23.11.16

Bissau: Há ouro no Norte da Guiné

No meio de toda a crise político-militar que então se vivia, surgiu em 2010 a notícia de que a West Africa Mining, com sede na Suíça, anunciara terem resultado positivas as suas prospecções de ouro no Norte do país, com o qual estabelecera uma parceria em Junho de 2009.
A licença que o Governo de Carlos Gomes Júnior concedeu ao grupo, seu parceiro no projecto Westafrica Mineral Mining Ltd, "cobre a exploração de todos os recursos minerais do país", excepção feita às áreas que anteriormente já tinham sido concessionadas a terceiros.

Interrogado agora sobre se não temia este investimento num Estado onde ainda no ano passado foi assassinado o Presidente João Bernardo Nino Vieira, Peter Sommer foi categórico: “Nós ajudamos a Guiné-Bissau, o que é completamente diferente (dos problemas que ela tem tido). E quando conseguirmos fazer dinheiro, no futuro, O.K., será bom”.
Para além do ouro, o projecto que a empresa da Suíça tem com o Governo do PAIGC inclui a bauxite, o lítio, o irídio, os diamantes e quartzos de grande valor.
De acordo com um texto do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior distribuído pelo grupo de investidores, a Guiné-Bissau tem as melhores condições para aceitar investimentos e continuará a reafirmá-las, “de modo a dar a garantia de um bom nível de lucros e uma transferência dos mesmos sem obstáculos”.
Ainda segundo essa mensagem, que os acontecimentos mais recentes poderão colocar em dúvida, “a Guiné-Bissau é um Estado democrático que promove e defende os princípios constitucionais. As instituições estão a ficar cada vez mais fortes...”.

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