4.1.16
Bissau: Sempre a temer o pior
FACTO 1: Guiné-Bissau entra em 2016 num cenário sombrio, com nuvens negras a pairar por cima das cabeças das Guineenses e dos Guineenses, no parlamento. É preocupante, mas, acreditem nisto:
Toda a comunidade internacional está atenta - mais do que nunca até! As jogadas sujas que se preparam nos bastidores da ANP, são do menos honroso que se pode imaginar. Metem nojo!
O OBJECTIVO: A 5ª coluna do Presidente JOMAV quer apenas e só deitar a mão aos mais de mil milhões de dólares prometidos ao País na mesa redonda de Bruxelas. Não têm um programa de Governo (não conseguem, são incapazes sequer de preparar um; o País não tem condições para um 'Governo de iniciativa Presidencial - de resto INCONSTITUCIONAL, e menos ainda dinheiro para ir a uma eleição).
FACTO 2: Os documentos e planos estratégicos para a reconstrução do nosso País e o alavancar da sua Economia - que foram submetidos e explicados aos nossos parceiros em Bruxelas - mereceram tanta credibilidade e foram tão convincentes que tiveram logo um amplo apoio dos países e organizações nossos amigos, de todos os continentes!
CENÁRIO 1: Qualquer crise, agora, deitaria por terra toda essa ajuda e mergulharia o País novamente num novo clima de desconfiança;
CENÁRIO 2: E a desconfiança, já se sabe, trouxe num passado recente tragédias demasiado dolorosas e ainda por sarar, ao nosso povo;
Comunidade Internacional,
Esta crise começou, como sabem, com a nomeação pelo PR, à revelia do partido vencedor das eleições - o PAIGC, do Baciro Djá para primeiro-ministro. Uma medida intemporal (o presidente Olesegun Obasanjo, mediador da CEDEAO, vinha a caminho...) e completamente irresponsável.
Intemporal, porque não havia crise nenhuma que justificasse essa medida dramática; irresponsável, porque ninguém no seu perfeito juízo, conhecedor da Constituição da República tomaria uma atitude dessas - desprezando, rasgando e mandando para o lixo todas as previsões feitas pelo FMI e pelo BM sobre o crescimento do Paìs.
Se o Governo do PAIGC cair, o Povo Guineense espera apenas que, num acto de SOLIDARIEDADE e de JUSTIÇA, SUSPENDAM toda a ajuda prometida em Bruxelas. O Presidente JOMAV que crie o seu Governo, que o sustente, e ao Povo Guineense também.
Agora, vem o PR dizer que "não vai dissolver o parlamento." O problema está aqui mesmo. É que, quando JOMAV diz uma coisa, faz precisamente o seu contrário!!! Ou seja, o que o Presidente diz não se escreve...
BASTA de irresponsabilidades! Basta de golpes de estado palacianos! Viva a Democracia!, viva a República! AAS
Publicada por António Aly Silva no blog Ditadura do Consenso
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