15.1.14

Reformulada a vigilância ao Banco do Vaticano

Cidade do Vaticano, 15 jan 2014 (Ecclesia) - O Papa renovou a composição da comissão de cardeais com funções de vigilância sobre o Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o ‘Banco do Vaticano’, anunciou hoje a sala de imprensa da Santa Sé. O organismo, com cinco elementos, tinha um elenco mandatado por cinco anos pelo Papa Bento XVI, em fevereiro de 2013, pouco antes do final do seu pontificado, dos quais apenas permanece em funções o cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso. A “Comissão Cardinalícia de Vigilância do Instituto para as Obras de Religião” passa a incluir, no próximo quinquénio, D. Christoph Schönborn, arcebispo de Viena (Áustria); D. Thomas Christopher Collins, arcebispo de Toronto (Canadá); D. Santos Abril y Castelló, arcipreste da basílica papal de Santa Maria Maior; D. Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que será criado cardeal a 22 de fevereiro. O Papa Francisco criou em junho de 2013 uma comissão de inquérito para o IOR, com o objetivo de “conhecer melhor a posição jurídica e as atividades do Instituto, para permitir uma melhor harmonização do mesmo com a missão da Igreja universal e da Sé Apostólica, no contexto mais geral das reformas que for oportuno realizar por parte das instituições que coadjuvam a Sé Apostólica”. O cardeal Tauran integra também essa comissão, com o cardeal Raffaele Farina (presidente), D. Juan Ignacio Arrieta Ochoa de Chinchetru (coordenador) mons.Peter Bryan Wells (secretário) e a leiga norte-americana Mary Ann Glendon. O Instituto para as Obras de Religião foi fundado em 1942 por decreto papal e o seu objetivo é “servir a Santa Sé e a Igreja Católica em todo o mundo”. O IOR protege o património de um grupo “claramente determinado de pessoas físicas e jurídicas” com filiação na Igreja Católica, definida pelo direito canónico ou pelo direito do Estado da Cidade do Vaticano. O governo do instituto é constituído por uma comissão cardinalícia, um prelado, um conselho de supervisão e uma direção. Em julho de 2013, o IOR apresentou pela primeira vez o seu relatório anual, revelando um lucro de 86,6 milhões de euros em 2012.

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