2.11.08

Novo partido sul-africano

A África do Sul vai saber daqui a dias qual o nome do seu novo partido, saído de uma dissidência do ANC e que deverá alterar a paisagem política nacional, dando-lhe duas formações de peso e alguns grupos menores, conforme vaticinou o perito em ciências políticas Chris Landsberg.
“Temos pressa em que formem o seu partido, a fim de que se possa iniciar o debate, sem cólera”, comentou ontem o líder do ANC, Jacob Zuma, ao falar a 15.000 pessoas na zona do Soweto, nos arredores de Joanesburgo, no segundo e último dia da convenção dos dissidentes, entre os quais se encontra o até há pouco primeiro-ministro da província de Gauteng, Mbhazima Shilowa.
Uma das prioridades do novo grupo é a eleição dos presidentes da República por sufrágio universal directo, em vez de a mesma ser feita pelo Parlamento, como actualmente acontece, com o partido vencedor das legislativas sempre certo de que vai ficar com um Chefe de Estado do seu agrado.
O ANC considera que o novo partido, a formalizar possivelmente em 16 de Dezembro, será “para os ricos”; mas Shilowa, de 50 anos, natural da província do Limpopo, responde-lhe que procura eleitores “entre os negros e os brancos, os ricos e os pobres”.
Nas legislativas de 2004, o ANC conseguiu 69,7 por cento dos votos expressos, a Aliança Democrática, fundamentalmente de brancos e mestiços, 12,4 por cento e o Partido Inkhata da Liberdade, do príncipe zulu Mangosuthu Buthelezi, sete por cento.

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