O apelido "Negrita" surgiu por causa do tom escuro da pele e também pela dificuldade em pronunciar-se o seu nome africano. Culto e inteligente, o príncipe António Nvunda falava latim. O Papa recebeu a notícia da chegada de um embaixador africano e preparava-se para recebê-lo.
Mas a viagem de Afonso Nvunda teve muitos obstáculos, a ponto de durar quatro anos. O rei de Portugal, entretanto, morreu e foi substituído por Filipe II, rei de Espanha, que não aceitara que fosse um negro a apresentar-se como interlocutor para toda a África perante o Papa.
Bibliografia esparsa no Vaticano relata a história de "Negrita", que chegou a Roma apresentando sintomas de uma doença estranha, que o deixara bastante debilitado. Os esforços empreendidos pelo Papa para o encontrar foram em vão. A festa que estava preparada para ser de boas-vindas, transformou-se no seu funeral.
Dizem os registos da época que um grande cortejo atravessou toda a cidade de Roma, desde São Pedro até à Basílica de Santa Maria Maggiore, aonde nesta última semana se deslocou o Presidente José Eduardo dos Santos, para lhe prestar homenagem.
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