6.1.14

Bissau: À espera das eleições que não deverão ser em Março

by pasmalu A primeira fraude começa logo no dia do Golpe, quando a CEDEAO convence os golpistas a aceitar que o período de transição fosse de um (1) ano e não de dois (2), explicando que, depois era apenas uma questão de ir adiando. A segunda refere-se ao tal governo inclusivo, constituído por salafrários do pior calibre, incompetentes e pertencendo a partidos que nunca irão parar a nenhum governo por processos transparentes e eleitorais. Fingem que estão a preparar as eleições, mas comem à fartazana e passam a vida na ostentação. Um deles, o Nando Dódóte, até diz que os 30 milhões de CFA que lhe roubaram em casa era da empresa dele (provavelmente da companhia aérea Coca Line e Congéneres que diz para substituir a TAP). Essa tal empresa passou a dar lucro só quando ele foi para o governo. A terceira fraude é a da assessoria eleitoral dos "especialistas" timorenses, no país dos quais é a ONU que organiza as eleições, inexperiente, incompetente e completamente ausente (o seu chefe de fila Ramos Horta passa a vida em passeatas e até há dias foi celebrar o seu aniversário em Timor!). Resultado: os prazos não são cumpridos, a desorganização das mesas de recenseamento é inacreditável e ainda há regiões onde ainda não apareceu ninguém. A quarta é a manipulação das mesas das zonas que todos sabemos, onde se inscrevem grande número de crianças de 15 a 17 anos sem qualquer documentação e que quando o presidente da mesa é questionado, responde: "abô qui si papé?" A quinta fraude é que todos sabem que não haverá eleições em Março, mas fingem que anda tudo na maior, deixando correr o marfim e lastimando-se Ramos Horta de que para as Nações Unidas a Guiné-Bissau é um facto sem importância. Nesse caso, demita-se que todos agradecemos. António Indjai está nervosíssimo com estas eleições. A adesão massiva dos jovens, que são a larga maioria do eleitorado, e das mulheres decididas a acabar com esta "pouca vergonha" fazem ver que a derrota dos partidos dos militares vai ser retumbante e será mais difícil voltar a dar um novo golpe. O anúncio da chegada eminente de Cadogo ao país, a sua grande popularidade e o caos que se instalou no dia a dia (falta de gasóleo, greves de todos os sectores, falta de água, salários, até de militares, com 4 meses de atraso), põe Indjai em pânico. Ele sabe que ao regresso de Cadogo, por si só, fá-lo-á cair do poder. Tudo o fará para o evitar.

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