6.9.15

Bissau: PRS com mais ministros

Bissau (Lusa, 4 de Setembro de 2015) – O Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior forca no Parlamento da Guiné-Bissau anunciou hoje que vai viabilizar o novo Governo do país a ser liderado pelo primeiro-ministro, Baciro Djá. O anúncio foi esta sexta-fera feito por Vítor Pereira, porta-voz da direção do PRS à saída de uma reunião da Comissão Política realizada num hotel de Bissau tendo como pano de fundo a entrada ou não dos “renovadores” no novo executivo. “Depois de variadíssimas negociações com Baciro Djá, primeiro-ministro indigitado, que nos solicitou que entrássemos, que fizéssemos parte do novo elenco Governamental (…), decidimos de acordo com a nossa agenda” viabilizar o Governo, disse Vitor Pereira. Questionado sobre se o PRS irá mesmo tomar parte no Governo, Vítor Pereira disse que sim. “Sim, confirmo”, disse Vítor Pereira, salientando ser consequente a viabilização do Programa de Governo a ser apresentado por Baciro Djá no Parlamento, onde o PRS conta com 41 dos 102 assentos. Para o porta-voz dos “renovadores” a decisão visa sobretudo promover a estabilidade e a paz na Guiné-Bissau, que são os desígnios da nova direção do partido liderado por Alberto Nambeia. Sobre o facto de o PRS não ter a maioria no Parlamento (que pertence ao PAIGC), dai vir a ter dificuldades para viabilizar o Programa do Governo e o Orçamento Geral de Estado a serem apresentados por Baciro Djá perante os deputados, Vitor Pereira desdramatizou a situação. “Vamos tentar com aquilo que dispomos, pôr a disposição (do Governo) nos termos do acordo que vai ser assinado” entre o PRS e Baciro Djá, no sábado, indicou Vítor Pereira. O porta-voz dos “renovadores” garantiu que o acordo a ser assinado entre o partido e o novo primeiro-ministro guineense “não trará fraturas” no seio do PRS, conhecidas que são as divergências entre os dirigentes sobre a integração no Governo a ser liderado por Baciro Djá. “Não trará problemas nenhuns ao partido. Por isso é que a decisão levou muito tempo a ser assumida para que pudessem ser acomodadas todas as tendências, as bases e sensibilidades”, defendeu Vítor Pereira. Fontes do partido indicaram à Lusa que o PRS irá manter os três ministérios que detinha no Governo demitido – Energia, Função Pública e Comércio -, bem como as duas secretarias de Estado, a da Segurança Alimentar e da Administração Hospitalar e ainda receber dois novos ministérios e mais três secretarias de Estado.

Nenhum comentário: