23.5.16

Bissau: A vez do PRS

O chefe de Estado guineense anunciou ter endereçado uma nota ao Partido da Renovação Social (PRS) "na qualidade de segundo partido mais votado nas últimas legislativas, incumbindo essa formação política de apresentar uma solução" que garanta "estabilidade governativa". José Mário Vaz justificou-se, considerando que o acordo que lhe foi apresentado na última semana pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as eleições de 2014, "indicia não reunir o apoio maioritário dos deputados" no parlamento guineense. Ou seja, apesar de o PAIGC ter maioria absoluta, o Presidente deverá ter em conta que há 15 deputados dissidentes do partido, que se juntaram ao PRS e anunciaram formar uma nova maioria que desde janeiro tem tentado derrubar o Governo. O assunto levou a uma luta judicial com diferentes interpretações. O PAIGC decidiu expulsar o grupo dissidente da militância, alegando indisciplina partidária e requereu depois a perda de mandato na Assembleia Nacional Popular. O partido entende que as decisões subsequentes nos tribunais guineenses validaram a substituição dos deputados, enquanto o grupo dos 15 e o PRS dizem o contrário.

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