Bissau, 31 Ago. 16 (ANG) – A representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), afirmou hoje que pelo menos 18 por cento da população da Guiné-Bissau ainda defeca ao céu aberto, apesar de avanços consideráveis obtidos no combate a esta pratica.
Cristina Brugiolo fez estás declarações na abertura do Workshop sobre eliminação de defecação ao céu aberto que hoje teve inicio e é organizado pelo Ministério dos Recursos Naturais.
O evento que termina quinta-feira tem como objectivo a mudança do comportamento das comunidades rurais do país proporcionando-os momentos de reflexão através da auto avaliação.
“Desde o início desta abordagem em 2010, mais de 36.000 famílias representando 1.170 localidades, já abandonaram esta prática, sobretudo devido à construção de mais de 22.000 latrinas “ acrescentou a representante do UNICEF referindo-se aos dados colectado em 2014.
Salientou que o presente encontro irá servir de espaço para troca de experiências entre os participantes e para a definição de mecanismos de sustentabilidade e de manutenção de estatutos pós-defecação ao céu aberto que o pais procura atingir.
Disse que serão ainda partilhadas no encontro as actividades levadas a cabo em várias regiões e comunidades da Guiné-Bissau, que ao longo dos anos, conseguirem atingiram importantes objectivos na área de saneamento.
Entretanto, Cristina Brugiolo anunciou que dois grandes projectos serão implementados no decurso de 2016, nomeadamente a reavaliação de 700 comunidades e os trabalhalhos para que toda a região de Quinará seja declarada livre de d
efecação ao céu aberto.
A colaboração com a Direcção-Geral dos Recursos Hídricos e outros parceiros com vista ao fortalecimento da monitorização e a criação de uma base de dados através de um sistema inovador de novas tecnologias, é o segundo objectivo da UNICEF na área do saneamento para o ano em curso.
Por seu lado, o Director-geral dos Serviços Hídricos do Ministério dos Recursos Naturais disse que ainda há um número considerável de pessoas a praticar a defecação ao céu aberto, apesar de grandes avanços já verificados.
Inussa Balde lembrou aos técnicos de que a população rural do país é a mais vulnerável no que concerne ao saneamento, e correspondem a 80 por cento, isto quer dizer que a Guiné-Bissau está composta de mais áreas rurais do que urbanas e semiurbanas, e que o evento como este serve para melhorar a situação nas zonas rurais.
“O saneamento é a dignidade e autoestima e a água é a vida, por isso, os dois devem andar sempre juntos.
Baldé destacou que o país foi um dos poucos da África que alcançaram, no ano passado, os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento no domínio da água, mas em relação ao saneamento ainda falta muito por fazer “disse.
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Era mais ou menos assim em Portugal, há 60 anos, quando em muitas casas das aldeias não havia sanitas.
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