7.5.14

Bissau: Há 15 anos, a primeira derrota de Nino

Às 11 horas da manhã de 7 de Maio de 1999, faz hoje 15 anos, os rebeldes que controlavam o centro da cidade de Bissau bombardearam e incendiaram o palácio presidencial, já depois da rendição do Presidente João Bernardo Vieira, "Nino", segundo conta o embaixador Francisco Henriques da Silva nas "Crónicas dos (des)feitos da Guiné".
Nino tinha abandonado o palácio logo às primeiras horas da manhã e procurado refúgio primeiro no Centro Cultural Francês e depois na residência do bispo católico, de onde transitaria para a embaixada de Portugal, sob escolta do coronel Buota Na Batcha e do major Melcíades Fernandes.
O comando rebelde chefiado por Ansumane Mané exigiu a Nino que declarasse por escrito a sua rendição incondicional, que acabava com mais de 18 anos de governação. Mas isso não o impediu de mais tarde se recandidatar e de voltar a ser Presidente, até que o assassinaram.
A Junta Militar de Ansumane Mané e de José Zamora Induta ficou a controlar a cidade de Bissau, dentro da tendência que os militares guineenses sempre revelaram de controlar tudo e todos, mesmo quando foram dizendo, de vez em quando, que não tinham ambições políticas e que respeitavam a democracia.
A 14 de Maio daquele ano, Malam Bacai Sanhá, presidente da Assembleia Nacional, assumiu interinamente a chefia do Estado, lugar para o qual em 2009 viria a ser eleito.

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