Segundo a Wikipedia, as reservas de petróleo existentes na Líbia são as maiores da África e as nonas no mundo, dando para mais de 57 anos, aos actuais níveis de exploração.
A maior parte do país está ainda por explorar, devido a antigas sanções e a desacordos do regime do coronel Muammar Khadafi com empresas petrolíferas estrangeiras.
Talvez que a Texaco, a BP, a Total e a ENI, entre outras, estejam agora interessadas em explorar todo o potencial petrolífero do imenso território líbio.
Para que o consigam fazer, chegando eventualmente à conclusão de que a Líbia tem petróleo suficiente para os próximos 60 anos, será porém necessário que os respectivos governos façam o favor de retirar de cena o sistema vigente em Tripoli.
Só com autoridades líbias mais permissivas aos interesses das grandes petrolíferas ocidentais é que se poderá garantir que daquele país continuará a vir uma parte razoável do petróleo de que a União Europeia necessita para se manter mais desenvolvida do que o Norte de África.
A exploração de petróleo na Líbia, país relativamente recente, começou há pouco mais de meio século e poderá muito bem continuar a efectuar-se durante os próximos 58 ou 63 anos, a bem da Europa e da América do Norte, se estas forem capazes de neutralizar a família Kadhafi.
É disto que se trata, quando as Forças Armadas da França, dos Estados Unidos e do Reino Unido tratam de colocar fora de combate a aviação e outros meios ao serviço do sistema vigente em Tripoli.
Se acaso Paris, Washington, Otava, Londres e Roma conseguirem o que desejam, retrocede-se ao tempo em que ainda não havia um Estado de Massas, uma Jamahirya; volta-se a 1950, quando o Reino Unido e a França ditavam a lei na faixa costeira existente entre a Tunísia e o Egipto.
Se os militares, os políticos e as multinacionais petrolíferas do Ocidente levarem a melhor, agentes britânicos, franceses, italianos e norte-americanos avançarão da costa para os montes e os desertos líbios, impondo a sua lei a uma população de muçulmanos sunitas, outrora sujeita ao Império Otomano.
O povo berbere e árabe que há um século passou do jugo otomano para o italiano e deste para o anglo-francês voltará a ser um joguete nas mãos de interesses estrangeiros, mesmo que sob a bandeira da monarquia constitucional que esteve em vigor de 1952 a 1969. Uns escassos 17 anos.
Cartago, Roma e os vândalos passaram pela Cirenaica e pela Tripolitânia, antes dos Otomanos. Roma voltou de 1912 até à II Guerra Mundial; e poderá voltar agora, à boleia dos gauleses e dos anglo-saxões.
É a isto que se chama a História, que neste seu novo capítulo talvez venha a registar, entre outras curiosidades, botas texanas a passeaream-se pelos areais da Líbia. Jorge Heitor
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