong commitments to uphold human rights, and it now needs to take further steps to establish the rule of law after four decades of dictatorship and repression, Human Rights Watch said. Key priorities include getting all detainees out of militia hands and bringing them under state control and judicial review, building accountable security forces, and ending the long cycle of impunity by bringing to trial and punishing all those who commit the most serious crimes. "Libya made notable advances over the past year, with elections and a new government that has committed itself to promote human rights," said Joe Stork, deputy Middle East and North Africa director at Human Rights Watch. "But authorities urgently need to address the huge challenges that remain to ensure that the Libya of the future is far better than the Libya of the past. Too many Libyans still suffer from abuses by the government and by militias that operate outside the law." In its 665-page report, Human Rights Watch assessed progress on human rights during the past year in more than 90 countries, including an analysis of the aftermath of the Arab uprisings. The willingness of new governments to respect rights will determine whether the Arab uprisings give birth to genuine democracy or simply spawn authoritarianism in new clothes, Human Rights Watch said.

1.2.13

Mali: A Cruzada de François Hollande

BAMAKO/TIMBUKTU, Mali, Feb 1 (Reuters) - A French-led offensive against Islamists in Mali has led to civilian deaths from air strikes and ethnic reprisals by Malian troops, human rights groups said on Friday, a day before President Francois Hollande was due to visit the country. Amnesty International and Human Rights Watch cited witness reports of extrajudicial killings by Malian government soldiers of dozens of civilians in the towns of Sevare and Konna. At least five civilians were killed in a helicopter attack on the first day of France's military intervention, Amnesty also said. France has deployed more than 3,500 soldiers in a three-week campaign has wrested control of northern Mali towns from the al Qaeda-linked rebels and aims to prevent Islamist fighters from using Mali's desert north to launch attacks on African countries and the West. "Neither the Malians nor the French took the required precautions to avoid hitting civilian targets," Gaetan Mootoo, Amnesty's lead researcher for West Africa, told a news conference in Bamako. "We've asked France and authorities in Bamako to open an independent investigation." The human rights groups said troops targeted light-skinned Arab and Tuareg ethnic groups associated with the rebels. The Malian army has denied any summary executions by its soldiers and the government in Bamako has publicly warned against such revenge killings.

Guiné Equatorial e o seu namoro à CPLP

Redacción Internacional, 1 feb (EFE).- El nuevo Secretario Ejecutivo de la Comunidad de los Países de Lengua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Miguigy Murargy, se encuentra en Guinea Ecuatorial para evaluar el cumplimiento de las recomendaciones para la adhesión de Malabo a dicho organismo. La Oficina ecuatoguineana de Información y Prensa señala hoy en su web que el primer ministro de Guinea Ecuatorial, Vicente Ehate Tomi, y Miguigy, se han reunido para "evaluar el cumplimiento de las condiciones para que Guinea Ecuatorial pueda adherirse a la comunidad". Miguigy, en unas breves declaraciones, ha adelantado que "no existe problema alguno para la adhesión de Guinea Ecuatorial", si bien ha reconocido la existencia de "pequeños detalles que faltan para cumplimentar el proceso de la integración. Guinea Ecuatorial está en condiciones para adherirse a la CPLP". El pasado julio, Portugal expresó su oposición a que Guinea Ecuatorial ingresara en la comunidad de países lusófonos por la falta de respeto a los derechos humanos en la antigua colonia española. El presidente de Gobierno de Guinea Ecuatorial, Teodoro Obiang, anunció el pasado julio la creación de una Comisión Nacional con la finalidad de acelerar la integración del país al grupo de la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa (CPLP). En julio de 2010, Obiang promulgó el decreto por el que se establecía el portugués como tercera lengua oficial de Guinea Ecuatorial porque "contribuiría al incremento de la cooperación en el contexto afro-ibérico y luso-hispánico de naciones". Justificó la decisión porque el "idioma es el vehículo y vínculo de comunicación que une los pueblos desde el principio de la independencia de los estados". Dos islas que integran Guinea Ecuatorial (Fernando Poo -hoy Bioko- y Annobón) formaron parte durante siglos del imperio portugués y fueron cedidas a España en 1778.