27.9.12

Possível Governo de Angola, segundo Ramiro Barreira

Ministério da Administração do Território – Adão Francisco Correia de Almeida Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social - Carlos Maria Feijó Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas - Carlos Alberto Jaime Ministério da Assistência e Reinserção Social - João Baptista Kussumua Ministério da Comunicação Social - Manuel Miguel de Carvalho Ministério da Cultura - Fátima Viegas Ministério da Defesa Nacional - Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem Ministério da Economia - Abrahão Pio dos Santos Gourgel Ministério da Educação - Narciso Benedito Ministério da Energia e Águas - João Baptista Borges Ministério da Família e Promoção da Mulher - Genoveva da Conceição Lino Ministério da Geologia e Minas e Indústria - Joaquim da Costa David Ministério da Hotelaria e Turismo - Pedro Mutinde Ministério da Justiça - Guilhermina Contreiras da Costa Prata Ministério da Juventude e Desportos - Rui Mingas Ministério da Saúde - José Vieira Dias Van-Dúnem Ministério das Finanças - Valentina Matias de Sousa Filipe Ministério das Relações Exteriores - Georges Rebelo Pinto Chikoti Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação - José Carvalho da Rocha Ministério do Ambiente - Syanga Abílio Ministério do Comércio - José B. de Vasconcelos Ministério do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia - Maria Candida Pereira Teixeira Ministério do Interior - Ambrósio de Lemos Ministério do Planeamento - Ana Dias Lourenço Ministério do Urbanismo e Construção - Fernando Alberto de Lemos Soares da Fonseca Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria - Agostinho Fernandes Nelumba Ministério dos Assuntos Parlamentares - Norberto Fernandes dos Santos Ministério dos Petróleos - José B. de Vasconcelos Ministério dos Transportes - Augusto da Silva Tomás Secretaria de Estado para os Direitos Humanos - Bento Bembe

As polémicas em redor de Maomé

Raúl M. Braga Pires, em Rabat (www.expresso.pt) Quarta feira, 26 de setembro de 2012 Numa primeira leitura factual sobre os recentes eventos, a propósito do filme cujo nome intitula a presente análise, diria que tudo leva a crer que se trata duma muito provável colaboração entre a extrema-direita americana e a extrema-direita copta egípcia. O filme encontra-se disponivel no youtube, desde Março deste ano e só chega ao conhecimento do grande público agora, após ter sido dobrado para árabe e publicitado junto dos sectores islâmicos mais radicais no Egipto, precisamente por um cristão copta, americano-egípcio. Relativamente a dobragens, as actrizes do mesmo que decidiram dar a cara após a polémica, disseram que os diálogos nunca se referiram a nenhum Muhammad, mas sim a um Jorge, o "Guerreiro do Deserto", titulo do projecto para o qual tinham sido contratadas. Mais tarde, na edição/montagem, as referências a Jorge, foram dobradas por Muhammad. Uma encomenda "11 setembrista", com contornos de caso de polícia, já que há pessoas que agiram de boa fé e cujo ludíbrio poderá ter colocado as próprias vidas em risco. Quanto às reacções, foram as menos islâmicas possíveis, já que o próprio Profeta também em vida foi injuriado, chamado de feiticeiro, mágico e poeta. Aquando dos tempos de Meca, ainda antes da emigração para Medina, durante as orações no recinto da Ka'bah (Cubo), não raras vezes lhe foram arremessados excrementos d'animais e outras substâncias putrefactas, sem nunca ter havido como resposta qualquer acto violento. À imagem de Cristo, neste capítulo, Muhammad também deu a outra face, seguindo posteriormente caminho com a segurança própria dos Mensageiros. Outro detalhe, é o impacto que as imagens têm no Ocidente, já que dão a ideia de que todos os muçulmanos, ou pelo menos os dos países retratados, estão irados por causa do filme. Não estou no Paquistão, no Egipto ou noutro local qualquer, mas certamente que aquilo que se passa em Marrocos é também replicado noutros países islâmicos. E na verdade, continuo cada vez mais a insistir na imagem da "maioria silenciosa", a mesma que saiu à rua durante a "Primavera Árabe", que já há muito ganhou pele de crocodilo e ignora este tipo de provocação. Fica indignado, com um aperto no coração, é do seu Profeta que se trata, mas acha que não é com violência que o assunto se resolve, considerando aliás, ser essa a pior forma. Amor com amor se paga e, na mesma moeda, pelo que se deve louvar a iniciativa do Emirato do Qatar, o qual destinou 450 milhões de dólares para a realização duma triologia sobre a vida do Profeta Muhammad, que a Paz e as Bençãos de Deus estejam com Ele e com todos Nós também, já agora. RAZÕES PARA A REACÇÃO DOS MUÇULMANOS As razões emocionais são simples d'explicar. O sonho de qualquer muçulmano é morrer em Meca, de preferência logo após ter terminado o Hajj, a Grande Peregrinação. É Jannati (aquele que ganhou o Paraíso) garantido. Ora como este sonho não está ao alcance de todos, sendo a morte a certeza mais incerta, resta, sobretudo aos radicais literalistas, morrer como shahid, mártir, para ter direito a uma entrada directa e garantida neste outro "Clube dos Puros". Defender a Honra do Profeta, regra geral por forma violenta, aparece assim aos olhos dos mesmos radicais, não apenas como uma obrigação, mas também como uma oportunidade de morte redentora. E porquê redentora? Porque todo o indivíduo tem noção dos seus próprios pecados e, no caso das diversas comunidades/sociedades islâmicas, profundamente vitorianas, onde imperam as virtudes públicas e os vícios privados, o pecado abunda não só na prática, mas também na retórica. "Não fizeste, mas pensaste!" Há que se libertar deste peso, o que geralmente acontece de forma escatológica e violenta. Defender a Honra do Profeta, para aqueles que não encontram o martírio durante os protestos, também os faz sentirem-se lavados dos pecados cometidos, à semelhança do que acontece após cada Ramadão e Hajj cumpridos na íntegra. A função de ambos estes Pilares do Islão, é precisamente essa. Ou seja, permitir a purificação, a renovação, no longo processo de rectificação que é a vida, na senda do Divino. Do ponto de vista político há várias razões para o que está a acontecer, sendo que gostaria de dar primazia a uma, que me parece crucial. Os Estados Unidos da América, desde a II Guerra Mundial, por via da "Primavera Árabe", nunca tinham sido tão populares junto das populações árabes e berbéres, sobretudo no Norte d'África, mas também em certas partes do Médio Oriente. A prová-lo, estão os actuais acontecimentos na Líbia, sobretudo em Benghazi, onde o Exército e a sociedade civil estão a efectuar uma limpeza nas milícias não oficiais. Os líbios foram os primeiros a levantar os braços após a morte do Embaixador Stevens e a dizer "É pá, isto não somos nós!" De forma clara, era necessário encontrar maneira d'estancar esta subida de popularidade americana por terras do Islão, bem como reabilitar líderes e grupos em descrédito há já quase 2 anos. Por exemplo Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah (Partido de Deus), que já não saía da toca desde Dezembro do ano passado, efectuou uma retumbante manifestação em Beirute a 17 de Setembro, menos de 24h após o final da visita do Papa Bento XVI à mesma cidade, o qual juntou 200 mil católicos numa Missa Campal. Curioso, não é? Outro exemplo prático deste móbil para a reabilitação de causas esquecidas, foi a manifestação organizada na noite da passada quinta-feira, 20, pelo Movimento do 20 de Fevereiro (M20), em Tânger, Marrocos. Nova curiosidade e incongruência ideológica. Um movimento cuja raíz é laica, socialista e mesmo repúblicana, a defender a Honra do Profeta, sendo que foi o único evento relacionado com protestos registado em Marrocos durante esse dia de Jummah (pôr-do-sol de quinta-feira até ao pôr-do-sol de sexta-feira). A "PROVOCAÇÃO" DO OCIDENTE O que é referido como "Liberdade d'Expressão", caso do filme, das caricaturas do francês Charlie Hebdo, ou da revista alemã Titanic, que já disse que publicará novas caricaturas no número d'Outubro, é não só interpretado como provocação, mas também como iconoclastia. É a tentativa da destruição dum simbolo, duma tradição, duma narrativa. Ora é preciso dizer que na raíz deste desentendimento, estão linguagens e códigos diferentes. Exemplo prosaico muito prático, é a forma como a comunicação social islâmica (e restante população) se refere ao Profeta. As "Judites de Sousa" e os "Mários Crespo" destas latitudes referem-se-lhe durante os serviços noticiosos televisivos e radiofónicos, chamando-o de "Querido Profeta", ou de "nosso Querido Profeta", o que reforça a certeza sobre o imaculado do mesmo, com o peso adicional da crença de que tudo o que passa na TV, é verdade. O Ocidente encontra-se num patamar diferente, não melhor nem pior, mas no patamar "dos pregos Alcobia, que têm 2 mil anos de garantia", talvez por interpretar que o divertimento e o bem-estar são o desígnio supremo, não da Humanidade, mas do Ser Humano. Pessoalmente, aquando duma entrevista a Yacub Sibindy, líder do Partido Independente de Moçambique (partido islâmico), não percebi a quem se referia quando insistentemente dizia que JC fez isto e JC disse aquilo. Perante a dúvida levantada respondeu "Joaquim Chissano, claro!" Para mim, JC sempre foi Jesus Christ Superstar! Blasfémia criar um acrónimo, ou um diminutivo para o Profeta, já para não falar numa alcunha, por exemplo. Esta constatação sobre as diferentes linguagens e códigos, também me tem vindo a fazer reflectir sobre os conceitos, já que ambos os lados da barricada insistem em falar de "Tolerância". Ora tolerância nada mais é do que arrogância. Sigam o raciocínio: Eu sou tão bom, que até tolero a vossa presença. Ou, vocês são tão bons, que até toleram ler o que eu escrevo. Há uma necessidade imperiosa de fazer passar esta mensagem e de substituir o "Discurso da Tolerância", pelo "Discurso da Aceitação". Eu não tolero. Eu aceito, ou não aceito. Mas para aceitar, também tenho que conhecer e a grande conclusão a que eu tenho chegado nos últimos anos, é que o desconhecimento que eles têm sobre nós, é equivalente ao desconhecimento que nós temos sobre eles. Caso não se perceba e não se aceitem os factos desta forma, por ambas as partes, estaremos inevitavelmente a traçar o caminho do Choque Civilizacional. Pessoalmente, acho que há muito se percebeu e que há muito não se aceitou!

25.9.12

Soares só agora percebe a dimensão da tragédia

O antigo Presidente Mário Soares afirmava em Janeiro de 2008 que Portugal "está bem". E não o preocupava a existência de perto de 580.000 desempregados, pessoas a sofrer e prontas para tudo: suicídio, roubo, prostituição. Portugal só está normalmente bem para antigos e actuais chefes de Estado, primeiros-ministros, deputados, empresários... Não está bem para os que se encontram desempregados ou apenas ganham 1.600 ou 1.700 euros ao fim do mês, quando o aluguer de uma casa já chega aos 670 euros. Não está mesmo nada bem para a maioria da população, que vive num mundo completamente à parte dos que têm para cima de 13.000 euros no banco, casas em bom estado, grandes carros, rendimentos mensais acima dos 2.800 euros, etc. Há um Portugal fictício, para 10 ou 12 por cento da sua população. E um Portugal bastante duro, para a imensa maioria. Mário Soares só há pouco é que o começou a perceber, pois que quando em Janeiro de 2008 os socialistas se encontravam a governar ele passava por cima disso. Jorge Heitor 25 de Setembro de 2012

As múltiplas razões da revolta portuguesa

Se trabalhais há mais de 40 anos e ainda não tendes casa própria, é plenamente justificável que vos revolteis. Se trabalhais há mais de 36 anos e ainda não tendes uma viatura em condições, é plenamente razoável que vos revolteis. Se trabalhais no duro há mais de 30 anos e ainda não tendes 12.000 euros de poupança, para a velhice, é plenamente lícito que vos revolteis. Se trabalhais seriamente desde os 18 anos e aos 47 ainda não auferis um rendimento mensal superior a 1.300 euros, é profundamente aceitável que vos revolteis. Se o cidadão andou a estudar durante 12 anos e depois, aos 19/20, não encontra trabalho, é perfeitamente aceitável o seu descontentamento. Se não tendes um centro de saúde a menos de oito quilómetros de casa, é admissível o vosso grito de revolta. Se precisais de ir antes das oito horas da manhã para um centro médico a fim de garantir consulta, é de toda a justiça que vos revolteis. Se há ordenados abaixo dos 640 euros por mês, é caso para que toda a nação se revolte. Se há 16 por cento dos portugueses dos 18 aos 65 anos que estejam no desemprego, é caso para o descontentamento geral. Se uns têm duas ou três viaturas e outros nem uma só é caso para revolta. Se uns ganham 4.900 euros mensais e outros apenas 870, é caso para reflectir e para concluir que muito está ainda por fazer. O estado do país nestes últimos 13 anos é deveras alarmante. É decerto muito diferente do desejável; e daquilo que teríamos previsto em 1974/1975/1976. O estado de Portugal é desesperante. É preciso dizê-lo. É preciso gritá-lo. Eu escrevi isto no fim de 2007 e aqora repito-o, quase que sem alterações; uma vez que quase nada melhorou de então para cá. J.H.

Morte de um jornalista angolano

Luanda — The Ministry of Social Communication (MCS) Friday in Luanda said that death of journalist Aguiar dos Santos is a great loss to the Angolan journalism at a time when that plurality is a guarantee of the principles of freedom of press and expression in Angola. "It was with deep sorrow and dismay that the MCS has learned of the death of journalist Aguiar dos Santos, Tuesday in Luanda, victim of a disease" - underlines the mass media ministry in a statement signed by incumbent minister, Carolina Cerqueira. In this time of grief and mourning, the MCS presents to the bereaved family, colleagues and friends the deepest feelings of regret. Aguiar dos Santos was a journalist of the Angolan News Agency (ANGOP), where he held positions of responsibility, having also worked for the Angolan newspaper and as a correspondent of several Portuguese newspapers. According to the Mass Media Ministry, Aguiar dos Santos was one of the pioneers of private Angolan press, exerting up to the date of his untimely demise the physical position of director of the weekly Agora.

Angola compra em Londres propriedade de luxo

23 Savile Row is an outstanding new 100,000 sq ft office building located in Mayfair. It has virtually column-free floors that are typically 16,500 sq ft with floor to ceiling glazed façades on three sides. It is the only new building providing floor plates of this size in Mayfair or St. James’s and will be for a considerable time to come. 01 The building has been designed and constructed without compromise. It represents a new standard for offices in the West End and has received numerous prestigious awards, including West End Development of the Year at the Office Development Awards 2009. 43,000 sq ft have already been let to world-class financial and corporate organisations. Office suites from 7,200 to 57,000 sq ft are available.

23.9.12

O que eu escrevia no início de 2008

"A situação financeira das famílias portuguesas encontra-se ao seu mais baixo nível dos últimos quatro anos. O Presidente da República colocou o dedo na ferida. É necessário remodelar profundamente o Governo. Ou dissolver a Assembleia da República e convocar eleições gerais antecipadas. Isto assim não pode ser. Isto assim não pode continuar. O nível de revolta aumenta dia a dia. Sufoca-se neste país. "A saúde é um desastre. Morre-se nas urgências dos hospitais. Espera-se mais de sete semanas para se marcar certos exames médicos. Estamos fartos!". Jorge Heitor 5 de Janeiro de 2008 -- Isto escrevia eu no blog Comunidades no início do ano de 2008; e o problema não perdeu actualidade. A situação financeira das famílias portuguesas encontra-se agora ao seu mais baixo nível dos últimos oito anos e meio. As eleições dos últimos anos de nada serviram. Isto assim continua a não poder ser; o nível de revolta é generalizado. Só que uns o expressam de forma mais violenta, nas ruas, e outros o fazem sobretudo nos escritos, como esta nota que aqui deixo. O que me importa sobretudo sublinha é que o problema não é de modo algum de há 12 ou 15 meses. Antes se arrasta há muito mais de oito anos, com a generalidade da população portuguesa a viver hoje bem pior do que vivia em 2003. É muito, muito urgente, que não se tomem apenas algumas medidas pontuais, pois que o que o que interessa verdadeiramente fazer é uma reestruturação das mentalidades e dos modos de estar. JH

Guiné-Bissau: 39 anos depois

Por ocasião da comemoração do 39º aniversário da independência da República da Guiné-Bissau, a Iniciativa Setembro Vitorioso vai organizar um evento no dia 24 de Setembro, 18h30, no Auditório do Centro Comercial Picoas Plaza. A ocasião revestirá carácter de improviso de leituras de Manifestos ao povo guineense e de Cartas abertas às Nações Unidas, CEDEAO, CPLP e declamação de poemas sob sonoridade tradicional da Guiné-Bissau, com sonâncias de korá, balafon e djimbé. Neste simbólico dia 24 de Setembro do ano 2012, em que a Guiné-Bissau comemora 39 anos de independência, deveria haver carácter festivo, mas o momento é de mágoa, angústia e revolta. Perante os acontecimentos que provocaram mais uma perturbação político-militar na Guiné-Bissau, a Iniciativa foi originada pelo desejo, não de defender partes implicadas, mas sim de defender os direitos inalienáveis e de proteger a soberania nacional contra a usurpação ilegítima do poder por políticos oportunistas e por forças militares estrangeiras e de erguer a voz pelo direito do povo guineense de escolher seus governantes, de determinar o seu próprio destino e de viver em paz, estabilidade e harmonia. O momento actual é caracterizado pela usurpação ilegal e ilegítima do poder político, ocupação militar estrangeira, intolerância, clima de medo, asfixia económica, censura e tensão, por insultos e difamação, pessimismo e desânimo popular, descontentamento e medo crescente, intrigas e vinganças, pela deturpação e desinformação gerando uma situação caótica e intolerável. Apesar de serem péssimos os motivos que colocaram a Guiné-Bissau na agenda internacional, este período não deixou de nos proporcionar algumas alegrias; nomeadamente, a de sentirmos o enorme apoio da comunidade lusófona – o apoio oficial, seguramente, mas também o apoio dos cidadãos de outras nacionalidades que se têm juntado a nós (inclusive, em encontros da diáspora guineense). Recordamos que foi unânime a condenação do golpe militar de 12 de abril, por parte da comunidade internacional, incluindo a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados Oeste Africano (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e da União Europeia (UE). Assim, aproveitamos para dar nota de uma carta dirigida à CEDEAO, apelando para que esta regresse, na prática, à sua posição inicial de rejeição do golpe e do governo de transição nomeado pelos golpistas. Estamos descontentes e desiludidos, pois é evidente a discrepância entre as palavras e os atos. Para atalhar, a CEDEAO tem-se manifestado contra o golpe de estado, mas – na prática – criou condições para que os golpistas continuem a (des)governar o país. Para já, repetimos, os atos da CEDEAO não conduziram à desejável normalização política do país. Esta situação é extremamente prejudicial para a Guiné-Bissau que, assim, se vê privada daquele que poderia ser o importante apoio da CEDEAO. Ao decidir ignorar a Resolução 2048 do Conselho de Segurança, a CEDEAO, à mercê de interesses alheios ao bem comum guineense, conscientemente contribuiu para a subversão da ordem constitucional e da vontade popular soberana, para surpresa e indignação, não só do povo guineense, bem como da comunidade internacional. Para concluir e face ao crescente pessimismo nacional e impasse internacional, reiteramos que todos os verdadeiros patriotas e defensores da legalidade constitucional têm a responsabilidade e o dever patriótico de defender e de salvar a pátria, com audácia e perseverança. Para esse efeito, exigimos a presença incondicional de uma força militar multinacional, conforme a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas no território nacional; a restauração da democracia que passará pela reposição da ordem constitucional; a criação de uma comissão de verdade e reconciliação; a restrição de liberdades cívicas de todos os civis e militares implicados directa e indirectamente no golpe de estado e posterior julgamento, a começar pelos cinco contestatários; priorizar o desarmamento dos militares, desmantelamento de quartéis nos centros urbanos e posterior desmobilização e reforma das forças armadas. A Iniciativa Setembro Vitorioso despontou na sequência da última crise político-militar que assolou a Guiné-Bissau no mês de Abril do corrente e alterou de forma violenta a ordem constitucional vigente. É constituído por cidadãos guineense e lusófonos que primam pela legalidade, respeito pela soberania constitucional, democracia e pelo bem comum. Saudações vitoriosas.

19.9.12

Estamos fartos de tanta iniquidade

Espero que se crie um Executivo o mais abrangente possível, do qual se possa dizer que representa o querer de muito mais de 47 por cento do eleitorado. Não há mais tempo para panos quentes. Caímos muito nos últimos 13 anos, pelo menos. E agora é preciso tudo fazer para que os portugueses não se continuem a sentir em situação muito pior do que aquela que estavam em 1998 ou 1999. Deixem-se de jogos partidários. Escolham os melhores que houver, os mais sérios, sejam de que cariz político forem. Não faz sentido ter 16 por cento da população desempregada. Não faz sentido ter salários abaixo de 600 euros (o que é uma ridicularia). Não faz sentido ter deixado de pagar dois dos meses que os reformados recebiam. E tudo isto não faz sentido, sobretudo, quando se sabe que há pessoas que têm rendimentos mensais acima dos 9.000 euros. E tudo isto não faz sentido quando se sabe que há pessoas com contas bancárias acima dos 200.000 euros. É demasiada a discrepância. É demasiado o fosso entre os ricos e os pobres, ou ligeiramente remediados. Haja Justiça! JH

8.9.12

Angola: Os 15 primeiros deputados do MPLA

1. José Eduardo dos Santos 2. Manuel Domingos Vicente 3. Roberto António Victor Francisco de Almeida 4. Luzia Pereira de Sousa Inglês Van-Dúnem “Inga” 5. António Domingos Pitra Costa Neto 6. Julião Mateus Paulo “Dino Matross” 7. Joana Lina Ramos Baptista 8. Ana Afonso Dias Lourenço 9. Elisa Kata 10. Francisco de Castro Maria 11. Gustavo Dias Vaz da Conceição 12. Ruth Adriano Mendes 13. Ana Paula Inês Luís Ndala Fernando 14. Amélia Calumbo Quinta 15. Fernando da Piedade Dias dos Santos, "Nandó".

7.9.12

Angola: A Ilustre Casa dos Santos

José Eduardo dos Santos * Luanda, Luanda 28.08.1942 Pais Pai: Eduardo Avelino dos Santos Mãe: Jacinta José Paulino Casamentos de José Eduardo dos Santos Casamento I: Tatiana Kukanova Casamento II: Maria Luísa Perdigão Abrantes Casamento III (17.05.1991): Ana Paula Cristovão Lemos * 17.10.1963 Filhos Filhos do Casamento I: •Isabel José dos Santos * 1973 Sindika Dokolo Filhos do Casamento II: •José Eduardo Paulino dos Santos * 23.07.1951 •Welwitchia dos Santos (Tchizé), casada com Hugo André Nobre Pêgo •José Filomeno dos Santos Filhos do Casamento III: •Eduane Danilo dos Santos * 29.09.1991 •Joseana dos Santos * 05.04.1995 •Eduardo Breno dos Santos * 02.10.1998 Filho de Eduarda, "Dadinha", funcionária da Sonangol •Josias dos Santos

Angola: Os Três Mosqueteiros de José Eduardo

Three of Angola’s most powerful officials have acknowledged they hold concealed shares in an oil venture linked to Cobalt International Energy, the Financial Times reported. The newspaper said the recently departed head of the national oil company and an influential general confirmed that they, along with another general, have held shares in Nazaki Oil and Gaz, the local partner in Cobalt’s oil venture in the country. The article said Manuel Vicente, head of state-owned Sonangol until his appointment in January as minister of state for economic coordination, and General Manuel Helder Vieira Dias Junior, known as Kopelipa, head of the presidency’s military bureau, confirmed their holdings in letters. The third official was identified by the newspaper as General Leopoldino Fragoso do Nascimento. Vicente and General Kopelipa are cited as saying they exerted no influence over the award of Cobalt’s oil rights. “Always respecting all Angolan legislation applicable to such activities, not having committed any crime of abuse of power and/or trafficking of influence to obtain illicit shareholder advantages,” the two officials are quoted as saying, in reference to their Nazaki interests. Their interests were held through Grupo Aquattro Internacional. Aquattro, the Financial Times said, was named as a Nazaki shareholder in two company documents from 2007 and 2010. US authorities are investigating the Goldman Sachs backed explorer’s Angolan operations, the paper added. Cobalt could not be immediately reached for comment.—Reuters

Angola: Arkady Gaydamak

Quando se escrever a história de Angola dos últimos 20 anos, de guerra e paz, a corrupção e os poderes extraordinários de figuras estrangeiras junto do Presidente José Eduardo dos Santos, na tomada de decisões estratégicas e soberanas, revelar-se-ão como instrumentais. Durante a guerra pós-eleitoral, duas figuras estrangeiras tornaram-se sinónimo de poder presidencial em Angola: o russo-israelita Arkady Gaydamak e o franco-brasileiro Pierre Falcone, ambos traficantes de armas. Para breve conhecimento dos leitores, Maka Angola reporta apenas, no presente texto, como o negócio de armas se expandiu para o sector dos diamantes e a família presidencial, por via de Isabel dos Santos, foi das principais beneficiárias. As revelações constam de vários documentos submetidos a um tribunal de Londres, onde Arkady Gaydamak apresentou queixa contra o seu ex-companheiro de negócios em Angola, Lev Leviev, e cuja sentença foi proferida a 26 de Junho de 2012. Gaydamak provou em tribunal ter sido o autor da ideia de criação de uma empresa com poder exclusivo e monopolista de compra e venda de diamantes em Angola, a Angola Selling Corporation (Ascorp). O Contexto da Guerra Gaydamak explicou ao tribunal que, em 1993, após o retorno à guerra, “havia indefinição, após o colapso da União Soviética, se o governo derrotaria o grupo rebelde UNITA, liderado por Jonas Savimbi”. “A partir de 1993, passei activamente a assistir o governo legítimo, reconhecido pelas Nações Unidas, na provisão de equipamento militar, comida, medicamentos e outros equipamentos, assim como na obtenção de financiamentos. Eu ajudei o governo a conseguir créditos, através de petróleo, para pagar as despesas”, informou Gaydamak ao tribunal. Gaydamak descreveu como, nessa altura, após ter sido mal-sucedido numa venda de helicópteros, encontrou-se com o intermediário do negócio, Pierre Falcone. Para evitar os custos alfandegários do retorno dos helicópteros para a Rússia, as aeronaves foram armazenadas em Roterdão, na Holanda. “Os custos com o armazenamento dos helicópteros eram demasiado altos e requeriam o seu acondicionamento em locais limpos. Eu estava para desembaraçar-me deles como sucata, mas uns meses depois o Falcone disse-me que tinha conseguido um novo cliente em Angola, como resultado do seu encontro com o filho do antigo Presidente Miterrand”. Rafael Marques de Morais http://makaangola.org/2012/09/06/gaidamak-mandou-em-angola%C2%AD%C2%AD/

6.9.12

Território Catalán Libre

Los ayuntamientos de Sant Pere de Torelló y Calldetenes (Barcelona) aprobaron ayer sendas mociones para declararse «territorio catalán libre» y pedir al Parlament que vote la declaración unilateral de soberanía nacional de Catalunya. La moción aprobada en Sant Pere de Torrelló considera que la legislación y los reglamentos de alcance estatal serían vigentes solo de forma provisional, a la espera de que el Parlament dicte la legislación legalmente aplicable, ante un «expolio fiscal» que supone 16.000 millones de euros anuales para Catalunya, y 5,58 millones de euros para el pueblo. El texto propone que el Parlament emprenda «acciones inmediatas» como crear registros civiles, mercantiles y de la propiedad; una hacienda propia y un banco nacional, y una administración fiscal y de justicia propia, así como anunciar a toda la comunidad internacional el proceso de independencia de Catalunya. Otras medidas para ordenar la transición hasta un Estado catalán incluyen anular las leyes y sentencias que limiten el uso del catalán en la vida pública o académica catalana; obligar a los cuerpos policiales y militares españoles realizar una comunicación previa para actuar en Catalunya, y pedir el amparo de las instituciones internacionales. Asimismo, apela al «espíritu cívico de toda Europa, incluido el Estado español», para que se imponga una resolución democrática de los conflictos y se avance en los ideales de hermandad entre los pueblos. El texto argumenta el deseo de independencia de Catalunya en vista del «contexto crítico» que vive, y ante la incapacidad del Estado español para administrar los recursos públicos de forma eficiente y para garantizar el funcionamiento ordenado de sus instituciones financieras supervisoras, como el Banco de España. También considera que el Gobierno español ha «incumplido de forma reiterada» sus obligaciones con el Govern, y lo ha acusado de «deslealtad institucional» por «agravar los desequilibrios» creados por un déficit fiscal «insostenible». Según informa el diario digital ‘Vilaweb’, los municipios de Vic y Sant Cugat también votarán sendas mociones sobre la independencia. Naiz.info Esta aprobación llega pocos días después de que un coronel español amenazase con una intervención militar si Catalunya proclama la independencia.

5.9.12

Angola: UNITA duplica número de deputados

A distribuição provisória de deputados no Parlamento angolano é a seguinte: MPLA (173), UNITA (32), CASA-CE (8), PRS (3) e FNLA (1), perfazendo 217. Para fechar o quadro (220 deputados), estão ainda em disputa três vagas. Neste momento, regista-se o total de 5.999.600 votos (válidos 5.646.210 94,11%), tendo o MPLA na liderança com 4.055.448 (71,82%), UNITA 1.055.859 (18,70%), CASA-CE 342.654 (6,06%), PRS 95.758 (1,69%), FNLA 61.369 (1,08%), ND 12.672 (0,22%), PAPOD 8.255 (0,14%), FUMA 7.839 (0,13%) e CPO 6.356 (0,11%). Club-K André Caputo de Menezes (mestrando em Ciência Política e Políticas Públicas) --- Anteriormente o MPLA estava com 191 deputados e a UNITA com 16, pelo que se poderá dizer que esta formação se saiu muito bem das eleições recentemente efectuadas.

4.9.12

Somália? Mas ainda se pode falar de Somália?

The Kenyan navy has shelled Kismayo, the main Somali city controlled by militant Islamist group al-Shabab, a military spokesman has told the BBC. Colonel Cyrus Oguna said the attack was part of a push by an African Union (AU) force to capture the city. Residents told the BBC that al-Shabab was reinforcing its positions in the city and people had started to flee. AU forces have vowed to capture Kismayo - a port city that is key to financing and arming the al-Qaeda affiliate. The move on Kismayo comes as Somali MPs prepare to choose a new president under a UN-brokered peace plan. The election is due on 10 September. BBC ------------------------------- Vão voltar a eleger o "Presidente" de uma administração que nem sequer consegue controlar um quarto do território. É de anedota, a trágica situação que desde há muito se vive na Somália. Praticamente, já ninguém liga às notícias sobre esse "país", tal como já não se liga ao que se refere à Guiné-Bissau, um Estado que perdeu credibilidade.

Angola: um rendimento médio baixo

Crescimento do Rendimento Nacional Bruto angolano, per capita, de 2007 a 2011: 2.590 3.330 3.880 3.960 4.060 Dados divulgados pelo Banco Mundial -- De qualquer modo, uma ECONOMIA melhor agora do que estava há cinco anos. Mas ainda muito mais precisa ser feito, nomeadamente no sentido da diversificação. Os lucros do petróleo devem ser aplicados no desenvolvimento de outros sectores.

3.9.12

Israel vende tecnologia militar

Israel has agreed to sell Azerbaijan military technology, including drone airplanes, in a deal reportedly worth $1.4 billion. The Caucasus nation, which borders Iran, wil l receive planes, drones and an advanced missile defense system. The country has recently found itself caught between Israel and Iran as tensions have ramped up between the two. The country came under fire from Iran recently amid reports that Israel was trying to set up a Mossad base in its capital, Baku. Azerbaijan (terra natal de Isabel dos Santos e de sua mãe) is a secular Muslim country with friendly ties to the US and Israel. It is home to approximately 9,000 Jews and has a total population of approximately 9.5 million people, according to the CIA World Factbook.

2.9.12

Angola: MPLA com 74 por cento

Escrutinados ontem à noite 72,56 por cento dos votos angolanos, o MPLA contabilizava 74,14 por cento, a UNITA 17,80, a CASA 4,67, o PRS 1,82, a FNLA 1,04 e a Nova Democracia 0,19. Ou seja, o partido de José Eduardo dos Santos elegia folgada mente o Presidente da República, a UNITA recuperava do desaire de 2008, a CASA de Abel Chivukuvuku não causara um impacto tão grande quanto desejaria e as demais formações continuavam muito fracas. Os dois principais partidos de Angola têm agora votações equiparáveis às dos seus congéneres de Moçambique.

1.9.12

Angola: MPLA com 74,5 por cento

Escrutinados 65 por cento dos votos angolanos, José Eduardo dos Santos e o MPLA conseguem 74,5 por cento, a UNITA 17,9, a CASA (de Abel Chivukuvuku) 4,5, o PRS 1,5 e a FNLA 1. Todos os demais concorrentes muito abaixo de um por cento. Dados TPA MPLA aguenta-se bem, UNITA recupera terreno e Abel Chivukuvuku não conseguiu tanto impacto quanto desejaria.