Vergonha, por elevarmos à figura de herói alguém cujo passado recente foi tudo menos benéfico para o nome do nosso País; vergonha, por tomarmos gente desta estirpe como 'exemplo'.
Ou seja, o guineense, cansado de vaguear na poeira, sem Educação, sem exemplo que o empolgue, sem eira nem beira espera por momentos como este para ver e ser visto - coisa de ignorantes, de simplórios do terceiro mundo.
Agora, deixemos para lá o acessório e concentremo-nos no essencial. Como explicar que, depois de todas as graves acusações que pendiam sobre Na Tchuto, os EUA guardaram-no apenas 4 anos? Mistério? Não. Nada acontece por acaso.
Bubo corre riscos. O risco de ter 'cantado' muito, sujando muita gente pelo caminho; o risco de, por cá, ser olhado com desconfiança e, por tabela, ser tomado como um informador da DEA. Trocado por miúdos, Bubo corre sérios riscos de vida.
Outra figura cuja presença era escusada no aeroporto?: Mário Fambé, deputado, amicíssimo do contra-almirante nas manobras nas nossas águas e nomeado nesta ilegalidade de 'governo' coordenador da FISCAP - Fiscalização e Controlo de Actividades de Pesca, não devia ter tido essa atitude.
Foi ele o 'coordenador' da triste e patética recepção ao contra-almirante e que assustou muito boa gente. Fambé agradeceu o povo guineense pela "recepção calorosa", lamentando o "tratamento" que o governo e o Estado da Guiné-Bissau, deram aos problemas de Bubo. Agradeceu ainda ao povo "que não dormiu" para embalar Bubo à sua chegada.
Criámos um monstro - as três/quatro últimas gerações de Guineenses são um caso perdido e daí chamar-lhes Povo de merda - a chegada do Bubo vem apenas confirmar tudo isto.
O problema, agora, nem é o Bubo ter chegado, mas sim quem vai a seguir...Ontem mesmo, quatro cidadãos norte-americanos aterraram em Bissau. Não serão turistas... AAS
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