Vinte e três são as queixas contra o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, almirante Zamora Induta, apresentadas ao Procurador-Geral da República, Amine Michel Saad, pelo vice-chefe do Estado-Maior, major general António Indjai.
Os sites Ditadura do Consenso e Clube K, este último angolano, deram na íntegra as 23violentas acusações do revoltoso Indjai contra o homem que ele diz que assumira demasiado poder e que não queria que o Presidente Malam Bacai Sanhá afastasse o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Como se sabe, toda a movimentação militar de 1 de Abril foi dirigida contra Induta e Carlos Gomes Júnior, que de há meses se encontravam num programa de pessoas a abater (ou netralizar) conhecido por todos aqueles que dia a dia procuram manter-se informados sobre a Guiné-Bissau.
Só alguém muito inocente ou distraído é que há cinco meses poderia pensar que o território guineense se encontrava estabilizado. Não estava, não está e não o virá a estar nos tempos mais próximos.
Falta de preparação cívica da maioria dos cidadãos, falta de preparação profissional das Forças Armadas, profundos conflitos étnicos, uma classe dirigente manchada pelo narcotráfico e profundas cobiças quanto ao petróleo, ao ouro, à bauxite e aos diamantes a haver...tudo isto se junta para tornar a Guiné-Bissau ingovernável.
Enquanto a maioria da população não falar correntemente a língua oficial do país, e enquanto as Forças Armadas não forem saneadas de algumas dezenas de oficiais corruptos, nada feito. Portugal perdeu a Guiné e esta depois perdeu-se a si própria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário