O Presidente norte-americano, Barack Obama, acusou formalmente ontem o capitão Ousmane Conté, filho do antigo Presidente Lansana Conté, da República da Guiné, de ser um destacado narcotraficante.
Numa carta enviada ao Congresso, Obama comunicou a sua decisão de sancionar o capitão Conté, detido em 2009, por narcotráfico, pela junta militar que tomou o poder em Conacri logo a seguir à morte do seu pai, no fim de 2008.
Ousmane Conté, que fazia frequentes viagens entre a República da Guiné e a vizinha Guiné-Bissau, já reconheceu em Fevereiro do ano passado estar realmente implicado no tráfico de drogas que se faz na África Ocidental. Mas, durante um interrogatório transmitido em directo pela televisão, afirmara não ser ele um dos cabecilhas das redes que operam naquela zona.
Desde então, o capitão Ousmane Conté tem continuado detido numa cadeia de Conacri, enquanto há dois meses o departamento norte-americano do Tesouro indiciava dois destacados militares da Guiné-Bissau, um da Marinha e outro da Força Aérea, seus possíveis contactos, como barões da droga.
O começo do fim do Presidente Nino Vieira começou quando Lansana Conté morreu e entrou em acelaração quando Ousmane foi preso, afirma alguém conhecedor do que por ali se passa.
A lei norte-americana de 1999 sobre estes cabecilhas do narcotráfico determina que as pessoas que como tal sejam designadas pelo Presidente dos Estados Unidos ficam sujeitas ao congelamento de todos os seus bens e interesses na América.
No total, há já 87 pessoas ou entidades nesta lista norte-americana de responsáveis pelo narcotráfico; e ontem mesmo o Presidente Obama também colocou nela Haji Agha Jan Alizai e Haji Bando, do Afeganistão, e Sergio Enrique Villarreal Barragan, do México.
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