Há quem pretenda ver nos actuais acontecimentos da Costa do Marfim o reflexo de conflitos entre diferentes correntes da franco-maçonaria.
Em Abidjan funciona a Grande Loja da Costa do Marfim, com um Conselho Supremo e um Directório Escocês, entre outros órgãos. E pela África fora têm sido referenciados uma série de presidentes maçónicos, como o histórico Omar Bongo (Gabão), Dennis Sassou-Nguesso (República do Congo), Idriss Déby (Chade), François Bozizé (República Centro-Africana) e Blaise Campaoré (Burkina Faso).
De onde, não custa a acreditar que as diferentes lojas maçónicas, os diferentes ritos, desde a Escócia a York, tenham vindo a acompanhar a vida na Costa do Marfim.
Maçónicos foram, ao longo dos anos, indivíduos como Eduardo VII, Eduardo VIII (duque de Windsor), Jorge VI, Sibelius, Pierre Mendés-France, Stendhal e Magalhães Lima.
Esta é uma das pistas possíveis para a leitura da actualidade marfinense, a par da dicotomia socialismo/liberalismo e dos interesses conflituosos que o Ocidente e o Leste, nomeadamente a China, têm no que diz respeito à África e aos seus recursos naturais.
Canadá, Estados Unidos e a França degaullista estão agora de acordo em que Alassane Ouattara deverá ser o porta-voz dos seus interesses, pelo que sublinham o mais possível os defeitos de Laurent Gbagbo, um protegido da Internacional Socialista.
Nenhum dos campos estará isento de culpas. Jorge Heitor
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