L’ancien secrétaire général de l’ONU Kofi Annan et l’archevêque sud-africain Desmond Tutu se rendent à Abidjan les 1er et 2 mai. Objectif : favoriser la paix et la réconciliation nationale en Côte d'Ivoire.
Les « Elders » sont à Abidjan dimanche 1er et lundi 2 mai, lors d’une mission visant à prôner l’apaisement, le dialogue et la réconciliation nationale en Côte d'ivoire. La délégation sera menée par l’ancien secrétaire général des Nations Unies Kofi Annan, accompagné du président des Elders, l’archevêque sud-africain Desmond Tutu, et de l’ancienne présidente d’Irlande Mary Robinson.
Pendant leur séjour, les « Elders » rencontreront le président Alassane Ouattara, des représentants du nouveau gouvernement, des dirigeants de partis politiques et des membres d’organisations de la société civile, ainsi que des représentants de l’ONU, d’autres organisations et de la communauté diplomatique à Abidjan.
"Vivre ensemble"
« Même si un transfert des pouvoirs a enfin eu lieu et que les résultats de l’élection ont finalement été respectés, la situation reste fragile », dit Kofi Annan. « Il n’y a qu’une seule Côte d’Ivoire et les dirigeants comme le peuple doivent le comprendre. Ils n’ont pas d’autre choix que de se réconcilier, guérir et vivre ensemble », ajoute-t-il.
Un avis partagé par Desmond Tutu. « Nos cœurs sont avec le peuple ivoirien. Nous espérons qu’en rencontrant et en écoutant la population et ses dirigeants, nous pourrons contribuer à encourager le processus de guérison. Les Ivoiriens devront trouver leur propre manière de le faire, et cela prendra du temps. Trouver une voie vers la réconciliation nécessite patience et courage, mais j’ai l’espoir que le pays et son peuple trouvent un moyen d’avancer ensemble. »
Jeune Afrique
30.4.11
28.4.11
Uma morte de peso na Costa do Marfim
Ibrahim Coulibaly, militar e líder rebelde, foi ontem morto na Costa do Marfim, aos 47 anos.
Sargento que em 1999 alinhou no golpe de Robert Guéï contra o Presidente Henri Konan Bédié, Ibrahim Coulibaly entrou depois em conflito com outro dos senhores da guerra na década de 2000, o actual primeiro-ministro Guillaume Soro.
Há poucos meses ele estava a apoiar a luta do Presidente eleito Alassane Ouattara contra o Presidente cessante Laurent Gbagbo, mas isso não o impediu de vir a ser morto pelas forças que actualmente detêm o poder.
A morte deste homem natural de Bouaké é mais um indício de que a situação não estabilizou na Costa do Marfim com a prisão de Laurent Gbagbo e o triunfo da causa de Ouattara, patrocinada por Nicolas Sarkozy.
Antigo elemento da guarda pessoal de Ouattara quando este era primeiro-ministro de Félix Houphouet-Boigny, IB já não servia agora perfeitamente os interesses de Ouattara e de Soro, pelo que acabou por ser morto.
Laurent e Simone Gbagbo desterrados em localidades do Norte do país, o Presidente Ouattara e o primeiro-ministro Soro querem dominar por completo Abidjan, não tolerando portanto quem lhes possa fazer sombra, como era o caso do irrequieto Ibrahim Coulibaly, que no último quarto de século entrara em múltiplas aventuras e conjuras. Jorge Heitor
Sargento que em 1999 alinhou no golpe de Robert Guéï contra o Presidente Henri Konan Bédié, Ibrahim Coulibaly entrou depois em conflito com outro dos senhores da guerra na década de 2000, o actual primeiro-ministro Guillaume Soro.
Há poucos meses ele estava a apoiar a luta do Presidente eleito Alassane Ouattara contra o Presidente cessante Laurent Gbagbo, mas isso não o impediu de vir a ser morto pelas forças que actualmente detêm o poder.
A morte deste homem natural de Bouaké é mais um indício de que a situação não estabilizou na Costa do Marfim com a prisão de Laurent Gbagbo e o triunfo da causa de Ouattara, patrocinada por Nicolas Sarkozy.
Antigo elemento da guarda pessoal de Ouattara quando este era primeiro-ministro de Félix Houphouet-Boigny, IB já não servia agora perfeitamente os interesses de Ouattara e de Soro, pelo que acabou por ser morto.
Laurent e Simone Gbagbo desterrados em localidades do Norte do país, o Presidente Ouattara e o primeiro-ministro Soro querem dominar por completo Abidjan, não tolerando portanto quem lhes possa fazer sombra, como era o caso do irrequieto Ibrahim Coulibaly, que no último quarto de século entrara em múltiplas aventuras e conjuras. Jorge Heitor
25.4.11
A renhida competição pelo petróleo líbio
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, OTAN), que paira sobre o Mediterrâneo, destruiu esta madrugada um edifício das instalações do coronel Muammar Kadhafi em Tripoli, aprofundando assim a renhida competição das potências ocidentais pelas maiores reservas de petróleo existentes no continente africano.
Quase meia centena de feridos teria sido o resultado desta investida da Aliança Atlântica em terras do Norte de África, agora uma vez mais à mercê da cobiça da França, da Itália, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Três potentes explosões abalaram durante a noite a capital da Tripolitânia, levando à interrupção temporária de programas de rádio e de televisão.
Nicolas Sarkozy e os dirigentes anglo-saxónicos parecem não querer desistir enquantro não neutralizarem o homem que acabou em 1969 com a monarquia líbia, constituída a partir do antigo emirato da Cirenaica, junto à fronteira com o Egipto.
Nos Estados Unidos, o senador republicano John McCain, que já esteve sexta-feira na capital da Cirenaica, Benghazi, impulsiona a cruzada contra o sistema de Muammar Khadafi, enquanto o magnata Donald Trump vai afirmando que a intervenção na Líbia só interessa mesmo na medida em que permita a conquista de vastos campos de petróleo.
Países árabes como o Qatar e o Koweit manifestam entretanto a sua simpatia pelas forças de inspiração monárquica e pró-ocidentais que existem na referida cidade de Benghazi e que poderão levar a uma Líbia retalhada, mais fácil de ser explorada.
Quase meia centena de feridos teria sido o resultado desta investida da Aliança Atlântica em terras do Norte de África, agora uma vez mais à mercê da cobiça da França, da Itália, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Três potentes explosões abalaram durante a noite a capital da Tripolitânia, levando à interrupção temporária de programas de rádio e de televisão.
Nicolas Sarkozy e os dirigentes anglo-saxónicos parecem não querer desistir enquantro não neutralizarem o homem que acabou em 1969 com a monarquia líbia, constituída a partir do antigo emirato da Cirenaica, junto à fronteira com o Egipto.
Nos Estados Unidos, o senador republicano John McCain, que já esteve sexta-feira na capital da Cirenaica, Benghazi, impulsiona a cruzada contra o sistema de Muammar Khadafi, enquanto o magnata Donald Trump vai afirmando que a intervenção na Líbia só interessa mesmo na medida em que permita a conquista de vastos campos de petróleo.
Países árabes como o Qatar e o Koweit manifestam entretanto a sua simpatia pelas forças de inspiração monárquica e pró-ocidentais que existem na referida cidade de Benghazi e que poderão levar a uma Líbia retalhada, mais fácil de ser explorada.
23.4.11
A importância vital do ex-emirato da Cirenaica
Os italianos ocuparam a Cirenaica durante a guerra que em 1911 travaram contra o Império Otomano e proclamaram-na um protectorado no dia 15 de Outubro de 1912.
Em 17 de Maio de 1919, a Cirenaica passou a ser considerada colónia italiana, depois de os otomanos se terem rendido ao facto consumado. E a 25 de Outubro de 1920 Roma reconheceu o xeque Sidri Idriss como chefe dos Senussi, ficando ele como emir. Mas em 1929 os italianos voltaram atrás nesse reconhecimento, tendo em Janeiro de 1934 a Cirenaica sido unida à Tripolitânia e ao Fezzan para formar a colónia da Líbia.
Durante a II Guerra Mundial os Aliados enfrentaram na Cirenaica as tropas naziz e em 1942 foi a vez de o Reino Unido ocupar esse estratégico território cireneu e de o administrar até 1951.
Em 1949 Idris as-Senussi, com o apoio dos britânicos, proclamou a Cirenaica emirato independente, núcleo do Reino da Líbia que viria a surgir em 24 de Dezembro de 1951.
Desde que em 1 de Setembro de 1969 o jovem Muammar Kadhafi derrubou a dinastia Sanussi que fora apadrinhada sucessivamente pela Itália e pelo Reino Unido, a Cirenaica tem vindo a testemunhar ocasionalmente uma actividade contrária ao sisterma político instalado em Tripoli. Como a rebelião militar que houve em 1980 na cidade de Tobruk, bem conhecida dos cinéfilos pelo filme Um táxi para Tobruk.
O actual sistema paralelo montado em Benghazi, na Cirenaica, é pois a sucessão lógica de todo um século de acontecimentos que tiveram a intervenção de países europeus, outrora ditos colonialistas.
Agora são a Itália, o Reino Unido, a França e até mesmo os Estados Unidos quem se interessa muito pela Cirenaica, a região histórica que fica entre a Tripolitânia e o Egipto.
Em 17 de Maio de 1919, a Cirenaica passou a ser considerada colónia italiana, depois de os otomanos se terem rendido ao facto consumado. E a 25 de Outubro de 1920 Roma reconheceu o xeque Sidri Idriss como chefe dos Senussi, ficando ele como emir. Mas em 1929 os italianos voltaram atrás nesse reconhecimento, tendo em Janeiro de 1934 a Cirenaica sido unida à Tripolitânia e ao Fezzan para formar a colónia da Líbia.
Durante a II Guerra Mundial os Aliados enfrentaram na Cirenaica as tropas naziz e em 1942 foi a vez de o Reino Unido ocupar esse estratégico território cireneu e de o administrar até 1951.
Em 1949 Idris as-Senussi, com o apoio dos britânicos, proclamou a Cirenaica emirato independente, núcleo do Reino da Líbia que viria a surgir em 24 de Dezembro de 1951.
Desde que em 1 de Setembro de 1969 o jovem Muammar Kadhafi derrubou a dinastia Sanussi que fora apadrinhada sucessivamente pela Itália e pelo Reino Unido, a Cirenaica tem vindo a testemunhar ocasionalmente uma actividade contrária ao sisterma político instalado em Tripoli. Como a rebelião militar que houve em 1980 na cidade de Tobruk, bem conhecida dos cinéfilos pelo filme Um táxi para Tobruk.
O actual sistema paralelo montado em Benghazi, na Cirenaica, é pois a sucessão lógica de todo um século de acontecimentos que tiveram a intervenção de países europeus, outrora ditos colonialistas.
Agora são a Itália, o Reino Unido, a França e até mesmo os Estados Unidos quem se interessa muito pela Cirenaica, a região histórica que fica entre a Tripolitânia e o Egipto.
McCain e Sarkozy em romagem à Cirenaica
MISRATA, Libya, April 22 (Reuters) - The Libyan conflict is heading for stalemate, the top U.S. military officer said on Friday, and U.S. Senator John McCain urged the United States to recognise the rebels and transfer frozen Libyan funds to them.
Admiral Mike Mullen, chairman of the U.S. military's joint chiefs of staff, told U.S. troops in Baghdad that Western-led air strikes had degraded between 30 and 40 percent of Muammar Gaddafi's ground forces.
Referring to the conflict, he said: "It's certainly moving towards a stalemate."[ID:nLDE73L07L]
McCain, the most senior Western politician to visit the rebels' eastern stronghold of Benghazi, said the United States should transfer frozen Libyan assets to the rebels and urged NATO to step up it air strikes against Gaddafi's forces.
"I would encourage every nation, especially the United States, to recognise the Transitional National Council as the legitimate voice of the Libyan people," he said.
"They have earned this right and Gaddafi has forfeited it by waging war on his own people," he said.
McCain, the most senior Republican on the U.S. Senate Armed Services Committee, said he had visited a Benghazi hospital where he saw the dead and dying, adding: "It argues for us to help them and to get this thing over with and Gaddafi out."
Sources close to French President Nicolas Sarkozy said he planned to visit Benghazi, probably in the first two weeks of May, and that he wanted British Prime Minister David Cameron to accompany him.
France and Britain have taken the leading role in the Western-led air campaign against Gaddafi's forces.
A source close to Sarkozy's office said France was also in favour of releasing frozen Libyan assets to help finance the rebel movement.
Admiral Mike Mullen, chairman of the U.S. military's joint chiefs of staff, told U.S. troops in Baghdad that Western-led air strikes had degraded between 30 and 40 percent of Muammar Gaddafi's ground forces.
Referring to the conflict, he said: "It's certainly moving towards a stalemate."[ID:nLDE73L07L]
McCain, the most senior Western politician to visit the rebels' eastern stronghold of Benghazi, said the United States should transfer frozen Libyan assets to the rebels and urged NATO to step up it air strikes against Gaddafi's forces.
"I would encourage every nation, especially the United States, to recognise the Transitional National Council as the legitimate voice of the Libyan people," he said.
"They have earned this right and Gaddafi has forfeited it by waging war on his own people," he said.
McCain, the most senior Republican on the U.S. Senate Armed Services Committee, said he had visited a Benghazi hospital where he saw the dead and dying, adding: "It argues for us to help them and to get this thing over with and Gaddafi out."
Sources close to French President Nicolas Sarkozy said he planned to visit Benghazi, probably in the first two weeks of May, and that he wanted British Prime Minister David Cameron to accompany him.
France and Britain have taken the leading role in the Western-led air campaign against Gaddafi's forces.
A source close to Sarkozy's office said France was also in favour of releasing frozen Libyan assets to help finance the rebel movement.
22.4.11
Ainda alguém tem dúvidas quanto à Líbia?
Trump: We Should Take Libya's Oil 4/19/2011 6:23:23 PM
In an interview with WSJ reporter Kelly Evans, potential presidential candidate Donald Trump claims he only supports Libyan intervention provided the U.S. can "take the oil." He also warns of Iran controlling Iraq's oil if the U.S. doesn't secure it first.
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http://online.wsj.com/video/trump-we-should-take-libya-oil/7E12BC15-38AE-465F-949A-CDB65ED6DC75.html
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É difícil ser mais claro do que o foi este potencial candidato à Casa Branca. Só vamos lá ajudar os líbios se for para ficar com o petróleo deles, disse Trump, segundo se lê e ouve no The Wall Street Journal.
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BENGHAZI, Libya – U.S. Sen. John McCain, one of the strongest proponents in Congress of the American military intervention in Libya, said Friday that Libyan rebels fighting Moammar Gadhafi's troops are his heroes.
The top Republican on the Senate Armed Services Committee made the remark after arriving in Benghazi, a city that has been the opposition capital in the rebel-held eastern Libya.
McCain said he was in Benghazi "to get an on the ground assessment of the situation" and planned to meet with the rebel National Transition Council, the de-facto government in the eastern half of the country, and members of the rebel military.
"They are my heroes," McCain said of the rebels as he walked out of a local hotel in Benghazi. He was traveling in an armored Mercedes jeep and had a security detail. A few Libyans waved American flags as his vehicle drove past.
McCain's visit is the highest yet by an American official to the rebel-held east and a boost to the anti-Gadhafi forces. Details of the trip were shrouded in secrecy due to heightened security in a country fiercely divided by the two-month-old anti-Gadhafi rebellion.
McCain's trip comes as Defense Secretary Robert Gates announced Thursday that President Barack Obama has authorized armed Predator drones against forces loyal to Gadhafi. It is the first time that drones will be used for airstrikes since the United States turned over control of the operation to NATO on April 4.
The rebels have complained that NATO airstrikes since then have largely been ineffective in stopping Gadhafi forces.
Invoking the humanitarian disasters in Rwanda and Bosnia in the 1990s, McCain pressed for U.S. military intervention in Libya in February, weeks before the U.N. Security Council authorized military action to protect civilians and impose a no-fly zone.
When Obama acted with limited congressional consultation, McCain defended the president, saying he couldn't wait for Congress to take even a few days to debate the use of force. If he had, "there would have been nothing left to save in Benghazi," the rebels' de-facto capital.
But as the U.S. handed operational control over to NATO — and withdrew U.S. combat aircraft — McCain criticized the administration.
In an interview with WSJ reporter Kelly Evans, potential presidential candidate Donald Trump claims he only supports Libyan intervention provided the U.S. can "take the oil." He also warns of Iran controlling Iraq's oil if the U.S. doesn't secure it first.
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http://online.wsj.com/video/trump-we-should-take-libya-oil/7E12BC15-38AE-465F-949A-CDB65ED6DC75.html
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É difícil ser mais claro do que o foi este potencial candidato à Casa Branca. Só vamos lá ajudar os líbios se for para ficar com o petróleo deles, disse Trump, segundo se lê e ouve no The Wall Street Journal.
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BENGHAZI, Libya – U.S. Sen. John McCain, one of the strongest proponents in Congress of the American military intervention in Libya, said Friday that Libyan rebels fighting Moammar Gadhafi's troops are his heroes.
The top Republican on the Senate Armed Services Committee made the remark after arriving in Benghazi, a city that has been the opposition capital in the rebel-held eastern Libya.
McCain said he was in Benghazi "to get an on the ground assessment of the situation" and planned to meet with the rebel National Transition Council, the de-facto government in the eastern half of the country, and members of the rebel military.
"They are my heroes," McCain said of the rebels as he walked out of a local hotel in Benghazi. He was traveling in an armored Mercedes jeep and had a security detail. A few Libyans waved American flags as his vehicle drove past.
McCain's visit is the highest yet by an American official to the rebel-held east and a boost to the anti-Gadhafi forces. Details of the trip were shrouded in secrecy due to heightened security in a country fiercely divided by the two-month-old anti-Gadhafi rebellion.
McCain's trip comes as Defense Secretary Robert Gates announced Thursday that President Barack Obama has authorized armed Predator drones against forces loyal to Gadhafi. It is the first time that drones will be used for airstrikes since the United States turned over control of the operation to NATO on April 4.
The rebels have complained that NATO airstrikes since then have largely been ineffective in stopping Gadhafi forces.
Invoking the humanitarian disasters in Rwanda and Bosnia in the 1990s, McCain pressed for U.S. military intervention in Libya in February, weeks before the U.N. Security Council authorized military action to protect civilians and impose a no-fly zone.
When Obama acted with limited congressional consultation, McCain defended the president, saying he couldn't wait for Congress to take even a few days to debate the use of force. If he had, "there would have been nothing left to save in Benghazi," the rebels' de-facto capital.
But as the U.S. handed operational control over to NATO — and withdrew U.S. combat aircraft — McCain criticized the administration.
20.4.11
Porto e aeroporto de São Tomé entregues a Angola
São Tomé 20 abr (Lusa) - O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada encontra-se em Luanda para uma visita de 24 horas destinada a acelerar os dossiês sobre a privatização do aeroporto internacional de São Tomé e do porto de Ana Chaves (e sua entrega) à empresa Sonangol.
A situação económica e financeira "difícil" do arquipélago vai ser objeto de análise do chefe do executivo são-tomense com as autoridades angolanas, que estão a negociar também com o Governo são-tomense a compra das ações da companhia de bandeira nacional STP-Airways e a privatização do empresa são-tomense de água e eletricidade (EMAE).
Patrice Trovoada disse hoje aos jornalistas, à saída de São Tomé, que vai aproveitar a oportunidade para solicitar maior "solidariedade política de Luanda", apesar de reconhecer a "importância" da ajuda que Angola tem dado ao desenvolvimento do arquipélago.
A situação económica e financeira "difícil" do arquipélago vai ser objeto de análise do chefe do executivo são-tomense com as autoridades angolanas, que estão a negociar também com o Governo são-tomense a compra das ações da companhia de bandeira nacional STP-Airways e a privatização do empresa são-tomense de água e eletricidade (EMAE).
Patrice Trovoada disse hoje aos jornalistas, à saída de São Tomé, que vai aproveitar a oportunidade para solicitar maior "solidariedade política de Luanda", apesar de reconhecer a "importância" da ajuda que Angola tem dado ao desenvolvimento do arquipélago.
Guiné-Bissau, o país da esperança adiada
Quando em Fevereiro do ano 2000 Kumba Yalá Kobde Nhanca, líder do Partido da Renovação Social (PRS), tomou posse como Presidente da República da Guiné-Bissau, alguns julgaram precipitadamente que terminara a era do PAIGC, que em 24 de Setembro de 1973 proclamara unilateralmente a independência.
Kumba batera por larga margem o então Presidente interino Malam Bacai Sanhá, mas o seu mandato não chegou ao fim, encontrando-se ele hoje em dia exilado no Reino de Marrocos, enquanto Sanhá é o Presidente, eleito há perto de dois anos.
O PRS vencera as legislativas de Novembro de 1999, mas a sua passagem pelo poder foi efémera; e no último acto do género efectuado no pequeno país já o Partido da Renovação Social não conseguiu mais do que 25,3 por cento dos votos, face aos 49,8 do velho Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criado por Amílcar e Luís Cabral.
Aquilo que há 11 anos se julgava um marco na vida dos guineenses, a entrada em funções de um Presidente e de um Governo não saídos do PAIGC, foi apenas uma fase transitória; e hoje em dia o primeiro-ministro é mais uma vez o actual líder do partido dos Cabrais, Carlos Gomes Júnior.
Luís Cabral, primeiro Presidente, filho de um cabo-verdiano e de uma portuguesa, foi derrubado em 1980 por um guineense de etnia papel, João Bernardo Vieira, que por duas vezes viria a ser violentamente afastado do poder, respectivamente em 1999 e em 2009. Da última foi mesmo barbaramente assassinado.
Depois das esperanças de 1999 e de 2000 de que alguma coisa estaria a mudar na Guiné-Bissau, veio a triste realidade de que nada mudou substancialmente, devido à inexistência de condições objectivas para uma melhor governação.
A realização de eleições presidenciais e legislativas tem sido ali uma simples panaceia, conforme muito bem afirmou o sociólogo guineense Carlos Lopes, pertencente aos quadros superiores das Nações Unidas.
Ainda não se realizaram reformas profundas, não se desmantelou o enorme aparelho de segurança e não se fez justiça, de modo que não houve democratização. Nem em 1999, nem em 2000 nem em 2009.
O país, de 36.125 quilómetros quadrados, continou subdesenvolvido e, em última instância, à mercê dos militares saídos da estrutura de guerrilha que alcançou a independência mas não conseguiu adaptar-se aos novos tempos e garantir um futuro pacífico.
Os duros militares guineenses conseguiram derrotar as Forças Armadas Portuguesas, forçaram o saneamento dos cabo-verdianos que chegaram a ocupar cargos ministeriais, derrotaram os senegaleses que em 1998/1999 intervieram na guerra civil, ao lado de João Bernardo Vieira, e continuaram renitentes a quaisquer tentativas de modernização e de submissão ao poder civil.
Entrementes, alguns desses militares, hoje em dia pessoas com bem mais de 50 anos, deixaram-se envolver em questões de tráfico, fosse ele de drogas ou de armas.
Por tudo isto aqui exposto, com um Presidente da República e um primeiro-ministro não inteiramente senhores de si, com um Procurador-Geral pouco efectivo, com oficiais das Forças Armadas eivados de vícios, temos que estar sempre preparados para que da Guiné-Bissau nos possam chegar a qualquer altura más notícias.
Notícias de golpes, de conjuras, de assassínios sempre fizeram parte do historial guineense. Jorge Heitor
Kumba batera por larga margem o então Presidente interino Malam Bacai Sanhá, mas o seu mandato não chegou ao fim, encontrando-se ele hoje em dia exilado no Reino de Marrocos, enquanto Sanhá é o Presidente, eleito há perto de dois anos.
O PRS vencera as legislativas de Novembro de 1999, mas a sua passagem pelo poder foi efémera; e no último acto do género efectuado no pequeno país já o Partido da Renovação Social não conseguiu mais do que 25,3 por cento dos votos, face aos 49,8 do velho Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criado por Amílcar e Luís Cabral.
Aquilo que há 11 anos se julgava um marco na vida dos guineenses, a entrada em funções de um Presidente e de um Governo não saídos do PAIGC, foi apenas uma fase transitória; e hoje em dia o primeiro-ministro é mais uma vez o actual líder do partido dos Cabrais, Carlos Gomes Júnior.
Luís Cabral, primeiro Presidente, filho de um cabo-verdiano e de uma portuguesa, foi derrubado em 1980 por um guineense de etnia papel, João Bernardo Vieira, que por duas vezes viria a ser violentamente afastado do poder, respectivamente em 1999 e em 2009. Da última foi mesmo barbaramente assassinado.
Depois das esperanças de 1999 e de 2000 de que alguma coisa estaria a mudar na Guiné-Bissau, veio a triste realidade de que nada mudou substancialmente, devido à inexistência de condições objectivas para uma melhor governação.
A realização de eleições presidenciais e legislativas tem sido ali uma simples panaceia, conforme muito bem afirmou o sociólogo guineense Carlos Lopes, pertencente aos quadros superiores das Nações Unidas.
Ainda não se realizaram reformas profundas, não se desmantelou o enorme aparelho de segurança e não se fez justiça, de modo que não houve democratização. Nem em 1999, nem em 2000 nem em 2009.
O país, de 36.125 quilómetros quadrados, continou subdesenvolvido e, em última instância, à mercê dos militares saídos da estrutura de guerrilha que alcançou a independência mas não conseguiu adaptar-se aos novos tempos e garantir um futuro pacífico.
Os duros militares guineenses conseguiram derrotar as Forças Armadas Portuguesas, forçaram o saneamento dos cabo-verdianos que chegaram a ocupar cargos ministeriais, derrotaram os senegaleses que em 1998/1999 intervieram na guerra civil, ao lado de João Bernardo Vieira, e continuaram renitentes a quaisquer tentativas de modernização e de submissão ao poder civil.
Entrementes, alguns desses militares, hoje em dia pessoas com bem mais de 50 anos, deixaram-se envolver em questões de tráfico, fosse ele de drogas ou de armas.
Por tudo isto aqui exposto, com um Presidente da República e um primeiro-ministro não inteiramente senhores de si, com um Procurador-Geral pouco efectivo, com oficiais das Forças Armadas eivados de vícios, temos que estar sempre preparados para que da Guiné-Bissau nos possam chegar a qualquer altura más notícias.
Notícias de golpes, de conjuras, de assassínios sempre fizeram parte do historial guineense. Jorge Heitor
19.4.11
Tony Blair fez o que as petrolíferas queriam
Plans to exploit Iraq's oil reserves were discussed by government ministers and the world's largest oil companies the year before Britain took a leading role in invading Iraq, government documents show.
The papers, revealed here for the first time, raise new questions over Britain's involvement in the war, which had divided Tony Blair's cabinet and was voted through only after his claims that Saddam Hussein had weapons of mass destruction. The minutes of a series of meetings between ministers and senior oil executives are at odds with the public denials of self-interest from oil companies and Western governments at the time.
The documents were not offered as evidence in the ongoing Chilcot Inquiry into the UK's involvement in the Iraq war. In March 2003, just before Britain went to war, Shell denounced reports that it had held talks with Downing Street about Iraqi oil as "highly inaccurate". BP denied that it had any "strategic interest" in Iraq, while Tony Blair described "the oil conspiracy theory" as "the most absurd".
But documents from October and November the previous year paint a very different picture.
Five months before the March 2003 invasion, Baroness Symons, then the Trade Minister, told BP that the Government believed British energy firms should be given a share of Iraq's enormous oil and gas reserves as a reward for Tony Blair's military commitment to US plans for regime change. Paul Bignell/The Independent
The papers, revealed here for the first time, raise new questions over Britain's involvement in the war, which had divided Tony Blair's cabinet and was voted through only after his claims that Saddam Hussein had weapons of mass destruction. The minutes of a series of meetings between ministers and senior oil executives are at odds with the public denials of self-interest from oil companies and Western governments at the time.
The documents were not offered as evidence in the ongoing Chilcot Inquiry into the UK's involvement in the Iraq war. In March 2003, just before Britain went to war, Shell denounced reports that it had held talks with Downing Street about Iraqi oil as "highly inaccurate". BP denied that it had any "strategic interest" in Iraq, while Tony Blair described "the oil conspiracy theory" as "the most absurd".
But documents from October and November the previous year paint a very different picture.
Five months before the March 2003 invasion, Baroness Symons, then the Trade Minister, told BP that the Government believed British energy firms should be given a share of Iraq's enormous oil and gas reserves as a reward for Tony Blair's military commitment to US plans for regime change. Paul Bignell/The Independent
As leis do apartheid foram abolidas há 20 anos
As últimas leis do apartheid foram abolidas em 1991 pelo Presidente Frederik De Klerk, mas o programa sul-africano de reforma agrária tem sido muito lento e ainda não há mais de 20 por cento das terras na posse de cidadãos negros.
A abolição dos últimos textos que regiam o apartheid foi então saudada pelo arcebispo anglicano da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, Prémio Nobel da Paz, mas só em 2014, na melhor das hipóteses é que um terço de todas as terras da África do Sul devem ficar efectivamente em poder dos negros.
Há duas décadas 87 por cento da terra sul-africana pertencia à comunidade branca e há quem diga que actualmente cerca de 44 por cento ainda pertence aos descendentes dos europeus, um pouco mais de um quarto aos municípios e perto de 10 por cento aos mestiços. Os números variam conforme as fontes consultadas, mas de um modo geral andam à volta disto.
Uma lei de 1950 classificava os sul-africanos de acordo com a cor da pele e isso condicionava toda a sua existência, pois que quem fosse negro, mestiço ou indiano não podia viver num bairro que se dissesse que era especificamente para brancos.
As leis sobre a terra votadas durante a primeira metade do século XX faziam com que os negros só tivessem direito a 13 por cento dos terrenos, divididos por 10 bantustões, segundo os seus diferentes grupos étnicos, a começar pelos zulus, aos quais cabia o Kwazulu.
Em 1991 o ANC abandonou a luta armada, acelerou-se o processo de amnistia dos presos políticos e os negros da África do Sul, que constituem a maioria da população, começaram a caminhada para o dia em que virão a ter 33 por cento das terras aráveis. Imagina-se que isso possa acontecer daqui a três ou quatro anos. Jorge Heitor
A abolição dos últimos textos que regiam o apartheid foi então saudada pelo arcebispo anglicano da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, Prémio Nobel da Paz, mas só em 2014, na melhor das hipóteses é que um terço de todas as terras da África do Sul devem ficar efectivamente em poder dos negros.
Há duas décadas 87 por cento da terra sul-africana pertencia à comunidade branca e há quem diga que actualmente cerca de 44 por cento ainda pertence aos descendentes dos europeus, um pouco mais de um quarto aos municípios e perto de 10 por cento aos mestiços. Os números variam conforme as fontes consultadas, mas de um modo geral andam à volta disto.
Uma lei de 1950 classificava os sul-africanos de acordo com a cor da pele e isso condicionava toda a sua existência, pois que quem fosse negro, mestiço ou indiano não podia viver num bairro que se dissesse que era especificamente para brancos.
As leis sobre a terra votadas durante a primeira metade do século XX faziam com que os negros só tivessem direito a 13 por cento dos terrenos, divididos por 10 bantustões, segundo os seus diferentes grupos étnicos, a começar pelos zulus, aos quais cabia o Kwazulu.
Em 1991 o ANC abandonou a luta armada, acelerou-se o processo de amnistia dos presos políticos e os negros da África do Sul, que constituem a maioria da população, começaram a caminhada para o dia em que virão a ter 33 por cento das terras aráveis. Imagina-se que isso possa acontecer daqui a três ou quatro anos. Jorge Heitor
A Somália deixou de existir há 20 anos
A Somália, como Estado, cujas cidades principais eram Mogadíscio, Hargeisa e
Bosaso, deixou de existir no dia 27 de Janeiro de 1991, com o derrube do general Syadd Barre, que se encontrava no poder desde 1969.
O Presidente abandonou as suas funções depois de quatro semanas de combates contra forças do Congresso da Somália e grande parte das infraestruturas da capital ficaram danificadas.
Syadd Barre foi substituído por Ali Mahdi Mohamed, nome que ninguém fixou. E logo no dia 18 de Maio seguinte o Movimento Nacionalista Somali proclamou a independência da Somalilândia, no Norte, zona outrora colonizada pelos britânicos.
A Somália deixou praticamente de existir há 20 anos e ninguém parece agora preocupar-se muito com isso; ninguém abordou a triste efeméride, preocupados que todos estavam com a agitação na Tunísia e no Egipto.
As rivalidades de origem tribal existentes na Somália, como na Líbia, fizeram milhares dee mortos, em alguns meses, nomeadamente nos combates entre os fiéis de Ali Madhi Mohamed e os de Mohammed Farah Aidid.
A República da Somália proclamada em 1 de Julho de 1960, ao longo de 3.000 quilómetros de costa, no Corno de África, já não existe há duas décadas; e o mundo não se importa.
A maioria dos somalis chegou ao fim do século XX no estado de nómada, com os restantes urbanizados em redor dos pontos onde havia água: Mogadíscio, Hargeisa, Kismayo, Berbera e alguns outros.
A fusão de uma colónia italiana e de outra britânica não funcionou durante mais de três décadas. Por isso, temos hoje a Somalilândia, a Puntlândia, uma série de outras entidades em terra e muitos piratas ao largo.
Como vizinhos do dilacerado povo somali encontramos o pequeno Djibuti, a Etiópia e o Quénia.
Do outro lado da Etiópia, o Sudão prepara-se para assistir à proclamação da independência da sua parte meridional.
Quem é que disse que os princípios estabelecidos em 1963 pela Organização de Unidade Africana (OUA) eram para cumprir na íntegra, nomeadamente quanto à conveniência de se conservarem as fronteiras traçadas no fim do século XIX pelas potências coloniais? Jorge Heitor
Bosaso, deixou de existir no dia 27 de Janeiro de 1991, com o derrube do general Syadd Barre, que se encontrava no poder desde 1969.
O Presidente abandonou as suas funções depois de quatro semanas de combates contra forças do Congresso da Somália e grande parte das infraestruturas da capital ficaram danificadas.
Syadd Barre foi substituído por Ali Mahdi Mohamed, nome que ninguém fixou. E logo no dia 18 de Maio seguinte o Movimento Nacionalista Somali proclamou a independência da Somalilândia, no Norte, zona outrora colonizada pelos britânicos.
A Somália deixou praticamente de existir há 20 anos e ninguém parece agora preocupar-se muito com isso; ninguém abordou a triste efeméride, preocupados que todos estavam com a agitação na Tunísia e no Egipto.
As rivalidades de origem tribal existentes na Somália, como na Líbia, fizeram milhares dee mortos, em alguns meses, nomeadamente nos combates entre os fiéis de Ali Madhi Mohamed e os de Mohammed Farah Aidid.
A República da Somália proclamada em 1 de Julho de 1960, ao longo de 3.000 quilómetros de costa, no Corno de África, já não existe há duas décadas; e o mundo não se importa.
A maioria dos somalis chegou ao fim do século XX no estado de nómada, com os restantes urbanizados em redor dos pontos onde havia água: Mogadíscio, Hargeisa, Kismayo, Berbera e alguns outros.
A fusão de uma colónia italiana e de outra britânica não funcionou durante mais de três décadas. Por isso, temos hoje a Somalilândia, a Puntlândia, uma série de outras entidades em terra e muitos piratas ao largo.
Como vizinhos do dilacerado povo somali encontramos o pequeno Djibuti, a Etiópia e o Quénia.
Do outro lado da Etiópia, o Sudão prepara-se para assistir à proclamação da independência da sua parte meridional.
Quem é que disse que os princípios estabelecidos em 1963 pela Organização de Unidade Africana (OUA) eram para cumprir na íntegra, nomeadamente quanto à conveniência de se conservarem as fronteiras traçadas no fim do século XIX pelas potências coloniais? Jorge Heitor
18.4.11
Nigéria: É mesmo Goodluck, Jonathan!
Goodluck Jonathan is set for election as Nigeria's president, with almost double the vote of his main rival as the count nears completion.
Figures provided by regional officials suggest the incumbent - a Christian from the oil-producing Niger Delta - has enough votes to avoid a run-off.
The head of the African Union observer team said it had been Nigeria's best election for decades.
However, some results in individual states were suspiciously high.
Mr Jonathan was appointed to the presidency last year, upon the death of incumbent Umaru Yar'Adua, whom he had served as vice-president.
He staked his reputation on the election, repeatedly promising it would be free and fair.
Results so far put Mr Jonathan on track to become the country's first elected president from the Niger Delta.
BBC
Figures provided by regional officials suggest the incumbent - a Christian from the oil-producing Niger Delta - has enough votes to avoid a run-off.
The head of the African Union observer team said it had been Nigeria's best election for decades.
However, some results in individual states were suspiciously high.
Mr Jonathan was appointed to the presidency last year, upon the death of incumbent Umaru Yar'Adua, whom he had served as vice-president.
He staked his reputation on the election, repeatedly promising it would be free and fair.
Results so far put Mr Jonathan on track to become the country's first elected president from the Niger Delta.
BBC
As 300 tribos da Líbia, segundo Bernard-Henri Levy
On glose, ici ou là, sur les rivalités tribales qui déchireraient irrémédiablement la Libye et seraient une autre cause d'enlisement. Or je dois, là aussi, témoigner de ce que j'ai vu : dans la ferme du docteur Almyhoub, membre du CNT et président du "Conseil des sages et des dignitaires", un grand rassemblement des chefs ou représentants des 300 tribus de Libye. Il y a là, magnifiquement chamarrés et venus dire, ensemble, leur refus du despotisme ainsi que leur attachement à une Libye indivisée, les chefs des tribus de Cyrénaïque et de la Montagne verte. Ceux de Misrata, Zaouïa, Zinten, les villes martyres. Mais aussi – et c'est l'événement – des représentants de tribus prétendument alliées au régime : Zawara ; Nalout ; Al Zentan ; un émissaire de Jajoura, à l'est de Tripoli ; un envoyé des Alnadahi Alarbah, une tribu proche de l'aéroport de la capitale; un Alfourtan, cette tribu de la région de Syrte dont Kadhafi a fait exécuter, à Ras Lanouf, plusieurs officiers qui refusaient de tirer sur le peuple. A croire que la sauvagerie des mercenaires kadhafistes, loin de diviser les insurgés, les soude. Et à croire que le temps, ici aussi, joue pour le parti de la liberté. Plus que jamais, tout l'indique: la Libye libre, avec ses alliés, peut l'emporter sur le tyran.
Bernard-Henri Levy, philosophe, membre du conseil de surveillance du Goupe Le Monde
Bernard-Henri Levy, philosophe, membre du conseil de surveillance du Goupe Le Monde
17.4.11
Nigéria: Como sempre, entre o Norte e o Sul
Des résultats partiels de l'élection présidentielle de samedi au Nigeria faisaient apparaître une division nette entre le Nord musulman qui a voté Muhammadu Buhari et le Sud chrétien favorable au président sortant Goodluck Jonathan, et la possibilité d'un second tour.
Le dépouillement des bulletins de vote se poursuivait dimanche, les résultats complets des 36 Etats de cette Fédération étant attendus, selon la Commission électorale, dans les quarante-huit heures après la fin d'un scrutin que les autorités ont voulu transparent et que les observateurs ont salué.
Les premiers résultats publiés dans la presse locale de divers Etats révélaient une bonne performance dans la moitié nord du pays du musulman Muhammadu Buhari, ex-dictateur militaire (1984-1985) qui briguait la présidence pour la 3e fois, et une forte implantation dans le Sud du président sortant Goodluck Jonathan, un chrétien originaire de la région pétrolifère du delta du Niger (sud).
Grave division
"Il y a une bonne et une mauvaise nouvelle dans cette élection présidentielle. La bonne, c'est que nous comptons des votes réels et que les gens s'y intéressent. La mauvaise, c'est que le pays est gravement divisé, le Nord contre le Sud", a commenté Chidi Odinkalu, de l'ONG Open Society Justice Initiative.
Le quotidien This Day affirmait dimanche que les premiers résultats "reflètent la coupure entre le Nord et le Sud, avec des électeurs de chaque partie votant en fonction de critères régionaux et religieux".
De nombreux analystes avaient mis en garde contre ce scénario dans un pays aussi turbulent que le Nigeria, une nation de 155 millions d'habitants et de plus de 250 groupes ethniques.
Pour l'emporter, le candidat qui a le plus de voix doit également obtenir au moins un quart des voix dans au moins deux-tiers des 36 Etats, soit 24 Etats, selon les termes de la Constitution.
Si l'hypothèse d'un second tour avec un duel Jonathan-Buhari se confirmait, ce serait une première depuis 1999.
Le dépouillement des bulletins de vote se poursuivait dimanche, les résultats complets des 36 Etats de cette Fédération étant attendus, selon la Commission électorale, dans les quarante-huit heures après la fin d'un scrutin que les autorités ont voulu transparent et que les observateurs ont salué.
Les premiers résultats publiés dans la presse locale de divers Etats révélaient une bonne performance dans la moitié nord du pays du musulman Muhammadu Buhari, ex-dictateur militaire (1984-1985) qui briguait la présidence pour la 3e fois, et une forte implantation dans le Sud du président sortant Goodluck Jonathan, un chrétien originaire de la région pétrolifère du delta du Niger (sud).
Grave division
"Il y a une bonne et une mauvaise nouvelle dans cette élection présidentielle. La bonne, c'est que nous comptons des votes réels et que les gens s'y intéressent. La mauvaise, c'est que le pays est gravement divisé, le Nord contre le Sud", a commenté Chidi Odinkalu, de l'ONG Open Society Justice Initiative.
Le quotidien This Day affirmait dimanche que les premiers résultats "reflètent la coupure entre le Nord et le Sud, avec des électeurs de chaque partie votant en fonction de critères régionaux et religieux".
De nombreux analystes avaient mis en garde contre ce scénario dans un pays aussi turbulent que le Nigeria, une nation de 155 millions d'habitants et de plus de 250 groupes ethniques.
Pour l'emporter, le candidat qui a le plus de voix doit également obtenir au moins un quart des voix dans au moins deux-tiers des 36 Etats, soit 24 Etats, selon les termes de la Constitution.
Si l'hypothèse d'un second tour avec un duel Jonathan-Buhari se confirmait, ce serait une première depuis 1999.
Chamava-se Sankara e teve uma morte violenta
Blaise Compaoré, Presidente do Burkina Faso desde 15 de Outubro de 1987, treinado pelas Forças Armadas francesas, tem estado durante estas últimas semanas em maus lençóis, como se a História se desejasse vingar de si e das maldades que dizem que ele teria feito.
Blaise Compaoré, que aparentemente contou com o apoio da França para dar um golpe contra o anterior Presidente, Thomas Sankara, está agora a braços com o descontentamento de uma parte dos seus militares.
Tendo índices de governação inferiores aos de Hosni Mubarak e de Muammar Kadhafi, Compaoré é suspeito de ter dado ordens para o desmembramento e enterro em campa singela do referido Sankara, eliminado de forma "brutal, imprevista e incompreensível", conforme escreveu Sennen Andriamirado, chefe de redacção do grupo Jeune Afrique.
Blaise Compaoré era ministro de Estado e ministro da Presidência quando há 24 anos se dizia, muito antes de a coisa se concretizar, que andava a planear um golpe contra o seu amigo Thomas Sankara, autor de uma mensagem de esperança para o continente africano.
O capitão Compaoré acabou mesmo por conseguir neutralizar o homem que se chamava Sankara e que tinha grande carisma. Um revolucionário que procurara liquidar a base económico neo-colonial de um território chamado Alto Volta.
Thomas Sankara, tal como Muammar Khadafi e Otelo Saraiva de Carvalho, parecia acreditar numa revolução ao serviço da justiça social e concretizada por meio da chamada democracia directa. Jorge Heitor
Blaise Compaoré, que aparentemente contou com o apoio da França para dar um golpe contra o anterior Presidente, Thomas Sankara, está agora a braços com o descontentamento de uma parte dos seus militares.
Tendo índices de governação inferiores aos de Hosni Mubarak e de Muammar Kadhafi, Compaoré é suspeito de ter dado ordens para o desmembramento e enterro em campa singela do referido Sankara, eliminado de forma "brutal, imprevista e incompreensível", conforme escreveu Sennen Andriamirado, chefe de redacção do grupo Jeune Afrique.
Blaise Compaoré era ministro de Estado e ministro da Presidência quando há 24 anos se dizia, muito antes de a coisa se concretizar, que andava a planear um golpe contra o seu amigo Thomas Sankara, autor de uma mensagem de esperança para o continente africano.
O capitão Compaoré acabou mesmo por conseguir neutralizar o homem que se chamava Sankara e que tinha grande carisma. Um revolucionário que procurara liquidar a base económico neo-colonial de um território chamado Alto Volta.
Thomas Sankara, tal como Muammar Khadafi e Otelo Saraiva de Carvalho, parecia acreditar numa revolução ao serviço da justiça social e concretizada por meio da chamada democracia directa. Jorge Heitor
15.4.11
Procuremos compreender melhor o Norte de África
Uma ténue barreira civilizacional separa uns dos outros, desde há muito, os povos que vivem a norte e a sul do Mar Mediterrâneo. Do lado de cá os cristãos, desde a bacia do Guadalquivir até uma parte da ilha de Chipre. Do outro lado os muçulmanos, desde Tânger à Faixa de Gaza.
É uma espécie de escudo invisível, aquele que nos leva a encarar como longínquos os povos do Magreb, se bem que Tunes ou Tripoli fiquem mais perto da Península Ibérica do que o ficam Creta ou a foz do Danúbio.
Habituámo-nos, desde a passagem de Granada para os Reis Católicos, a que tudo o que se passava para baixo da Andaluzia ou das Baleares já não nos dizia respeito, a nós, os descendentes de íberos e de celtas. Gerou-se um fosso, difícil de ultrapassar.
Agora, porém, que a Tunísia, o Egipto e a Líbia tremeram, no modo como estavam a viver no início do século XXI, é bem altura de os povos latinos começarem a interessar-se muito mais pelo quotidiano de Marrocos, da Argélia e das demais terras que os árabes conquistaram no século VII, ao instalarem-se em Kairouan, ao sul de Cartago.
Os árabes e os berberes que eles submeteram são os seres humanos que ocupam todo o espaço compreendido entre o Sara Ocidental e a Síria, numa série de sistemas políticos que nada têm a ver com os da União Europeia, espécie de fortaleza essencialmente cristã que vai das ilhas dos Açores a toda a profusão de ilhas que a Grécia tem.
Depois de o Presidente egípcio Hosni Mubarak ter sido forçado a abandonar o Cairo, a imprensa internacional concentrou-se numa espécie de surto revolucionário que poderia abalar a Líbia, a Argélia, Marrocos e o Iémen, entre outras terras habitadas por muçulmanos, na sua maioria jovens, em busca de novas formas de vida.
Vivendo de ilusões, muitas vezes a olhar mais para a longínqua Coreia do Norte ou para o Irão dos ayatollahs, as chancelarias europeias não tinham sabido prever atempadamente o que é que se estava a gerar desde o Vale do Nilo às velhas Colunas de Hércules; ou seja, ao estreito de Gibraltar.
No entanto, durante o mês de Fevereiro ficou bem claro que chegaríamos ao Verão com um Norte de África substancialmente diferente daquele que havia aquando da viragem do século. Uma grande incógnita se estava a abrir para regiões que ainda há 70 anos eram alvo da cobiça de interesses espanhóis, franceses, italianos e britânicos. JH (parte de um artigo que saiu este mês na revista Além-Mar)
É uma espécie de escudo invisível, aquele que nos leva a encarar como longínquos os povos do Magreb, se bem que Tunes ou Tripoli fiquem mais perto da Península Ibérica do que o ficam Creta ou a foz do Danúbio.
Habituámo-nos, desde a passagem de Granada para os Reis Católicos, a que tudo o que se passava para baixo da Andaluzia ou das Baleares já não nos dizia respeito, a nós, os descendentes de íberos e de celtas. Gerou-se um fosso, difícil de ultrapassar.
Agora, porém, que a Tunísia, o Egipto e a Líbia tremeram, no modo como estavam a viver no início do século XXI, é bem altura de os povos latinos começarem a interessar-se muito mais pelo quotidiano de Marrocos, da Argélia e das demais terras que os árabes conquistaram no século VII, ao instalarem-se em Kairouan, ao sul de Cartago.
Os árabes e os berberes que eles submeteram são os seres humanos que ocupam todo o espaço compreendido entre o Sara Ocidental e a Síria, numa série de sistemas políticos que nada têm a ver com os da União Europeia, espécie de fortaleza essencialmente cristã que vai das ilhas dos Açores a toda a profusão de ilhas que a Grécia tem.
Depois de o Presidente egípcio Hosni Mubarak ter sido forçado a abandonar o Cairo, a imprensa internacional concentrou-se numa espécie de surto revolucionário que poderia abalar a Líbia, a Argélia, Marrocos e o Iémen, entre outras terras habitadas por muçulmanos, na sua maioria jovens, em busca de novas formas de vida.
Vivendo de ilusões, muitas vezes a olhar mais para a longínqua Coreia do Norte ou para o Irão dos ayatollahs, as chancelarias europeias não tinham sabido prever atempadamente o que é que se estava a gerar desde o Vale do Nilo às velhas Colunas de Hércules; ou seja, ao estreito de Gibraltar.
No entanto, durante o mês de Fevereiro ficou bem claro que chegaríamos ao Verão com um Norte de África substancialmente diferente daquele que havia aquando da viragem do século. Uma grande incógnita se estava a abrir para regiões que ainda há 70 anos eram alvo da cobiça de interesses espanhóis, franceses, italianos e britânicos. JH (parte de um artigo que saiu este mês na revista Além-Mar)
A guerra pelo controlo das reservas petrolíferas
The geopolitical and economic implications of a US-NATO led military intervention directed against Libya are far-reaching.
Libya is among the World's largest oil economies with approximately 3.5% of global oil reserves, more than twice those of the US.
"Operation Libya" is part of the broader military agenda in the Middle East and Central Asia which consists in gaining control and corporate ownership over more than sixty percent of the world's reserves of oil and natural gas, including oil and gas pipeline routes.
"Muslim countries including Saudi Arabia, Iraq, Iran, Kuwait, the United Arab Emirates, Qatar, Yemen, Libya, Egypt, Nigeria, Algeria, Kazakhstan, Azerbaijan, Malaysia, Indonesia, Brunei, possess between 66.2 and 75.9 percent of total oil reserves, depending on the source and methodology of the estimate." (See Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, January 4, 2007) .
With 46.5 billion barrels of proven reserves, (10 times those of Egypt), Libya is the largest oil economy in the African continent followed by Nigeria and Algeria (Oil and Gas Journal). In contrast, US proven oil reserves are of the order of 20.6 billion barrels (December 2008) according to the Energy Information Administration. U.S. Crude Oil, Natural Gas, and Natural Gas Liquids Reserves).
MICHEL CHOSSUDOVSKY, economista canadiano
Note
The most recent estimates place Libya's oil reserves at 60 billion barrels. Its gas reserves at 1,500 billion m3. Its production has been between 1.3 and 1.7 million barrels a day, well below its productive capacity. Its longer term objective is three million b/d and a gas production of 2,600 million cubic feet a day, according to figures of the National Oil Corporation (NOC).
The (alternative) BP Statistical Energy Survey (2008) places Libya's proven oil reserves at 41.464 billion barrels at the end of 2007 which represents 3.34 % of the world's proven reserves. (Mbendi Oil and Gas in Libya - Overview).
Libya is among the World's largest oil economies with approximately 3.5% of global oil reserves, more than twice those of the US.
"Operation Libya" is part of the broader military agenda in the Middle East and Central Asia which consists in gaining control and corporate ownership over more than sixty percent of the world's reserves of oil and natural gas, including oil and gas pipeline routes.
"Muslim countries including Saudi Arabia, Iraq, Iran, Kuwait, the United Arab Emirates, Qatar, Yemen, Libya, Egypt, Nigeria, Algeria, Kazakhstan, Azerbaijan, Malaysia, Indonesia, Brunei, possess between 66.2 and 75.9 percent of total oil reserves, depending on the source and methodology of the estimate." (See Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, January 4, 2007) .
With 46.5 billion barrels of proven reserves, (10 times those of Egypt), Libya is the largest oil economy in the African continent followed by Nigeria and Algeria (Oil and Gas Journal). In contrast, US proven oil reserves are of the order of 20.6 billion barrels (December 2008) according to the Energy Information Administration. U.S. Crude Oil, Natural Gas, and Natural Gas Liquids Reserves).
MICHEL CHOSSUDOVSKY, economista canadiano
Note
The most recent estimates place Libya's oil reserves at 60 billion barrels. Its gas reserves at 1,500 billion m3. Its production has been between 1.3 and 1.7 million barrels a day, well below its productive capacity. Its longer term objective is three million b/d and a gas production of 2,600 million cubic feet a day, according to figures of the National Oil Corporation (NOC).
The (alternative) BP Statistical Energy Survey (2008) places Libya's proven oil reserves at 41.464 billion barrels at the end of 2007 which represents 3.34 % of the world's proven reserves. (Mbendi Oil and Gas in Libya - Overview).
13.4.11
Última palavra sobre Charles Taylor só em 2012
The Defense discussed the alleged agreement in Libya between RUF leader Foday Sankoh and Charles Taylor, training in Camp Naama, the initial invasion into Sierra Leone, the withdrawal of Taylor’s support from the RUF in 1992, the AFRC/RUF junta period, the invasion into Freetown, and the conflict after 1999.
No evidence shows that an agreement was made between these parties, the Defense submitted. Moreover, the Defense suggested, there is no evidence to support the Prosecution theory that a joint criminal enterprise existed throughout the entire period discussed at trial. The Defense questioned whether the evidence showed that the alleged common purpose—taking over Sierra Leone to exploit its natural resources—was shared by Taylor, the RUF, and the AFRC for the entire period in question.
The Defense also pointed to fractions between Taylor and Sankoh, and later between the RUF and the AFRC. The Defense asked whether there was proof that in spite of these fractions, they maintained a common purpose and a shared intent.
To be held guilty for a crime vis-à-vis a joint criminal enterprise, the accused’s participation must be significant, or his contribution substantial. The Defense argued that there was no evidence that Taylor had made a substantial contribution.
Conclusion of the Charles Taylor Trial
Griffiths briefly addressed the judges about how the Prosecution had appeared to suggest that the Defense had a burden of production in this trial. On the contrary, the Defense argued, one of the central tenets of criminal law is that the Prosecution is the only party that bears any burden of proof—proof beyond a reasonable doubt—and that the Defense was not obliged to produce any evidence whatsoever. Griffiths did however point to a number of Defense documents that allegedly show that Taylor had contact with Bockarie in 1998.
Griffiths also made a formal apology to the Court for any disrespect the judges may have felt he had shown during the trial. The judges accepted the apology, bringing the matter of potential disciplinary hearings to a close.
The judges, thanking all involved in the trial, formally adjourned to begin deliberations.
A judgment is expected before the end of the year. Any appeals would then follow, with the final conclusion to the Taylor trial expected in early 2012.
(Extraído de um site sobre o julgamento de Charles Taylor, que decorre há três anos e meio)
No evidence shows that an agreement was made between these parties, the Defense submitted. Moreover, the Defense suggested, there is no evidence to support the Prosecution theory that a joint criminal enterprise existed throughout the entire period discussed at trial. The Defense questioned whether the evidence showed that the alleged common purpose—taking over Sierra Leone to exploit its natural resources—was shared by Taylor, the RUF, and the AFRC for the entire period in question.
The Defense also pointed to fractions between Taylor and Sankoh, and later between the RUF and the AFRC. The Defense asked whether there was proof that in spite of these fractions, they maintained a common purpose and a shared intent.
To be held guilty for a crime vis-à-vis a joint criminal enterprise, the accused’s participation must be significant, or his contribution substantial. The Defense argued that there was no evidence that Taylor had made a substantial contribution.
Conclusion of the Charles Taylor Trial
Griffiths briefly addressed the judges about how the Prosecution had appeared to suggest that the Defense had a burden of production in this trial. On the contrary, the Defense argued, one of the central tenets of criminal law is that the Prosecution is the only party that bears any burden of proof—proof beyond a reasonable doubt—and that the Defense was not obliged to produce any evidence whatsoever. Griffiths did however point to a number of Defense documents that allegedly show that Taylor had contact with Bockarie in 1998.
Griffiths also made a formal apology to the Court for any disrespect the judges may have felt he had shown during the trial. The judges accepted the apology, bringing the matter of potential disciplinary hearings to a close.
The judges, thanking all involved in the trial, formally adjourned to begin deliberations.
A judgment is expected before the end of the year. Any appeals would then follow, with the final conclusion to the Taylor trial expected in early 2012.
(Extraído de um site sobre o julgamento de Charles Taylor, que decorre há três anos e meio)
12.4.11
A França quer uma África bem comportada
Depois de ter conseguido que fosse detido o Presidente socialista da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, a França mantém-se extremamente activa no continente africano, criticando até a NATO por fazer pouco contra o arsenal de Muammar Khadafi.
Durante décadas, Paris viu a África pós-colonial como uma sua esfera exclusiva de influência, uma coutada que ia de Dacar a Djibuti, passando por Abidjan e N'Djamena. E chegado o séculO XXI continuou a manter influência militar e milhares de soldados desde a África Ocidental ao Corno de África.
Na Costa do Marfim deu plena cobertura às Forças Republicanas de Alassane Ouattara e Guillaume Soro. Na Líbia deu o sinal de partida para que outros ocidentais atacassem o poder de Kadhafi e agora acusa-os de estarem a fazer pouco.
As empresas francesas têm grandes interesses na África, para onde exportam cinco por cento do que produzem; e há 240.000 franceses a viver para sul do Mar Mediterrâneo.
Da África chegam a França petróleo, gás natural, cacau, café e muitas outras coisas, de onde compreender-se o interesse de Nicolas Sarkozy e do empresariado francês em tudo o que se passa no Senegal, na República da Guiné, na Costa do Marfim, no Níger, no Mali, no Chade e na República Centro-Africana.
Por isso, eles não viram com bons olhos que Laurent Gbagbo diversificasse os parceiros da Costa do Marfim, disponibilizando-se para abrir à África do Sul, à Rússia, ao Brasil e a outros terrenos em relação aos quais Paris julgava ter prioridade.
Alassane Dramane Ouattara dá aos discípulos do general Charles De Gaulle muito mais garantias de um desenvolvimento da economia marfinense de acordo com as linhas que eram seguidas há 25 anos, nos tempos do Presidente Félix Houphouët-Boigny.
Só que, em alguns círculos nacionalistas de diversos países africanos, não está a cair nada bem o afã intervencionista dos franceses, que parecem saudosos dos tempos anteriores a 1960. Jorge Heitor
Durante décadas, Paris viu a África pós-colonial como uma sua esfera exclusiva de influência, uma coutada que ia de Dacar a Djibuti, passando por Abidjan e N'Djamena. E chegado o séculO XXI continuou a manter influência militar e milhares de soldados desde a África Ocidental ao Corno de África.
Na Costa do Marfim deu plena cobertura às Forças Republicanas de Alassane Ouattara e Guillaume Soro. Na Líbia deu o sinal de partida para que outros ocidentais atacassem o poder de Kadhafi e agora acusa-os de estarem a fazer pouco.
As empresas francesas têm grandes interesses na África, para onde exportam cinco por cento do que produzem; e há 240.000 franceses a viver para sul do Mar Mediterrâneo.
Da África chegam a França petróleo, gás natural, cacau, café e muitas outras coisas, de onde compreender-se o interesse de Nicolas Sarkozy e do empresariado francês em tudo o que se passa no Senegal, na República da Guiné, na Costa do Marfim, no Níger, no Mali, no Chade e na República Centro-Africana.
Por isso, eles não viram com bons olhos que Laurent Gbagbo diversificasse os parceiros da Costa do Marfim, disponibilizando-se para abrir à África do Sul, à Rússia, ao Brasil e a outros terrenos em relação aos quais Paris julgava ter prioridade.
Alassane Dramane Ouattara dá aos discípulos do general Charles De Gaulle muito mais garantias de um desenvolvimento da economia marfinense de acordo com as linhas que eram seguidas há 25 anos, nos tempos do Presidente Félix Houphouët-Boigny.
Só que, em alguns círculos nacionalistas de diversos países africanos, não está a cair nada bem o afã intervencionista dos franceses, que parecem saudosos dos tempos anteriores a 1960. Jorge Heitor
9.4.11
Guiné-Bissau: relatório do Departamento de Estado
There were no developments in the cases of the 2009 killings of former president Vieira and former armed forces chief of staff General Jose Batista Tagme Na Waie. In March 2009, Na Waie was killed by a bomb outside his office in military headquarters. Following Na Waie's assassination, soldiers under the command of Colonel Antonio Indjai tortured and then hacked Vieira to death with machetes in what was widely considered retaliation for the killing of Na Waie. Observers noted that the longstanding tension between Vieira and Na Waie had increased due to Na Waie's 2008 accusation that Vieira was involved in the drug trade. It was unclear whether the killings were linked to the growing cocaine trade through West Africa, but Vieira and senior military officers had been accused of profiting from it. The national commission of inquiry, established in 2009 to investigate the killings, did not identify or charge anyone during the year.
There were no developments in the case of former national assembly deputy Helder Proenca, whom military personnel beat, shot, and killed, along with his bodyguard and driver, in June 2009 on the outskirts of Bissau. Proenca, who had been accused of plotting to overthrow the government on June 5 by Colonel Samba Djalo, chief of the Military Information and Security Service, reportedly was killed while resisting arrest. In November 2009 the state attorney general filed a criminal complaint against Djalo; however, the case remained pending at year's end.
No perpetrators had been identified or punished by year's end for the June 2009 death of former presidential candidate and assemblyman Baciro Dabo. Soldiers shot and killed Dabo after accusing him of plotting with Proenca to overthrow the government.
There were no developments in the 2008 killing of a judicial police officer by security forces.
During the year Alexandre Tchama Yala, the suspected leader of a 2008 coup attempt in which two presidential guards were killed, remained at large following his 2009 escape from detention.
*Distribuído em 8 de Abril de 2011, sobre ocorrências (e omissões) verificadas em 2010
There were no developments in the case of former national assembly deputy Helder Proenca, whom military personnel beat, shot, and killed, along with his bodyguard and driver, in June 2009 on the outskirts of Bissau. Proenca, who had been accused of plotting to overthrow the government on June 5 by Colonel Samba Djalo, chief of the Military Information and Security Service, reportedly was killed while resisting arrest. In November 2009 the state attorney general filed a criminal complaint against Djalo; however, the case remained pending at year's end.
No perpetrators had been identified or punished by year's end for the June 2009 death of former presidential candidate and assemblyman Baciro Dabo. Soldiers shot and killed Dabo after accusing him of plotting with Proenca to overthrow the government.
There were no developments in the 2008 killing of a judicial police officer by security forces.
During the year Alexandre Tchama Yala, the suspected leader of a 2008 coup attempt in which two presidential guards were killed, remained at large following his 2009 escape from detention.
*Distribuído em 8 de Abril de 2011, sobre ocorrências (e omissões) verificadas em 2010
6.4.11
O Médico e o Monstro detectados em Ouattara
Alassane Ouattara a deux versants et il m'arrive pour illustrer cela de parler de Docteur Ouattara et Mister Alassane. L'un est très occidentalisé, formé aux Etats-Unis. Il a été directeur Afrique du FMI, est anglophone, toutes choses qui plaisent aux USA d'autant qu'il est néo-libéral d'idéologie économique. Ceci dit, le système politique ivoirien n'a pas cela comme référence. Personne ne vote pour lui parce qu'il est néo-libéral de même que très peu votent pour Laurent Gabgbo parce qu'il est social-démocrate.
L'autre versant, plus sombre, est mis en exergue par ceux qui disent que la Côte d'Ivoire est à feu et à sang depuis qu'Alassane Ouattara est arrivé par la grâce de Félix Houphouët-Boigny. A la mort de ce dernier c'est d'ailleurs Alassane Ouattara qui gouvernait et qui réprima des manifestations de façon très violente. Il mit notamment à cette époque-là Laurent Gbagbo, son épouse Simone et son fils Michel en prison à la maison d'arrêt d'Abidjan durant six mois. Et ce sont des choses qui ne s'oublient pas.
Ensuite, tout va, même si on n'a pas de preuve, dans une responsabilité politique d'Alassane Ouattara dans le coup d'Etat de 2002. Une tentative de coup d'Etat qui a essaimé dans tout le pays, mais qui échoua à Abidjan. Deux tiers du pays étaient alors tenus par la rébellion rebaptisée par la suite Forces Nouvelles et qui sont aujourd'hui l'essentiel des forces militaires pro-Ouattara.
Cette dualité dont vous parlez est-elle visible encore aujourd'hui?
- Actuellement cette dualité persiste. D'un côté Alassane Ouattara est cet homme à la stature revendiquée d'homme d'Etat adoubé par la communauté internationale, avec une répartition des rôles avec Guillaume Soro à qui est donné le commandement militaire. Et de l'autre, dans le côté obscur, et que souvent l'Occident ne voit pas, il y a les forces qui portent Alassane Ouattara et la dérive ethnico-régionale qui s'y cache. Car dans ses forces on trouve les dioula, c'est-à-dire les Nordistes et ceux qui viennent du Mali, du Burkina, du Niger, et d'ailleurs peut-être qu'il y a des conseillers de ces pays qui l'ont amené à mettre en place cette guerre éclaire qu'il vient de mener ces derniers jours. Et si on prend en compte la vision autochtone, les Sudistes se sentent le dos à la mer devant cette vague dioula qui dure depuis une centaine d'années.
Les dioulas ont tendance à dire "le pays est à nous" et les sudistes disent "on n'a plus rien à perdre" et risquent de résister très longuement à l'offensive de Ouattara.
Dans cette bataille, si vous confirmez que Guillaume Soro a la charge militaire, c'est bien Alassane Ouattara qui est à la tête des opérations?
- C'est une répartition des rôles politique et médiatique. Mais ils sont en accord. Alassane Ouattara est responsable de ce qui se passe. Et là, en ce moment, ce sont des chefs de guerre sanglants comme Wattaoo, qui dirigeait la garde de Ouattara à l'hôtel du Golf et a été déplacé dans l'Ouest il y a quelques temps, qui arrivent sur Abidjan avec des militaires de base dépenaillés, sans salaire, qui ont l'intention de se payer sur la conquête d'Abidjan. Ces derniers pratiquent une guerre traditionnelle où les pires massacres sont admis et c'est ce qu'on a vu à Duékoué au lendemain de l'offensive des pro-Ouattara où entre 800 et 1.000 civils selon Caritas et d'autres ONG ont été tués.
Donc on est inquiet pour Abidjan. On ne peut pas parler de génocide car il y a 50% de la population qui soutient Gbagbo et 50% Ouattara. Mais on peut craindre ce que Jacques Sémelin appelle des "massacres de masse" entre les deux camps. On redoute que, bientôt, on s'en prenne aux civils, voir que les civils s'affrontent directement comme à Brazzaville en 1991.
Interview de Michel Galy, politologue, chercheur au "Centre sur les conflits" à Paris et animateur de la revue Culture et Conflits par Céline Lussato - Nouvelobs.com
---Agradeço a ECD a chamada de atenção para esta entrevista, como aliás para tantas outras coisas.
L'autre versant, plus sombre, est mis en exergue par ceux qui disent que la Côte d'Ivoire est à feu et à sang depuis qu'Alassane Ouattara est arrivé par la grâce de Félix Houphouët-Boigny. A la mort de ce dernier c'est d'ailleurs Alassane Ouattara qui gouvernait et qui réprima des manifestations de façon très violente. Il mit notamment à cette époque-là Laurent Gbagbo, son épouse Simone et son fils Michel en prison à la maison d'arrêt d'Abidjan durant six mois. Et ce sont des choses qui ne s'oublient pas.
Ensuite, tout va, même si on n'a pas de preuve, dans une responsabilité politique d'Alassane Ouattara dans le coup d'Etat de 2002. Une tentative de coup d'Etat qui a essaimé dans tout le pays, mais qui échoua à Abidjan. Deux tiers du pays étaient alors tenus par la rébellion rebaptisée par la suite Forces Nouvelles et qui sont aujourd'hui l'essentiel des forces militaires pro-Ouattara.
Cette dualité dont vous parlez est-elle visible encore aujourd'hui?
- Actuellement cette dualité persiste. D'un côté Alassane Ouattara est cet homme à la stature revendiquée d'homme d'Etat adoubé par la communauté internationale, avec une répartition des rôles avec Guillaume Soro à qui est donné le commandement militaire. Et de l'autre, dans le côté obscur, et que souvent l'Occident ne voit pas, il y a les forces qui portent Alassane Ouattara et la dérive ethnico-régionale qui s'y cache. Car dans ses forces on trouve les dioula, c'est-à-dire les Nordistes et ceux qui viennent du Mali, du Burkina, du Niger, et d'ailleurs peut-être qu'il y a des conseillers de ces pays qui l'ont amené à mettre en place cette guerre éclaire qu'il vient de mener ces derniers jours. Et si on prend en compte la vision autochtone, les Sudistes se sentent le dos à la mer devant cette vague dioula qui dure depuis une centaine d'années.
Les dioulas ont tendance à dire "le pays est à nous" et les sudistes disent "on n'a plus rien à perdre" et risquent de résister très longuement à l'offensive de Ouattara.
Dans cette bataille, si vous confirmez que Guillaume Soro a la charge militaire, c'est bien Alassane Ouattara qui est à la tête des opérations?
- C'est une répartition des rôles politique et médiatique. Mais ils sont en accord. Alassane Ouattara est responsable de ce qui se passe. Et là, en ce moment, ce sont des chefs de guerre sanglants comme Wattaoo, qui dirigeait la garde de Ouattara à l'hôtel du Golf et a été déplacé dans l'Ouest il y a quelques temps, qui arrivent sur Abidjan avec des militaires de base dépenaillés, sans salaire, qui ont l'intention de se payer sur la conquête d'Abidjan. Ces derniers pratiquent une guerre traditionnelle où les pires massacres sont admis et c'est ce qu'on a vu à Duékoué au lendemain de l'offensive des pro-Ouattara où entre 800 et 1.000 civils selon Caritas et d'autres ONG ont été tués.
Donc on est inquiet pour Abidjan. On ne peut pas parler de génocide car il y a 50% de la population qui soutient Gbagbo et 50% Ouattara. Mais on peut craindre ce que Jacques Sémelin appelle des "massacres de masse" entre les deux camps. On redoute que, bientôt, on s'en prenne aux civils, voir que les civils s'affrontent directement comme à Brazzaville en 1991.
Interview de Michel Galy, politologue, chercheur au "Centre sur les conflits" à Paris et animateur de la revue Culture et Conflits par Céline Lussato - Nouvelobs.com
---Agradeço a ECD a chamada de atenção para esta entrevista, como aliás para tantas outras coisas.
5.4.11
A França ganhou a guerra na Costa do Marfim?
A França parece ter ganho hoje a guerra que há nove anos travava na Costa do Marfim, que pretende manter como uma sua coutada, proibindo que a Rússia, a China, a África do Sul, o Brasil ou Angola nela lá cacem.
A França está prestes a proclamar vitória total na guerra que desde 2002 vinha a travar para que o Presidente socialista não lesasse os interesses gauleses, fazendo concessões a russos, chineses, sul-africanos ou brasileiros.
A França herdeira do general Charles de Gaulle pretende que tudo volte a ser como o era no tempo do Presidente Félix Houphouët-Boigny, que de 1960 a 1963 soube representar muito bem o desejo de Paris.
Uma vez que se rebelou contra a matriz colonial da pátria marfinense, o Professor Laurent Gbagbo ficou sem grande futuro, tendo acabado por se refugiar hoje nos subterrâneos da sua própria casa, na cidade de Abidjan.
É esta mais uma das leituras possíveis da situação que desde há quatro meses venho a acompanhar com toda a atenção, de modo a compreender bem o passado e o presente da Costa do Marfim.
O sonho de Nicolas Sarkozy é conseguir neutralizar os socialistas, sejam eles europeus ou africanos. Jorge Heitor
A França está prestes a proclamar vitória total na guerra que desde 2002 vinha a travar para que o Presidente socialista não lesasse os interesses gauleses, fazendo concessões a russos, chineses, sul-africanos ou brasileiros.
A França herdeira do general Charles de Gaulle pretende que tudo volte a ser como o era no tempo do Presidente Félix Houphouët-Boigny, que de 1960 a 1963 soube representar muito bem o desejo de Paris.
Uma vez que se rebelou contra a matriz colonial da pátria marfinense, o Professor Laurent Gbagbo ficou sem grande futuro, tendo acabado por se refugiar hoje nos subterrâneos da sua própria casa, na cidade de Abidjan.
É esta mais uma das leituras possíveis da situação que desde há quatro meses venho a acompanhar com toda a atenção, de modo a compreender bem o passado e o presente da Costa do Marfim.
O sonho de Nicolas Sarkozy é conseguir neutralizar os socialistas, sejam eles europeus ou africanos. Jorge Heitor
Monsieur Sarközy de Nagy-Bocsa, príncipe
Nicolas Paul Stéphane(Napoleon)Sarközy de Nagy-Bocsa, Presidente da França, príncipe de Andorra, agressor da Líbia e da Costa do Marfim, prepara-se para as eleições de 2012.
Monsieur Sarközy de Nagy-Bocsa, aristocrata europeu, não gosta de coronéis líbios nem de socialistas marfinenses, nem de ciganos romenos.
Monsieur é um dos príncipes de Andorra, juntamente com o bispo de Urgel, e vai garantir que o seu amigo, aristocrata africano, Alassane Dramane Ouattara, fique mesmo como Presidente da Côte d'Ivoire, para maior glória do empresariado francês.
É assim que ele pretende esconjurar o fantasma de uma senhora chamada Marine Le Pen; e ficar talvez nos compêndios de História com um lugar aproximado aos que tiveram Bonaparte e De Gaulle.
O corso ao petróleo prossegue, nos areais da Líbia e nas águas da Costa do Marfim. Costa que é também de gás, de cobre, de cobalto, de cacau e de café. J.H.
Monsieur Sarközy de Nagy-Bocsa, aristocrata europeu, não gosta de coronéis líbios nem de socialistas marfinenses, nem de ciganos romenos.
Monsieur é um dos príncipes de Andorra, juntamente com o bispo de Urgel, e vai garantir que o seu amigo, aristocrata africano, Alassane Dramane Ouattara, fique mesmo como Presidente da Côte d'Ivoire, para maior glória do empresariado francês.
É assim que ele pretende esconjurar o fantasma de uma senhora chamada Marine Le Pen; e ficar talvez nos compêndios de História com um lugar aproximado aos que tiveram Bonaparte e De Gaulle.
O corso ao petróleo prossegue, nos areais da Líbia e nas águas da Costa do Marfim. Costa que é também de gás, de cobre, de cobalto, de cacau e de café. J.H.
O filho espiritual de Félix Houphouët-Boigny
Alassane Dramane Ouattara, nascido no dia 1 de Janeiro de 1942 e que hoje aguarda a rendição do Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Koudou Gbagbo, apresenta-se como o filho espiritual do primeiro chefe daquele Estado, Félix Houphouët-Boigby.
Ouattara, nascido no centro do país e com estudos secundários no antigo Alto Volta, actual Burkina Fasso, licenciou-se em Matemáticas Elementares e doutorou-se depois em Economia, nos Estados Unidos.
Beneficiário de uma bolsa norte-americana, Alassane Ouattara afirmou depois não ter podido ficar insensível e inactivo perante os apelos de seu "pai" Houphouët-Boigny aque o ajudasse a modernizar uma economia de tipo ocidental e a evitar um agravamento da situação social, quando no início de 1990 se chegou a encarar uma redução de 10 por cento nos salários da fundação pública.
Alassane Dramane Ouattara (ADO para os amigos)afirma que a sua árvore genealógica remonta ao império de Kong, fundado há três séculos por Sekou Ouattara, tecelão que tratou de controlar as rotas do ouro, da noz de cola, das armas e dos escravos, como nos explica o historiador Josef Ki-Zerbo.
ADO, um de 12 irmãos, trineto de um imperador comercial, filho espiritual de um Presidente que fora ministro da IV República Francesa, desposou na França a empresária Dominique Novion Follereaux, da qual teve dois dos seus quatro filhos: Loïc e Nathalie.
É portanto este economista, liberal, ocidentalizado, líder da União dos Republicanos, amigo de Nicolas Sarkozy, a pessoa que se presta a aceitar a renúncia do historiador socialista Laurent Koudou Gbagbo e a substituí-lo como Presidente da República da Costa do Marfim.
Fazendo reverter as tentações socializantes e nacionalistas de Gbagbo, Alassane Dramane Ouattara tenciona recolocar o seu país no rumo francamente pró-ocidental que Houphouët-Boigny traçou entre 1960 e 1993.
O FMI, o Banco Mundial e as grandes empresas francesas agradecem. Jorge Heitor
Ouattara, nascido no centro do país e com estudos secundários no antigo Alto Volta, actual Burkina Fasso, licenciou-se em Matemáticas Elementares e doutorou-se depois em Economia, nos Estados Unidos.
Beneficiário de uma bolsa norte-americana, Alassane Ouattara afirmou depois não ter podido ficar insensível e inactivo perante os apelos de seu "pai" Houphouët-Boigny aque o ajudasse a modernizar uma economia de tipo ocidental e a evitar um agravamento da situação social, quando no início de 1990 se chegou a encarar uma redução de 10 por cento nos salários da fundação pública.
Alassane Dramane Ouattara (ADO para os amigos)afirma que a sua árvore genealógica remonta ao império de Kong, fundado há três séculos por Sekou Ouattara, tecelão que tratou de controlar as rotas do ouro, da noz de cola, das armas e dos escravos, como nos explica o historiador Josef Ki-Zerbo.
ADO, um de 12 irmãos, trineto de um imperador comercial, filho espiritual de um Presidente que fora ministro da IV República Francesa, desposou na França a empresária Dominique Novion Follereaux, da qual teve dois dos seus quatro filhos: Loïc e Nathalie.
É portanto este economista, liberal, ocidentalizado, líder da União dos Republicanos, amigo de Nicolas Sarkozy, a pessoa que se presta a aceitar a renúncia do historiador socialista Laurent Koudou Gbagbo e a substituí-lo como Presidente da República da Costa do Marfim.
Fazendo reverter as tentações socializantes e nacionalistas de Gbagbo, Alassane Dramane Ouattara tenciona recolocar o seu país no rumo francamente pró-ocidental que Houphouët-Boigny traçou entre 1960 e 1993.
O FMI, o Banco Mundial e as grandes empresas francesas agradecem. Jorge Heitor
3.4.11
Para quem ainda não sabe do petróleo marfinense
The oil industry of the Ivory Coast is one of the key elements in the economy of the country. In particular the downstream industry is well developed with an oil refinery at Abidjan and 8 oil companies engaged in the distribution and marketing of petroleum products.
Based on a government decision in the 1980's, the oil, gas, and energy sectors of the economy are and will be the main driving engines of the economy in future decades. Offshore discoveries, including gas finds in the Gulf of Guinea provide opportunities for hydrocarbon exploration in the Ivory Coast.
In addition to its oil industry, the Ivory Coast has an active chemicals industry, as well as being one of the larger markets in the lubricants industry in the West African region. The country's mining industry is another important sector in the country's economy. Electricity is provided by the parastatal utility, Compagnie Ivoirienne d'Electricite (CIE).
The Ivory Coast is highly dependent on agriculture and related products and is among the world's largest producers and exporters of coffee, cocoa beans and palm oil. The economy is greatly affected by international price fluctuations and weather conditions.
The country’s economic growth, which was favourable despite its vulnerable nature, was interrupted and severely hampered by political upheaval and the production and marketing of cotton, sugar cane, tobacco, and cashews were seriously eroded. Road blocks and the lack of liquidity hampered the marketing and transport of cocoa/coffee. Mbendi
----
A Total assinou em Outubro um acordo para exploração nas águas profundas a sueste de Abidjan, vizinhas dos lençóis de petróleo do Gana.
Based on a government decision in the 1980's, the oil, gas, and energy sectors of the economy are and will be the main driving engines of the economy in future decades. Offshore discoveries, including gas finds in the Gulf of Guinea provide opportunities for hydrocarbon exploration in the Ivory Coast.
In addition to its oil industry, the Ivory Coast has an active chemicals industry, as well as being one of the larger markets in the lubricants industry in the West African region. The country's mining industry is another important sector in the country's economy. Electricity is provided by the parastatal utility, Compagnie Ivoirienne d'Electricite (CIE).
The Ivory Coast is highly dependent on agriculture and related products and is among the world's largest producers and exporters of coffee, cocoa beans and palm oil. The economy is greatly affected by international price fluctuations and weather conditions.
The country’s economic growth, which was favourable despite its vulnerable nature, was interrupted and severely hampered by political upheaval and the production and marketing of cotton, sugar cane, tobacco, and cashews were seriously eroded. Road blocks and the lack of liquidity hampered the marketing and transport of cocoa/coffee. Mbendi
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A Total assinou em Outubro um acordo para exploração nas águas profundas a sueste de Abidjan, vizinhas dos lençóis de petróleo do Gana.
O "liberalismo" musculado de Barack Obama
Os por alguns considerados "liberais" Barack Obama e Hillary Clinton meteram-se durantes estas últimas semanas numa aventura líbia que poderá acabar muito mal.
Porta-aviões norte-americanos cruzam o Suez e aproximam-se da Líbia, onde a oposição ao coronel Khadafi é muito heterogénea e, ameaça, se acaso levar a sua por diante, mergulhar o país numa nova Somália, há 20 anos sem rei nem roque.
Há que ser claro e não falar com subterfúgios: o sistema político-social vigente na Líbia não é de forma alguma perfeito, mas correr o risco de o substituir por uma anarquia, um caos onde ninguém se entenda, não poderá até ser pior.
O senhor Barack Obama, tão precocemente galardoado com um Prémio Nobel da Paz, por se ter suposto que iria resolver os conflitos do Iraque e do Afeganistão, meteu-se agora com a França e o Reino Unido numa jogada de alto risco.
Sob o pretexto humanitário de que Muammar Khadafi estava a tratar muito mal alguns dos seus compatriotas, Paris, Londres e Washington decidiram castigá-lo, destruir-lhe os aviões e apoiar activamente a estranha amálgama dos seus adversários internos.
Perante o desconforto da Alemanha, da Turquia e da Rússia, a França sarkoziana e os seus amigos anglo-saxões meteram-se numa grande alhada, quando os Estados Unidos e o Reino Unido ainda não tinham conseguido descalçar as botas iraquiana e afegã.
A bacia do Mar Mediterrâneo é hoje em dia uma zona mais perigosa do que o era no início deste ano de 2011. A Europa Meridional recebe cada vez mais refugiados. A União Europeia, que já tinha tantas outras dores de cabeça, não sabe o que fazer.
A quem é que poderá servir tamanha precipitação, como a que estamos a assistir desde que caíram os presidentes da Tunísia e do Egipto? Temo muito que não seja a uma grande parte dos líbios; nem sequer aos malteses e aos italianos cujas praias estão a ser inundadas por legiões de pessoas em fuga. Jorge Heitor
Porta-aviões norte-americanos cruzam o Suez e aproximam-se da Líbia, onde a oposição ao coronel Khadafi é muito heterogénea e, ameaça, se acaso levar a sua por diante, mergulhar o país numa nova Somália, há 20 anos sem rei nem roque.
Há que ser claro e não falar com subterfúgios: o sistema político-social vigente na Líbia não é de forma alguma perfeito, mas correr o risco de o substituir por uma anarquia, um caos onde ninguém se entenda, não poderá até ser pior.
O senhor Barack Obama, tão precocemente galardoado com um Prémio Nobel da Paz, por se ter suposto que iria resolver os conflitos do Iraque e do Afeganistão, meteu-se agora com a França e o Reino Unido numa jogada de alto risco.
Sob o pretexto humanitário de que Muammar Khadafi estava a tratar muito mal alguns dos seus compatriotas, Paris, Londres e Washington decidiram castigá-lo, destruir-lhe os aviões e apoiar activamente a estranha amálgama dos seus adversários internos.
Perante o desconforto da Alemanha, da Turquia e da Rússia, a França sarkoziana e os seus amigos anglo-saxões meteram-se numa grande alhada, quando os Estados Unidos e o Reino Unido ainda não tinham conseguido descalçar as botas iraquiana e afegã.
A bacia do Mar Mediterrâneo é hoje em dia uma zona mais perigosa do que o era no início deste ano de 2011. A Europa Meridional recebe cada vez mais refugiados. A União Europeia, que já tinha tantas outras dores de cabeça, não sabe o que fazer.
A quem é que poderá servir tamanha precipitação, como a que estamos a assistir desde que caíram os presidentes da Tunísia e do Egipto? Temo muito que não seja a uma grande parte dos líbios; nem sequer aos malteses e aos italianos cujas praias estão a ser inundadas por legiões de pessoas em fuga. Jorge Heitor
A França bem presente na Costa do Marfim
No Palácio do Eliseu decorre hoje à tarde uma reunião extraordinária, depois de Nicolas Sarkozy ter mandado ocupar o aeroporto de Abidjan e reforçar com 300 soldados o contingente destacado na Costa do Marfim.
Deixando-se de quaisquer subterfúgios, a França assume que entende ser ela a controlar hoje o aeroporto da maior cidade marfinense e alargar o âmbito da operação Licorne, para que não restem dúvidas de quem é que dita as cartas na antiga colónia.
Se bem que os Estados Unidos também tenham muitos interesses na Costa do Marfim e que Hillary Clinton já tenha dado ordem de despejo ao Presidente socialista Laurent Gbagbo, o Eliseu assume por inteiro o seu desígnio de executor dos projectos do Ocidente para um território rico em petróleo, diamantes, cobalto, cobre, ferro, cacau e café.
A República da Guiné e a Costa do Marfim, entre outras antigas colónias, continuam a ser vistas como uma espécie de coutadas para a expansão de muitos interesses gauleses.
Quem é que disse que o colonialismo acabou no século passado? Jorge Heitor
Deixando-se de quaisquer subterfúgios, a França assume que entende ser ela a controlar hoje o aeroporto da maior cidade marfinense e alargar o âmbito da operação Licorne, para que não restem dúvidas de quem é que dita as cartas na antiga colónia.
Se bem que os Estados Unidos também tenham muitos interesses na Costa do Marfim e que Hillary Clinton já tenha dado ordem de despejo ao Presidente socialista Laurent Gbagbo, o Eliseu assume por inteiro o seu desígnio de executor dos projectos do Ocidente para um território rico em petróleo, diamantes, cobalto, cobre, ferro, cacau e café.
A República da Guiné e a Costa do Marfim, entre outras antigas colónias, continuam a ser vistas como uma espécie de coutadas para a expansão de muitos interesses gauleses.
Quem é que disse que o colonialismo acabou no século passado? Jorge Heitor
Johnson-Sirleaf e Ouattara: percursos paralelos
No mês de Novembro de 2005, Ellen Johnson-Sirleaf, que estivera exilada nos Estados Unidos e regressara à Libéria como economista do Banco Mundial, foi eleita à segunda volta Presidente da República, depois de ter feito reverter a vantagem que na primeira tivera o futebolista George Weah.
Cinco anos depois, no dia 28 de Novembro de 2010, Alassane Dramane Ouattara, que também vivera nos Estados Unidos e estivera na administração do FMI, ganhou a segunda volta das presidenciais na vizinha Costa do Marfim, depois de na primeira o maior número de votos ter ido para o Presidente cessante Laurent Gbagbo.
Johnson-Sirleaf e Alassane Ouattara são duas criaturas queridas das instituições de Brenton Woods e por estas impulsionadas para o poder, respectivamente na Libéria e na Costa do Marfim, dois países de grande importância na África Ocidental.
Ministra das Finanças de William Tolbert, a partir de 1970, Ellen Johnson-Sirleaf estava há três décadas a preparar-se para assumir o controlo da Libéria, que é uma criação dos Estados Unidos.
Primeiro-ministro de Félix Houphopuët-Boigny, entre 1990 e 1993, Ouattara sonhava desde então com a Presidência da República.
É bom que se conheça o percurso destas duas individualidades, a senhora Johnson-Sirleaf e o economista liberal muçulmano e aristocrata Alassane Dramane-Ouattara para se compreender como é que os círculos dirigentes norte-americanos têm vindo a actuar na última meia dúzia de anos em relação aos territórios que vão de Monróvia a Abidjan.
A borracha, os diamantes e o petróleo da África Ocidental interessam a muita gente, de outros continentes. A Firestone, a Michelin, a Texaco, a Mobil e a Total gostam das paisagens africanas. Nicolas Sarkozy gosta de colaborar com os Estados Unidos, podendo fazê-lo tanto na Líbia como na Costa do Marfim. Jorge Heitor
Cinco anos depois, no dia 28 de Novembro de 2010, Alassane Dramane Ouattara, que também vivera nos Estados Unidos e estivera na administração do FMI, ganhou a segunda volta das presidenciais na vizinha Costa do Marfim, depois de na primeira o maior número de votos ter ido para o Presidente cessante Laurent Gbagbo.
Johnson-Sirleaf e Alassane Ouattara são duas criaturas queridas das instituições de Brenton Woods e por estas impulsionadas para o poder, respectivamente na Libéria e na Costa do Marfim, dois países de grande importância na África Ocidental.
Ministra das Finanças de William Tolbert, a partir de 1970, Ellen Johnson-Sirleaf estava há três décadas a preparar-se para assumir o controlo da Libéria, que é uma criação dos Estados Unidos.
Primeiro-ministro de Félix Houphopuët-Boigny, entre 1990 e 1993, Ouattara sonhava desde então com a Presidência da República.
É bom que se conheça o percurso destas duas individualidades, a senhora Johnson-Sirleaf e o economista liberal muçulmano e aristocrata Alassane Dramane-Ouattara para se compreender como é que os círculos dirigentes norte-americanos têm vindo a actuar na última meia dúzia de anos em relação aos territórios que vão de Monróvia a Abidjan.
A borracha, os diamantes e o petróleo da África Ocidental interessam a muita gente, de outros continentes. A Firestone, a Michelin, a Texaco, a Mobil e a Total gostam das paisagens africanas. Nicolas Sarkozy gosta de colaborar com os Estados Unidos, podendo fazê-lo tanto na Líbia como na Costa do Marfim. Jorge Heitor
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