Moçambique acaba de ser elogiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ter alcançado "resultados significativos" nas áreas dos direitos humanos, saúde materno-infantil, descentralização, economia, boa governação, emprego, segurança alimentar e nutricional desde 2012.
Elegendo 2013 como o "ano de destaque" no que respeita ao bom desempenho de Moçambique, a ONU aponta o "forte crescimento económico" do país impulsionado em grande parte pela rápida expansão da indústria extractiva no período em análise, possibilitando novos financiamentos e parcerias, como factores que determinaram a avaliação positiva.
Entretanto, apesar desse boom económico, aliado a progressos positivos no acesso a serviços sociais básicos, mais de 50% dos moçambicanos vivem em situação de pobreza crónica, um quadro preocupante que deve ser invertido, indica aquela organização mundial no seu mais recente relatório sobre programas de desenvolvimento em implementação no país desde 2012.
Por outro lado, a ONU destaca reformas legislativas em Moçambique com vista ao cumprimento de normas internacionais sobre a protecção de mulheres e crianças vítimas de violência e abuso sexual, para além de acções de criação de empregos para jovens para o seu maior envolvimento no processo de desenvolvimento socioeconómico do país.
Como recomendação, a ONU indica que "Moçambique deve continuar a construir um caminho transparente", através da formação e inclusão social, tidos como pilares essenciais de governação para uma economia bem sucedida.
Refira-se que Moçambique é um dos oito países-pilotos no mundo que beneficiam de programas das Nações Unidas para reformas nas áreas sociais, economia e boa governação, cuja agenda é "Um líder, um programa, um orçamento, uma só voz e um escritório".
Em Moçambique aquela iniciativa está a ser monitorada por 22 agências da Organização das Nações Unidas, com um orçamento de cerca de USD 723,5 milhões.
(E. Arante) Correio da Manhã, Maputo
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