18.12.13
De como a Líbia foi destruída
A guerra contra a Líbia prossegue, forte e feia, impulsionada por figuras como a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, e a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice.
A guerra contra a Líbia de Kadhafi prossegue, há quatro meses, sob a capa de uma acção humanitária, mas sempre a fazer lembrar a invasão e ocupação do Iraque por tropas ocidentais, em 2003.
A guerra de Obama, Sarkozy, Cameron e Clinton contra o coronel Kadhafi continua porque há nos Estados Unidos, no Reino Unido e na França quem se queira apossar das enormes reservas líbias de petróleo.
O Departamento de Estado, o Pentágono, Downing Street e o Eliseu sabem da importância da grande entidade líbia que gere o petróleo de um povo do Norte de África e gostariam que as atribuições dessa empresa passassem para a mão de privados, nomeadamente de cidadãos norte-americanos, britânicos, franceses e italianos.
Perto de 80 por cento das gigantescas reservas líbias de petróleo encontram-se situadas no Leste do país, onde também ficam Benghazi e Tobruk, entre o Golfo de Sirta e a fronteira egípcia.
Tendo caído muito oportunamente os presidentes da Tunísia e do Egipto, o coronel Muammar Kadhafi e a sua entidade nacional do petróleo ficaram mais vulneráveis às cobiças de Washington, Londres, Paris e Roma.
Não tendo nem a Ocidente nem a Leste das suas fronteiras homólogos em quem minimamente confiar, mas antes regimes de transição, ou em certa medida um vazio do poder, Kadafhi ficou com menos força para resistir às investidas de todos os que o odeiam.
Wall Street, a Texaco, a Mobil, a BP, a Total e uma série de outras instituições ocidentais gostariam de poder beneficiar do petróleo de uma Líbia enfraquecida, dilacerada, a fazer lembrar o que era há 45 ou há 50 anos.
Nesse país ainda novo que é a Líbia existem as maiores reservas africanas de petróleo. Maiores do que as da Nigéria e as de Angola.
Por isso, os Presidentes Barack Obama e Nicolas Sarkozy, a senhora Clinton, David Cameron e outras almas caridosas têm muita pena dos pobres rebeldes que estão a sofrer às mãos do coronel Kadhafi. Enviam-lhes até aviões e helicópteros, num generoso gesto de solidariedade.
É isto o que na verdade nós temos vindo a assistir no Norte de África, desde os primeiros meses deste ano. Jorge Heitor, Junho de 2011
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