4.12.13
NATO anda a pressionar o Afeganistão
Os ministros dos negócios estrangeiros dos membros da NATO apelaram hoje ao Presidente afegão, Hamid Karzai, para assinar "sem demora" o acordo bilateral de segurança entre Cabul e Washington, do qual depende uma missão futura da aliança atlântica.
"Quanto mais cedo melhor", afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, depois de uma reunião com os seus homólogos em Bruxelas, sem, porém, fixar uma data limite, ainda que a Casa Branca tenha insistido numa assinatura até ao final do ano.
Kerry assinalou que a situação "não é uma brincadeira, mas um assunto sério", destacando que os 50 países da coligação internacional atualmente no Afeganistão têm "imperativos de planificação e de exercícios orçamentais" a respeitar, para preparar uma eventual presença militar naquele país depois de 2014.
Também o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, frisou ser "certo que se não houver assinatura [do tratado] não pode haver destacamento [de militares] e que os projetos de ajuda tornam-se incertos".
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwllw, apelou a Karzai para que "não brinque com o tempo" e "decida sem demora".
"Temos planos para fazer, decisões logísticas para tomar ", acrescentou.
Esta mensagem deve ser retransmitida quarta-feira durante a reunião ministerial de todas as nações presentes no Afeganistão, na presença do ministro afegão Zalmai Rassoul.
O Presidente do Afeganistão tem-se recusado a assinar o tratado que irá definir os termos da presença militar dos EUA no país, após a retirada dos 75 mil soldados da NATO no final de 2014.
Karzai já indicou que o seu país só assinará após as eleições presidenciais previstas para abril.
Da assinatura pacto também depende a implementação do quadro jurídico para a missão, preparada pela NATO, de assistência, suporte e treinamento das forças de segurança afegãs.
Notícias ao Minuto
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