5.6.08
Há 10 anos a ONU alertou para a fome no Sudão
Mais de um milhão de pessoas estavam há 10 anos ameaçadas de fome no Sudão, pelo que a ONU reconheceu oficialmente o facto, chamando assim a atenção para o que estava a acontecer no Sul do país, onde a maioria da população é cristã ou animista, sentindo-se discriminada pelas autoridades muçulmanas de Cartum. O extraordinário aumento de esfomeados levou então o Programa Alimentar Mundial (PAM, agências nas Nações Unidas) a solicitar uma extraordinária operação de apoio às pessoas mais em risco nas “zonas de fome”, onde os Médicos Sem Fronteiras já mantinham centros especiais para alimentação de crianças esqueléticas. Perto de 100.000 pessoas acabaram por morrer nessa fome de 1998 no Sul do Sudão, uma região que hoje em dia continua a suscitar grandes preocupações, depois de o movimento de libertação que a representa, o SPLM, ter denunciado no último trimestre de 2007 que não estava a ser devidamente cumprido o acordo de paz assinado em 2005 com o Governo federal. Novos avisos de fome voltaram ao longo dos anos a ser feitos pelo PAM e entretanto os problemas sudaneses complicaram-se ainda mais com a luta na parte ocidental do país, o Darfur, de onde centenas de milhares de pessoas já tiveram de fugir para o vizinho Chade. Segundo a Amnistia Internacional, os conflitos entre diferentes milícias continuaram ultimamente a verificar-se no Sul do Sudão, muitas vezes com morte ou rapto de civis. JH
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