O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a proclamação da independência, em 1975, vai efectuar em 2011 o seu IV Congresso Extraordinário, anunciou durante o fim-de-semana o respectivo vice-presidente, Roberto de Almeida.
Este congresso servirá para “avaliar o grau de cumprimento das promessas feitas nas eleições legislativas de 2008”, nas quais o MPLA registou 81,76 por cento dos votos expressos, face aos 10,36 por cento do seu principal adversário, a União Nacional para a Independêncial Total de Angola (UNITA), disse Roberto de Almeida na cidade do Dundo, capital da província da Lunda Norte.
Embora ainda esteja por determinar a data exacta, o Congresso Extraordinário, que se segue a um ordinário realizado o ano passado, deverá adoptar “novos métodos de actuação e funcionamento” das estruturas de um partido criado oficialmente em 1956, esclareceu o vice-presidente dessa formação política.
A reunião deverá ser sensivelmente um ano antes das eleições gerais previstas para 2012; e que além de escolherem os deputados também ditarão quem é que fica na Presidência da República, uma vez que segundo a Constituição de 2009, o chefe de Estado será automaticamente o cabeça de lista do partido mais votado para a Assembleia Nacional.
Portanto, admite-se que o congresso esclareça se o actual Presidente, José Eduardo dos Santos, de 68 anos, há 31 no poder, irá ser ou não candidato à sua própria sucessão. Mas, por agora, admite-se em Angola que o venha a ser.
Santos, que em 1979 sucedeu ao primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, por morte deste, ganhou a primeira volta das eleições presidenciais de 1992. Mas a segunda volta, que o opunha a Jonas Savimbi, líder da UNITA, nunca se chegou a efectuar, devido ao reatar da guerra civil entre as duas principais forças políticas do país. Guerra essa que só terminou em 2002, com a morte de Savimbi.
Durante um comício que Roberto de Almeida dirigiu sábado no Dundo, foram entregues cartões de novos militantes do MPLA a pessoas que anteriormente pertenciam ao Partido de Renovação Social (PRS), que em 2008 foi o terceiro nas legislativas, com 3,17 por cento dos votos expressos.
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