14.4.10

Essa holding quer o ouro da Guiné-Bissau

No meio da grande crise político-militar que a Guiné-Bissau está a viver, a "holding" West Africa Mining, da Suíça, anunciou que que as suas prospecções de ouro no norte do país foram positivas.
A licença que o Governo de Carlos Gomes Júnior concedeu ao grupo, em Junho do ano passado, “cobre a exploração de todos os recursos minerais do país”, incluindo bauxite, lítio, irídio e diamantes.

Enquanto o ouro parece ser uma certeza no norte, a bauxite vai ser explorada na região do Boé, no Sueste, em cujas colinas a independência guineense foi unilateralmente proclamada em 24 de Setembro de 1973.

A investigação aurífera decorreu em 46 áreas com anomalias geofísicas. As análises da amostras “revelaram ser consistentemente positivas quanto à sua proporção de ouro”, afirma o comunicado ontem distribuído pela "holding" de Untermüli, no cantão de Zug, na Suíça de língua alemã.

Dados os resultados prometedores, a Westafrica Mineral Mining Ltd “decidiu apressar o processo”. Com base nas recomendações feitas por geólogos, a empresa “vai começar imediatamente um programa de extracção, de acordo com os padrões internacionais”.

A empresa M-Consult, do Mali, gerida pelo geólogo Ahmed El Madani Diallo, que foi candidato às presidenciais de 2002, está já contratada para concretizar a exploração aurífera no norte da Guiné-Bissau. Do trabalho até agora efectuado, conclui-se que o potencial de extracção de ouro é particularmente forte a leste de Canquelifa (já perto da fronteira com a República da Guiné) e entre essa localidade e Paunca (nas proximidades da fronteira com o Senegal).

As reservas senegalesas de ouro estão avaliadas em 60 toneladas, incluindo 30 toneladas de ouro aproveitável com fins industriais. E na República da Guiné (Conacri) a bauxite é a principal produção mineira, pelo que desde há décadas se admite que também a Guiné-Bissau virá um dia a explorar esse produto.

Nenhum comentário: