5.10.15
Portugal volta às urnas em 2016
PS, BE e CDU totalizaram 121 deputados, mais 17 do a coligação Portugal à Frente (PaF), mas como o Partido Socialista não é capaz de se entender com o Bloco de Esquerda, e muito menos com a CDU (que com ele também não se entenderá), fica quase tudo na mesma.
A coligação PAF, que em certos aspectos se poderia considerar uma herdeira espiritual das antigas União Nacional e Acção Nacional Popular, dos tempos anteriores ao 25 de Abril, conta agora com uma certa benevolência do PS para se conseguir manter no poder. Para isso, até lhe poderá oferecer a presidência da Assembleia da República, como ontem foi sugerido na TVI pelo antigo ministro Miguel Relvas. E alvitra um nome: Eduardo Ferro Rodrigues.
Se assim for, as coisas aguentam-se, por 10 ou 11 meses, até dar tempo a que um novo Presidente da República seja eleito, tome posse e mostre do que é capaz.
Depois, se calhar, depois surgirá uma crise, lá para o fim do Verão de 2016, e o novo Governo de Passos Coelho poderá cair, procedendo-se à marcação de legislativas antecipadas.
Nessa altura, muita gente começará a deitar foguetes, julgando ser chegada a sua hora. Virá o partido Pessoas Animais Natureza, virá o frágil Partido Democrático Republicano, virá o teimoso MRPP e virão outros, a sonhar com dois, três ou quatro deputados; sempre a sonhar, em sonhos que só muito raramente se concretizam.
António Costa, ou alguém que entretanto o substitua, admitirá a hipótese de vir a ser primeiro-ministro, no fim de 2016. O PaF tentará não sair mais desgastado do que aconteceu desta vez. O BE apostará numa bancada de 20 deputados. E a CDU procurará não lhe ficar atrás.
Jogos, muitos jogos. É assim a vida da nossa sociedade. E não nos demos por infelizes. Bem piores estão a Síria, o Iraque, o Afeganistão, a Palestina, a Líbia e a Somália. Ou até mesmo a Guiné-Bissau.
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