31.1.16

Mugabe nunca se cala

Son discours était prévu pour durer 10 minutes. Finalement, il a parlé près d'une heure. Pour sa dernière intervention en tant que président de l'Union africaine (UA) le 30 janvier, le Zimbabwéen Robert Mugabe s'est lancé dans une longue diatribe anti-occidentale entrecoupée d'ovations. Barack Obama, les Nations unies, les Européens... Tout le monde en a pris pour son grade. Extraits. Sur Barack Obama : « Aujourd’hui, nous sommes libres. Mais nos ancêtres ne l’étaient pas. On a envoyé des Noirs de l’autre côté de l’atlantique. […] Maintenant, il y a Obama, c’est vrai. Mais qui est-il ? Une voix à qui l’on fait parler leur langage. Qui fait ce qu’ils veulent faire. » Sur les ONG : « [Les Occidentaux] sont partout en Afrique. S’ils ne le sont pas directement, c’est par l’intermédiaire d’ONG, d’espions, des imposteurs qui prétendent venir ici pour nous aider. Mais quelle aide nous apportent-ils ? » Sur les Nations unies : « Les patrons, au Conseil de sécurité disent : « Vous n’aurez jamais le même pouvoir que nous, les membres permanents. » Nous avons demandé, demandé et demandé : réformez le Conseil de sécurité. M. Ban Ki-moon, vous êtes un homme bon. Mais nous ne pouvons pas faire de vous notre combattant. […] Si les Nation unies doivent survivre, nous devons en être des membres égaux. […] M. Ban Ki-moon, leur avez-vous déjà dit que nous sommes aussi des êtres humains ? » Sur les Occidentaux « Laissez-moi dire un mot de mon mépris du sommet sur les migrations de La Vallette avec nos amis européens. J’ai trébuché sur cette expression, mais j’ai finalement réussi à la prononcer… « Nos amis européens ». À la dernière minute, nous avons appris que seuls certains d’entre nous seraient invités. Bien que nous soyons affectés différemment par les migrations, nous devons avoir une approche collective. » « Le siège des Nations unies [à New-York] est mal placé. Il y a 1,2 milliard de personnes en Inde, 1,3 milliard en Chine, un milliard en Afrique. Mettez les visages blancs avec des grands nez en comparaison… Un pour un… Et ces gens osent encore parler de changement de régime ? Mugabe devrait partir ? Dites leur de fermer leurs bouches. » Sur son avenir : « Je réaffirme ma confiance au nouveau président, le chef de l’État tchadien. Je serai là si vous avez besoin de moi. Je le resterai jusqu’à ce que Dieu me rappelle. Jusqu’à ce jour vienne, j’aurai du punch. » Pierre Boisselet Jeune Afrique

30.1.16

Bjijagós servem para armazenar droga

A existência do corredor, conhecido por Brazilian Connection (rota brasileira) que começa no Brasil, atravessa ex-colónias portuguesas em África, como a Guiné-Bissau, e termina em Portugal ou em Espanha, é admitida pelas autoridades guineenses. As características do arquipélago dos Bijagós – um conjunto de cerca de 90 ilhas, a maior parte das quais desertas, e menos de 1.500 habitantes – e a sua localização estratégica tornaram-no no mais apetecível destino das drogas provenientes da América do Sul, onde ficam armazenadas à espera de serem enviadas para a Europa. Mas não são só estes atrativos que contribuíram para que o arquipélago se tornasse em “placa giratória” do tráfico de droga internacional. “A situação socioeconómica da população associada (…) à falta de capacidades institucionais e operacionais para combater o tráfico ilícito internacional e o crime organizado constituem fatores prováveis de atracão de organizações e redes de crime organizado”, refere um documento do Ministério da Justiça guineense facultado à agência Lusa. Mais precisamente, a “total falta de equipamentos de investigação e operacionais” tem como resultado a “quase ausência de policiamento no território nacional e nas fronteiras”, facilitando qualquer tipo de atividade ilícita, precisa o documento.  “Uma pessoa que não recebe há muitos meses pode cair na tentação de deixar passar droga por algum dinheiro. Esse é outro dos problemas que estamos a enfrentar neste momento”, disse o diretor-geral da PJ guineense. A mesma posição foi defendida pelo diretor-geral da Polícia Judiciária guineense, Orlando Silva, que disse que o combate ao tráfico de droga é “bastante complicado, porque além da falta de material, há também falta de homens qualificados”. Por outro lado, Orlando Silva salientou que “as ilhas dos Bijagós praticamente não fazem parte da Guiné-Bissau, porque não há um controlo do Estado e os traficantes conhecem essas fraquezas e instalam-se lá a seu bel-prazer, estando neste momento a armazenar”. Esta falta de controlo do Estado também está patente, segundo o documento do Ministério da Justiça, na facilidade em adquirir um passaporte guineense e na falta de segurança no aeroporto e dos portos do país. O documento refere mesmo o aumento de grupos nigerianos de crime organizado na Guiné-Bissau, que, por norma, utilizam pessoas com malas para o transporte de droga. As condições socioeconómicas da população também são um atrativo para os traficantes de droga, com poder económico para subornar pessoas que na maioria dos casos estão com meses de ordenados em atraso. A debilidade das autoridades guineenses, da população e das infraestruturas do país são a principal razão para a Guiné-Bissau se ter tornado numa “placa giratória” do mercado do tráfico de cocaína. “Uma pessoa que não recebe há muitos meses pode cair na tentação de deixar passar droga por algum dinheiro. Esse é outro dos problemas que estamos a enfrentar neste momento”, disse o diretor-geral da PJ guineense. Segundo fontes citadas pela agência noticiosa da ONU, IRIN, aquela situação está a ameaçar a estabilidade do governo, porque os traficantes de droga estão a conseguir subornar funcionários de ministérios, militares e policias. A debilidade das autoridades guineenses, da população e das infraestruturas do país são a principal razão para a Guiné-Bissau se ter tornado numa “placa giratória” do mercado do tráfico de cocaína. Isabel Marisa Serafim, Lusa

Bijagós ao serviço do narcotráfico

Segundo relatórios de inteligência e da UNODC(organismo das Nações Unidas para o combate à droga), a cocaína cruza o Atlântico desde Venezuela à África em aviões de carga e barcos mercantes até aeroportos e portos como Dakar (Senegal) e Accra (Ghana), onde os carregamentos são divididos e transportados à Europa por velhas rotas de contrabando terrestres e marítimas. Na África ocidental, países inteiros caíram nas mãos dos cartéis. O valor da cocaína que transita por países como Guiné-Bissau com direção à Europa multiplica várias vezes o tamanho de sua economia. Essa região inclui 10 dos 20 países mais pobres o mundo, o que os faz especialmente vulneráveis ao poder corrupto do crime organizado multinacional. A UNODC estimou que só em 2006 cerca de 40 toneladas de cocaína, com um valor de mercado de 1,8 bilhões de dólares, transitaram pela região. Segundo Antonio Mazziteli, ex-diretor da UNODC, o governo da Guiné-Bissau “vendeu” em 2009 o acesso a várias das 90 ilhas do arquipélago de Bijagós aos narcotraficantes para que as utilizassem como trampolim de seus embarques para Europa. No dia 1 de março de 2009, o chefe do exército desse país, general Batista Thagme Na Waie, morreu em uma explosão e horas depois, o presidente João Bernardo Vieira foi assassinado por soldados do exército. Provavelmente ambos os crimes foram cometidos por militares comprados pelo narcotráfico. Nenhum desses dois crimes foi resolvido. - See more at: http://diplomatizzando.blogspot.pt/search/label/narcotrafico#sthash.ROdWeW4J.dpuf

Bissau: Força Aérea sem aviões

On leaving Bissalanca by 1973-74, the Portuguese Air Force left three North American T-6Gs. After achieving independence from Portugal, the air force was formed by officers returning from training in Cuba and the USSR. The FAGB was re-equipped by the Soviet Union with a limited aid package in which its first combat aircraft were introduced. Five MIG-17s and two MiG-15UTI trainers entered service with a single Mi-8 helicopter. In 1978 France provided more aircraft aid in the form of a Reims-cessna FTB.337 for coastal patrol and a surplus Alouette III. A Dassault Falcon 20F was donated by the Angolan government but was soon sold to the USA. In the late 1980s a similar number of MiG 21s replaced the MiG 17s, also delivered an AN-24, a YAK-40 and another Mi-8 helicopter. In the early 90s they received ex-polish PZL-Mielec Lim-6 Fresco fighter bombers from Poland and East Germany. The force's title was changed to Força Aérea da Guiné-Bissau (FAGB) after the outbreak of the civil war in 1998.[9] Cooper and Weinert state 'when sighted for the last time in ..1991, most of the [MiG] fleet was in 'storage' inside several hangars on the military side of Bissalanca IAP (Osvaldo Vieira International Airport), and in a deteriorating condition.' As of 2015 Guinea-Bissau has no aircraft in flying condition, with the last know type a SE.3105 helicopter, which ceased operating in 2011. Wikipedia O Chefe do Estado-Maior desta Força Aérea sem aviões, Ibraima Papa Camará, foi considerado pelos EUA um dos barões da droga, mas ninguém o prendeu, ao contrário do que aconteceu com o almirante Bubo Na Tchuto, agora numa prisão norte-americana.

Bissau: As Forças Armadas

Major General Batista Tagme Na Waie was chief of staff of the Guinea-Bissau armed forces until his assassination in 2009. Military unrest occurred in Guinea-Bissau on 1 April 2010. Prime Minister Carlos Gomes Junior was placed under house arrest by soldiers, who also detained Army Chief of Staff Zamora Induta. Supporters of Gomes and his party, PAIGC, reacted to the move by demonstrating in the capital, Bissau; Antonio Indjai, the Deputy Chief of Staff, then warned that he would have Gomes killed if the protests continued. The EU ended its mission to reform the country's security forces, EU SSR Guinea-Bissau, on 4 August 2010, a risk that may further embolden powerful generals and drug traffickers in the army and elsewhere. The EU mission's spokesman in Guinea-Bissau said the EU had to suspend its programme when the mastermind of the mutiny, General Antonio Indjai, became army chief of staff. "The EU mission thinks this is a breach in the constitutional order. We can't work with him". International drug trade The multitude of small offshore islands and a military able to sidestep government with impunity has made it a favourite trans-shipment point for drugs to Europe. Aircraft drop payloads on or near the islands, and speedboats pick up bales to go direct to Europe or onshore. UN chief Ban Ki-moon has called for sanctions against those involved in Guinea-Bissau's drugs trade. Air Force head Ibraima Papa Camara and former navy chief Jose Americo Bubo Na Tchuto have been named "drug kingpins". Angolan assistance Angola, at the presidency of the Community of Portuguese Language Countries (CPLP) since 2010, has since 2011 participated in a military mission in Guinea-Bissau (MISSANG) to assist in the reform of defence and security. MISSANG had a strength of 249 Angolan men (both soldiers and police officers), following an agreement signed between the defence ministers of both countries, as a complement to a Governmental accord ratified by both parliaments. The Angolan assistance mission included a programme of technical and military cooperation focused on a reform of the Guinean armed forces and police, including the repair of barracks and police stations, organisation of administrative services and technical and military training locally and in Angolan institutions. The mission was halted by the Angolan Government, following a politico-military crisis that led to the ousting of the interim president of Guinea- Bissau, Raimundo Pereira, and the prime minister, Gomes Júnior. By 22 June 2012, the Angolan vessel Rio M'bridge, carrying the mission's equipment, had arrived back in Luanda. Wikipedia

Bissau: O narcotráfico é quem mais ordena

LE MONDE| Le 29.06.2009 Au coeur de la nuit, le bar sans nom sur le port de Bissau semble la seule lumière dans l'obscurité d'une ville privée d'éclairage public. Sous l'ampoule anémique se laisse deviner une mince parcelle du trafic de drogue à échelle industrielle qui s'est développé en Guinée-Bissau, pays d'Afrique de l'Ouest ravagé par la pauvreté, une guerre civile (1998-1999) et une culture nationale de l'assassinat politique. Assis à une table, l'homme est nerveux. Carlos, appelons-le ainsi, a le bout du nez brûlé par la consommation de crack (dérivé de cocaïne) fumé dans des petites pipes. La flamme du briquet a laissé les chairs à vif. Carlos préfère affirmer qu'il a été blessé d'un coup de dent rageur de sa petite amie. Notre compagnon s'agite dans son bleu de chauffe taché. Il renverse sa bière, lève les bras au ciel, s'impatiente. Ce soir, il attend l'équipage d'un cargo italien auquel il dit avoir prêté main-forte pour charger discrètement de la cocaïne. A présent, le capitaine doit le "récompenser" en nature. Pour achever la transaction, il les suivra dans les bars du centre, où sont attablés des hommes silencieux, lunettes noires, 4 × 4 garés à proximité, et qui rient aux éclats quand on leur demande ce qu'ils font dans la vie. Ce ne sont là que les petits parrains locaux, notamment nigérians, de la redistribution locale de cocaïne. Pour le gros du trafic, il faut sillonner les quartiers périphériques, fureter à proximité des villas où les responsables sud-américains et leurs hommes gèrent les arrivées et les départs de tonnes de cocaïne, tout en évitant de se montrer. Réseau global et consommation locale, gros profits et risques d'explosion politique, voici résumé à grands traits l'impact de la transformation brutale d'un petit pays perdu en plate-forme de réexportation de la cocaïne sud-américaine vers l'Europe. Le problème est régional, à la taille de l'Afrique de l'Ouest. Depuis 2005, "au moins 46 tonnes" de cocaïne ont transité en Guinée-Bissau et dans les pays voisins, relève le Bureau des Nations unies contre les drogues et le crime (ONUDC). La valeur de cette cocaïne en transit ? Près de 2 milliards de dollars (1,4 milliard d'euros) chaque année. De quoi faire tourner les têtes en Guinée, au Ghana, en Sierra Leone ou dans les pays voisins, têtes de pont du réseau. Le volume du trafic croît, les prises s'espacent, le système politique se laisse gangrener par les narcodollars : la cocaïne promet des lendemains violents en Afrique de l'Ouest. La Guinée-Bissau est la première touchée. Les assassinats politiques liés à des querelles entre groupes militaires et politiques rivaux s'y multiplient. Certains responsables bissau-guinéens auraient constitué des milices avec l'argent des trafiquants, dans l'attente du résultat de l'élection présidentielle de ce dimanche 28 juin. "C'est un pays tellement fragile", soupire Franco Nulli, délégué de la Commission européenne dans le pays, avant de rouler des yeux à la première question sur la drogue et de vous congédier. La Guinée-Bissau ne s'est pas encore transformée en narco-Etat. Les cartels ne s'y livrent pas à des règlements de comptes sanglants dans les rues assoupies du centre-ville, leurs chefs étant plus soucieux de discrétion que de rivalités suicidaires. Mais, déjà, la consommation locale de drogue s'envole. Les groupes de la région impliqués dans les trafics (notamment nigérians et mauritaniens), souvent payés en cocaïne, ont la gâchette facile et la lame de couteau rapide. Et en dépit de l'aide de l'ONUDC à l'appareil judiciaire, les trafiquants vivent dans l'impunité, alors que la politique locale est déjà sous influence des narcotrafiquants. Antonio Mazitelli, représentant régional de l'ONUDC, constate : "Les cartels utilisent le pays comme base logistique en profitant de l'existence de groupes rivaux au sein du pouvoir. Pour l'instant, le plus dangereux, c'est la compétition entre les groupes locaux qui gèrent la dimension locale du trafic." Car la compétition entre petits réseaux de "mules" fait déjà des morts. Luis Vaz Martins, avocat et président de la Ligue guinéenne de défense des droits de l'homme, essaie d'enquêter sur le sujet : "La cocaïne tue, surtout lorsqu'un groupe retient une certaine quantité de drogue qu'il doit livrer pour maintenir la pression sur ceux qui doivent payer." Il travaille avec une prudence de chat sur le cas de deux commerçants libanais récemment criblés de balles dans son voisinage, et sur de curieux assassinats en mer, "lorsque des éléments concurrents de la marine se sont tiré dessus". Un groupe de responsables militaires avait développé des aires d'atterrissage dans le sud du pays. Notamment à Kufar, juste à côté d'une caserne. Les "Gulf Stream" avec des systèmes de ravitaillement pour traverser l'Atlantique y atterrissaient avec, dans leurs soutes, "une tonne à une tonne et demie de cocaïne", estime un expert. L'intervention de l'ex-chef d'état-major, Tagmé Na Wai, a été décisive pour bloquer le trafic, en faisant fermer des pistes et en menaçant d'abattre tout avion survolant le territoire bissau-guinéen. Depuis, le trafic emprunte d'autres voies, par mer, arrivant dans les îles Bijagos, où abondent d'étranges petits hôtels sans clients, ou par air. "On peut organiser des atterrissages n'importe où. On arrive à construire une piste en deux semaines", commente, abattu, M. Mazitelli. Pendant ce temps, la violence gagne. Tagmé Na Wai a été pulvérisé dans un attentat en mars, entraînant l'assassinat du président de la République, Nino Vieira. Des morts prévisibles ? "Tagmé leur a fermé le robinet, assure une source judiciaire qui supplie pour ne pas être identifiée. Il fallait s'attendre à une vengeance." Jean-Philippe Rémy - BISSAU ENVOYÉ SPÉCIAL

29.1.16

O jihadismo nasceu no Sudão

Deux événements ont eu lieu presque simultanément, les 15 et 16 janvier. Le premier à Ouagadougou, au cœur de l'Afrique, le second à Vienne, au centre de l'Europe. Je me propose de vous dire comment je les perçois et ce que j’en pense. * 1) Les jihadistes ont frappé une nouvelle fois en Afrique ; le vendredi 15 janvier, ils ont tué trente personnes dans un hôtel de Ouagadougou, capitale du Burkina. Pratiqué par des hors-la-loi et des laissés-pour-compte du système, le jihadisme est avec nous depuis plus d’un quart de siècle. Réinventé et perfectionné par Al-Qaïda, qui fait aujourd’hui figure d’ancêtre, il a été repris depuis peu par son rejeton, Daesh. On a tendance à oublier que ce jihadisme est né en Afrique, plus précisément au Soudan, et que ses premiers faits d’armes, à la fin du siècle dernier, ont eu pour cibles des ambassades américaines en Afrique de l’Est. Il a prospéré en Algérie dans les années 1990, puis en Somalie ; on l’a combattu dans ces deux pays sans jamais parvenir à l’éradiquer. Des « émirs » ont remplacé ceux qui ont été tués ou qui ont renoncé. Ils ont maintenu la flamme, ou l’ont rallumée lorsqu’on la croyait éteinte et ont appris à franchir les frontières. Le phénomène a ensuite gagné l’Afghanistan, a sévi au Moyen-Orient, a frappé l’Amérique, l’Europe et l’Asie. Bref, il est devenu mondial. J’ai cité ici même, la semaine dernière, la description juste qu’en a fait Barack Obama dans son discours sur l’état de l’Union : « C’est une grave menace parce qu’il suffit d’une poignée de terroristes qui n’accordent aucune importance à la vie humaine, y compris à la leur, pour que le danger soit réel. […] Les jihadistes essaient de se faire passer pour les représentants de l’une des plus grandes religions du monde. C’est un mensonge, car ils ne sont que des fanatiques et des tueurs qu’il faut traquer, déraciner et détruire. […] L’instabilité et le tumulte qu’ils ont créés vont peut-être durer des décennies. » * Ce jihadisme est revenu en Afrique, et tout indique qu’il va gagner du terrain. En 2015, il a frappé plusieurs fois au Nigeria, en Tunisie et en Égypte, puis au Mali et, ce 15 janvier, au Burkina. La base arrière libyenne où il est en train de s’installer, où il peut s’entraîner, trouver armes et refuge, va lui permettre d’acquérir une dimension nouvelle et d’embrasser une aire africaine plus large. Attendons-nous à voir l’armée française prolonger son séjour dans les pays du Sahel ; elle mobilisera des moyens supplémentaires, français et européens. Que Barack Obama le veuille ou non, lui-même, dès 2016 – ou, dans un an, son successeur -, engagera, lui aussi, plus de moyens dans la lutte contre le jihadisme en Afrique. Les pays subsahariens de la zone sahélienne, Nigeria inclus, sont déjà sur le pied de guerre, guettant les allées et venues des chefs jihadistes, écoutant leurs échanges, s’efforçant de déjouer leurs prochains coups : le continent africain est en passe de devenir l’un des principaux théâtres des opérations jihadistes. La rivalité et la surenchère entre Al-Qaïda et Daesh sont plus nettes en Afrique qu’ailleurs et se feront sentir de plus en plus. Le fait que les jihadistes soient souvent africains et qu’on puisse en recruter facilement sur le continent va compter chaque jour davantage. * Les meilleurs spécialistes assurent que le nombre total de jihadistes dans le monde (incluant ceux qui sont seulement des soutiens) n’atteint pas 70 000, hommes ou femmes, la plupart jeunes. Sur les plus de 7 milliards d’êtres humains, il y aurait donc moins de 1 jihadiste ou sympathisant pour 100 000 personnes. Mais, depuis près de trois décennies qu’ils évoluent parmi nous, leur nombre se maintient ou s’accroît. Ils représentent un danger de plus en plus grand parce qu’ils ont décidé de tuer d’une manière aveugle – et d’aller au-devant d’une mort probable, voire certaine. Le phénomène n’est pas nouveau, mais a acquis une dimension mondiale. À ce jour, nul n’a trouvé la manière d’en venir à bout. * 2) L’Iran est de retour sur la scène mondiale. Quatorze ans se sont écoulés depuis ce jour de janvier 2002 où George W. Bush a placé l’Iran dans « l’axe du mal ». Ce 16 janvier 2016, Barack Obama l’en a fait sortir. Pourquoi a-til pris le contre-pied de son prédécesseur ? Pour bien des raisons, dont celle-ci, jamais mise en avant, et que je vous dévoile. Elle est peu connue, mais elle a beaucoup compté. Ceux qui connaissent le Moyen-Orient savent que les peuples arabes, majoritairement sunnites pour la plupart, n’aiment pas les Américains. Ils accusent les dirigeants des États-Unis, à juste titre, de soutenir les pouvoirs dictatoriaux qui les oppriment et ils pensent que ces pouvoirs sont « vendus à Washington ». En règle générale, les peuples arabes du Moyen-Orient se méfient de l’Amérique, lui prêtent l’habitude de conspirer avec leurs dirigeants contre eux. C’est un fait que la plupart de ces dirigeants sont inféodés à l’Amérique, parce qu’elle les a installés au pouvoir et/ou les protège. Ils tombent lorsqu’elle leur retire son soutien ou décide de les remplacer. En Iran, depuis que le chah a été renversé par la révolution islamique et que son pouvoir a été remplacé par celui des mollahs, c’est exactement l’inverse. Sauf exception, les dirigeants de la République islamique d’Iran, à commencer par le Guide Ali Khamenei, sont antiaméricains. Ils pensent que les États-Unis ne veulent pas d’eux au pouvoir et cherchent à les en écarter. Le peuple, lui, est très proaméricain. Les élites et la jeunesse de ce pays admirent les États-Unis, connaissent et apprécient leurs arts, leur culture et leurs technologies. Obama a voulu ignorer l’hostilité des dirigeants iraniens, dont il pense qu’ils ne seront plus là dans cinq ou dix ans, pour miser sur la nouvelle génération, qui sera au pouvoir dans dix ou quinze ans, lorsque l’accord sur le nucléaire iranien, conclu pour dix ans devra être renégocié. * Quoi qu’il en soit, l’Iran – un grand pays et un grand peuple de 80 millions d’habitants – est de retour sur la scène mondiale. Israël excepté, c’est le mieux éduqué du Moyen-Orient. Plus tôt les pays arabes et Israël accepteront ce fait important, mieux cela vaudra. Pour eux et pour la région. Béchir Ben Yahmed Jeune Afrique

Bissau: O Governo passou

Depois de duas semanas de grande turbulência, o programa do Governo de Carlos Correia acabou por passar na Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, mas os narcotraficantes latino-americanos tudo farão para que o Estado guineense continue fraco, pois só assim servirá os seus interesses. Com muita dificuldade, o PAIGC conseguiu substituir os deputados que não haviam inicialmente respeitado a disciplina de voto; e o programa governamental foi finalmente aprovado pela sua bancada, encontrando-se ausentes da sala os deputados do Partido da Renovação Social (PRS). O Tribunal Regional de Bissau deu razão à mesa da Assembleia, que mandara substituir os deputados rebeldes, e evitou-se assim, pelo menos para já, que o Presidente da República, José Mário Vaz, procurasse constituir um novo executivo à revelia da direcção do PAIGC, partido maioritário; ou tratasse mesmo de dissolver a Assembleia Nacional Popular, marcando umas dispendiosas eleições antecipadas. Toda esta turbulência tem vindo a ser assacada aos meios, incluindo os associados ao narcotráfico, que preferem na África Ocidental regimes fracos, altamente instáveis, de modo a que possam proceder a toda a espécie de manigâncias, em detrimento do interesse das populações. Na Guiné-Bissau não se combate por ideais, mas sim por interesses, muitos deles alheios ao próprio continente africano. Cada político ou cada grupo de indivíduos procura beneficiar com os dinheiros disponibilizados pela comunidade internacional, com o abate das florestas e com as verbas inerentes ao narcotráfico que passa pela região, a caminho da Europa. Não há princípios, nem noção de pátria, mas sim o salve-se quem puder, com uns quantos a tentarem sempre obter benefícios materiais, enriquecer, enquanto o país continua pobre, entre os 15 ou 20 mais pobres do mundo. Sempre houve muitos erros na acção do PAIGC, conforme o reconheceu o seu próprio fundador, Amílcar Cabral, que deixou escrito que certas coisas que deveriam ter sido feitas não o foram na devida altura, ou até mesmo nunca. Se isto já era assim há 43 anos, imagine-se hoje, depois da passagem pelo poder de muitas pessoas que não tinham, nem de perto nem de longe, a honestidade de Amílcar. Errou o PAIGC, errou o PRS, entretanto surgido, e erraram outros. A Guiné-Bissau é um território de oportunidades perdidas, onde muitos dão mais valor aos laços étnicos e aos seus negócios do que à construção de um Estado viável, imune a pressões externas. Os princípios definidos foram muitas vezes letra morta, de modo que, em solo guineense, o idealizado por Amílcar, e que Luís Cabral tentou levar à prática, ficou em grande parte no papel, enquanto a população continuou a sofrer. Tem-se chamado ao PAIGC partido dos libertadores, porque conseguiu libertar o país da administração colonial portuguesa; mas não o libertou de forma alguma da miséria nem da falta de coesão nacional. Quanto ao PRS, a segunda força partidária destas últimas décadas, é em grande parte um movimento étnico, para defender sobretudo os balantas, aos quais por vezes parece importar mais essa condição do que a de guineenses. Só quando balantas, fulas, mandingas, manjacos, beafadas, papéis e todas as demais etnias se unirem, num grande esforço comum, ultrapassando as divergências do passado, é que a Guiné-Bissau se tornará viável e poderá realmente aproveitar as riquezas existentes no seu solo, subsolo e águas. Enquanto isso não acontecer, aprova-se um programa de Governo mas não se consegue cumpri-lo; realizam-se eleições mas não se leva uma legislatura até ao fim; pedem-se verbas às grandes instituições internacionais e não se sabe aproveitá-las para o bem geral. Pode-se e deve-se fazer mais, mais e melhor, para arrancar de uma vez por todas com uma pátria que há 42 anos patina, como se ainda estivesse a dar os primeiros passos. Acabem-se com os aspectos negativos de certas tradições, como a de ver sempre no outro um inimigo, um adversário a abater. Deixe-se de destilar ódio nos escritos e nas palavras. Só quando isso for feito é que poderá haver finalmente uma Guiné-Bissau, digna desse nome, a trabalhar em uníssono, num belo rincão da África Ocidental. Jorge Heitor 29 de Janeiro 2016

28.1.16

Londres é cúmplice dos crimes sauditas

Britain’s policy towards Saudi Arabia is a disgrace. It makes a mockery of our claims to have an ethical approach to bilateral relations with other countries, and it betrays a lickspittle way of dealing with autocratic regimes, which should be a source of embarrassment to people of any political persuasion. In the latest episode of this cringe-making story, which we report exclusively today, Tobias Ellwood, the Foreign Office minister who a few weeks ago expressed the UK’s “disappointment” at the Saudis’ mass head-chopping of opponents, has now urged Saudi Arabia to do a “better job” of trumpeting its human rights successes. The progress to which he refers includes the right of women to vote in municipal elections and stand as candidates, and the permission granted for women to sit on the – powerless – Shura Council. Mr Ellwood approaches his hosts as one would a dangerous maniac with a gun who must be flattered and cunningly cajoled into dropping his weapon and surrendering. But while the Saudi regime is indeed increasingly dangerous, rather than disarming it we continue plying it with arms as fast as we can. Read more Saudi Arabia 'should make more of human rights successes' Nor are these arms merely sitting in some stockpile against the evil day when Abu Bakr al-Baghdadi and his Isis forces come roaring over the border towards Mecca. They are being actively used in one of the ugliest of the many wars currently disfiguring our planet. This is the war that is raging in Yemen, where the Saudis head a coalition which has reduced that beautiful country – once upon a time known as Arabia Felix, “Happy Arabia” – to desolation and despair. It is a war in which Britain is deeply complicit, as a result of which we are able to say nothing critical about it. Instead, we heap patronising and undeserved praise on this brutal regime for its “progress”. Everyone knows why Britain is so cosy with the Saudis: we buy their oil and sell them our arms. Added to that, since the ill-fated Arab Spring – however repellent their regime may be – they are the devil we know. It is better to have them in charge of Islam’s holiest shrines, whatever architectural and archaeological vandalism they may wreak in the process, than letting Mecca and Medina slip into even more fanatical hands. If we have learnt anything from the misbegotten wars of the past 13 years, that is a lesson worth remembering. But that is not the same as giving the Saudis a free pass, which is clearly Mr Ellwood’s and the Foreign Office’s settled intention. Saudi Arabia is the most explosive element in the increasingly ferocious sectarian war between Sunni and Shia Islam, in which Yemen is just one bloody theatre. With the return of Shia Iran to the international community, that war risks becoming far more vicious, and the willingness of the Saudis to use violent jihadis as their proxy shock troops is likely to become unrestrained. The execution of Iran’s Sheikh Nimr al-Nimr on 2 January was a provocative statement of intent. The Saudis do not deserve our patronising pat on the head. Instead we should be holding this wretched regime – however important its continued existence – to account, denouncing its profligate use of capital and corporal punishment, freezing arms sales at least until it halts the destruction of Yemen, demanding the release of the blogger Raif Badawi and his lawyer. These would be the actions of a responsible friend of the country – not the obsequious kowtowing which has become our accustomed posture. The Independent

20.1.16

Os muitos erros do PAIGC

Always bear in mind that the people are not fighting for ideas, for the things in anyone’s head. They are fighting to win material benefits, to live better and in peace, to see their lives go forward, to guarantee the future of their children… We should recognize as a matter of conscience that there have been many faults and errors in our action whether political or military: an important number of things we should have done we have not done at the right times, or not done at all. In various regions – and indeed everywhere in a general sense – political work among the people and among our armed forces has not been done appropriately: responsible workers have not carried or have not been able to carry through the work of mobilization, formation and political organization defined by the party leadership. Here and there, even among responsible workers, there has been a marked tendency to let things slide … and even a certain demobilization, which has not been fought and eliminated … On the military plane, many plans and objectives established by the Party leadership have not been achieved. With the means we have, we could do much more and better. Some responsible workers have misunderstood the functions of the army and guerilla forces, have not made good co-ordination between these two and, in certain cases, have allowed themselves to be influenced by preoccupation with the defense of our positions, ignoring the fact that, for us, attack is the best means of defence… And with all this as a proof of insufficient political work among our armed forces, there has appeared a certain attitude of ‘militarism’, which has caused some fighters and even some leaders to forget the fact that we are armed militants and not militarists. This tendency must be urgently fought and eliminated within the army. . .If ten men go to a rice-field and do the day’s work of eight, there’s no reason to be satisfied. It’s the same in battle. Ten men fight like eight; that’s not enough … One can always do more. Some people get used to the war, and once you get used to a thing it’s the end: you get a bullet up the spout of your gun and you walk around. You hear the motor’ on the river and you don’t use the bazooka that you have, so the Portuguese boats pass unharmed. Let me repeat: one can do more. We have to throw the Portuguese out … Create schools and spread education in all liberated areas. Select young people between 14 and 20, those who have at least completed their fourth year, for further training. Oppose without violence all prejudicial customs, the negative aspects of the beliefs and traditions of our people. Oblige every responsible and educated member of our Party to work daily for the improvement of their cultural formation … Oppose among the young, especially those over 20, the mania for leaving the country so as to study elsewhere, the blind ambition to acquire a degree, the complex of inferiority and the mistaken idea which leads to the belief that those who study or take courses will thereby become privileged in our country tomorrow … But also oppose any ill will towards those who study or wish to study – the complex that students will be parasites or future saboteurs of the Party … – militants for action and support of our fighters … Develop political work in our armed forces, whether regular or guerilla, wherever they may be. Hold frequent meetings. Demand serious political work from political commissars. Start political committees, formed by the political commissar and commander of each unit in the regular army. Oppose tendencies to militarism and make each fighter an exemplary militant of our Party.Educate ourselves; educate other people, the population in general, to fight fear and ignorance, to eliminate little by little the subjection to nature and natural forces which our economy has not yet mastered. Convince little by little, in particular the militants of the Party, that we shall end by con­quering the fear of nature, and that man is the strongest force in nature. Demand from responsible Party members that they dedicate themselves seriously to study, that they interest themselves in the things and problems of our daily life and struggle in their fundamental and essential aspect, and not simply in their appearance … Learn from life, learn from our people; Learn from books, learn from the experience of others. Never stop learning. Responsible members must take life seriously, conscious of their responsibilities, thoughtful about carrying them out, and with a comradeship, based on work and duty done … Nothing of this is incompatible with the joy of living, or with love for life and its amusements, or with confidence in the future and in our work… Reinforce political work and propaganda within the enemy’s armed forces; Write posters, pamphlets, and letters. Draw slogans on the roads. Establish cautious links with enemy personnel who want to contact us. Act audaciously and with great initiative in this way … Do everything possible to help enemy soldiers to desert. Assure them of security so as to encourage their desertion. Carry out political work among Africans who are still in enemy service” whether civilian or military. Persuade these brothers to change direction so as serve the Party within enemy ranks or desert with arms and ammunition to our units. We must practice revolutionary democracy in every aspect of our Party life. Every responsible member must have the courage of his responsibilities, exacting from others a proper respect for his work and properly respecting the work of others. Hide nothing from the masses of our people. Tell no lies. Expose lies whenever they are told. Mask no difficulties, mistakes, failures. Tell no lies, Claim no easy victories… Amílcar Cabral, assassinado faz hoje 43 anos

Combate-se na província de Tete

Reports indicate that hundreds of Mozambicans are fleeing into Malawi’s Mwanza district amid growing hostilities in the neighbouring country between the government and opposition RENAMO, according to Zodiak Malawi on Saturday, July 11. The affected areas include Mkondezi, Monjo and Angonia. Reports also indicate the hostilities are spreading to Angonia Province. Mwanza District Council has since raised a security alert after receiving about 700 people seeking refuge there; most of them children. Over the last couple of years Mozambique has been on the blink of a repeat of the bloody 16-year civil war that started in 1977 between the military and the opposition RENAMO. Most of the Mozambicans fleeing into Malawi are using unchartered routes, said authorities in a first report released on Thursday, July 9, by the district council signed by district commissioner Gift Rapozo “There are about 678 Mozambicans, mostly children at 415 that have been recorded as seeking asylum as a result of the civil unrest that broke out last week Friday on 3rd July,” said the report. The refugees are mostly camped at Kasipe II in the area of Senior Inkosi Kanduku and are coming into the country through Neno and Chikhwawa. There are fears of an increase in criminal activity as the Mozambicans have no source of livelihood and some are reported to have brought in weapons, said some sources at the council. Some of the fleeing opposition cadres are reportedly carrying some weapons from the fighting into the country [Malawi], the report has noted saying this could be a potential hazard to the country’s security. Speaking to Zodiak in an Interview, Mwanza District Council Disaster Risk and Management Desk Officer Jarvis Mwenechanya said the major challenge facing the people is food and shelter. He said the poor conditions they are living in have brought fears of disease outbreak. He has called on wellwishers and nongovernmental organizations to help the displaced that comprise of 113 families. A visit by Zodiak to border villages in Thambani and Mpandasoni in the area of sub traditional Authority Govati and Kasuza in Senior Chief Kanduku’s area confirmed the development. The district council has advised all chiefs and traditional leaders to register all displaced individuals for an actual scope and scale of the mass entry of the Mozambicans into Malawi. About one million people died in the 1977-1992 civil war and five million more fled to other parts of the country and abroad, including Malawi, which hosted many of the refugees. The latest fighting comes barely a year after President Filipe Nyusi was elected as the leader of the governing FRELIMO and president of Mozambique, and shortly after the country celebrated its 40 years of self-rule from Portugal. FRELIMO continues to face strong opposition from RENAMO as the party never accepted the 2014 October general election results and considers the outcome fraudulent. It has boycotted parliament and is calling for autonomy in some six provinces in the country in protest. Source: Zodiak Malawi online

17.1.16

PAIGC condena Presidente Vaz

Ao Comité Central reunido na sua 1ª sessão ordinária do corrente ano, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da sua Sede Nacional chegou a informação de que Deputados cujos mandatos foram ontem suspensos por deliberação da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, se deslocaram ao Leste do país sob forte escolta do Comando do Batalhão de Bafatá, por instrução do Estado-Maior General das Forças Armadas e por solicitação expressa do Senhor Presidente da República. Este acto constitui uma violação flagrante daquilo que devem ser as relações com as Forças Armadas, para além de violar o sagrado dever das nossas gloriosas Forças Armadas. Assim, no uso das suas competências estatutárias, o Comité Central tomando conhecimento do facto, rejeita e condena liminarmente a acção do Primeiro Magistrado da Nação e responsabiliza-o de todas as consequências que aí possam advir. O PAIGC exorta os seus dirigentes, militantes, simpatizantes e o povo guineense em geral a manterem-se serenos, mas vigilantes e encorajar as nossas gloriosas Forças Armadas a continuarem distantes e isentos dos assuntos políticos do país. Por outro lado, agradece e felicita a comunidade internacional pela atenção e acompanhamento destes graves e inaceitáveis factos e, recomenda a ECOMIB, bem como a CEDEAO, a UNIOGBIS, a União Africana e outras Instituições a manterem-se atentos e vigilantes por mais este atentado à legalidade democrática. Bissau, 16 de Janeiro de 2016. O Comité Central Obs: Dos 256 membros do Comité Central presentes, 255 votaram SIM, um NÃO e zero ABSTENÇÃO

Guiné-Bissau continua a arder

Tendo passado nesta última década de um pequeno e mal amanhado estado da África Ocidental para um claro narco-estado, como afirmam estudiosos da categoria de Patrick Chabal (de que em breve sairá um livro sobre o assunto), a Guiné-Bissau continua a arder, ao mais pequeno rastilho. O actual período de instabilidade política, mais um, entre tantos, começou em 12 de Agosto do ano passado, quando o Presidente José Mário Vaz, de 57 anos, natural de Cacheu, demitiu o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Depois de um efémero Governo de iniciativa presidencial, liderado por Baciro Djá, e que o Supremo Tribunal considerou ilegal, o Presidente José Mário Vaz, um economista formado em Lisboa, aceitou dar posse a um novo executivo, liderado por uma das figuras mais antigas do PAIGC, Carlos Correia. Nas últimas semanas, porém, o programa de Governo apresentado por Carlos Correia não conseguiu passar na Assembleia, uma vez que mais de uma dúzia de deputados do velho PAIGC quebrou a disciplina de voto e se absteve. Perante tal facto, Abel Gomes, Adja Satú Camará Pinto, Adulai Bui, Amidu Keita, Bacai Sanhá Junior, Baciro Djá, Braima Camará, Eduardo Mamadu Baldé, Isabel Buscardini, Manuel Nascimento Lopes, Maria Aurora Sanhá, Rui Diã de Sousa, Soares Sambú, Tcherno Sanhá e Tomane Mane foram expulsos do partido e perderam o seu mandato parlamentar. Agora, com novos deputados, em substituição dos que se recusaram acatar as directrizes de Domingos Simões Pereira e de Carlos Correia, o executivo espera poder finalmente passar na Assembleia Nacional, de modo a que se cumpram as esperanças de uma Guiné melhor. Se acaso se mantivesse o impasse, se a equipa de Carlos Correia continuasse a não merecer a confiança de mais de metade dos deputados, o Presidente José Mário Vaz, um renegado do PAIGC, actualmente em conflito com a direcção de Domingos Simões Pereira, poderia ser tentado a promover uma vez mais um Governo de sua iniciativa, para o que contaria com o apoio do Partido da Renovação Social (PRS), o segundo do país. Partindo da hipótese de que se formaria então um executivo à base dos dissidentes do PAIGC e dos quadros do PRS, ele nunca seria coisa para durar muito tempo, sempre com a hipótese em aberto de o chefe de Estado dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas legislativas, com a grande sobrecarga que isso iria ter no erário público. Entretanto, as casernas encontram-se em alerta, sempre com uma parte das Forças Armadas tentada a intervir, como já o fizeram uma série de vezes ao longo dos 42 anos de vida da Guiné-Bissau como um Estado independente. Em 1963, quando começou a luta armada, os independentistas congregados no PAIGC tinham uma direcção coesa nas pessoas de Amílcar Cabral, Aristides Pereira e Luís Cabral, mas depois disso muita coisa aconteceu, muitas divergências foram surgindo, ao longo das décadas. Agora, 53 anos decorridos sobre esses primeiros tempos de luta por um ideal comum, assiste-se a um conflito terrível entre diferentes facções do partido criado por aquele triunvirato, conflito esse que nem sequer é por motivos ideológicos, mas antes por um choque de personalidades e, até, por questões inerentes à partilha do bolo proveniente de negócios muito pouco lícitos. O ideal para a Guiné-Bissau poderia ser, muito bem, passar uma série de anos sob curadoria internacional, enquanto se apurassem responsabilidades quanto a quem é que a conduziu ao estado actual, e se castigassem os culpados, sem qualquer hipótese de voltarem à ribalta. Apenas uma nova geração de guineenses, com novos valores, é que talvez seja capaz de começar de novo; e de erguer enfim o país idealizado por Amílcar Cabral. Se isso não for feito, corre-se o risco de uma permanente alternância entre breves períodos de esperança e largas temporadas de incerteza, com o povo a sofrer. JH, para o África Monitor

16.1.16

Mugabe está há 23 dias de férias

Vice President Emmerson Mnangagwa is now the Acting President, taking over from Vice President Phelekezela Mphoko, who has been acting since President Mugabe went on his annual leave last month. President Mugabe has been on leave since December 24, 2015. "Please kindly note that as of today, Monday, 11th January 2016, Honourable Vice President Emmerson Mnangagwa is the Acting President of Zimbabwe in the absence of His Excellency the President, Cde R.G Mugabe, who is on his traditional annual vacation," read a statement signed by principal director in the Ministry of Information, Media and Broadcasting Services, Mr Regis Chikowore. This flies in the face of concoctions by the private media which have tried to set up the two Vice Presidents, alleging they belonged to two factions in Zanu-PF that were angling to replace President Mugabe. Just yesterday, the Daily News claimed that President Mugabe had "snubbed and humiliated" VP Mnangagwa by appointing VP Mphoko for the second consecutive time. The Herald

15.1.16

Pede-se a captura de Guillaume Soro

Selon nos informations, le Burkina Faso a émis un mandat d'arrêt international contre Guillaume Soro. Le président de l'Assemblée nationale ivoirienne est accusé par la justice militaire burkinabè d'avoir soutenu le putsch du général Gilbert Diendéré et de l'ex-RSP, à la mi-septembre. Cette fois, l’affaire prend une tournure judiciaire. Régulièrement mis en cause dans les médias depuis la divulgation d’écoutes téléphoniques supposées l’impliquant dans la tentative de coup d’État au Burkina Faso, à la mi-septembre, Guillaume Soro est désormais visé par un mandat d’arrêt international émis par la justice burkinabè. « Ce mandat d’arrêt signifie qu’il est recherché par la justice burkinabè pour être entendu sur un certain nombre de faits qui lui sont reprochés », confie notamment à Jeune Afrique une source sécuritaire proche de l’enquête. Le 23 décembre, Sita Sangaré, le directeur de la justice militaire en charge de l’enquête sur le putsch manqué du général Gilbert Diendéré et de l’ex-régiment de sécurité présidentielle (RSP), avait révélé que des « écoutes téléphoniques » avaient été versées au dossier, sans toutefois préciser leur contenu ni les interlocuteurs impliqués. L’ « affaire des écoutes » Le président de l’Assemblée nationale ivoirienne est fragilisé depuis le mois d’octobre et le début de l' »affaire des écoutes ». Selon plusieurs écoutes téléphoniques supposées, il aurait essayé, en collaboration avec Djibrill Bassolé, l’ancien ministre des Affaires étrangères de Blaise Compaoré, de soutenir les putschistes de l’ex-RSP lors de leur tentative de coup d’État à Ougadougou. Mi-décembre, la justice burkinabè avait émis un mandat d’arrêt international contre Blaise Compaoré, actuellement réfugié en Côte d’Ivoire, dans le cadre de l’enquête sur l’assassinat de l’ex-président Thomas Sankara. Cette requête est pour l’instant restée lettre morte à Abidjan. Tout laisse penser qu’il devrait en être de même pour Guillaume Soro, responsable politique ivoirien de premier plan faisant figure de potentiel successeur à Alassane Ouattara. Benjamin Roger Jeune Afrique

Mnangagwa quer suceder a Mugabe

Vice-President Emmerson Mnangagwa, who has been feeling the heat in the intensifying succession war to succeed President Robert Mugabe, suffered a huge setback after First Lady Grace Mugabe scuttled his plans for a private meeting in Dubai with the veteran leader to clear the air on his status and future in the fractious ruling party, the Zimbabwe Independent can report. Mnangagwa, a long-time aide of Mugabe and one of two surviving members of Mugabe’s first post-Independence cabinet along with Defence minister Sydney Sekeramayi, was widely believed to be the front-runner to succeed Mugabe after the December 2014 sacking of his long-time rival former vice-president Joice Mujuru. However, his fortunes have taken a knock with both Mugabe and Grace publicly suggesting that he may not be the successor. He is also facing renewed opposition from Generation 40, a group of young Turks seeking to weaken him by expelling his key allies from the party. Those targeted for immediate expulsion include his close ally July Moyo, War Veterans minister Chris Mutsvangwa, legislators Justice Mayor Wadyajena (Gokwe-Nembudziya constituency) and Owen Ncube (Gokwe-Kana). According to sources, it was in the context of such raging issues which are threatening his survival that Mnangagwa hired an expensive private jet to visit Mugabe, who is on annual vacation in Dubai, seeking to clear the air and possibly obtain assurances concerning his prospects of succeeding him. It is unclear who initiated the meeting, but Vice-President Phelekezela Mphoko also left for Dubai on Monday to meet the Mugabes. Mnangagwa though, took his wife Auxilia with him and son Sean to Dubai where they dined with Mugabe, Grace, Mugabe’s daughter, Bona, and her husband Simba Chikore as well as Mugabe’s sons Robert Jr and Chatunga. Mnangagwa’s backers said he wanted to use the Dubai meeting to put his presidential ambitions back on track. “However, he was never afforded that opportunity by Grace who steadfastly remained by her husband’s side and never left him alone to allow for any private discussions to take place,” said a source close to the First Family. “Even the children, particularly Chatunga (Mugabe’s last-born son), were ever present and the most Mnangagwa got out of the visit were the normal family dinners”. The sources say although the Mugabes had approved the meetings, they had unkind words for the Vice-President when he left. The sources also said the First Family were not happy with the fact that their guests had hired a private plane which was formerly owned by the Malawian government and sold to an arms company by former Malawian president Joyce Banda. The plane was bought in 2013 by Bohnox Enterprises, a firm registered in the British Virgin Islands, which operates from South Africa, where it is loaned to VIPs by the jet company Fortune Air. Both companies are linked to Paramount Group, Africa’s largest private defence and aerospace firm. The sources say Mnangagwa offered Mugabe the use of the plane which the President politely declined. While Mnangagwa reportedly found no joy in his endeavours, some of his allies, particularly Wadyajena, posted statements and tweeted pictures of the Dubai meeting of the two families citing the pictures as proof that the two had a cordial and fruitful exchange. “Naked @ProfJNMoyo (Jonathan Moyo) busy fantasising Crocbustering while the real Crocodiles vachivaka nyika! Zvoto Zvinemazera! MaLevels asiyana,” tweeted Wadyajena last Saturday. The tweet meant that while Higher Education minister Prof Jonathan Moyo was fantasising about destroying Mnangagwa’s political career, Mnangagwa was actually busy working with Mugabe to plot the country’s future during his Dubai visit. The tweet was accompanied by two photographs, one showing Mugabe and Mnangagwa with their wives and children and the other a photoshoped image of a smiling half-naked Moyo riding on a crocodile he had subdued. Ngwena (crocodile) is Mnangagwa’s moniker. However, sources close to the First Family say the tweet was an attempt to cover for the disappointment of Mnangagwa’s abortive trip. Mnangagwa has suggested in the past that he sees himself as Mugabe’s natural successor, citing his long ties with him as his aide as well as claiming to be the only surviving member of the party’s original politburo which was formed in 1977 when Mugabe replaced Ndabaningi Sithole as Zanu leader. During an interview with London-based New African magazine last August, Mnangagwa said he had learnt a lot from Mugabe since they started working together at the formation of Zanu in 1963 — a factor that should place him in good stead to succeed him. However, Grace has shown on several occasions that she does not share Mnangagwa’s views and last August, during a visit to Binga in Matabeleland North province, she warned both vice-presidents were not guaranteed to succeed her husband. – TheZimInd

Desmentido que Mugabe esteja gravemente doente

HARARE - Government yesterday denied rumours that President Robert Mugabe is seriously ill in Dubai, plagued by a heart ailment. Mugabe’s spokesperson George Charamba denied that Mugabe was unwell. “It is just a rumour, enjoy it. I don’t even want to talk about it, bye-bye,” Charamba told the Daily News by phone yesterday. Social media in Zimbabwe was abuzz with speculation over the health of 91-year-old Mugabe, currently on a month-long annual vacation. Mugabe has undergone several bouts of therapy in Asia in recent years. Presently, there is a festering war in the strife-torn ruling Zanu PF over the frail nonagenarian’s state of health and his capacity to remain at the helm of the country. This comes as the strongman tumbled at the Harare International Airport in February last year, stumbled in New Delhi in October at an India-Africa summit, and had to resort to a wheelchair at the 60th Asian-African Conference Commemoration that was held in Indonesia during the same month. The hullabaloo about the well-being of Mugabe in part reflects the ugly divisions that continue to devour the ruling party, and the myriad ambitious bigwigs already thinking about life after the nonagenarian, who is increasingly showing signs of advanced age and declining health. However, health experts say for a person who is 91, Mugabe is in remarkably good health. Daily News

Mugabe está de partida

A political analyst Methuseli Moyo has said it is obvious that President Robert Mugabe will soon leave office either alive or dead and Zimbabweans must strategies to prevent another Mugabe to assume office. "THE intensification of the drama, suspense, intrigue, threats, counter-threats, expulsions and smear campaigns in Zanu-PF are the clearest sings that the Great Leader is indeed about to leave the earth," Moyo said. "You and me need to think and strategise on how to prevent another Mugabe taking over because that would be another missed chance for independence, just like 1980 was." This comes at a time when Mugabe is set to celebrate his 92 birth day this year in February. Methuseli Moyo Source: Byo24News - See more at: http://www.bulawayo24.com/index-id-news-sc-national-byo-

5.1.16

Daesh encontra-se no Golfo de Sirta

La filiale libyenne du groupe jihadiste État islamique a mené lundi deux attaques à proximité d'importantes installations pétrolières dans les villes d'Al-Sedra et de Ras Lanouf au nord du pays. « Nous avons été attaqués ce matin par un convoi d’une dizaine de véhicules armés de l’EI à al-Sedra et Ras Lanouf », a indiqué lundi 4 janvier par téléphone Bachir Boudhfira, colonel des forces loyales au gouvernement libyen reconnu par la communauté internationale. « Les assaillants ont été repoussés mais deux soldats sont morts dans l’attaque », a ajouté l’officier. « Ils ont ensuite mené une attaque par le sud de la ville de Ras Lanouf mais n’ont pas réussi à y entrer », a-t-il ajouté. Lors des affrontements, un réservoir d’une capacité de 420 000 barils de pétrole a pris feu, a indiqué un responsable du secteur pétrolier libyen. L’EI poursuit sa percée depuis Syrte L’État islamique a revendiqué l’attaque via son compte Twitter en mentionnant qu’un de ses membres s’était fait exploser dans une voiture piégée. D’après l’organisation jihadiste, l’assaut intervient après la prise du contrôle totale de Ben Jawad, ville côtière située à 600 km à l’est de Tripoli et à 145 km à l’est de Syrte, fief de l’État islamique en Libye. Mais pour l’heure, aucune source officielle ou militaire libyenne n’a pu confirmer cette revendication. Depuis plusieurs semaines l’État islamique tente une percée vers l’est depuis son bastion de Syrte pour atteindre la zone du Croissant pétrolier où sont situés les principaux terminaux pétroliers tels qu’Al-Sedra et Ras Lanouf. L’attaque menée aujourd’hui par l’EI est la première du genre depuis la prise de Syrte au mois de juin. Jeune Afrique

4.1.16

O wahhabismo, nova praga da humanidade

Il apparaît de plus en plus clairement que le wahhabisme est la nouvelle plaie de l’humanité. Apparu dans sa forme la plus violente durant le dernier tiers du XXe siècle, il continue à sévir en ce XXIe siècle de la façon la plus barbare et qui n’a rien à apprendre du nazisme, car il ne connaît pas ce que sont la piété, l’humanisme, le respect des droits humains. Parce qu’il a beaucoup d’argent, il croit qu’il peut impunément transgresser les valeurs qui régissent les relations entre les hommes. Heureusement qu’il n’a pas de puissance militaire, sinon il aurait commis d’immenses dégâts à la planète, comme l’a fait Hitler en son temps. Les Saoudiens viennent de perpétrer un nouveau crime de masse en exécutant de façon atroce 47 personnes pour «terrorisme». Personne ne croit à la thèse officielle. Même l’ONU est sortie de sa réserve en doutant de la régularité du procès — si procès il y a eu — soulignant qu’il ne s’est pas déroulé selon les normes universelles et que les qualifications retenues contre les accusés ne relèvent pas de la peine de mort. Toutes les réactions enregistrées considèrent que ces exécutions sont une grave provocation, car il y a parmi les victimes une grande figure de la contestation chiite saoudienne, le chef religieux Nimr Baker Al Nimr. On sait que les Saoudiens se sont lancés dans une guerre sainte contre le chiisme qui a commencé par une agression contre le Yémen (chiite) et qui s’est poursuivie par la récente création d’une organisation d’Etat sunnite soi-disant pour lutter contre le terrorisme. L’exécution des 47 opposants répond à la même logique de terreur. Les Etats-Unis, pourtant grands protecteurs de l’Arabie Saoudite, ne cachent pas leur crainte d’une relance «des tensions communautaires», alors que la chef de la diplomatie européenne, Federica Mogherini, pense que «ce cas a le potentiel d’enflammer un peu plus les tensions sectaires qui font déjà beaucoup de dégâts dans la région». La tournure prise par les événements leur a rapidement donné raison. Le monde chiite, qui s’est senti visé par la provocation wahhabite, n’a pas caché son indignation. La réaction a été particulièrement violente en Iran, où l’ambassade et un consulat saoudiens ont été brûlés. L’Irak non plus n’a pas été en reste en affichant sa colère, surtout que Riyad lui avait promis que le chef religieux serait épargné. Le Hezbollah libanais déclare que le crime ne restera pas impuni. De toute évidence, les Saoudiens ont créé une situation explosive dans la région. Est-ce le but recherché ? Depuis qu’ils se sont enfoncés dans le bourbier yéménite, une opération qu’ils croyaient une balade, ils veulent mobiliser le monde sunnite dans des aventures sans issue. C’est peut-être le commencement de la fin d’une dynastie allergique au monde moderne et qui ne peut évoluer que dans l’obscurantisme tout en entraînant les Arabes avec elle. Les Saoudiens ont cherché à acheter ces derniers avec l’argent qui les a rendus extrêmement arrogants. Mais le pouvoir de l’argent a ses limites. Tayeb Belghiche El Watan

A Arábia Saudita brinca com o fogo

Tout le monde redoute aujourd’hui que l’aggravation de la tension entre l’Iran et l’Arabie Saoudite alimente les guerres par procuration que se livrent déjà les deux puissances régionales au Proche-Orient. L’Arabie Saoudite, en décidant d’exécuter samedi le dignitaire chiite Nimr Baker Al Nimr, a envoyé un très mauvais signal autant à ses populations chiites qu’à l’Iran voisin avec lequel elle entretient des relations exécrables depuis plusieurs années. Le message de Riyad est aussi limpide que l’eau de la source de Zamzam : La monarchie wahhabite ne concédera rien à la minorité chiite saoudienne qui manifeste depuis 2011 pour le «droit d’avoir des droits», dont justement cheikh Nimr Baker Al Nimr était le leader politique incontesté, et exclut également toute idée de détente avec Téhéran qui se présente un peu comme le protecteur des minorités chiites «opprimées» du Moyen-Orient. Plus qu’une simple condamnation, la décapitation de Nimr Baker Al Nimr est donc une provocation claire qui vient attiser un peu plus la guerre de leadership qui oppose Riyad à Téhéran dans la région. Les saoudiens savaient parfaitement que l’exécution Nimr Baker Al Nimr allait provoquer une onde de choc dans le monde chiite. Dans un Orient déjà empêtré dans des crises profondes, le geste des Saoudiens aurait pu mettre le feu aux poudres. Heureusement, Téhéran semble avoir décidé de calmer le jeu et de ne pas se laisser entraîner dans la surenchère saoudienne. En se contentant uniquement d’espérer que la «main divine» vengera l’exécution de Nimr Baker Al Nimr, le guide suprême iranien, l’ayatollah Ali Khamenei, invite ainsi à éviter l’escalade. Du moins c’est ce qui semble être le cas pour le moment. Après tout, si Nimr Baker Al Nimr est chiite, il ne reste pas moins un «sujet» saoudien. Dans l’absolu, Riyad peut effectivement invoquer le fait que c’est une question de politique intérieure dont n’a pas à se mêler Téhéran. La décision de la justice iranienne de poursuivre les manifestants ayant incendié samedi soir l’ambassade d’Arabie Saoudite à Téhéran participe ainsi de cette volonté des Iraniens de se contenter de faire uniquement dans la condamnation et la dénonciation. Les chiites crient vengeance Si les autorités iraniennes ont opté pour la retenue dans cette affaire, la rue à Téhéran et les minorités chiites dans les pays arabes sunnites appellent néanmoins à venger le dignitaire religieux chiite saoudien, sacrifié sur l’autel de la géopolitique régionale. C’est ainsi que plus d’un millier de personnes ont manifesté hier dans deux lieux de la capitale iranienne pour protester contre l’exécution de Nimr Baker Al Nimr. D’autres rassemblements ont également eu lieu dans d’autres villes iraniennes. De son côté, le chef du Hezbollah, Hassan Nasrallah, a accusé hier l’Arabie Saoudite de «terrorisme». Dans un discours retransmis sur la chaîne du Hezbollah, Al Manar, il a estimé que la mise à mort samedi de cheikh Nimr «dévoilait le vrai visage de l’Arabie Saoudite, le visage despotique, criminel et terroriste». Nimr Baker Al Nimr, 56 ans, avait été condamné à mort en 2014 pour «terrorisme», «sédition», «désobéissance au souverain» et «port d’armes». C’est la famille régnante des «Al Saoud qui, depuis des décennies, enflamme» les tensions entre chiites sunnites, a encore accusé Hassan Nasrallah. «Il faut faire attention à ne pas transformer la question en (conflit) sunnite-chiite», a-t-il cependant averti. Dans le même temps, quelques dizaines de personnes se sont rassemblées dans le calme devant le bâtiment des Nations unies dans le centre de Beyrouth et devant l’ambassade d’Arabie Saoudite, pour dénoncer l’exécution de cheikh Al Nimr. Au Bahreïn où les chiites sont majoritaires, les choses se sont moins bien passées, puisque les rassemblements pour dénoncer l’exécution de Nimr Al Nimr ont dégénéré en affrontements ayant fait des blessés. Ils se sont produits dans plusieurs localités chiites de la banlieue de Manama, où la police a tiré des gaz lacrymogènes et, dans certains cas, des balles de chevrotine en direction de manifestants qui ont lancé des cocktails Molotov. Cheikh Nimr était vénéré par la communauté chiite. Des manifestations similaires ont également eu lieu au Pakistan et au Cachemire. La mort de cheikh Al Nimr Baker Al Nimr, figure de la contestation contre le régime saoudien, a aussi provoqué la colère dans les communaÒutés chiites d’Irak et du Yémen. La communauté internationale condamne L’exécution de Nimr Baker Al Nimr a, par ailleurs, valu à l’Arabie Saoudite un déluge de critiques au niveau international. Les plus grandes capitales occidentales ont «déploré profondément» l’application par Riyad de la condamnation à mort prononcée en 2014 par la justice saoudienne à l’encontre du dignitaire religieux chiite. «La peine de mort est un châtiment inhumain que nous rejetons en toute circonstance», a indiqué à la presse un porte-parole du ministère allemand des Affaires étrangères. La mise à mort de cheikh Nimr Baker Al Nimr a suscité aussi l’inquiétude de l’ONU et des Etats-Unis qui craignent qu’elle n’enflamme davantage les tensions entre chiites et sunnites dans la région. Le secrétaire général de l’ONU, Ban Ki-moon, a d’ailleurs appelé «tous les dirigeants de la région à chercher à éviter l’exacerbation des tensions sectaires». Tout le monde redoute, en effet, aujourd’hui que l’aggravation de la tension entre l’Iran et l’Arabie Saoudite alimente les guerres par procuration que se livrent déjà les deux puissances régionales. Les craintes sont fondées surtout que Riyad et notamment la famille royale saoudienne jouent leur survie. Par conséquent, tout laisse présager que ce bras de fer va encore se poursuivre. La seule façon d’éviter le pire est que les Arabes et l’Iran négocient au plus tôt un plan de paix durable dans lequel la place de chacun devra être soigneusement délimitée. Car, dans cette région, aller vers le pire reviendrait à ouvrir la boîte de Pandore. El Watan

Bissau: Sempre a temer o pior

FACTO 1: Guiné-Bissau entra em 2016 num cenário sombrio, com nuvens negras a pairar por cima das cabeças das Guineenses e dos Guineenses, no parlamento. É preocupante, mas, acreditem nisto: Toda a comunidade internacional está atenta - mais do que nunca até! As jogadas sujas que se preparam nos bastidores da ANP, são do menos honroso que se pode imaginar. Metem nojo! O OBJECTIVO: A 5ª coluna do Presidente JOMAV quer apenas e só deitar a mão aos mais de mil milhões de dólares prometidos ao País na mesa redonda de Bruxelas. Não têm um programa de Governo (não conseguem, são incapazes sequer de preparar um; o País não tem condições para um 'Governo de iniciativa Presidencial - de resto INCONSTITUCIONAL, e menos ainda dinheiro para ir a uma eleição). FACTO 2: Os documentos e planos estratégicos para a reconstrução do nosso País e o alavancar da sua Economia - que foram submetidos e explicados aos nossos parceiros em Bruxelas - mereceram tanta credibilidade e foram tão convincentes que tiveram logo um amplo apoio dos países e organizações nossos amigos, de todos os continentes! CENÁRIO 1: Qualquer crise, agora, deitaria por terra toda essa ajuda e mergulharia o País novamente num novo clima de desconfiança; CENÁRIO 2: E a desconfiança, já se sabe, trouxe num passado recente tragédias demasiado dolorosas e ainda por sarar, ao nosso povo; Comunidade Internacional, Esta crise começou, como sabem, com a nomeação pelo PR, à revelia do partido vencedor das eleições - o PAIGC, do Baciro Djá para primeiro-ministro. Uma medida intemporal (o presidente Olesegun Obasanjo, mediador da CEDEAO, vinha a caminho...) e completamente irresponsável. Intemporal, porque não havia crise nenhuma que justificasse essa medida dramática; irresponsável, porque ninguém no seu perfeito juízo, conhecedor da Constituição da República tomaria uma atitude dessas - desprezando, rasgando e mandando para o lixo todas as previsões feitas pelo FMI e pelo BM sobre o crescimento do Paìs. Se o Governo do PAIGC cair, o Povo Guineense espera apenas que, num acto de SOLIDARIEDADE e de JUSTIÇA, SUSPENDAM toda a ajuda prometida em Bruxelas. O Presidente JOMAV que crie o seu Governo, que o sustente, e ao Povo Guineense também. Agora, vem o PR dizer que "não vai dissolver o parlamento." O problema está aqui mesmo. É que, quando JOMAV diz uma coisa, faz precisamente o seu contrário!!! Ou seja, o que o Presidente diz não se escreve... BASTA de irresponsabilidades! Basta de golpes de estado palacianos! Viva a Democracia!, viva a República! AAS Publicada por António Aly Silva no blog Ditadura do Consenso

Argélia: Perspectivas sombrias

Pour l’Algérie, dont l’économie se nourrit presque exclusivement de la rente pétrolière, cela signifie à la fois une fragilisation plus inquiétante des fondamentaux macroéconomiques, mais aussi une plus forte dégradation des équilibres budgétaires, déjà vacillants en 2015. Des prix pétroliers toujours au plus bas, des réserves en devises en perpétuelle érosion, un dinar en chute libre et des prix à la consommation appelés à se renchérir fortement. Telles sont les sombres perspectives socioéconomiques de l’Algérie pour la nouvelle année qui commence. 2016, l’an «un» de l’austérité et de la rupture avec l’ère de l’aisance financière et du pétrole cher des années 2000, sera vraisemblablement peu heureuse, tant pour les entreprises que pour les ménages. De prime abord, les prévisions énoncées à la fin de l’année écoulée convergent, presque toutes, vers le maintien, en 2016, des prix mondiaux du brut dans leur fourchette actuelle de 35 à 40 dollars le baril, soit au plus bas depuis plus de dix ans. Pour l’Algérie, dont l’économie se nourrie presque exclusivement de la rente pétrolière, cela signifie à la fois une fragilisation plus inquiétante des fondamentaux macroéconomiques, mais aussi une plus forte dégradation des équilibres budgétaires, déjà trop vacillants en 2015. Ainsi, au registre des finances publiques, la loi de finances 2016 (LF 2016), désormais en vigueur, annonce clairement la couleur. Bien qu’élaborée sur la base de prévisions qui s’avèrent au final plutôt optimistes par rapport à la nouvelle réalité du marché pétrolier, la LF 2016 prévoit d’emblée des niveaux de déficits abyssaux. Basé sur un prix de référence du pétrole de 37 dollars le baril et un prix réel du marché à 45 dollars, le budget de l’Etat, même avec des dépenses globales réduites de 9%, cumulera un déficit projeté pour 2016 de l’ordre 17,3% par rapport au PIB. Encore faut-il que la prévision d’un prix du baril à 45 dollars se concrétise, tout comme celle d’un taux de change à 98 DA pour un dollar, alors que ce dernier caracole déjà à plus de 107 DA. Quoi qu’il en soit, le déséquilibre des finances publiques risque d’être d’autant plus aggravé que le Fonds de régulation des recettes (FRR), qui permettait jusque-là de couvrir les déficits officiels du budget, pourrait ne plus être alimenté faute de fiscalité pétrolière suffisante. Ses réserves, en tout cas, ne seront plus que de 1797 milliards de dinars à la fin de l’exercice en cours, si l’on s’en tient aux projections de la loi de finances. De même, les réserves officielles de change, déjà en chute à 151 milliards de dollars à fin 2015, devraient continuer à baisser pour n’être plus que de 121 milliards de dollars à fin 2016, soit l’équivalent d’à peine deux années d’importations. Les pertes sèches à prévoir sur ce matelas de devises qui, faut-il le rappeler, sous-tend à la fois la solvabilité extérieure du pays et le pouvoir d’achat de sa monnaie, précipiteront probablement le scénario d’un retour à l’endettement et, bien entendu, à l’érosion de la valeur du dinar. Combinée au retour des fortes tendances inflationnistes, la dépréciation continue du dinar plombera et le pouvoir d’achat des ménages et la compétitivité déjà faible des entreprises de production. Projetée à 4% pour 2016, l’inflation caracolait déjà à 4,9% à novembre dernier, tandis que l’effet hausse de TVA sur le prix des carburants risque sans doute de se faire rapidement ressentir, en entraînant d’autres hausses en cascade, notamment sur les coûts des transports et de la distribution. Un contexte pour le moins peu propice à la relance de la production nationale, les entreprises locales subissant déjà de plein fouet les conséquences de la dégringolade du dinar et se retrouvant contraintes à relever leurs prix de vente. Aux écueils de la crise pétrolière, de l’austérité et de l’inflation qui menacent en ce début d’année s’ajoutent, sans doute, des risques réels de tensions sociales et politiques. Des tensions qui pourraient vite naître, en effet, de la mise en application de certaines dispositions contestées de la loi de finances, surtout celles relatives aux privatisations et aux possibles gels de projets publics en cas d’aggravation de la crise. Akli Rezouali El Watan

1.1.16

Bissau: Uma visão pessimista

Lassana Casamá 30.12.2015 Na Voz da América O quadro político dominou a agenda dos guineenses em 2015. Retrospectiva 2015: Guiné-Bissau - Contra todas as conjecturas iniciais, animado por uma campanha eleitoral, que se dizia unida no interior do PAIGC, o pais foi sacudido por uma crise política, evolvendo o Presidente da República, José Mário Vaz, e o então Chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, igualmente líder do PAIGC. Uma crise que deixou o pais economicamente carente, fundos prometidos na mesa redonda de Bruxelas em banho-maria, desconfiança entre guineenses mais acentuada e querela política a ganhar outro impulso, deixando os parceiros de desenvolvendo da Guiné-Bissau à deriva. Parceiros que estiveram muito bem presentes durante o ano que agora termina. De ponto de vista político, Rui Jorge Semedo, um dos especialistas em política interna guineense, ressalvou que 2015 era considerado um ano de recuperação do pais a todos os níveis. Mas, os factos e os indicadores, de momento, ilustram que a esperança que se guardava foi se embora, em virtude da crise política que ainda se vive no país. Luís Petti, jurista guineense, é da opinião que o conflito político que marcou o ano transato permitiu testar a maturidade das instituições da república e dos guineenses. Contudo, feito o balanço, Luís Petti, não hesitou em assumir que 2015 foi um ano de frustração. Para Rui Jorge Semedo, investigador associado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, a crise política que dominou e que sobrepôs todas as esferas da vida pública nacional, reproduziu reflexos que tiveram e ainda têm uma incidência nos sectores sociais e institucionais do país. 2015 foi um ano em que a diplomacia esteve em alta com visitas consideradas importantes, nomeadamente as do Secretário de Estado da Marinha americana, Ray Mabus, do Rei de Marrocos, Mohamed VI, do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, e do entõ Chefe do Governo de Portugal, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República Portuguesa, Maria de Assunção Andrade Esteves. Tudo isso aconteceu no meio de muitas confusões políticas, envolvendo o Presidente da República e o então Governo de Domingos Simões Pereira, que estava sob pressão do Ministério Público, cujo Procurador-Geral da República não sobreviveu às contendas políticas. No campo social, 2015 não ficou isento de algumas greves em determinados sectores, não obstante a interessante ausência dos militares na agenda política. A primeira desde 1998. Muitos guineenses não acreditam que o país possa sacudir da actual crise política. Aliás, os espíritos estão a ser sustentados por um 2016 muito mais efervescente e com transtornos imprevisíveis.