Do meu ponto de vista, a morte de IC (Ibrahim Coulibaly) marca simbolicamente o fim de um tempo - do tempo todos contra Laurent Gbagbo - e o início de um outro: o dos ajuste de contas e da luta pelo poder no campo de Alassane Ouattara.
Basta falar com um qualquer marfinense, mesmo "marfinenses de Paris", para se perceber que a Cotê d'Ivoire entrou noutro tempo. Para muitos um tempo que será marcado já nas próximas semanas pelo "desfazer" da aliança entre Ouattara e Konan Bédié (que teve 25% de votos na 1ª volta das eleições e fez pender, na 2ª volta, o voto Bauolé para Ouattara). A elite akan (os bauolé são um sub-grupo Akan) reivindica a sua parte no bolo!
Já agora, para quem pensa que as chamadas alianças de gracejo (alliances à plaisanteries, joking kinship) funcionam em todas as situações, mesmo nas que têm sede "não tradicional", no caso da luta de morte entre Coulibaly e Guillaume Soro não funcionou. Os sénoufo (Soro) e os koyaka (Coulibaly) têm entre si uma aliança de gracejo com provas dadas nas mais variadas situações. ECD
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