Laurent Koudou Gbagbo, antigo professor de História, foi um dos principais adversários do primeiro Presidente da Costa do Marfim, Félix Houphouët-Boigny, e Alassane Dramane Ouattara o seu último primeiro-ministro.
Gbagbo nasceu na região de Gagno, na parte meridional do país; Ouattara não muito longe dali, mas com ascendência no Nordeste, região que faz fronteira com o Burkina Faso. De onde o dizerem os seus adversários que ele não tem sangue 100 por cento marfinense.
Laurent Gbagbo doutorou-se pela Universidade Diderot, em Paris, e tornou-se em 1980 director do Instituto de História, Arte e Arqueologia Africana da Universidade de Abidjan, onde lançou os fundamentos daquela que viria a ser em 1988 a Frente Popular Marfinense (FPI).
Ouattara teve um percurso menos francófono, pois se formou pelo Drexel Institute of Techology, na Pensilvânia, tendo de 1968 a 1973 sido economista do Fundo Monetário Internacional, em Washington, de onde passaria para o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).
Em Novembro de 1994, o Comité África da Internacional Socialista reuniu-se em Abidjan, a convite de um dos seus partidos, a FPI, e do respectivo líder, Laurent Gbagbo, que fez então a defesa de um código eleitoral moderno, da liberdade de acção e de expressão para os partidos da oposição, e também para os media. Princípios esses que, depois de chegar ao poder, em Outubro de 2000, teve alguma dificuldade em respeitar.
Quanto à União dos Republicanos (RDR), a formação liberal a que Ouattara preside, surgiu em 1994 como uma dissidência do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), que desde a proclamação da independência, em 1960, e durante três décadas, fora o único com existência legal. Jorge Heitor
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