25.5.07

Mísseis norte-coreanos

A Coreia do Norte disparou ontem para o Mar do Japão alguns mísseis de curto alcance, mas a Casa Branca não atribuiu grande importância ao caso, considerando que se teria tratado de um “exercício de rotina”. E o próprio primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, entendeu não existir “um grave problema para a segurança” do seu país.
Foram os serviços secretos sul-coreanos e os órgãos de comunicação social do Japão quem deu conta de tais disparos, numa altura em que as negociações internacionais para se conseguir o desarmamento nuclear da Coreia do Norte nada avançam, depois de terem sido relançadas por meio de um acordo alcançado em Fevereiro.
A Coreia do Sul alinhou ontem com os Estados Unidos e o Japão na consideração de que se teria tratado de meros exercícios de rotina, mas Abe não deixou de observar que a paciência de Tóquio tem os seus limites: “Se a Coreia do Norte continuar a não responder às inquietações da comunidade internacional, teremos de encarar diversas opções”.
Japoneses, norte-americanos e sul-coreanos continuam a querer conferenciar com os norte-coreanos, os russos e os chineses sobre o programa de armas nucleares de Pyongyang. O regime de Kim Song-il só aceitou começar a desmantelar tal programa sob a condições de começarem a ser desmantelados os fundos que tem congelados num banco de Macau. Segundo a televisão japonesa NHK, os mísseis de ontem foram disparados de terra para barcos, tanto a partir do litoral oriental como ocidental da Coreia do Norte.
Em Julho do ano passado fora muito pior, quando os norte-coreanos dispararam um míssil balístico de longo alcance e outros de curto alcance, que caíram no mar. E os Estados Unidos ainda temem que Pyongyang esteja a pensar em criar um míssil internacional com um raio de alcance de 10.000 quilómetros, capaz de atingir o seu território.
O Japão instalou recentemente o seu primeiro sistema de defesa anti-míssil, de concepção norte-americana, numa base militar próximo de Tóquio, de modo a responder ao que considera ser a ameaça norte-coreana. E até Março de 2011 tenciona colocar em funcionamento mísseis de intercepção PAC-3, em 11 bases militares.
27 de Maio de 2007

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