16.1.14

O crescimento de Angola e de Moçambique

Moçambique e Angola são dois dos países da África subsaariana que terão maior crescimento económico neste e nos próximos anos, prevê o Banco Mundial no relatório sobre as Perspectivas Económicas Globais. De acordo com os números divulgados esta semana, Angola deverá ter crescido 5,1% em 2013 mas, neste ano, vai acelerar para os 8% e depois abrandar para 7,3 e 7% nos dois anos seguintes, ao passo que Moçambique acelera de 7% em 2013 para 8,5% neste e no próximo ano. “O crescimento na re- A NÍVEL DE TODA A REGIÃO SUBSAARIANA Moçambique e Angola entre os que mais crescem gião subsaariana deverá ser impulsionado quer pelos países com recursos naturais, quer pelos outros. Os países exportadores de petróleo, liderados por Angola, deverão crescer 6,4%, em média, entre 2014 e 2016”, refere o aludido relatório. Esse “crescimento deverá também permanecer robusto em muitos países exportadores de minerais, incluindo Gana, Moçambique e Tanzânia, alicerçado nos fluxos de Investimento Directo Estrangeiro no sector dos recursos naturais e por um aumento de produção nos projectos em andamento”, pode ler-se no relatório na parte que analisa a África subsaariana. RAS “puxa” para baixo Nesta região, a economia deverá continuar a crescer, recuperando dos 3,5% de 2012 e dos 4,7% do ano passado, para uma média de 6% este ano, excluindo a África do Sul, que puxa os valores para baixo, nota o documento, que sublinha que apesar de um terço dos países abaixo do Saara ter crescido mais de 6% no ano passado, as desigualdades continuam grandes e o desemprego mantém-se alto. “As perspectivas de crescimento a médio prazo são fortes. O PIB regional deve fortalecer-se para 5,3% este ano, melhorando face aos 4,7% de 2013, aumentar para 5,4% em 2015 e atingir os 5,5% em 2016”, lê-se no relatório, que explica que “a procura interna, associada aos investimentos em infraestruturas e ao consumo das famílias, vai continuar a ser o maior motor do crescimento económico na maioria dos países desta região”. As dificuldades, sublinha o relatório, são já esperadas quando se fala no desenvolvimento de África: “embora o PIB (Produto Interno Bruno) real em muitos países desta região deva permanecer mais elevado que noutras regiões em desenvolvimento, a fraca infraestrutura física limita o crescimento potencial − geração instável de energia e más estradas vão continuar a impor custos altos aos negócios, reduzir a eficiência e impedir o comércio". Correio da Manhã, Maputo

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