Laurent Nkunda, o general renegado que nas últimas semanas colocou em xeque o Exército da República Democrática do Congo (RDC), à frente de alguns milhares de homens do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), é um militar congolês nascido em 1967 na localidade de Rutshuru, a 75 quilómetros da cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte.
Comandando as antigas brigadas 81 e 82 da RDC, fala fluentemente inglês, francês, swakili e kinyarwanda, a língua nacional do Ruanda, do qual os adversários o vêem como um agente em terras do antigo Zaire, empenhado em defender os interesses da Frente Patriótica Ruandesa (FPR), do Presidente Paul Kagamé, 10 anos mais velho.
Tanto Kagamé como Nkunda são tidos como pupilos do Chefe de Estado ruandês, Yoweri Museveni, de 64 anos, elogiado pelo Ocidente como paradigma de uma nova geração de líderes africanos, que seguem os programas de ajustamento estrutural elaborados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), privatizam empresas e reúnem condições para que aos seus países seja perdoada a dívida externa.
Tendo estudado Psicologia, o general Nkunda não deixa também de se interessar pela pecuária, dentro da tradição tutsi, e tem uma fazenda na área de Masisi, a noroeste de Goma, sendo um produtor de queijo.
Em Maio de 2002 foi um dos oficiais incriminados pela brutal repressão de um motim em Kisangani, onde mais de 160 pessoas foram sumariamente executadas.
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