20.3.11

Dias de alto risco no Mar Mediterrâneo

Como se os casos do Iraque e do Afeganistão não tivessem sido aviso suficiente para o risco de novas aventuras, os Estados Unidos, o Reino Unido e agora também a França, secundados pelo Canadá e pela Itália, decidiram atacar a Líbia.
Ignorando por completo os desastres bélicos desta última década, Washington, Londres e Paris concertaram-se para bombardear o Norte de África, tornando mais inseguro o Mar Mediterrâneo.
Depois das muitas preocupações de há sete ou oito meses com o Irão e a Coreia do Norte, as potências ocidentais resolveram agora intervir muito mais perto, a menos de 700 quilómetros da ilha de Malta.
Nicolas Sarkozy e Silvio Berlusconi decidiram ser cruéis para com o coronel Kadhafi, com o qual noutras ocasiões teriam chegado a confraternizar.
Algo de muito estranho se passou nestas últimas semanas, para uma reviravolta tão grande no relacionamento de Washington, Londres, Paris e Roma com Tripoli.
Acaso a Líbia dos últimos 35 dias era um perigo muito maior para a segurança ocidental do que há três ou quatro anos?
Se não o era, por que é que, neste Carnaval de 2011, as novas Romas decidiram de súbito que "Delenda est Khadafi"? Jorge Heitor

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