22.12.10

ONU reconheceu embaixador de Ouattara

Nações Unidas reconheceram agora o embaixador de Alassane Ouattara e pretendem de seguida que o seu contingente na Costa do Marfim seja reforçado com tropas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Raramente se vira os EUA, a França e uns quantos estados africanos tão encarniçados contra um Presidente cessante quanto agora o estão em relação a Laurent Gbagbo, que no entanto há 10 anos era uma pessoa com muitos amigos; muito em especial na Internacional Socialista, que tem evitado vir a público defendê-lo.
A ONU e o Canadá têm alinhado com as atitudes da Administração Obama e do Presidente Nicolas Sarkozy contra um político africano que nos últimos cinco anos desbaratou todo o capital de simpatia de que dispunha, ao tentar furtar-se por todos os meios a ir às urnas, verificar se tinha ou não condições de ser reeleito.
Tem sido uma semana de mobilização de energias, de Washington a Nova Iorque e a Paris, para se procurar convencer o homem a partir para o exílio, nomeadamente na Nigéria, o mais populoso dos países de África. Mas ele continua a ter a seu lado a primeira e mais poderosa das duas mulheres, Simone, os generais das Forças de Defesa e Segurança, a mocidade de Charles Blé Godé e uns quantos mercenários.
Um dos mais fascinantes assuntos deste final de 2010. De tal modo que até deixou passar despercebida a tomada de posse do mandinga Alpha Condé como Presidente da República da Guiné, numa concorrida cerimónia que levou a Conacri chefes de Estado como Malam Bacai Sanhá e Pedro Pires.

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