“Acha a reforma das forças de defesa e segurança uma prioridade?”. Foi esta a pergunta que o site oficial das Forças Armadas da Guiné-Bissau colocou em linha no dia 18 de Novembro do ano passado. E até ontem 282 pessoas (78,1 por cento) tinham votado sim e 79 (21,9 por cento) dito não. Ao inaugurar o site, o Chefe do Estado-Maior General, almirante José Zamora Induta, transmitira a “determinação de fazer destas Forças Armadas um símbolo da unidade nacional e um espaço que congregue e una as diferentes sensibilidades e personalidades do povo guineense num único sentido e objectivo comum”.
Agora, alguns meses depois, Induta encontra-se detido e teme-se que volte a correr sangue nas ruas de Bissau, porque os militares não estão unidos e o seu vice-chefe, major-general António Indjai, é cada vez mais uma referência dos balantas, o principal grupo étnico do país, congregando 30 por cento da população. Apesar de a prática multipartidária ter sido introduzida na Guiné-Bissau em 1994, as tropas têm continuado a ser um centro de instabilidade política, através de levantamentos como os de Ansumane Mané (1998), Veríssimo Correia Seabra (2003) e, agora, Indjai.
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