O Partido Socialista está à beira de uma maioria absoluta nas legislativas do próximo ano, aponta o barómetro realizado pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1, Jornal de Notícias e Diário de Notícias. O estudo realizado duas semanas após a vitória de António Costa nas Primárias do PS revela um desejo de mudança dos portugueses, que castigam os partidos do Governo com percentagens que são das piores já registadas, quer pelo PSD quer pelo CDS-PP.
Estes números foram obtidos calculando a percentagem de intenções diretas de voto em cada partido em relação ao total de votos válidos (excluindo abstenção e não respostas) e redistribuindo indecisos com base numa segunda pergunta sobre intenção de voto. São apenas consideradas intenções e inclinações de voto de inquiridos que dizem ter a certeza que vão votar ou que dizem que em princípio vão votar.O estudo da Universidade Católica para a RTP e Antena 1 revela uma clara intenção de mudança do universo eleitoral português, que ganha força na resposta sobre a abstenção: 70% dos inquiridos manifestam a intenção de votar (15% “em princípio” e 55% “de certeza”). Dados que quebram o ciclo de crescimento da abstenção dos últimos atos eleitorais.
Assim, se as eleições fossem hoje - e respondendo já depois de António Costa assumir a liderança do PS – 45% dos inquiridos votariam no PS, percentagem que em anteriores cenários eleitorais já valeu ao PS uma maioria absoluta. No PSD votariam 28% da amostra e 4% no CDS-PP, o que representa para a atual coligação uma queda superior aos 10 pontos percentuais, face à última sondagem.
À esquerda, a CDU (coligação do PCP com os Verdes) garante 10% de intenção de voto (desce 2 pontos) e o BE prossegue a curva descendente com apenas 4% da preferência da amostra. O Bloco é o partido que mais cai desde o barómetro anterior (tinha 7%).
Estes dados revelam ainda que, desde o barómetro realizado em abril, a diferença entre PS e PSD alargou-se de 6 para 17 pontos percentuais. Os socialistas são aliás o partido que mais sobe desde o estudo anterior, com mais 9 pontos.Efeito Costa
Os números da sondagem vão no sentido de um novo ciclo sob a liderança de António Costa como candidato do PS a primeiro-ministro. Quando questionados acerca das personalidades mais influentes da vida política portuguesa, é António Costa que merece mais avaliações positivas (62%), seguido a uma larga distância por Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP (53%). Todos os outros líderes partidários e o Presidente Cavaco Silva têm avaliações abaixo dos 50%.
António Costa consegue uma preferência pouco inferior àquela de Passos Coelho e Paulo Portas em conjunto (respectivamente 36% e 33% para uma soma de 69%). Os líderes dos partidos que compõem a coligação do Governo são as figuras políticas mais penalizados nesta avaliação.
De referir ainda a entrada para esta tabela de Marinho e Pinto, que recolhe para já 47% de avaliações positivas. Cavaco Silva, que em abril obteve 48% de avaliações positivas, fica-se agora pelos 46%.
Apenas 22% dão nota positiva ao Governo
À semelhança do barómetro realizado há seis meses, o desempenho do Governo continua a colher uma avaliação esmagadoramente negativa (37% Mau e 33% Muito Mau).
Face a estes dados penalizadores para o Executivo Passos-Portas, as pessoas que respondem à sondagem manifestam-se contudo descrentes (54%) na capacidade de qualquer dos outros partidos para fazer melhor.
Apenas 26% dos inquiridos acreditam nas capacidades dos partidos da oposição. Destes, 61% apontam o PS como a melhor alternativa à coligação PSD-CDS. A CDU mereceu 16% e o BE 7%.
Coligações sim… mas à esquerda
A Universidade Católica questionou ainda a amostra do Barómetro quanto aos cenários eleitorais do próximo ano (caso se mantenha o calendário eleitoral previsto).
A ideia que fica das respostas é que a maior parte dos inquiridos que votam PSD ou CDS-PP defendem que devem concorrer coligados (PSD: 60% contra 33%; CDS: 62% contra 32%).
Já os eleitores identificados com a esquerda parlamentar (PS, CDU e BE) consideram que a coligação deve dissolver-se para as próximas Legislativas.
Colocados perante o cenário de uma vitória do PS no próximo escrutínio, os eleitores de direita preferem um executivo de coligação do PS com um partido da direita a um Governo apenas socialista. O mesmo sucede com os partidos à esquerda do PS, que manifestam igualmente a preferência por um executivo de coligação, neste caso com um partido de esquerda.
Os eleitores do PS prererem um governo de partido único, o Partido Socialista (46%, contra 32% de eleitores socialistas que aceitariam de bom grado uma coligação à esquerda).
Assim, se as eleições fossem hoje - e respondendo já depois de António Costa assumir a liderança do PS – 45% dos inquiridos votariam no PS, percentagem que em anteriores cenários eleitorais já valeu ao PS uma maioria absoluta. No PSD votariam 28% da amostra e 4% no CDS-PP, o que representa para a atual coligação uma queda superior aos 10 pontos percentuais, face à última sondagem.
À esquerda, a CDU (coligação do PCP com os Verdes) garante 10% de intenção de voto (desce 2 pontos) e o BE prossegue a curva descendente com apenas 4% da preferência da amostra. O Bloco é o partido que mais cai desde o barómetro anterior (tinha 7%).
Estes dados revelam ainda que, desde o barómetro realizado em abril, a diferença entre PS e PSD alargou-se de 6 para 17 pontos percentuais. Os socialistas são aliás o partido que mais sobe desde o estudo anterior, com mais 9 pontos.Efeito Costa
Os números da sondagem vão no sentido de um novo ciclo sob a liderança de António Costa como candidato do PS a primeiro-ministro. Quando questionados acerca das personalidades mais influentes da vida política portuguesa, é António Costa que merece mais avaliações positivas (62%), seguido a uma larga distância por Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP (53%). Todos os outros líderes partidários e o Presidente Cavaco Silva têm avaliações abaixo dos 50%.
António Costa consegue uma preferência pouco inferior àquela de Passos Coelho e Paulo Portas em conjunto (respectivamente 36% e 33% para uma soma de 69%). Os líderes dos partidos que compõem a coligação do Governo são as figuras políticas mais penalizados nesta avaliação.
De referir ainda a entrada para esta tabela de Marinho e Pinto, que recolhe para já 47% de avaliações positivas. Cavaco Silva, que em abril obteve 48% de avaliações positivas, fica-se agora pelos 46%.
Apenas 22% dão nota positiva ao Governo
À semelhança do barómetro realizado há seis meses, o desempenho do Governo continua a colher uma avaliação esmagadoramente negativa (37% Mau e 33% Muito Mau).
Face a estes dados penalizadores para o Executivo Passos-Portas, as pessoas que respondem à sondagem manifestam-se contudo descrentes (54%) na capacidade de qualquer dos outros partidos para fazer melhor.
Apenas 26% dos inquiridos acreditam nas capacidades dos partidos da oposição. Destes, 61% apontam o PS como a melhor alternativa à coligação PSD-CDS. A CDU mereceu 16% e o BE 7%.
Coligações sim… mas à esquerda
A Universidade Católica questionou ainda a amostra do Barómetro quanto aos cenários eleitorais do próximo ano (caso se mantenha o calendário eleitoral previsto).
A ideia que fica das respostas é que a maior parte dos inquiridos que votam PSD ou CDS-PP defendem que devem concorrer coligados (PSD: 60% contra 33%; CDS: 62% contra 32%).
Já os eleitores identificados com a esquerda parlamentar (PS, CDU e BE) consideram que a coligação deve dissolver-se para as próximas Legislativas.
Colocados perante o cenário de uma vitória do PS no próximo escrutínio, os eleitores de direita preferem um executivo de coligação do PS com um partido da direita a um Governo apenas socialista. O mesmo sucede com os partidos à esquerda do PS, que manifestam igualmente a preferência por um executivo de coligação, neste caso com um partido de esquerda.
Os eleitores do PS prererem um governo de partido único, o Partido Socialista (46%, contra 32% de eleitores socialistas que aceitariam de bom grado uma coligação à esquerda).
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