21.3.17

O complicado processo de naturalização

Contradições da História. Se há 46 anos um natural de África, a residir em Portugal, dissesse que não era português, mas antes guineense, angolano ou moçambicano, poderia ter sérios problemas. Mas agora é completamente diferente: um africano que aqui se tenha instalado há 15 ou há 20 anos necessita de muito trabalho até conseguir ser naturalizado. Pedem-lhe documentos e mais documentos, certidões do país de origem, certificados de registo criminal, de lá e de cá. Fazem-no ir uma série de vezes ao SEF ou às Lojas do Cidadão, demonstrar que tem as contas em dia com a segurança social, etc. etc. Perdem-se vários dias de trabalho, com risco de se ser despedido, gasta-se muito dinheiro e fica-se largos meses à espera, até se conseguir um cartão de cidadão ou um passaporte da República Portuguesa.
As autoridades deveriam providenciar no sentido de ser muito mais fácil aos cidadãos dos PALOP há largos anos a viver em Portugal conseguir, se assim o desejassem, a nacionalidade portuguesa.

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