29.9.15
Bissau: Ano 43
Guiné-Bissau, ano 43
A Guiné-Bissau entrou no dia 24 de Setembro no seu quadragésimo terceiro ano como país independente, mas a instabilidade é tal que o Presidente da República, José Mário Vaz, nem sequer teve oportunidade de se deslocar logo a seguir à Cimeira das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Vaz, que está a ser altamente contestado, desde que há sete semanas afastou o Governo de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, fez-se representar pelo embaixador guineense na ONU, João Soares da Gama, que pediu aos parceiros e doadores para, apesar de tudo, implementarem as medidas de apoio ao país que no mês de Março haviam sido decididas durante uma mesa redonda efectuada em Bruxelas.
Acontece, porém, que os compromissos da comumidade internacional tinham sido assumidos dentro do pressuposto de que a Guiné-Bissau estava a ir agora por um bom caminho, depois das eleições gerais do ano passado, com as quais se procurara ultrapassar os efeitos nefastos do golpe de 2012.
O bom caminho foi sol de pouca dura, uma vez que o Presidente José Mário Vaz não se conseguiu entender com a Assembleia Nacional Popular e com o Governo, apesar de as três entidades se encontrarem nas mãos do PAIGC, o partido que no dia 24 de Setembro de 1973 proclamou unilateralmente a independência, nas Colinas do Boé.
O embaixador João Soares da Gama afirmou na ONU que a Agenda 2030 é essencial "para um país que tem estado em instabilidade durante muito tempo" e que a mesma agenda se encaixa no plano de desenvolvimento estratégico da Guiné-Bissau durante os próximos 10 anos, programa esse designado "Terra Ranka".
Só que, depois da queda do Governo de Domingos Simões Pereira e da tentativa inglória do Presidente para promover um Governo entregue a um dissidente do PAIGC, Baciro Djá, ficou claramente em causa o objectivo de "uma reviravolta, após décadas de pobreza e instabilidade".
Nesta altura, o Governo da Guiné-Bissau encontra-se nas mãos de um dos elementos mais velhos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o engenheiro agrónomo Carlos Correia, que já por três vezes no passado desempenhou idênticas funções. Era então Presidente da República João Bernardo Vieira, "Nino".
Cabe agora à equipa de Carlos Correia, devidamente apoiada pelo chefe do seu partido, Domingos Simões Pereira, tentar conseguir "uma transformação positiva", segundo foi dito na ONU pelo embaixador João Soares da Gama. Mas, sabendo nós o que sabemos, de tantas esperanças adiadas, ao longo dos primeiros 42 anos de vida da Guiné-Bissau como estado independente, custa-nos a acreditar cegamente que este quadragésimo terceiro ano, em que ora entrámos, seja finalmente o do arranque para a estabilidade política, o desenvolvimento e até mesmo a preservação da grande biodiversidade que existe por aquelas bandas.
Hoje, como há seis ou sete anos, fala-se de "uma grande reforma da Justiça, Defesa e Segurança, bem como de uma modernização das instituições do Estado". Tudo isto são palavras muito bonitas, para se dizerem nas conferências internacionais ou na Assembleia Geral das Nações Unidas. Mas daí até à consolidação das práticas democráticas vai uma distância maior do que aquela que medeia entre Lisboa e Bissau.
O caso guineense foi nestes últimos dias debatido na ONU entre o secretário-geral Ban Ki-moon e o Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, ambos aparentemente esperançados em que haja paz e coesão social na Guiné-Bissau, de modo a que um dia, sabe-se lá quando, se possa enfim alcançar o tão sonhado desenvolvimento económico de um território que até agora tem estado, indubitavelmente, entre os 15 ou 20 mais pobres do planeta em que vivemos.
Esta entrada no ano 43 da vida da Guiné-Bissau foi ainda assinalada, entre outras iniciativas, pelo lançamento, pelas Edições Corubal, do livro de poemas "Desesperança no Chão de Medo e Dor", de Tony Tcheka, pseudónimo do jornalista António Soares Lopes Júnior.
A palavra "desesperança", no título desta colectânea, como anteriormente a expressão "(Des)feitos da Guiné", utilizada em 2012 pelo embaixador português Francisco Henriques da Silva, dizem-nos bem do inconseguimento que tem sido a trajectória do povo guineense, desde o assassínio de Amílcar Cabral e da proclamação unilateral, e quiçá prematura, de uma independência que fora idealizada em moldes bem diversos.
"Ficámos na desesperança dos cantos/desmembrados/no espaço oco à espera do nada", lê-se a meio de um dos poemas de Tony Tcheka, enquanto prossegue a "espera da herança proclamada".
Jorge Heitor
26.9.15
Burkina: Desmantelado o Regimento golpista
Les ministres burkinabè ont profité vendredi de leur premier conseil après le coup d'État avorté pour dissoudre le Régiment de Sécurité présidentielle (RSP) à l'origine du putsch, dont le désarmement était en cours.
« Le troisième décret (…) dissout le Régiment de Sécurité Présidentielle (RSP) », selon le compte-rendu de ce Conseil des ministres.
La disparition du RSP était réclamé depuis plus de 15 ans par la société civile et certains partis politiques. Après la chute de Blaise Compaoré et l’instauration d’une Transition démocratique, les demandes de dissolution s’étaient faites plus pressantes sans que les autorités aient le courage de passer à l’acte face à cette « armée dans l’armée ».
Corps d’élite de 1.300 homme, le RSP était la garde prétorienne de l’ancien président Blaise Compaoré, chassé par la rue après 27 ans au pouvoir en octobre 2014.
Rétabli après l’échec du putsch, le gouvernement de transition s’est réuni à 10H00 locales et GMT dans le centre-ville dans les bureaux du Premier ministre Isaac Zida, « un cadre plus serein », selon M. Zida, que le palais présidentiel où avait été initié le putsch et qui se situe juste à côté de la principale caserne du RSP. D’importantes mesures de sécurité avaient été mises en place aux alentours.
« Bienvenus chez vous », a déclaré Job Ouedraogo, le directeur de cabinet d’Isaac Zida, au passage des ministres.
Le 16 septembre, c’est en plein conseil des ministres que des soldats du RSP, dont le camp jouxte le palais présidentiel, avaient fait irruption. Ils avaient pris président et gouvernement en otage, sonnant le départ du putsch, officiellement prononcé le lendemain.
Vendredi matin, le lieutenant-colonel Zida, lui-même ancien du RSP en délicatesse avec ses ex-collègues, est allé chercher M. Kafando, qui a fait son entrée au conseil sous les applaudissements.
Simultanément, le Conseil national de la Transition (CNT, parlement intérimaire) s’est réuni à l’Assemblée nationale pour la première fois depuis le putsch. Leur écharpe en bandoulière, les 90 députés ont accueilli le président du Conseil, Cheriff Sy, sous les applaudissements. Ce dernier était passé à la clandestinité durant les quelques jours qu’a duré le coup d’Etat.
C’est vers 19H30 que le CNT a finalement rendu publiques les décisions prises durant la séance: dissolution du RSP donc, mais aussi destitution du ministre délégué à la Sécurité Sidi Paré, soupçonné de collusion avec le Conseil national pour la Démocratie (CND, pro-Compaoré), mise à l’écart du chef d’Etat-Major particulier de la présidence, le colonel-major Boureima Kere, ancien aide de camp de Blaise Compaoré et ex-chef du RSP.
Le Conseil a aussi décidé de la création d’une commission d’enquête sur le coup d’Etat, visant à « situer les responsabilités, à identifier les auteurs, complices, militaires et civils impliqués ».
Elle « dispose d’un délai de trente jours maximum pour déposer son rapport. Des poursuites judiciaires seront immédiatement engagées à l’encontre des auteurs et complices », selon le texte.
Par ailleurs, le Conseil a fait état d’un bilan officiel de 11 morts et 271 blessés pendant les événements.
Le gouvernement a aussi annoncé des « concertations » en vue de « fixer le nouveau calendrier électoral ». La présidentielle et les législatives étaient prévues le 11 octobre et devraient être décalées de plusieurs semaines.
Un peu plus tôt dans la journée, le procureur général du Faso du Burkina, Laurent Poda, avait annoncé à l’AFP avoir ouvert une enquête judiciaire sur les événements, laissant entendre que les putschistes seraient un jour jugés.
« Le serpent est blessé mais n’est pas mort », avait quant à lui mis en garde Me Guy-Hervé Kam, le porte-parole du Balai citoyen, organisation de la société civile qui avait joué un rôle prépondérant lors de la chute de Blaise Compaoré, tout en ne voyant « plus de risque majeur pour les élections ».
Avant même la dissolution du RSP son armement a commencé dans la journée à être inventorié.
« Le processus de désarmement du RSP au camp Nabaa Koom ont bien commencé ce matin. Après l’inventaire dans la matinée, le chargement de l’armement a effectivement débuté ce soir. Tout se passe bien », assurait ainsi vendredi soir l’Etat major des Armées.
Pourtant, selon un haut gradé du RSP, les militaires de base du Régiment, établis à la caserne Naaba Koom, s’y « sont catégoriquement opposés », réclamant au préalable des garanties de sécurité pour eux et leurs familles.
Face aux craintes des militaires, le Balai citoyen appelait vendredi soir « à ne s’en prendre ni aux militaires du RSP, ni aux membres de leurs familles, ni aux présumés soutiens civils du coup d’Etat ».
Le putsch a avorté mercredi, après que des unités loyalistes eurent fait mouvement vers la capitale pour s’opposer au RSP. Michel Kafando a été officiellement rétabli dans ses fonctions, ainsi que le Premier ministre Zida, l’ensemble du gouvernement et l’assemblée intérimaire lors d’une cérémonie jeudi à Ouagadougou.
Jeune Afrique
Relação indefere pretensões de Sócrates
Acordam em Conferência na 9 Secção Criminal da Relação de Lisboa
1. Relatório
1.1.No Tribunal Central de Instruçao Criminal de Lisboa, foi proferido o
seguinte despacho:
“Do requerimento de f Is. 14679 a 14687.
Com os fundamentos constantes de fls. 14679 e ss., veio o arguido José
Socrates Carvalho Pinto de Sousa, a douto punho, requer, em síntese:
- A reparacao do despacho reclamado com satisfaçao imediata do
requerimento de 27-02-2015, nos exactos termos au requeridos;
- A libertação imediata do arguido,
- Que o segredo de justiça seja declarado formalmente cessado.
Termina ainda o seu requerimento, requerendo que seja ordenada a
inquiricão do Senhor Director do DCIAP, Dr. Amadeu Guerra ou, certificada a
conformidade do declarado pelo mandatário do arguido quanto a comunicação
feita ao Senhor Procurador-Coordenador do DCIAP, em 21-11-2014.
o M°P° - DCIAP, pronunciando-se sobre tal requerimento, a fls. 14717 e
ss., aduz, como abaixo nos permitimo-nos transcrever:
(..
“ReQuerimento de folhas 14679 e seguintes
Na sequência do nosso despacho de folhas 14430 e seguintes e sob a
designação, a nosso ver incorrecta, de reclamaçao vem o arguido Jose SOcrates
retomar o pedido de obtencao de acesso a elementos dos autos e mesmo da
realizaçao de diligência de inquirição do Sr. Director do DCIAP sob conversa
telefOnica que a Defesa teria tido corn o mesmo.
Acresce a argumentacão anteriormente apresentada a invocação, agora
feita pelo requerente, de que o prazo de duracão normal do lnquérito já teria sido
ultrapassado, pelo que pede a Defesa a cessaçao do segredo de justiça e a
Iibertação do arguido.
Sobre a questao do acesso a elementos processuais e mesmo sobre a
pretendida inquiricao do Sr. Director do DCIAP, nada mais temos a acrescentar
1
àquilo que procurámos explicar no nosso despacho de folhas 14430 e seguintes,
tanto mais quo, como efectivarnente aconteceu, nao foi o telefonema do Defensor
do arguido, quo nos foi transmitido, se bern quo sem a revelaçao do estar a ser
feito do estrangeiro, quo nos alterou o entendirnento de se verificar indiciado o
perigo de fuga, em face e após o con hecimento dos factos que foram imputados ao
arguido.
Mantemos assim, a apreciação e o entendimento de que nao podem, por
ora, no intoresse do sucesso da investigação, ser revelados outros documentos
para além dos já abertos a consulta e a obtenção de cOpia, mais se entendendo
nao ter cabimento a requerida inquirição do Sr. Director do DCIAP.
No que se refere ao cumprimento da carla rogatória remetida a Suiça,
abstemo-nos de comentar, por diferença de estilo, as afirmaçOes do requerente,
que apenas donotam desconhecirnento sobre o acesso a informaçäo bancária e
sobre Os procedimentos nocessários para a reconstituição de circuitos financeiros,
em particular quando reflectidos em dezenas do contas, cujo conhecimento foi
sendo sucessivamente obtido, em conjugacao corn a invostigação em curso em
Portugal.
Certo e que, independentemente do efectivo tempo de cumprimento da
Carla RogatOria, o Cod. Processo Penal apenas reconhece uma eficácia limitada
para a suspensao do prazo de duracäo do lnquérito em caso de expedicao de
Carla Rogatória, polo que o pretenso prolongarnento doloso desse cumprimento
em nada teria afectado o prazo normal admitido legalmente para 0 lnquérito.
Quanto ao prazo normal aplicável ao presento Inquérito, o ora requerente
retoma, embora não o ref ira expressamente, uma questao que já fol suscitada em
sede de recurso e nesta instância, qual seja a da determinação do inhcio para a
contagem do prazo quando a sujoiçao a prisão preventiva dos arguidos ocorrer ja
depois do moses do investigação em lnquerito, como é natural que ocorra nestas
formas de criminalidade.
0 roquerente entende, corn ofeito, aplicar Os prazos aplicáveis em caso de
arguidos presos, mas retroage o inIcio da contagem do prazo a data do inIcio do
lnquérito, data na qual o arguido ora roquerente não era sequer ainda suspeito nos
autos.
2
Isto é, como já afirmado anteriormento nos autos, o arguido requerente
pretende ver aplicado um prazo, que parte do pressuposto de haver arguidos
presos, a uma fase processual em que nao havia ainda arguidos sequer
constituídos.
Tal questão constitui, no entanto, parte do objecto do Recurso que ainda se
encontra pendente sobre a decisão de excepcional complexidade, pelo quo a essa
instância superior caberá a ültima palavra.
Por outro lado, tambérn já nesta instância se tomou posicao e foi profenda
decisão sobre essa questão, na sequência do requerimento da Defesa de foihas
8832 e seguintes e da nossa promoção do 12 de Dozembro de 2014, folhas 8848 e
soguintes, quo deram origem a decisão de folhas 8856 e seguintes, corn parte
dispositiva a folhas 8867 o soguinto.
Nessa decisão, de tolhas 8867, da qual nao foi intorposto recurso
autOnomo, claramente se afirmou que, após a ocorréncia do urn riovo pressuposto
para a definição dos prazos do duracao do lnquérito, no caso a prisão dos
arguidos, so iniciava a contagem de urn novo prazo, cuja data do início seria
precisamento a da verificação do referido pressuposto, não podondo 0 inIcio da
contagem do urn prazo ocorrer antes do facto quo determina e dofine esso prazo
— conformo se mostra escrito a folhas 8866 e acolhido na decisão do folhas 8867,
parte final.
Entendomos assim, quo dove o arguido, ora roquerento, ser remetido, sem
mais, para aquela decisão, pelo que o prazo quo invoca se comecou apenas a
correr corn a dotoncao dos arguidos, a 21-11- 2014, aproveitando a susponsao, por
via da Carta RogatOria pendente, apenas ate a data da sua ofectiva devolução, na
data de 4 do Foveroiro do 2015, iniciando-se desde então o prazo do urn ano,
aplicável por força da oxistência de arguidos presos o nos termos do art. 276°-2 c)
do CPP.
Alias, nao existindo arguidos presos, atonta a excopcional cornploxidade
declarada nos autos, os tipos do crime om causa e a Carla RogatOria expedida,
entondemos quo seria aplicável o prazo de 18 moses, acrescido por mais 9 mesos
do suspensao, num total do dois anos o trés moses, cujo decurso também ainda se
não vorificou, mesmo atendendo a data em quo so iniciou o presento lnquérito.
Por ültimo, mal percebemos sequer que se faça uma ligacão entre o
prazo de duracão normal do Inquérito e a subsistência das medidas de
coacçao, cujo prazo de vigencia se encontra inegavelmente válido, pelo que
não seria sequer o pretenso atingir desse prazo normal que iria trazer
implicaçöes em sede da definicao das medidas de coacçao — alias seria
incongruente que se admitisse que ser válido o prazo da prisão preventiva,
mas estar esgotado o prazo normal do lnquérito.
Face ao exposto, promovemos:
- que se indefira a pretensão do arguido José SOcrates de aceder a
outros elementos dos autos, para além dos já abertos ao seu conhecimento,
conforme nosso despacho de folhas 14430 e seguintes;
- que se indefira a pretensão do arguido José SOcrates de inquiriçao do
Sr. Director do DCIAP, face ao supra exposto e ainda ao afirmado na decisão
de folhas 14430 e seguintes e ao sentido do acOrdão da Relaçao de Lisboa
proferido nos autos sobre os fundamentos da prisâo preventiva do ora
requerente;
- se indefira a pretensão de ver declarado ultrapassado o prazo normal
do Inquérito e, consequentemente, o regime de segredo de justiça na sua
vertente interna, por remissão do requerente para as regras de contagem
desse prazo ja definidas na decisão de tolhas 8867, por adesão a promoção
que antecede;
- se indefira a pretendida libertação do arguido, por decaimento, nos
termos supra, do pressuposto do esgotamento do prazo normal do inquerito.
(sic.)
Aqui chegados, cumpre apreciar e decidir:
Os presentes autos encontram-se em fase de inquérito e, cfr. estatul o
n° 1 do art° 262° do CPP, este “compreende o conjunto de diigências que
visam investigar a existência de urn crime, determinar os seus agentes e a
responsabilidade deles e descobrir e recoiher as provas, em ordem a decisão
sobre a acusaçãd’ (sic.).
Atento o disposto nos art°s 263°, n° 1 e 267° do CPP, compete ao
M°P°, na qualidade de titular da acçao penal, dirigir 0 inquérito.
4
Assim, cmpreendendo o inquerito urn conjunto de diligências que visam
investigar a existência de um crime, cabe ao M°P° - “dominus” da
investigação, a sua direccao, a recolha e selecçao de prova, auxiliado pelo
oPc.
Em suma, e àquela entidade que, de acordo corn a estratégia definida
para a investigacão em concreto, que compete determinar o modo e o tempo
das diligOncias a realizar.
Como é bom de ver, não tem cabimento nas competências do JIC,
atenta a redacçao do art° 268° do CPP, a possibilidade de, em fase de
inquérito, face ao conjunto de diligencias que visam investigar, determinar Os
seus agentes, determinar a responsabilidade deles, descobrir e recolher
provas e/ou determinar ou limitar o objecto dos autos.
No entanto, circunscrevamo-nos ao caso concreto, designadamente a
questao dos prazos.
0 prazo de duracao do inquérito é de 6 meses, caso existam arguidos
presos ou sob obrigacao de permanéncia na habitaçao (art° 276°, n° 1 do
CPP), sendo elevado para 8, 10 ou 12 meses, nos termos do n° 2 do referido
preceito legal.
Atenta a redaccao operada pela Lei 26/2010, de 30/08, o prazo a que
alude o art° 276°, n° 3, al. a), ex vi do art° 215°, n° 2 e art° 1°, al. m), todos do
CPP, foi elevado, pelo que, o prazo de duraçao do inquérito passou para 14
meses, por forca do disposto no art° 5° do CPP.
Ademais, como consignado nos autos, ao abrigo das disposicöes
conjugadas nos artigos 276°-3, al. c) e 215°, ns. 1 a 3 do CPP vigente, foi
declarada a excepcional complexidade do procedimento, corn a consequente
elevacao do prazo para dezoito meses, o que aqui se consigna.
Certo é que, a data da prolacao de tais despachos inexistiam arguidos
constituidos nos autos.
Ainda em relação a especial complexidade, o TCIC louvou-se no douto
AcOrdão do STJ, de 26-01 -2005, in P° 05P31 14, quando explicita que:
(...) “a especial complexidade constitui, no rigor, uma noção que
apenas assume sentido quando avaliada na perspectiva do processo,
considerado não nas incidéncia estritamente juridico-processuais, mas na
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dimensão factual do procedimento enquanto sequência e conjunto de actos e
revelação externa e interna do acrescidas dificuldades de investigacão,
cornposicao e sequência corn refraccao nos termos e nos tempos do
procedimento.
A decisão sobre a verificação da especial complexidade nao depende,
pois, da aplicação da Iei a factos e da integracao do elementos compostos
corn dimensão normativa, nem está tributária da interpretação do normas.
0 juIzo sobre a complexidade assume-se, assim, como juIzo
prudencial, do razoabilidade, de critério da justa rnedida na apreciacão 0
avaliação das dificuldades suscitadas pelo procedimento. Mas, dificuldades do
procedimento e não estritamente do processo; as questOes do interpretação e
do paliação da lei, por mais intensas e complexas, nao atingem a noção.
As dificuldades do investigacOes (técnicas, com intensa utilizaçao do
leges cortis da investigação), o nümero de intervenientes processuais, a
deslocalizacão dos actos, as contingências procedirnentais provenientes das
intervençöes dos sujeitos processuais, a intensidade do utilizaçao dos meios,
tudo serão elementos a considerar, no prudente critério do juiz, para
determinar quo urn deterrninado procedimento apresenta, no conjunto ou,
parcelarmente, em alguma das suas fases, uma especial cornplexidade corn o
sentido, essencialmente de natureza factual, quo a noção funcionalmente
assume o art0 215°, n° 3 do CPP” (sic.)
Contudo, tal questao (decisão de que declarou a especial complexidade)
encontra-se pendente no Venerando Tribunal da Relacao do Lisboa, polo quo,
nosto tocanto, aguardamos tal docisão.
Som projuIzo, julgamos suficientemente hialino que o despacho quo declara
a especial complexidade do procedirnento, subsiste, quer quanto a duração normal
dos autos na fase do inquérito e por conseguinto quanto a vigência do regime de
sogredo de justiça, quer sabre a duração das modidas do coaccao impostas aos
arguidos, não depondondo o eteito da primoira da constituição do arguidos.
Alias, o disposto no art° 276° do CPP, quanto ao alargamonto do prazo pola
doclaracao do especial complexidade não so revela, a nosso ver, conflituante corn
a contagem dos prazos, já quo o seu n° 4 estabeleco, dosde logo, “o prazo conta
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se a partir do momento em que o inquérito tiver passado a correr contra pessoa
determinada ou em que se tiver verificado a constituição
Em síntese, assim que declarada a especial complexidade nos autos
(elevacao do prazo para 18 meses contados a partir do momento que os autos
corram contra pessoa determinada) e verificada a constituicao de arguidos, in
caso, sujeito a medida de coacçao de prisão preventiva, corre um novo prazo de
12 meses, atento o disposto no art° 276°, n° 2 do CPP, não se vislumbrando como
se poderá contar urn prazo antes de ocorrer urn determinado facto.
Quanto a Carla Rogatória referida no requerirnento do arguido, verificamos
que a mesma foi expedida em 05-11-2013, pelo que, de acordo corn o disposto no
art0 276°, n° 5 do CPP, atento o disposto no seu n° 3, al. a), o prazo fol suspenso
pelo perlodo de 7 meses, passando a correr novamente em 05-06-201 4.
Em face do sobredito, certo é que o enorme acervo documental junto aos
autos, carece de aturada análise, de forma a permitir corn clareza, apreciar e
compreender, para além da origem dos fundos, Os fluxos financeiros em causa,
que, alias, o titular dos autos se propoe prosseguir.
Não obstante o aqui referido, somos a concordar corn a douta e bern elaborada
promocao supra transcrita, que aqui damos por integralmente reproduzida, não por
falta de avaliação e ponderação propria da questao, mas por simples economia
processual (remissão admitida pelo próprio Tribunal Constitucional — vidé Ac. TC
de 30/07/2003, pro ferido no P.° 485/03, publicado no DR II Série de 04/02/2004 e
pela prôpria Relação de Lisboa, vidé Ac. TRL de 13/10/2004, proferido no P.°
5558/04-3), aderimos aos fundamentos do titular da accão penal.
Assim, atento o objecto dos autos, a complexidade de investigação destas
matérias e Os elementos ja aqui contidos, que carecem, por ora, de cuidada
apreciacao pelo detentor da acçao penal, mantemos no Interim a decisão ora
colocada em crise, indeferindo-se as pretensöes do Requerente formulados no seu
requerimento.
Notitique.
***
A Líbia fragmentada
The United Nations on Monday handed Libya's warring factions a final draft of a peace accord to end their conflict, telling the factions the U.N.'s work was over and they must take the deal or leave it.
The U.N.-sponsored agreement, after months of stalled negotiations, aims to end fighting between two rival governments and their armed backers that has pushed Libya close to collapse four years after Muammar Gaddafi's demise.
Western powers want the U.N. deal to resolve the conflict that has allowed Islamist militants to gain ground in the chaos and smugglers to profit by shipping migrants and asylum seekers from Libya's coast to Europe.
U.N. envoy Bernardino Leon had set September 20 as a date for a deal. He told reporters on Monday that he hoped the factions would now return to reach a final agreement after the Eid Al-Adha Muslim celebrations this week and before October 20, when the mandate of the elected parliament ends.
"We finished our work, we have a text that it is a final text. So our part in the process is now finished," Leon said flanked by Western diplomats in the Moroccan city of Skhirat, where much of the recent negotiation has taken place.
"It is up now to the participants to react to this text, but not in terms of adding more comments or getting back to something to negotiate."
He said all parties had confirmed their willingness to return to discuss representatives for a united government within days and for a deal to be signed in Libya before October 20.
"They can refuse or reject the proposal, but in this case they will be choosing uncertainty, choosing difficulties of working with international community," Leon said.
Libya has fragmented into two loose rival alliances of former rebels who once fought Gaddafi together but steadily turned against one another in the early years after the 2011 revolution in a battle for control.
Since last year, Tripoli has been controlled by Libya Dawn, an alliance of Islamist-leaning former militias and a powerful armed faction from the city of Misrata that set up a self-declared government and parliament in the capital.
The internationally recognized government and elected parliament has worked out of the east of the country since its armed allies were driven out of the capital. It is backed by a former Gaddafi ally General Khalifa Haftar and a loose formation of other armed groups.
Hardliners from both sides have resisted the peace talks, hoping they can gain more from conflict. But the U.N. deal calls for a one-year united national government, with the current elected parliament as the legislature, and another chamber as a consultative body.
(Writing by Patrick Markey; Editing by Toni Reinhold)
Reuters
24.9.15
Bissau: Carlos Correia, medalha Lenine
Sua Excelência, o Sr. Eng. Carlos Augusto Gomes Correia, nasceu em São Domingos, Região de Cacheu, a 06 de Novembro de 1933. Filho de Domingos Gomes Correia e de Mariama Forbs, viveu em Encheia, Jeta e Bissau, aonde neste último passa a sua infância e adolescência, concluindo em 1946 a instrução primária.
Proveniente de uma modesta família guineense, com 13 anos de idade, começa a trabalhar como empregado de balcão, na “Loja Da Praia” da firma Casa Gouveia.
Em 1947, com a transferência do pai, que era funcionário aduaneiro, para Bafatá muda para essa cidade. Aí até 1950 foi professor na Escola Primária da Missão Católica de Bafatá.
De regresso à Bissau, em 1955 frequenta o Curso Secundário no Colégio Liceu de iniciativa semioficial (sito no edifício da atual Direção-geral da Cultura). E, quatro anos mais tarde, concorre ao posto administrativo e contabilístico do quadro da “Casa Gouveia”. Na sequência do massacre de “Pingiquity”, de 3 de agosto de 59, foi preso pela polícia política da então “Guiné-Portuguesa”, sendo libertado no dia seguinte.

Decide fugir para o Senegal, aonde segue para a Guiné-Conakry, acompanhado do seu companheiro Luciano N’Dau. A partir de 1960, em Conakry, sob orientação de Amílcar Cabral coadjuvado por Luciano N`Dao ocupa-se da mobilização e ingresso de novos jovens para as fileiras do PAIGC e participa no programa de superação político-literário dos militantes. Toma parte, em Dalabá, República da Guiné, num seminário de formação sindical organizado pela UGETAN (União Geral dos Trabalhadores da África Negra).
No início de 1961, bolseiro da UIE (União Internacional dos Estudantes) segue para RDA (República Democrática Alemã) para a formação superior. Participa no Congresso Constitutivo da UGEAN (União Geral dos Estudantes das Colónias Portuguesas), realizado em Rabat, sendo eleito membro da Direção da Organização e indigitado seu responsável pela área da Formação.
Em 62, em representação dos jovens e estudantes do PAIGC, participa em Helsínquia, no Festival da Juventude e Estudantes. E, pela UGEAN, no Congresso da KOMSOMOL (Organização da Juventude Soviética) em Leninegrado, hoje São Petersburgo.
Depois de concluir a formação, em 66, em agronomia no Instituto Superior de Agronomia Tropical e Subtropical, regressa no ano seguinte à Conakry, sendo colocado na Representação Exterior do PAIGC, em Dakar. Torna-se membro do Comité Central do PAIGC.
Nomeado em 68, responsável pela Logística do Secretariado do PAIGC, em Conakry, passa a dirigir a Comissão de Inspeção/Recenseamento (de homens e Materiais) de todas as unidades das FARP das três Frentes de Luta. Vindo a ser eleito membro do Bureau Político do PAIGC e um ano mais tarde do Comité Permanente da Comissão Nacional das Regiões Libertadas do Sul.
Em 1972, participa na sensibilização e orientação das populações para escolha dos Delegados às eleições dos membros dos Conselhos Regionais e Deputados à Assembleia Nacional Popular. Com a proclamação da independência, em 1973, do Estado da República da Guiné-Bissau (1973), na I Sessão da Assembleia Nacional Popular torna-se deputado.
Com o reconhecimento formal da independência nacional, por Portugal, ex- potência colonial, exerceu a partir de 1974 importantes cargos no aparelho legislativo, do Estado e sector privado:
- Deputado da II Legislatura da ANP (1976);
- Comissário de Estado do Planeamento Agrícola e Recursos Naturais (24
Set. 74 a 19 Mar. 77);
- Comissário de Estado das Finanças (19 Mar. 77 a 14 Fev. 81);
- Presidente do Conselho Superior dos Desportos (78 a 82);
- Ministro das Finanças (14 Fev. 81 a 17 Maio 82);
- Deputado da III Legislatura da ANP (84)
- Ministro do Comércio e Artesanato (17 Maio 82 a 17 Julho 84);
- Ministro de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas (17 Jul. a 6 Fev.
89);
- Ministro do Desenvolvimento Rural e Agricultura (06 Fev. 89 a 16 Dez.
91);
- Ministro da Presidência do Conselho de Estado (18 de Nov. de 91);
- Primeiro-ministro (16 Dez. 91 a 4 Nov. 94);
- Deputado da IV Legislatura da ANP, da I Assembleia Multipartidária do
País (94);
- Assessor para a Área Produtiva do Presidente do Conselho de ADP
(Armazéns do Povo) SARL (95 a Nov. 96);
- Primeiro-ministro (Maio 97 a Dez. 2 de 99);
- Primeiro-ministro do Governo de Transição de iniciativa presidencial
(Maio 2008 a Jan. 09);
Ainda, foi Membro do Conselho de Estado; Presidente do Conselho Regional do Sector Autónomo de Bissau; Presidente do Conselho Regional do SAB e Membro da Presidência da Bancada Parlamentar do PAIGC.
Desempenhou outras tantas funções: Presidente do Conselho de Ministros do Fundo de desenvolvimento da CEDEAO (1983); Presidente do Conselho de Ministros da ADRAO (Associação para o Desenvolvimento da Orizicultura na África Ocidental) 1984; Ministro Coordenador do CILSS (Comité Inter-estados da Luta Contra a Seca no Sahel (87-89).
Participou em inúmeras Conferências Internacionais, tais como: da CEE/ACP; Conselhos de Ministros do Fundo de Desenvolvimento da CEDEAO; da FAO; do FIDA e muitas outras Reuniões, Conferências e Cimeiras de Chefes de Estado.
Foi galardoado com várias medalhas, a saber: Medalha Ordem de Vladimir Ylitch Lenin; Medalha de Mérito de ANP; Medalha do Combatente da liberdade da Pátria; Medalha Amílcar Cabral primeiro grau (versão Cabo-Verde); e Medalha de Ouro de Reconhecimento e Mérito da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Esta é a síntese biográfica de Sua Excelência, o Sr. Engo Carlos Correia, distinto Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, pela quarta vez.
Bissau, 23 de Setembro de 2015
Carlos Vaz
Conselheiro para a Comunicação e Informação do Governo
Publicada por António Aly Silva, no blog Ditadura do Consenso
23.9.15
Burkina: Kafando voltou à Presidência
Comme l'avait annoncé la veille le général putschiste Gilbert Diendéré, Michel Kafando a repris mercredi ses fonctions de président de la transition.
Accompagné du ministre de la Communication, Frédéric Nikièma, Michel Kafando s’est exprimé mercredi 23 septembre dans les locaux du ministère des Affaires étrangères. « À présent libre de mes mouvements, je reprends du service et par la même, je m’affirme par la légitimité nationale. La transition est ainsi de retour et reprend à la minute même l’exercice du pouvoir d’État », a-t-il déclaré.
Dénonçant « les usurpateurs » et « l’imposture », il a assuré que « le gouvernement de transition est resté le seul à incarner la volonté du peuple ».
Michel Kafando a invité le peuple burkinabé « a resté mobiliser autour de la transition pour qu’ensemble nous continuions […] à remettre le processus électoral sur les rails après avoir pensé les plaies et honoré la mémoire de nos compatriotes injustement tombés pour la défense de la patrie ».
Jeune Afrique
22.9.15
Burkina: Confronto entre militares
L’armée loyaliste, qui avait pris le chemin de la capitale pour en déloger les putschistes lundi 21 septembre dans l’après-midi, est toujours aux portes Ouagadougou et a intimé aux putschistes de « déposer les armes ». Les officiers de l’armée loyaliste ont par ailleurs exigé des putschistes qu’ils déposent les armes d’ici 10h (locales). Selon des hauts-gradés contactés par Jeune Afrique, l’armée loyaliste assure continuer les discussions et « tout faire pour empêcher l’affrontement ».
De son côté, le RSP ne semble pas vouloir lâcher prise. Le général Diendéré affirme ainsi être en discussion avec les chefs de l’armée pour « faire partir » les unités de province arrivées dans la nuit à Ouagadougou.
Cette offensive de l’armée loyaliste survient alors qu’un projet de sortie de crise avait été présenté dimanche 20 septembre par la médiation ouest-africaine. Le plan devrait être examiné lors d’un sommet extraordinaire de la Communauté économique des États d’Afrique de l’Ouest (Cedeao) ce mardi 22 septembre. Ce projet a suscité l’indignation de la société civile et une franche opposition dans les rues de la capitale au motif qu’il prévoit l’amnistie des putschistes.
Zida libéré par les putschistes
Par ailleurs, le Premier ministre de la transition Isaac Zida, aux mains des putschistes depuis le coup d’État, a été libéré mardi matin, a-t-on appris de sources concordantes. Le Premier ministre a été libéré et a pu quitter le palais présidentiel de Ouagadougou pour rejoindre dans un premier temps résidence officielle de la Primature. Selon les infirmations recueillies par Jeune Afrique, il se trouve désormais en sécurité dans un lieu tenu secret.
Jeune Afrique
20.9.15
José Eduardo: 36 anos na Presidência
José Eduardo dos Santos
36 anos de um poder quase despótico
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O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, que há 36 anos foi eleito presidente do MPLA, por morte de António Agostinho Neto, deverá candidatar-se a mais um mandato em 2017. A intenção do chefe de Estado, que se encontra no poder há bem metade da sua já longa vida, foi manifestada na última reunião ordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no fim de Abril.
O Comité Central aprovou, nessa reunião, a proposta de José Eduardo dos Santos para criar um grupo de trabalho que ficará encarregado de elaborar a nova moção do líder.
O facto de ter sido o próprio Presidente a propô-la é um forte indício de que pretende continuar à frente do partido depois do Congresso previsto para 2016 e, quase certamente, será candidato à reeleição como Presidente da República em 2017, ficando assim no poder para cima de 38 anos, o que é claramente um exagero.
José Eduardo dos Santos foi eleito presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido, no dia seguinte, nos cargos de presidente do MPLA, de Presidente da República de Angola e comandante-chefe das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola).
Chegou ao poder, segundo alguns, porque era, dos presidenciáveis, o mais fraco. Nos primeiros anos manteve-se muito discreto. Mas depois sobreviveu à queda do Muro de Berlim, aceitou o capitalismo e permitiu que a família enriquecesse.
Ele está há quase tanto tempo no poder quanto o despótico Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que arranjou artes de se infiltrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); e ambos são uma negação das práticas democráticas pelas quais os estados se deveriam reger.
Num interregno da guerra civil angolana, em 1992, depois dos acordos de Bicesse, assinados em Portugal, José Eduardo dos Santos teve 49,57% dos votos na primeira volta, contra 40,6% de Jonas Savimbi, líder da UNITA; e já não houve oportunidade de se disputar uma segunda volta.
Nas legislativas de 2008, depois da morte de Savimbi e do fim da guerra, o MPLA ganhou com 81,6% e nas de 2012 com 71%, sem que se efectuassem eleições directas para a Presidência da República. De acordo com a Nova Constituição, o chefe do partido angolano vencedor das legislativas fica automaticamente com a chefia do Estado.
Ao contrário da democraticidade a que assistimos na África do Sul, em Moçambique e na Namíbia, em Angola não parece que quem se instalou no topo do poder esteja minimamente disponível para de lá sair, pelo que alguns observadores se têm referido ao engenheiro José Eduardo dos Santos como um déspota algo discreto.
Ele é daquela espécie de homens que parecem entender que, uma vez Presidente, Presidente para sempre, como se acaso fosse um rei, um soba grande, um régulo com plenos poderes sobre todo o seu povo.
Nem Lopo do Nascimento nem Marcolino Moco nem nenhum outro foram até agora considerados capazes de vir a suceder ao engenheiro de petróleos que parece apostado em completar quatro décadas à frente dos destinos de Angola, terra de petróleo e de diamantes.
Numa entrevista à rede Bandeirantes do Brasil, o Presidente angolano reconheceu que está há demasiado tempo no poder: “Eu acho que é muito tempo, até demasiado, mas também temos que ver as razões de natureza conjuntural que nos levaram a esta situação".
A maquiavélica criatura, "o Príncipe", arranja sempre todas as justificações possíveis para se perpetuar no poder, como se fosse Obiang, Robert Mugabe ou outro daqueles políticos que envergonham a África, que ficaria muito mal vista no concerto das nações se, por outro lado, não se pudesse orgulhar de criaturas como Nelson Mandela, Joaquim Alberto Chissano ou Pedro Pires.
Só nos resta pois esperar que as consciências despertem, que os angolanos acabem por se poder expressar livremente e que, a médio prazo, a Presidência da República venha a caber a alguém que não se aposse dela como de uma propriedade privada, para o resto da vida. Jorge Heitor
19.9.15
Papa é candidato ao Nobel da Paz
O teólogo brasileiro Frei Betto afirmou neste sábado, em Cuba, que a esquerda latino-americana está muito feliz com o papa Francisco, por suas denúncias da exploração e da opressão no mundo.
"Toda a esquerda latino-americana que conheço está muito feliz com o papa Francisco, primeiro porque é um homem que está muito identificado com os princípios, objetivos e os conteúdos da Teologia da Libertação", disse Betto em uma entrevista coletiva em Havana, poucas horas antes da chegada do pontífice argentino à ilha.
"Francisco é o primeiro papa que tem claramente uma opção com os pobres e que denuncia as causas das injustiças, não apenas os efeitos", completou o frade dominicano e adepto da Teologia da Libertação.
Betto destacou que os papas "João Paulo II e Bento XVI elaboraram documentos importantes falando também das causas do império do dinheiro, da exploração, da opressão, mas nenhum foi tão contundente como Francisco em sua última encíclica 'Laudato Si', que sem nenhuma dúvida é o documento socio-ambiental mais importante na história da humanidade".
Por estas razões, o papa argentino "é um forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz", disse Betto.
Os analistas do Vaticano dizem que com Francisco a Teologia da Libertação deixou de ser "persona non grata" na Igreja Católica, doutrina que foi condenada durante décadas por ser considerada de inspiração marxista.
Vários gestos recentes do papa parecem corroborar a intenção de uma aproximação por parte da Igreja desta corrente de pensamento cristão, nascida na América Latina na década de 1970, que defende a causa de um clero mais próximo aos pobres.
Betto, que visita frequentemente Cuba e é autor do livro "Fidel e a religião", ressaltou a "habilidade" de Francisco nas gestões diplomáticas reservadas que conduziram a uma aproximação entre os Estados Unidos e a ilha comunista.
"O papa Francisco já fez muito, ou seja, como um estadista muito discretamente (...) para esta aproximação entre Cuba e Estados Unidos, um homem que maneja as cordas com muita discrição, muita habilidade", disse.
Betto é uma das personalidades estrangeiras que foram recebidas por Fidel Castro em sua residência nos últimos meses.
AFP
Viagem do Papa a Cuba e EUA
Sábado, 19 de septiembre
10:15 Salida desde el aeropuerto de Fiumicino de Roma
16:00 Llegada a La Habana y Ceremonia de bienvenida en el Aeropuerto José Martí.
Domingo, 20 de septiembre
9:00 Santa Misa y Ángelus en la Plaza de la Revolución en La Habana.
16:00 Visita al Presidente de Cuba y al Consejo de ministros en el Palacio de la Revolución en La Habana.
17:15 Celebración de las Vísperas con sacerdotes, religiosos y seminaristas en la Catedral de La Habana.
18:30 Encuentro con jóvenes en el Centro Cultural Padre Félix Varela.
Lunes, 21 de septiembre
8:00 Salida desde el aeropuerto José Martí hacia Holguín.
9:20 Llegada al aeropuerto Frank País, en Holguín.
10:30 Santa Misa en la Plaza de la Revolución en Holguín.
15:45 Francisco bendecirá la ciudad desde la Loma de la Cruz.
16:40 Salida desde el aeropuerto de Frank País hacia Santiago de Cuba.
17:30 Llegada al aeropuerto Antonio Maceo, en Santiago de Cuba.
19:00 Encuentro con obispos en el Seminario de San Basilio Magno
19:45 Oración a Nuestra Señora de la Caridad con los obispos y el séquito papal en la basílica menor del Santuario de la Virgen de la Caridad del Cobre, en Santiago.
Martes, 22 de septiembre
8:00 Santa Misa en la basílica menor del Santuario de la Virgen de la Caridad del Cobre.
11:00 Encuentro con familias en la catedral de Nuestra Señora de la Asunción y bendición de la ciudad de Santiago.
12:15 Ceremonia de despedida en el aeropuerto Antonio Maceo, y salida hacia Washington D.C.
16:00 Llegada a Washington D.C. y recibimiento en la Fuerza Aérea de Andrews.
Miércoles, 23 de septiembre
9:15 Ceremonia de bienvenida en el Jardín Sur de la Casa Blanca, donde Francisco pronunciará un discurso y visitará al Presidente de Estados Unidos.
11:00 Encuentro con obispos de Estados Unidos en la Catedral de San Mateo.
16:15 Santa Misa para la canonización de Fray Junípero Serra en el Santuario Nacional de la Inmaculada Concepción.
Jueves, 24 de septiembre
9:20 El Papa visita el Congreso de los Estados Unidos.
11:15 Encuentro con personas sin hogar en el centro caritativo de la parroquia de San Patricio.
16:00 Salida en avión desde Washington D.C. hacia Nueva York.
17:00 Llegada al aeropuerto JFK de Nueva York.
18:45 Francisco celebra las Vísperas con sacerdotes, religiosos y religiosas en la Catedral de San Patricio.
Viernes, 25 de septiembre
8:30 Francisco pronuncia un discurso en la sede de las Naciones Unidas en Nueva York.
11:30 El Papa participa en un encuentro interreligioso en el Ground Zero Memorial.
16:00 Francisco visita la escuela Nuestra Señora Reina de los Ángeles y se reúne con familias de inmigrantes en Harlem.
18:00 Santa Misa en el Madison Square Garden.
Sábado, 26 de septiembre
8:40 Salida desde Nueva York hacia Filadelfia.
9:30 Llegada al Aeropuerto Internacional de Filadelfia.
10:10 Santa Misa con obispos, clero, religiosos y religiosas de Pennsylvania en la Catedral de los Santos Pedro y Pablo en Filadelfia.
16:45 Encuentro para la libertad religiosa con la comunidad hispana y otros inmigrantes en el Centro Comercial Independencia en Filadelfia.
19:30 Fiesta de las Familias y vigilia de oración en el B. Franklin Parkway en Filadelfia.
Domingo, 27 de septiembre
9:15 Encuentro con los obispos invitados al Encuentro Mundial de las Familias en el Seminario St. Charles Borromeo en Filadelfia.
11:00 Visita a los presos del Instituto Correccional Curran-Fromhold en Filadelfia.
16:00 Santa Misa para clausurar el octavo Encuentro Mundial de las Familias en el B. Franklin Parkway en Filadelfia.
19:00 Encuentro con el Comité organizador, los voluntarios y benefactores en el Aeropuerto Internacional de Filadelfia.
19:45 Ceremonia de despedida y regreso a Roma.
Lunes, 28 de septiembre
10:00 Llegada al aeropuerto de Ciampino en Roma.
O julgamento de Hissène Habré
Prévu pour durer plusieurs mois à Dakar, le procès de Hissène Habré devant les Chambres africaines extraordinaires est entré dans le vif du sujet le 7 septembre. Témoins-clés attendus, principaux crimes reprochés à l'ancien dictateur tchadien pendant son règne de huit années... Jeune Afrique fait le point.
C’est un procès fleuve, qualifié d’historique pour l’Afrique. Vingt-cinq ans après la chute de Hissène Habré, pas moins d’une centaine de victimes, de témoins et d’experts se succéderont à la barre de la Cour d’assises africaine extraordinaire, qui a repris ses audiences à Dakar le 7 septembre, pour dresser la sanglante chronique de son règne de huit années. Détention arbitraire, torture, crimes contre l’humanité, crimes de guerre… Jeune Afrique revient sur les principales accusations qui seront discutées lors du procès.
La DDS
Derrière ce sigle de trois lettres se cache le principal outil de répression du régime Habré. Créée par décret en janvier 1983, la Direction de la documentation et de la sécurité (DDS) était placée directement sous la tutelle de l’ex-président. Chaque jour, son directeur rendait compte à Habré des activités de ce service impliqué dans toutes les sales besognes, de la torture des prisonniers politiques à la répression des populations civiles. Au début des années 1990, la Commission nationale d’enquête tchadienne sur les crimes du régime Habré a mis la main sur un stock d’archives de la DDS. Aujourd’hui versées à la procédure, celles-ci représentent un filon documentaire précieux sur la politique de répression et l’état de connaissance que l’ex-chef de l’État avait des exactions commises par ce service redouté.
Témoins importants
Bandjim Bandoum : a intégré la DDS en 1983, avant d’y exercer des fonctions à responsabilité. Durant l’instruction, il a détaillé aux magistrats l’organisation interne de ce service et son rôle lors des campagnes de répression contre les populations du Sud (1984-1985), les Hadjeraïs (1987) et les Zaghawas (1989).
Olivier Bercault : professeur de droits de l’homme à l’université de San Francisco, il est le co-auteur de l’imposant rapport de Human Rights Watch, La Plaine des morts (2013), pour lequel ont été exploitées les archives de la DDS.
Arrestations massives et conditions de détention
Sous Hissène Habré, les prisonniers politiques étaient emprisonnés sans jugement, le plus souvent à l’insu de leur famille. Dans un contexte troublé, où diverses factions armées rivalisaient, le moindre soupçon de collusion avec un mouvement hostile au chef de l’Etat pouvait conduire dans l’une des prisons mouroirs où l’absence d’alimentation et de soins médicaux, la promiscuité et la chaleur entraînaient la mort d’une large proportion de prisonniers.
Clément Abaïfouta : le président de l’Association des victimes des crimes du régime de Hissène Habré a été emprisonné sans motif pendant quatre ans, à la veille de quitter le Tchad pour poursuivre ses études à l’étranger. Son crime : être le neveu de Facho Balam, fondateur d’un parti d’opposition. Pendant sa détention, il était chargé de creuser des fosses communes pour y enterrer les corps des victimes de la DDS.
Marabin Toudjibedje : affecté en 1984 comme garde dans un lieu de détention de la DDS, puis régisseur adjoint de la prison « des Locaux », il sera arrêté en 1985 pour avoir donné à manger aux détenus. Il témoigne des conditions de détention et du nombre élevé de décès en prison.
Hadje Bassou Zenaba Ngolo : veuve du journaliste Saleh Ngaba, qui collaborait à RFI et Associated Press, elle détaillera les conditions de détention de son défunt mari.
18.9.15
Damash, a multinacional de Figo
A Damash Minerals é uma empresa Internacional, constituída em 2010, cujo objectivo principal é a promoção, pesquisa e desenvolvimento de projectos mineiros.
A Damash Minerals faz parte do Grupo Damash Assets, cujo accionista principal é o Ex Internacional português Luís Figo, que decidiu, após terminar a sua carreira futebolística, estender o seu espírito e experiência de sucesso colectivo à promoção e desenvolvimento participativo nos países em desenvolvimento, através de investimentos no sector mineiro viabilizando, através de um processo de benefício mútuo, os diversos recursos naturais desses países.
A Damash Minerals adoptou uma filosofia participativa de promoção e desenvolvimento das capacidades técnicas locais e, enquanto investidor, zela pelo respeito das leis e normas locais.
Vocacionada para o desenvolvimento de projectos mineiros, a Damash está a dar os seus primeiros passos na sub-região oeste africana, estando presentemente com importantes e significativas concessões mineiras no Senegal, Guiné Conacri, Burkina Faso e em curso de instalação no Mali e Mauritânia.
A Damash Minerals conta, entre os seus quadros técnicos e accionistas, com uma forte equipa com capacidade técnica e relacional comprovada, capaz de desbravar com eficácia e eficiência qualquer projecto do sector.
Neste momento a Damash Minerals está a consolidar a sua ambição de figurar entre as principais empresas europeias a investir no sector de pesquisa e desenvolvimento em África, sobretudo no que toca à exploração mineral de Ouro, Ferro, Fosfato, Cobre e Bauxite.
A sua morada em Portugal é na Aroeira, Charneca da Caparica.
Figo é rico, muito rico
Figo es rico. Muy rico. Su cabeza bien amueblada le ha permitido hacer buenas inversiones que han aumentado y mucho su fortuna. La última de ellas: minas de oro en África. Según ha podido saber LOC, el futbolista es el principal accionista del grupo Damash Assets, registrado en Madrid, que a su vez es propietario de la empresa Damash Minerals, con sede en los alrededores de Almada, el suburbio lisboeta donde creció. No obstante, la base de operaciones se encuentra en Dakar, la capital de Senegal y en Conakri, en la República de Guinea, donde se encuentran varias minas que son explotadas por su empresa. El objeto social de la Damash Minerals no es otro que la explotación de minerales, principalmente el oro. Se podría decir entonces, que el futbolista es una especie de "minero moderno".
Su interés por las minas de oro surgió en el año 2009. Ya por aquel entonces el ex jugador, que dejó el balón ese mismo año, empezó a tantear diferentes negocios para seguir aumentando su cuenta corriente que ya era por aquel entonces colosal. Ya en el año 2010, Figo acudió a la Feria Internacional de las Minas que se desarrolló en Dakar, ciudad donde a día de hoy, la empresa de la que es máximo accionista, tiene su cuartel general. En la feria conoció a un hombre crucial para que se decidiera a invertir en el negocio: Gayton McKenzie.
Mckenzie es un empresario del sector minero, de origen sudafricano. Conoció al ex galáctico en la citada feria y vio en él su futura mina de oro: un ex jugador de fútbol con mucho dinero y ganas de invertir. Gayton Mckenzie invitó al portugués a visitar la mina de oro conocida como 'Happy Valley' en Zimbabue, para darle a conocer su negocio. El interés del futbolista por el sector fue creciendo al mismo tiempo que desvanecía la posibilidad de hacer negocios con su cicerone africano.
Gayton Mckenzie llegó a proponerle a Figo crear una sociedad conjunta de explotación de oro, pero el aspirante a la presidencia de la Fifa se echó finalmente para atrás. Las razones que pesaron en la decisión fueron el pasado oscuro de Mckenzie, que estuvo en la cárcel por asaltar bancos allá por finales de los años 90.
Al salir de la cárcel ganó fama y dinero gracias a su 'best seller' 'La Biblia de los estafadores'. Junto a su socio Keny Kunene, otro hombre de pasado poco recomendable, es propietario de varios locales de ocio y "disfrute" donde los señores de poder de Sudáfrica pueden degustar Sushi sobre mujeres desnudas.
A Figo tampoco le gustó que se utilizara su viaje a Zimbabue como instrumento propagandístico a favor del dictador Robert Mugabe, de quien Gayton Mckenzie es amigo personal y ferviente admirador. Por todos estos motivos, la sociedad no llegó a buen puerto. Pero el portugués ya tenía el "gusanillo" del oro en el cuerpo, y con la información que le había proporcionado su corta amistad con Mckenzie, decidió finalmente lanzarse a la aventura, pero ya de la mano con otros socios. Es ahí cuando nace Damash Minerals. Una empresa que puede hacerle de oro.
El Mundo
Figo no Zimbabwe
2013-09-08
Controversial millionaire Gayton McKenzie made a rock star entry into Zimbabwe on Thursday, pulling a stunt that could have won admiration from Zanu-PF.
He brought along international football legend Luis Figo, who maintained a low-key presence until football fans noticed the Portuguese national.
During the short visit, Figo and McKenzie toured a gold-mining project at Fort Rixon, a mining area about 77km northwest of Bulawayo. McKenzie has business interests in Zimbabwe and Figo was looking to invest there.
“I am a businessman. If I see an opportunity I take it up. I am very much interested in investing in Zimbabwe,” said Figo at the Joshua Mqabuko Nkomo airport in Bulawayo before leaving for Johannesburg.
Figo’s visit to Zimbabwe has since drawn the interest of the Zimbabwe Football Association.
And McKenzie said he would soon line up matches featuring international superstars, including Lionel Messi and Zinedine Zidane.
McKenzie also gave the thumbs up to President Robert Mugabe’s farm invasions and indigenisation programme.
“Mugabe is the only leader in Africa who has balls, by taking farms and giving them to his people ... If South Africa doesn’t learn from this, we will be in trouble 20 years from now,” he said.
In July, Mugabe won an internationally disputed but SA Development Community-endorsed presidential election and vowed to press on with farm grabs and indigenisation programmes.
Bissau: Contexto social tem-se degradado
Avec une croissance estimée à 2.6 % en 2014 (contre 0.9 % en 2013) et à 3.9 % en
2015, la reprise économique se confirme, mais reste fortement dépendante du climat
sociopolitique, de la performance du secteur de la noix de cajou et de l’absence de
contagion du virus Ebola depuis les pays voisins.
• La normalisation sociopolitique a permis le retour effectif des partenaires techniques
et financiers et une meilleure situation fiscale, même si la capacité de l’État à élargir
son assiette fiscale, à gérer sa masse salariale et à améliorer les recouvrements sera
déterminante pour un redressement à moyen terme.
• Ces dernières années, le contexte social et humain s’est dégradé et les prestations
sociales demeurent bien en deçà des besoins, compte tenu de la faiblesse des
ressources publiques.
Vue d’ensemble
Après une période de transition, marquée par un ralentissement de l’économie, le retour
à l’ordre constitutionnel a permis un rebond de la croissance estimée à 2.6 % en 2014, contre
0.9 % en 2013 et -2.2 % en 2012. Portée par la normalisation politique et le retour des partenaires
techniques et financiers (PTF) dans le pays, la croissance est également tirée par les exportations
de noix de cajou, contrairement à 2013. Cependant, ce regain de croissance reste fragile, compte
tenu des grands problèmes structurels, de la faiblesse du niveau d’infrastructures et du capital
humain, et de la fragilité de la gouvernance économique.
Le taux de croissance pourrait atteindre 3.9 % en 2015 et 3.7 % en 2016, en fonction du climat
sociopolitique, du déroulement de la campagne agricole vivrière, de la campagne de la noix de
cajou, mais aussi des avancées obtenues en matière de gouvernance économique et fiscale. Avec
un taux de pression fiscale parmi les plus bas de la zone de l’Union économique et monétaire
ouest-africaine (UEMOA) et un ratio recette/masse salariale élevé, la capacité de l’État à mobiliser
les ressources fiscales et à gérer sa masse salariale sera déterminante. La sécurité alimentaire
reste menacée par la volatilité des campagnes agricoles. La production rizicole ne devrait couvrir
que trois mois de la consommation en 2015. Par ailleurs, l’expansion du virus Ebola vers la
Guinée-Bissau, à partir de la Guinée voisine, représente une réelle menace qui pourrait anéantir
les efforts de développement, mettant le pays à mal tant au niveau humain qu’économique.
Au niveau budgétaire, le retour à l’ordre constitutionnel a permis la réapparition effective
des partenaires techniques et financiers qui s’étaient désengagés depuis le coup d’État. (Parte de um estudo do Banco Africano de Desenvolvimento)
Negócios com Luís Figo
Mit Schweizer Firmen manipulierte ein Deutscher jahrelang die Börsenkurse und behauptete, mit dem Fussballstar Luis Figo im Geschäft zu sein. Eine dreiste Lüge - nun setzte es ein Urteil ab.
Von Christian Bütikofer
13.05.2013
Peter Sommer aus Duisburg liess in Sachen Börsentricks mit Schweizer Aktienmänteln wenig aus. Der zwischenzeitlich in Dakar-Ngor, Senegal anzutreffende Geschäftsmann wurde vom Landgericht München wegen Insiderhandels und Marktmanipulation zu fünf Jahren und drei Monaten Gefängnis verurteilt.
Sommer war in der Schweiz mit der Zuger West Africa Mining Holding AG unterwegs. Auch in der First Invest Capital Holding, ebenfalls mit Domizil Zug, hatte er die Finger im Topf.
Täuschen, fälschen, Märchenonkel spielen
Das Landgericht München stellte fest, dass der 45-jährige Geschäftsmann seit 2007 die Börsenkurse von nicht weniger als sechs Aktiengesellschaften manipuliert hatte und damit Millionen abzügelte. Während er Kapitalaufstockungen vortäuschte, fälschte sein inzwischen verstorbener Schwager Bankbestätigungen. Auch Erklärungen der Aufsichtsräte wurden fingiert.
Für die West Africa Mining Holding täuschte Peter Sommer seine Opfer, indem er ihnen erzählte, der Fussballstar Luis Figo sei einer seiner Investoren.
Der vorbestrafte Geschäftsmann sei raffiniert vorgegangen, sagte die vorsitzende Richterin: «Es wurden alle Register gezogen.» Für das künstliche Hochtreiben der wertlosen Aktien bediente sich Sommer der bezahlten Dienste von Tobias Bosler, eine für diese Art Geschäfte einschlägig bekannte Figur.
Bissau: O interesse britânico
The United Kingdom Parliament’s All-Party Parliamentary Group on Guinea-Bissau was officially constituted on Tuesday, 18th January 2011.
Mission Statement
To promote knowledge and awareness of issues of mutual concern between the United Kingdom and the Republic of Guinea-Bissau; to facilitate inter-parliamentary and inter-governmental relations; to highlight matters of concern to the United Kingdom, including security sector reform, counter-terrorism affairs, British inward investment, good governance and human rights.
Overview
The Republic of Guinea-Bissau, which has experienced a turbulent history since independence in 1974, is one of the poorest nations on earth (175/177 on the UN Human Development Index), deserving more attention from the United Kingdom than ever before. The country is widely acknowledged to be one of the world’s international drug trafficking hubs, impacting on the security and welfare of British people. The United Kingdom has already been a stakeholder in European Union projects in the country including security sector reform, landmine removal, disease eradication and maritime affairs.
British activity in Guinea-Bissau extends as far back as the early 19th century. Moreover, Guinea-Bissau, as a country rich in agricultural and mineral resources, is experiencing an increasing amount of economic interest from British companies, resulting in inward investment and trade.
Today, the main focus of the All-Party Parliamentary Group is to share experience with the process of National Reconciliation in the Guinean Assembly.
Israel persegue cristãos
Published on The Occidental Observer
by Enza Ferreri
Israel’s unfair treatment of Christians continues. At the end of June, Israeli Occupation Forces (IOF) arrested Greek Orthodox Bishop Atallah Hanna during his peaceful participation in a march protesting the illegal seizure and subsequent sale of Beit al-Baraka hospital, which is part of al-Baraka church, north of Hebron.
A month ago Palestine News Network reported:
A delegation from the Presbyterian church as well as international and Israeli activists participated in the march against the sale of Beit al-Baraka, a hospital which provided medical services to Palestinians as part of al-Baraka church services. The sale is illegal under international and canonical law…
Israeli newspaper Haaretz last month leaked details of the seizure of Beit al-Baraka hospital by a Jewish billionaire, the sale having been allegedly made through a fake Norwegian real estate company. Days after publication of this illegal seizure, the sale process halted, however Israeli Defense Minister, Moshe Ya’alon, subsequently decided that there was no legal impediment to the sale of the building.
The previous week saw one of the most serious episodes of violence in recent memory against Christians in Israel.
Five teams of firefighters were necessary to put out the flames which at dawn woke up Tabgha, the area on the shores of the Sea of Galilee, in northern Israel, where Jesus fed the 5,000 with the miracle of the multiplication of the loaves and fishes (Mark 6:30-46) and where Jesus appeared for the fourth time after his resurrection following his Crucifixion (John 21:1-24).
A fire broke out at the Church of the Multiplication of the Loaves and Fish, built on the site of the miracle, in the middle of the night, “causing extensive damage to the inside and outside of the building, said Israel police spokesman Micky Rosenfeld.” A monk and a church volunteer were hospitalised from smoke inhalation.
A spokesman for the fire brigade said that the blaze broke out in several places inside the limestone church, evidence that it was started deliberately.
Hebrew graffiti had been spray-painted in red on a wall outside the church, reading "False gods will be destroyed”, a passage from the Aleinu Leshabeach, a prayer recited by practising Jews at the end of each of the three daily services, suggesting that Jewish zealots were responsible.
So much for the much-vaunted "Judaeo-Christian tradition". These Israeli Jews didn't get the memo.
Police briefly detained 16 young Jewish settlers, all religious Jewish seminary students visiting the Sea of Galilee area from settlements in the Israeli-occupied West Bank. They were freed within hours. Police spokeswoman Luba Samri said that 10 of those detained were from Yitzhar, which is known as a bastion of extremists and where some residents have been involved in previous hate crimes.
The Church of the Multiplication of the Loaves and Fish is one of the Holy Land’s most famous Catholic churches and one of the places most visited by pilgrims to the Holy Land, with more than 5,000 people visiting it daily. The church had to be closed for a few days due to the fire damage.
Nahum Weisfish, a Jerusalem rabbi, said the site might have been targeted because it housed a synagogue some 2,000 years ago.
The site is owned by the German Roman Catholic Church, and Berlin's envoy to Israel Andreas Michaelis said he was "shocked" by the incident, adding: "Religious institutions must be as well protected in Israel as they are in Germany and Europe."
That’s exactly the point. If Israel wants to be considered as a Western democracy, it’s no good to argue that Christians in the Jewish state are not butchered and tortured with the degree of barbarity we find in Muslim countries and Muslim-controlled areas. The difference pointed out between Israel and other Middle Eastern nations is true, but the right object of comparison for a country which claims to be part of the West should be Western democracies.
Zionists have to stress how concerned they are about the fate of Christians in the Middle East at the hands of murderous Muslims to keep the Evangelicals supporting their cause. That doesn't stop Israel from secretly helping the worst murderers of Christians: ISIS.
Tabgha had been subjected to a previous attack in April 2014. Father Matthias Karl, a German monk at the church, explained that a group of religious Jewish teenagers had pelted worshippers with stones, destroyed a cross and threw benches into the lake.
In April, vandals smashed gravestones at a Maronite Christian cemetery near Israel's northern border with Lebanon.
In recent years, many mosques and churches have been vandalised in both Israel and the West Bank.
The attacks are often attributed to extremist Jews, particularly from West Bank settlements, but, despite condemnations and promises of crackdown on religiously-inspired hate crime by Israeli politicians, few have been convicted.
The Rabbis for Human Rights group says there have been 43 hate crime attacks on churches, mosques and monasteries in Israel and the occupied West Bank and East Jerusalem since 2009.
Many of these are so-called "price-tag" attacks, carried out against Israeli security forces as well as Palestinian property, both Muslim and Christian, in reprisal for Israeli government’s action against the Jewish illegal settlements in the occupied West Bank and East Jerusalem. The name indicates that these attacks are the price to pay for anti-settlement activity.
The US State Department's 2013 Country Reports on Terrorism included price-tag attacks for the first time. It says: “In August, the Beit Jamal Monastery near Jerusalem was firebombed and spray-painted with the words “death to the Gentiles” and other slogans.”
It quotes UN figures of “399 attacks by extremist Israeli settlers that resulted in Palestinian injuries or property damage.” It adds that such attacks were “largely unprosecuted according to UN and NGO sources.”
Whenever there is mention of the UN, Zionists reject wholesale every one of its pronouncements or reports because it is "pro-Palestinian". The implication is that it is biased. They often argue that all Muslim countries, through the Organisation of Islamic Cooperation (OIC), vote as a bloc in the UN, thus skewing the vote results in favour of the Palestinians and against Israel. OIC is a 57-member state organisation representing 1.5 billion Muslims around the world. As the largest Islamic organization in the world, it is quite powerful and the largest voting bloc in the UN.
Could it be that the UN is "pro-Palestinian" because of the right of return that Israel denies that people or the 3/4 of a million illegal settlers in Israel’s occupied territories?
Israel’s Joint Arab List party alliance, in the wake of the latest attack, that against the Church of the Multiplication, called for the immediate dismissal of Israel's police chief, Yohanan Danino, and for Right-wing extremist groups to be declared terrorist organisations. It also accused the government of doing nothing to control extremist Right-wing organisations:
"Netanyahu stands at the head of the incitement system against the Arab public in Israel, and he is guilty of the revenge attacks we witness in the morning news," the party stated. "A so-called price-tag attack is not an act by deviants, but rather an act by calculated, thinking people that are indicative of the existence and repercussions of institutionalized racism and oppression."
Prime Minister Netanyahu has used strong words against the recent unknown vandals, but it’s impossible not to notice that the perpetrators of this kind of crime have almost never been identified, captured and put on trial. Isn’t it a bit strange, in a country which has an impressive and efficient security and police apparatus?
In 2014, just before Pope Francis’ visit to Israel, in Jerusalem both the Romanian Orthodox Church and the Notre Dame Center, the large Christian complex just outside the Old City, were covered with offensive graffiti. Before that, the Franciscan Church near the Last Supper Room, the Dormition Abbey and a nearby Christian cemetery were attacked. In 2012, using methods similar to those employed in Tabghah, the Latrun Trappist Monastery had been attacked. People tried and sentenced? Nil.
With all the best will in the world, it’s a bit hard to see Netanyahu as someone who doggedly pursues Jewish vandals coming from the settlements. That’s because Netanyahu is and has always been the settlements’ number one supporter. When Ariel Sharon decided to withdraw from Gaza in 2004, Netanyahu left his government in protest. In the last twenty years the surface occupied by Israeli settlements in the occupied territories has grown by over 180%, and for at least half of this time Netanyahu has been Prime Minister.
The last act of the previous Netanyahu government, the one that led to the disintegration of the government and early elections, was its approval of the law that defines Israel as the "state of the Jewish nation", potentially discriminating against ethnic and religious minorities.
In short, all of Netanyahu’s political action has been in favour of the settlements policy. He has drawn a growing political support from it. The reality is that today the settlers are those who dictate the political trend in Israel. Their interests influence the agenda of governments. The intransigence of those who hold the front line, even risking their lives, is to be respected. The rest, including arsons, is just a consequence.
28 de Julho de 2015
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Israel apoia Estado Islâmico
I think that there are two prominent phenomena which will soon make people aware of the fundamental importance and extent of the Jewish question in the present world.
The first phenomenon is the existence of Israel, a prime signal of Jewish ethnocentrism’s inevitable double standard when compared to the ethnically and culturally pluralist attitudes of Diaspora Jews in the West.
The second phenomenon is the exposure of how easy it is for Jews to ally themselves with (or taking the side of) Muslims, if it suits their interest either in their war against the White gentiles — their perceived main Western enemies — or in other ways.
Among major examples of this tendency are European Jewry’s “heightened empathy and sympathy for Islam” and invention of the myth of Islamic tolerance; and the Jewish collaboration with Muslims during the invasion of Christian Spain.
Both phenomena are on display in the Middle East’s current events.
I’m referring to the recent UN documents revealing Israel’s support for ISIS and al-Qaeda in Syria.
The Syrian ambassador to the United Nations, Bashar Ja’afari, has long complained of a conspiracy of Zionists and Syrian rebels to overthrow the country’s President Bashar Assad. Mr. Ja’afari has declared that the extremists have an “undeclared alliance with Israel and are engaged in a secret agreement” with its regime.
Now, a United Nations report seems to vindicate his claims. It reveals that Israel has been doing more than simply treating wounded Syrian civilians in hospitals, and details direct regular contacts between Israel Defense Forces (IDF) officers and armed Syrian opposition fighters, working closely together in the Golan Heights since the spring of 2013.
Thanks to the American intervention which got rid of Saddam Hussein — and ultimately to the US Jewish neoconservative movement and Israel lobby that instigated it ideologically and politically, Iraq, once the strongest supporter of Palestinians (yes, contrary to popular Zionist assertions, they do exist), is weak and divided.
So it’s time to turn to another stable player in the region and potential enemy of Israel: Syria. The protracted civil war on the Syrian government is depleting the country’s army and devastating its infrastructure; rebuilding them will preoccupy Syria for a long time and defuse any military threat from it to Israel. Covertly, Israel is a crucial key player in prolonging this war and is the major beneficiary of maintaining what the Israeli pundit Amos Harel called the “stable instability” in Syria and the region.
But several recent developments have exposed Israel’s no longer discreet role, among which is the UN documentation.
The new report was the work of the UN Disengagement Observer Force (UNDOF) — UN observers in the Golan Heights — and was submitted to the 15 members of the UN Security Council at the beginning of December 2014.
The UNDOF 1,200-strong observer forces — contributed by six countries — have been monitoring since 1974 a buffer zone between Israel and Syria on the Golan Heights, stretching about 70 kilometers from Lebanon in the north to Jordan in the south.
Reports by the UNDOF are regularly submitted to the UN Security Council, and since March 2013 have started to show that Israel admits wounded Syrians into the country for medical treatment in hospitals.
Initially the IDF claimed that this was only for medical assistance for civilians, but then UN observers witnessed direct contact between IDF forces and ISIS fighters.
The UN reports said that 89 rebels were transported into the Israeli-occupied zone between March and May 2014, while activists in southern Deraa province and in Quneitra quoted in media reports claim that communications increased between rebels and the Israeli military before the eruption of heavy clashes in the area.
Israel’s health ministry says about 1,000 Syrians have been treated in Israeli hospitals.
In answer to a question by i24News on whether Israel hospitalises members of al-Nusra Front (the al-Qaeda terror group in Syria) and Daesh (the Arabic acronym for the Islamic State, or ISIS), an Israeli military spokesman’s office admitted: “In the past two years the Israel Defense Forces have been engaged in humanitarian, life-saving aid to wounded Syrians, irrespective of their identity.”
Syria maintains that it has “information indicating that there were undercover agents among the wounded Syrians recently treated by Israel”:
She further claimed that Israeli officers are operating in Syria and monitoring the fighting in the war-torn country…
Assad himself told an Argentinean newspaper a few months ago that Israel is assisting the rebels fighting to topple his regime.
“Israel is directly supporting the terrorist groups in two ways,” he claimed. “Firstly it gives them logistical support, and it also tells them what sites to attack and how to attack them.”
UN observations have been cut short, in part due to attacks on UN monitors by the very terrorists Israel is suspected of associating with — attacks that managed to prevent any further documentation.
Israel’s ties to militants have long been documented. In November 2014 members of Israel’s Druze minority published a statement accusing the Israeli government of supporting all factions fighting against the Syrian government, including al-Nusra — the militant group loyal to al-Qaeda — and the Islamic State, not only by offering them medical care but also by supplying them with weapons. The Druze group had issued similar warnings in the past.
Whenever Israel strikes at Syria, it strikes at the only viable nation fighting ISIS in the region.
The main — if not only — force providing a defence for regional minorities, including Christians, Jews, Druzes and Muslims of all sects, is the Syrian Arab Army. Attacking it undermines its ability to curb what can otherwise become uncontrolled genocide carried out by extremists.
The UN and other reports have described transfer of crates of unspecified supplies from the IDF to militant rebels, sightings of IDF soldiers meeting with Syrian insurgents, and cases of Israeli soldiers opening up the fence to allow Syrians through who didn’t appear to be injured.
Witnesses on a late December’s RT TV documentary said they had seen Israeli forces in talks with armed, militant anti-Assad fighters.
Foreign Policy wrote:
Ehud Yaari, an Israeli fellow at the Washington Institute for Near East Policy [WINEP] and an expert on the Golan Heights, said that Israel is supplying Syrian villages with medicines, heaters, and other humanitarian supplies. The assistance, he said, has benefited civilians and insurgents.
Given that Yaari is Israeli and given that WINEP is a pillar of the Israel Lobby, Israeli assistance may in fact go well beyond humanitarian aid.
This is part of a continuing process. In early December 2014 Syrian officials demanded the UN impose sanctions on Israel after Tel Aviv conducted airstrikes in the areas of Dimas, known to contain military bases and research centres, and Damascus International Airport, damaging some facilities. This was the seventh major unprovoked air strike by Israel on Syrian defences since 2011 and the fifth in the previous 18 months.
The Syrians said the attack was a heinous crime against their sovereignty by a country that doesn’t hide its policy of supporting terrorism.
Israel claimed that it was a “defensive measure,” as Syria was “hiding sophisticated weaponry destined for Hezbollah in Lebanon”.
It is odd, however, that Israel attacks what it labels “regional threats” in Damascus while providing sanctuaries for terrorist groups like al-Nusra and ISIS by allowing them to maintain tanks and artillery along its borders.
That Israel’s aid to terrorist insurgents in Syria is not limited to medical assistance was also evident from what The Times of Israel reported in August 2014:
A Free Syrian Army commander, arrested last month by the Islamist militia Al-Nusra Front, told his captors he collaborated with Israel in return for medical and military support, in a video released this week …
“The [opposition] factions would receive support and send the injured in [to Israel] on condition that the Israeli fence area is secured. No person was allowed to come near the fence without prior coordination with Israel authorities,” Safouri said in the video. …
Following the meetings, Israel began providing Safouri and his men with “basic medical support and clothes” as well as weapons, which included 30 Russian [rifles], 10 RPG launchers with 47 rockets, and 48,000 5.56 millimeter bullets.
In March 2014, Haaretz reported:
The Syrian opposition is willing to give up claims to the Golan Heights in return for cash and Israeli military aid against President Bashar Assad, a top opposition official told Al Arab newspaper, according to a report in Al Alam…
The Western-backed militant groups want Israel to enforce a no-fly zone over parts of southern Syria to protect rebel bases from air strikes by Assad’s forces, according to the report.
On 20 January 2015, Foreign Affairs interviewed Syrian President Bashar al-Assad, who accused the IDF of conspiring with al-Qaeda. Asked what he thought Israel’s agenda is, he replied:
“They are supporting the rebels in Syria. It’s very clear. Because whenever we make advances in some place, they make an attack in order to undermine the army. It’s very clear. That’s why some in Syria joke: “How can you say that al Qaeda doesn’t have an air force? They have the Israeli air force [a reference to its attacks on regime and Hezbollah positions in Syria].”…
“The question that we have is, how much will does the United States have to really fight terrorism on the ground? So far, we haven’t seen anything concrete in spite of the attacks on ISIS in northern Syria. There’s nothing concrete. What we’ve seen so far is just, let’s say, window-dressing, nothing real. Since the beginning of these attacks, ISIS has gained more land in Syria and Iraq.”…
So are you saying you want greater U.S. involvement in the war against ISIS?
“It’s not about greater involvement by the military, because it’s not only about the military; it’s about politics. It’s about how much the United States wants to influence the Turks. Because if the terrorists can withstand the air strikes for this period, it means that the Turks keep sending them armaments and money. Did the United States put any pressure on Turkey to stop the support of al Qaeda? They didn’t; they haven’t.”…
So are you suggesting there should be U.S. troops on the ground?
“Not U.S. troops. I’m talking about the principle, the military principle. I’m not saying American troops. If you want to say I want to make war on terrorism, you have to have troops on the ground. The question you have to ask the Americans is, which troops are you going to depend on? Definitely, it has to be Syrian troops. This is our land; this is our country. We are responsible. We don’t ask for American troops at all.”…
The US has backed the Syrian insurgents since early in the civil war, and is planning to train over 5,000 “vetted” rebels. During the same interview Assad argued that such US plans are “illusory” as these rebels would eventually defect to the jihadists: “They are going to be fought like any other illegal militia fighting against the Syrian army.”
There are no “moderate rebels” in Syria. Even the groups and leaders considered moderate by the West openly admit that they are working closely with the extremists and the most radical, who always end up having control over the anti-Assad opposition. Terrorist al-Nusra and the “moderate” Free Syrian Army have collaborated in the battlefield against the Assad regime. In short, Israel is supporting ISIS and terrorists.
And, even if the fantasy of moderate rebels were reality, helping these people would mean distracting and using up Assad’s resources for the battle against them, thus weakening the only viable force fighting ISIS in the region.
As the Syrian government has been saying since 2011, Syria is engaged in a war not against its own people or “pro-democracy” forces, but against extremists and terrorists.
Last January’s Foreign Affairs interview with Assad quoted above has an interesting ending:
If you were able to deliver a message to President Obama today, what would it be?
“I think the normal thing that you ask any official in the world is to work for the interests of his people. And the question I would ask any American is, what do you get from supporting terrorists in our country, in our region? What did you get from supporting the Muslim Brotherhood a few years ago in Egypt and other countries? What did you get from supporting someone like Erdogan?”
These policies are not in the interests of the US but seemingly for Israel: supporting the Muslim Brotherhood, like invading Iraq, has served to destabilise the consolidated powers in the region. Assad continued:
“You [Americans] are the greatest power in the world now; you have too many things to disseminate around the world: knowledge, innovation, IT, with its positive repercussions. How can you be the best in these fields yet the worst in the political field? This is a contradiction. That is what I think the American people should analyze and question. Why do you fail in every war? You can create war, you can create problems, but you cannot solve any problem. Twenty years of the peace process in Palestine and Israel, and you cannot do anything with this, in spite of the fact that you are a great country.” [Emphasis added]
All this seems nonsensical and contradictory if you indeed start from the premise that US foreign and domestic policies are meant to benefit the US. But it immediately becomes rational if you see that American elites are at war with their own people and don’t act with their best interest at heart.
But in the context of Syria, what would a better policy look like?
One that preserves stability in the Middle East. Syria is the heart of the Middle East. Everybody knows that. If the Middle East is sick, the whole world will be unstable. In 1991, when we started the peace process, we had a lot of hope. Now, after more than 20 years, things are not at square one; they’re much below that square. So the policy should be to help peace in the region, to fight terrorism, to promote secularism, to support this area economically, to help upgrade the mind and society, like you did in your country. That is the supposed mission of the United States, not to launch wars. Launching war doesn’t make you a great power.”
Assad’s suggested strategy is reasonable but is the opposite of what America is pursuing, because stability in the Middle East, by making Israel’s enemies stronger, is not in the interest of the Jewish state.
Which, while publicly condemning them, doesn’t hesitate to side with and help the terrorist groups capable of committing the worst atrocities, including beheading children, using women as sex slaves, and setting men on fire.
Enza Ferreri, Occidental Observer 13 de Fevereiro de 2015
Enza Ferreri is an Italian-born, London-based Philosophy graduate, writer and journalist. She has been a London correspondent for several Italian magazines and newspapers, including Panorama, L’Espresso, La Repubblica.
She blogs at www.enzaferreri.blogspot.co.uk.
17.9.15
Bissau: Diplomas de mérito
O Bureau Politico reuniu na sua 5ª sessão extraordinária ao abrigo do artigo 34 número 1 dos Estatutos, no salão-biblioteca da Sede Nacional sob a presidência do camarada Eng. Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, tendo aprovado três pontos na sua agenda de trabalho, nomeadamente:
1) escolha do candidato ao cargo de Primeiro-Ministro;
2)aplicação das resoluções da 4ª reunião extraordinária do Bureau Politico; e
3) informação sobre a preparação das comemorações do “Setembro Vitorioso”.
Em relação ao ponto concernente a escolha do candidato ao cargo de Primeiro-Ministro a 5ª reunião extraordinária do Bureau Politico aprovou a indigitação do camarada Eng. Carlos Correia, Primeiro Vice-Presidente, como candidato do PAIGC ao cargo de Primeiro-Ministro, depois de aceitar o expresso pedido de impedimento apresentado pelo Presidente do Partido ate ao total e completo esclarecimento que uma Comissão de Inquérito criada pela Assembleia Nacional Popular sobre as graves acusações proferidas pelo Senhor Presidente da Republica na sua alocução ao pais proferida a 12 de Agosto ultimo sobre a gestão do Governo de Inclusão.
Sobre o ponto dois da agenda, o Bureau Politico, tendo em conta que o Conselho Nacional de Jurisdição não terminou os seus trabalhos decidiu reportar este ponto para uma próxima sessão deste órgão.
No que tange ao terceiro ponto, o programa comemorativo do “Setembro Vitorioso” mereceu uma sucinta explicação ao Bureau Politico, que se congratulou pela esforço e tenacidade militante como a sua organização tem merecido da parte da Comissão criada para o efeito.
A reunião do Bureau Político ficou marcada pela aprovação de uma Moção de Louvor ao Presidente do PAIGC pela sua coragem, elevado espírito de militância e um patriotismo, cujo exemplo deve ser doravante apontado como exemplo a seguir por todos os dirigentes, militantes e simpatizantes do nosso grande Partido.
Assim após o debate e análise dos pontos agendados, o Bureau Politico delibera:
1. Aprovar e enviar o nome do Eng. Carlos Correia como proposta alternativa ao Cargo do Primeiro-ministro em observância ao n°2 do artigo 40 dos estatutos do PAIGC:
2. Reiterar a resolução da 4ª reunião extraordinária do BP no que se refere ao encorajamento ao Conselho Nacional de jurisdição a prosseguir com os trabalhos de averiguação de eventuais violações ao art.º 15° dos Estatutos do Partido e envio pelo Secretariado Nacional de todas as violações aos Estatutos que foram detectados e na sua posse;
3. Aprovar uma Moção de louvor e de solidariedade ao Presidente do PAIGC, camarada Domingos Simões Pereira e uma renovação da confiança dos membros dos órgãos estatutários do PAIGC na sua esclarecida, abnegada e exemplar liderança;
4. Atribuir um Diploma de Mérito aos Camaradas Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e Cipriano Cassamá, pela coragem, militantismo e patriotismo com que defenderam o PAIGC e a democracia na Guiné-Bissau.
Bissau 16 de Setembro de 2015.
O Bureau Politico.
Publicada por António Aly Silva no blog Ditadura do Consenso
Burkina: Quando Compaoré capitulou
O Presidente do Burkina Faso (Terra dos Homens Íntegros), Blaise Compaoré, suspeito de em 1987 ter tido responsabilidade na morte do seu antecessor, Thomas Sankara, queria alterar a Constituição, de modo a que no próximo ano se candidatasse a mais um mandato, como o têm feito tantos déspotas por esse mundo fora, nomeadamente no continente africano.
Quando o povo daquela região do Sahel se agitou contra tal hipótese e saiu à rua, em “marcha triunfal”, como se diz no hino nacional, que é da autoria de Sankara, um campeão das esquerdas africanas, Compaoré pediu que ao menos o deixassem tranquilo até ao fim do seu actual mandato, em 2015. Mas era já tarde.
Os presidentes Barack Obama e François Hollande tinham-no advertido recentemente contra as tentativas de revisão constitucional, no sentido de se perpetuar no poder, como um qualquer Mugabe ou outros políticos que têm vindo a cair no descrédito geral.
Ele não os ouviu. Os militares agitaram-se e Blaise Compaoré demitiu-se, partindo para um exílio dourado em Yamossoukro, capital administrativa da vizinha Costa do Marfim, instalando-se numa residência de luxo colocada à sua disposição pelo Presidente Alassane Ouattara, que tem afinidades étnicas com o Burkina Faso, país outrora conhecido como o Alto Volta.
Declarando o poder vago, em vez de o passar a um presidente do Senado ou da Assembleia, como seria a regra constitucional, Compaoré permitiu a tomada do poder pelas Forças Armadas, que assim sequestraram a vontade popular, deturpando o sentido da revolta.
A União Africana não gostou do curso dos acontecimentos e deu aos militares duas semanas para passarem o testemunho a um Governo provisório constituído por civis, decorrendo nesta altura conversações para que isso possa vir a acontecer. Oxalá tudo acabe em bem.
“O horizonte de felicidade” de que também se fala no hino nacional burkinabe ainda está muito longe, continuando o país a ser um dos mais pobres do mundo. Apesar de se saber que tem reservas de ouro, continua a viver essencialmente da agricultura.
Um país que formalmente tem como religião principal o islamismo e em segundo lugar um bom contingente de católicos, mas que ao fim e ao cabo ainda se encontra fortemente dominado por práticas animistas, no interior de uma África que por muitos retoques que leve ainda conserva os seus valores culturais próprios, não muito diferentes hoje do que eram há 60 ou 70 anos.
Os povos do Burkina Faso, dos Camarões e do Chade, entre outros que têm vindo a ser governados por autocratas, que desconhecem o que seja uma democracia verdadeiramente representativa, querem a liberdade e o progresso que lhes têm sido negados.
Depois do egípcio Hosni Mubarak, do tunisino Ben Ali, do líbio Muammar Kadhafi e do burkinabe Blaise Compaoré, também o camaronês Paul Biya e o chadiano Idris Déby Ito terão de partir, porque é essa a vontade dos respectivos povos, porque é esse o sentido da História.
A lógica e os bons costumes não são de molde a que uma mesma pessoa governe durante mais de 25 anos, seja como primeiro-ministro seja como Presidente da República; ou numa sucessão destas duas funções, como nos casos de Paul Biya e de Robert Gabriel Mugabe.
Em Moçambique, por exemplo, Joaquim Alberto Chissano e Armando Emílio Guebuza compreenderam muito bem que não se poderiam eternizar como presidentes. Na África do Sul, Mandela deu o exemplo supremo, cingindo-se a um só mandato.
É agora tempo de a lição ser devidamente aprendida em Angola, na Guiné Equatorial, no Zimbabwe, nos Camarões, no Chade e no Congo.
Jorge Heitor, no CORREIO DA MANHÃ, de Maputo – 06.11.2014
Burkina: Dienderé saiu da sombra
Gilbert Diendéré. L'ancien chef d'état-major particulier de l'ex-président Compaoré est la mémoire du régime déchu, l'homme de l'ombre depuis plus d'un quart de siècle. Enquête sur un soldat qui sait tout, mais ne dira rien... Un portrait paru en janvier 2013 dans J.A. n° 2711.
On lui donnerait le bon Dieu sans confession à ce grand gaillard. Il doit faire près de 1,95 m et chausser du 50 mais, dans le treillis qu’il semble ne jamais quitter, il ressemble à un enfant qui se cache derrière les jambes de sa mère quand on lui présente un inconnu. S’il tend une main ferme pour saluer, c’est par un « bonjour » presque gêné qu’il répond. Quand il parle, il faut tendre l’oreille. L’habitude des messes basses, peut-être…
On a peine à le croire, mais il s’agit bien du général Gilbert Diendéré, le chef d’état-major particulier du président, l’homme le plus puissant du Burkina Faso après Blaise Compaoré lui-même. En août 1983, quand Thomas Sankara a proclamé la révolution, ils étaient trois officiers à ses côtés : Blaise Compaoré, Jean-Baptiste Lingani et Henri Zongo. Diendéré était le cinquième homme. En retrait certes, mais déjà au coeur du système.
C’est lui qui dirige depuis trente ans les soldats d’élite du Burkina, le Régiment de la sécurité présidentielle (RSP). Mille hommes que le reste des troupes jalousent tant ils sont choyés ; cinq groupes de commandos formés aux situations les plus extrêmes dans le fameux Centre national d’entraînement commando (CNEC) de Pô. « Le RSP, c’est une armée parallèle, glisse un ministre aux compétences régaliennes. À eux seuls, les hommes de Diendéré pourraient mater le reste des troupes. Ils sont bien formés et très bien armés. »
Sous ses ordres, milles hommes très bien armés et que le reste de la troupe jalouse tant ils sont choyés.
À 53 ans, Diendéré est aussi le big boss des renseignements généraux. « L’homme le mieux informé du pays », souffle un journaliste. Peut-être même de la région. En mars, il admettait avoir été mis au courant qu’un putsch était en préparation en Guinée-Bissau (il sera mis à exécution le 12 avril). En avril, au retour d’une énième mission dans le nord du Mali, et avant même que la victoire des milices islamistes sur les combattants du Mouvement national pour la libération de l’Azawad (MNLA) ne se dessine, il nous annonçait la débâcle des rebelles touaregs.
Rien ne lui échappe, et ils ne sont pas nombreux à pouvoir en dire autant. Les RG étant éclatés en quatre services distincts (gendarmerie, police, douanes et armée), seule la cellule de coordination qu’il dirige depuis la présidence dispose de l’ensemble des données. Sans oublier les précieuses informations que lui transmettent les Américains et les Français. C’est ici, à Ouaga, que des troupes d’élites françaises se préparent à intervenir à tout moment. Ces commandos s’entraînent d’ailleurs régulièrement avec ceux du RSP. Diendéré lui-même ne dit pas non à un petit exercice de temps en temps. Il y a quelques mois, il a sauté en parachute avec l’ambassadeur français en poste à Ouaga, le général Emmanuel Beth. À cause d’un orage, le saut a mal tourné. Beth a fini à l’hôpital, Diendéré s’en est sorti avec quelques contusions.
Réseau d’informateurs
Cette étroite collaboration qu’il s’évertue à garder secrète ne l’empêche pas de porter un regard critique sur ses amis occidentaux. Prenez la Libye : quand Kadhafi est tombé, des colonnes de pick-up transportant des Touaregs surarmés ont fui vers le Mali. Et pourtant, les Français et les Américains n’y ont vu que du feu. « Il y a des satellites partout, mais il n’y a plus personne sur le terrain », déplore-t-il. Lui compte encore sur la matière humaine pour s’informer. À Ouahigouya, une ville stratégique située près de la frontière avec le Mali, il a mis en place un réseau efficace d’informateurs volontaires. Et ce bien avant que le MNLA, Al-Qaïda au Maghreb islamique (Aqmi) et le Mouvement pour l’unicité et le jihad en Afrique de l’Ouest (Mujao) ne prennent le Nord.
Il sait tout, et c’est bien ce qui le rend « intouchable » – le terme est d’un proche collaborateur de Compaoré – même si (ou peut-être parce que) il n’a aucun poids politique. En 2011, après les violentes mutineries qui ont enflammé la quasi-totalité des casernes du pays, l’ensemble de la chaîne de commandement de l’armée a été renouvelé. À une exception près : le général Diendéré. Le RSP s’était pourtant rebellé lui aussi, à l’intérieur même du palais présidentiel. « N’importe quel autre officier aurait été viré », croit savoir un officier de réserve.
Tous ceux qui se sont attaqués à lui se sont brûlé les ailes. Le général Lougué, alors chef d’état-major, a tenté de réduire son poids en 2000 : il est aujourd’hui dans un placard à la primature. Même Hyacinthe Kafando, protégé de Compaoré depuis la rectification (la période qui a suivi la révolution, de 1987 à 1992), a échoué. Accusé d’avoir fomenté un coup d’État en 1996, il a disparu pendant cinq ans pour échapper à une arrestation certaine, avant de réapparaître en 2001. Il avait eu le malheur de comploter contre Diendéré.
Mais Diendéré, c’est aussi la mémoire du régime. À chacune des étapes qui ont marqué l’histoire récente du Burkina, « Gilbert » était là. C’est le cas en 1987. Le 15 octobre, Diendéré « supervise » l’arrestation de Sankara, qui tourne au bain de sang. Vingt-cinq ans après, on ne sait pas encore ce qu’il s’est réellement passé, ce jour-là, au siège du Conseil national de la révolution. Diendéré dirigeait déjà les commandos de Pô chargés d’assurer la garde de Sankara. On l’aurait entendu dire à ses hommes qu’il fallait « neutraliser à tout prix le PF », le président du Faso. Était-il présent sur les lieux ? Les rares témoins encore en vie disent l’avoir vu arriver après la tuerie. Boukary Kaboré, un fidèle de Sankara qui dirigeait à l’époque une autre unité d’élite basée à Koudougou, pense qu’il a été « surpris » par la tournure des événements.
Pour entendre la version du général, et parce que, depuis, il se tait, il faut relire l’ouvrage de Ludo Martens (Sankara, Compaoré et la révolution burkinabè, EPO, 1989). Diendéré y déclare ceci : « [Nous avons été prévenus] que Compaoré, Lingani et Zongo seraient arrêtés ce soir. […] Notre réaction a été qu’il fallait arrêter Sankara avant que l’irréparable ne se produise. […] Sankara tenait comme toujours son arme, un pistolet automatique, à la main. Il a immédiatement tiré et tué un des nôtres. À ce moment, tous les hommes se sont déchaînés. »
Pas très causant
Au moment des faits, Diendéré est déjà le fidèle bras droit de Compaoré. En 1981, quand Compaoré a hérité du commandement du CNEC, à Pô, il a fait de ce jeune sous-officier son adjoint. Quand se sont-ils rencontrés ? Mystère. Mais le lien entre les deux hommes, c’est peut-être le commandant Lingani, le n° 3 sous la révolution, qui l’a fait. Lingani était le parrain de Diendéré au Prytanée militaire de Kadiogo (PMK). Il l’appréciait. À l’époque déjà, Diendéré n’est pas très causant. « Il souriait, mais ne disait pas un mot, se rappelle Philippe Ouédraogo, ministre dans le premier gouvernement de la révolution. C’était impossible de deviner ce qu’il pensait. » Aujourd’hui, un de ses proches collaborateurs dit de lui qu’il est « extrêmement discret et très discipliné » et qu’on « ne peut jamais savoir quelle est sa position ». Originaire de la région de Yako, dans la province du Passoré, comme Sankara, le jeune Gilbert s’est installé à Ouagadougou avec sa famille dans les années 1970. Ils sont pauvres. Son père, militaire mossi, ne dépassera jamais le grade de caporal. Gilbert, lui, aime le foot et les filles. Comme beaucoup de fils de militaires, il intègre le Prytanée.
On le retrouve en 1981 sous les ordres de Compaoré. Le 4 août 1983, il joue un rôle majeur dans la prise du pouvoir par les révolutionnaires en menant ses troupes jusqu’à Ouagadougou. C’est lui qui annonce à la radio le coup d’État. Il est 22 heures. « Peuple de Haute-Volta, le capitaine Thomas Sankara vous parle… »
Il est de tous les coups « et tire à chaque fois son épingle du jeu », note Philippe Ouédraogo. Est-il « l’homme des basses besognes », comme ses détracteurs aiment à le qualifier ? « Il est très fin, estime un ami d’enfance, un opposant à Blaise Compaoré. Jamais il ne se promènerait un colt à la main dans la rue. Il a peut-être échafaudé des plans, mais je ne crois pas qu’il les ait exécutés lui-même. »
Le 18 septembre 1989, il déjoue une tentative de coup d’État qui – selon la version officielle – aurait été fomentée par Lingani et Zongo, ses deux vieux compagnons d’armes. Lingani lui aurait fait part de leur plan et Diendéré en aurait informé Compaoré avant de procéder aux arrestations des présumés putschistes. Ils seront passés par les armes dans la nuit. Quelques jours plus tard, Diendéré est nommé secrétaire général du comité exécutif du Front populaire – autrement dit numéro deux du régime. Le voilà chargé de la défense et de la sécurité. Il n’a que 30 ans.
Vingt ans plus tard, Diendéré est resté fidèle à Compaoré. Il a été son homme de confiance sur bien des dossiers. Quand le Libérien Charles Taylor reprenait des forces à Ouaga avant de repartir en guerre, c’est lui qui s’en occupait. Idem pour l’Ivoirien Guillaume Soro au début des années 2000, avant sa fulgurante ascension. Même chose pour le Guinéen Moussa Dadis Camara depuis deux ans. C’est lui aussi qui, selon des témoins cités dans un rapport de l’ONU, a géré le transit à Ouaga d’armes ukrainiennes destinées à la Sierra Leone à la fin des années 1990. Lui qui, selon les principaux intéressés, s’occupait d’envoyer au Liberia en guerre des mercenaires burkinabè. Lui qui s’est rendu au Tchad, le 1er décembre 1990, le jour même où Hissène Habré fuyait N’Djamena. Lui, enfin, qui fut au coeur de l’affaire David Ouédraogo, ce chauffeur accusé par la femme de François Compaoré, le frère et conseiller de « Blaise », de leur avoir dérobé de l’argent. Ce sont les hommes de Diendéré qui ont arrêté David Ouédraogo et ont tenté de lui extorquer des aveux, avant qu’il ne soit donné pour mort en janvier 1998. Un an plus tard, le journaliste Norbert Zongo, qui a révélé l’affaire, mourra dans l’incendie criminel de sa voiture.
Le pouvoir ne l’intéresse pas, et c’est là sans doute la clé de sa longévité.
Sale coup
Aujourd’hui, Diendéré suit de près le dossier malien. Il s’est transformé en libérateur d’otages (lire encadré), la nouvelle spécialité du Burkina. Diendéré, c’est un homme de l’ombre, un vrai. « Le pouvoir ne l’intéresse pas », assure un proche. Il y a bien eu des bruits le concernant. Dans les années 1990, certains l’ont soupçonné de fomenter un sale coup. Sa femme, Fatou, l’y aurait poussé. « Fatou », députée et membre du bureau exécutif du Congrès pour la démocratie et le progrès (CDP, au pouvoir), c’est l’exact contraire de Diendéré. Elle pétille, parle fort, aime la politique et ne cache pas ses ambitions. « Si Blaise est là, pourquoi pas mon mari ? » aurait-elle lâché, un jour, en société. Si elle ne refuse pas la lumière, lui la fuit comme la peste. Hormis quelques apparitions dans la presse et de rares décorations, il est invisible. « On ne le voit pas en ville », indique un journaliste. Et lorsqu’on lui parle de faire son portrait, il se braque. « Je ne veux pas. » Pourquoi réveiller les vieux démons ?
Jeune Afrique
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