30.5.16

Bissau: ONU preocupada

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ontem a todas as forças políticas da Guiné-Bissau que se empenhem num diálogo franco e profundo e que se evite a violência no país, devido ao clima político bastante tenso. Ban Ki-moon reagiu após a decisão do Chefe do Estado, José Mário Vaz, de nomear novamente como primeiro-ministro Baciro Djá. “O Secretário-Geral está profundamente preocupado com a situação na Guiné-Bissau”, afirmou as Nações Unidas em comunicado. Ban Ki-moon pediu a todas as forças partidárias, políticos e seus simpatizantes para agirem com responsabilidade, absterem-se de usar a violência e evitarem uma escalada da tensão, resolvendo os seus problemas através do diálogo. O Secretário-Geral advertiu, também, que a crise política está a afectar o funcionamento das instituições públicas e a minar as perspectivas de desenvolvimento sócio-económico. O líder das Nações Unidas apelou à classe política para pôr fim a esta situação e colocar os interesses da população em primeiro lugar, para chegarem a um entendimento dentro de dias. A Guiné-Bissau vive momentos de tensão e protestos nas ruas após a decisão de José Mário Vaz de destituir o Governo e nomear um novo primeiro-ministro, Baciro Djá. A decisão é polémica e enquadra-se no contexto de uma longa crise institucional que começou com as eleições realizadas há cerca de dois anos, em que Domingos Simões Pereira triunfou, mas foi destituido pelo Chefe de Estado, alegamente por falta de clareza na gestão das finanças públicas. As forças políticas estão em dificuldade para chegarem a um entedimento que tire o país do impasse e relamce a funcionalidade das instituições e e do Governo. O Parlamento guineense, segundo informações de figuras independentes, perdeu a capacidade de desempenhar o papel de aglutinador de consensos e ser capaz de articular os pontos comuns para formar uma corrente positiva, que sirva à criação de um governo estável. Jornal de Angola

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