3.3.14

Filipe Jacinto Nyusi, candidato a Presidente de Moçambique

Joga a favor de Filipe Jacinto Nyusi (candidato da Frelimo à Presidência de Moçambique)
o facto de poder ter apoio de peso de grande parte dos combatentes de luta de libertação nacional, dos quais Alberto Chipande e Raimundo Pachinuapa. Filipe Nyusi chegou ao Governo pela mão do Chefe do Estado, Ar­mando Guebuza, em 2010, vindo do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro de Moçambi­que. É o segundo civil a ocupar o cargo de ministro da Defesa, de­pois de Aguiar Mazula. Natural de Mueda, Cabo Delga­do e pertencente à etnia macon­de, um grupo com forte influência dentro do partido Frelimo, Nyusi é filho de pais combatentes de luta de libertação nacional. Neste mo­mento, está à frente do negócio de compra de equipamento militar e para protecção da costa, avaliado em 850 milhões de dólares. Nyusi enfrenta ainda, quase to­dos os dias, os ataques dos homens armados da Renamo e tem a res­ponsabilidadedemanteralogística das forças armadas nas várias posi­ções em Muxúnguè, Marínguè, Go­rongosa, entre outros pontos. Este confronto armado com a Renamo está a fragilizar a sua imagem. Embora seja de uma etnia com forte influência no partido, os ma­condes não têm uma relação privi­legiada com os outros - os macua, um grupo maioritário que ocupa cerca de 70% de Cabo Delgado. Igualmente, não há boa relação como grupo minoritário Kimwane. O caso Montepuez, em que morre­ram 150 pessoas, foi visto como um problema étnico entre maconde e kimwane. Sérgio Chichava, num dos seus artigos “O Observatório de Paz”, refere que “certas testemunhas locais teriam afirmado que os Ki­mwane, tidos como politicamente próximos da Renamo, e instru­mentalizados por este partido, não teriam aceite serem dirigidos por Amadeu Pedro, um maconde (grupo étnico que, por razões his­tóricas, é próximo da Frelimo), na­tural de Mueda, preferindo Assane Saide, umkimwane, natural de Mo­cimboa da Praia.” O PAÍS – 13.12.2013

Nenhum comentário: