3.9.14

É preciso desbravar Fobos e Marte

Segundo estudiosos como Robert Jastrow, deve existir à volta da Terra uma multidão enorme de sistemas solares habitados. O Universo deve ser abundante em formas de vida, dimensões e níveis de inteligência, mas a nossa angústia é que ainda não conseguimos contactar devidamente com outros planetas habitados.
O melhor procedimento de eventuais exploradores de Marte, um dos nossos vizinhos, que estaremos talvez em vias de alcançar, deverá ser parar primeiro em Fobos, seu satélite, para lá obter o combustível necessário à descida no solo marciano.
Fobos parece ser extraordinariamente valioso na exploração do sistema solar; e por isso seria bom se norte-americanos, russos e chineses, entre outros, se unissem para daqui a uma dúzia de anos saber muito mais de Fobos e de Marte.
Aqui fechados, nesta Terra tão traiçoeira, que tantos desgostos nos tem dado, ansiamos o dia em que seja possível ver homens e mulheres alcançar Fobos, Marte e Europa, satélite de Júpiter.
Se alcançar tais paragens é coisa para uma viagem de nove meses ou de um ano e meio, poderemos recordar que também as viagens de Vasco da Gama e de Fernão de Magalhães foram muito longas; e nem por isso deixaram de se fazer.
Toda a missão tem os seus riscos, mas não é por eles existirem que nós vamos ficar por aqui parados, de braços cruzados, sem ir a Fobos, a Marte, à Europa ou a Titã, satélite de Saturno, para ficar a saber mais do sistema em que vivemos. Se por acaso lá haverá micróbios, vermes, plantas. São curiosidades que nos atormentam; e que cremos que ao longo dos próximos 20 anos irão interessar cada vez mais a um número crescente de pessoas.
As deslocações às zonas de Marte, de Júpiter e de Saturno deverão constituir um pequeno prelúdio a viagens maiores, que nos aproximem da estrela Alfa, da constelação de Centauro (foto), da estrela de Barnard, a seis anos-luz de distância, e da estrela Tau, da constelação da Baleia, que fica a 12 anos-luz. Para ver se por lá haverá formas de vida inteligente.
É preciso acabar com o marasmo da nossa vida actual e tentar encontrar inteligências que possam existir noutros pontos da Via Láctea; e mais além, muito mais além.
Navegar, pelo Universo, é preciso. Ficar aqui parado, a ver futebol, é um disparate.
Jorge Heitor   3 de Setembro de 2014

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