4.5.14

Angola presta homenagem ao embaixador "Negrita"

O príncipe Afonso Nvunda, "Negrita", foi enviado como embaixador por Dom Álvaro II. António Nvunda partiu de Mbanza Congo, capital do Reino do Congo, que em 2015 deve ser classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.
O apelido  "Negrita" surgiu por causa do tom escuro da pele e também pela dificuldade em pronunciar-se o seu nome africano. Culto e inteligente, o príncipe António Nvunda falava latim. O Papa recebeu a notícia da chegada de um embaixador africano e preparava-se para recebê-lo.
Mas a viagem de Afonso Nvunda teve muitos obstáculos, a ponto de durar quatro anos. O rei de Portugal, entretanto, morreu e foi substituído por Filipe II, rei de Espanha, que não aceitara que fosse um negro a apresentar-se como interlocutor para toda a África perante o Papa.
Bibliografia esparsa no Vaticano relata a história de "Negrita", que chegou a Roma apresentando sintomas de uma doença estranha, que o deixara bastante debilitado. Os esforços empreendidos pelo Papa para o encontrar foram em vão. A festa que estava preparada para ser de boas-vindas, transformou-se no seu funeral.
Dizem os registos da época que um grande cortejo atravessou toda a cidade de Roma, desde São Pedro até à Basílica de Santa Maria Maggiore, aonde nesta última semana se deslocou o Presidente José Eduardo dos Santos, para lhe prestar homenagem.
 

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