Blaise Compaoré, Presidente do Burkina Faso desde 15 de Outubro de 1987, treinado pelas Forças Armadas francesas, tem estado durante estas últimas semanas em maus lençóis, como se a História se desejasse vingar de si e das maldades que dizem que ele teria feito.
Blaise Compaoré, que aparentemente contou com o apoio da França para dar um golpe contra o anterior Presidente, Thomas Sankara, está agora a braços com o descontentamento de uma parte dos seus militares.
Tendo índices de governação inferiores aos de Hosni Mubarak e de Muammar Kadhafi, Compaoré é suspeito de ter dado ordens para o desmembramento e enterro em campa singela do referido Sankara, eliminado de forma "brutal, imprevista e incompreensível", conforme escreveu Sennen Andriamirado, chefe de redacção do grupo Jeune Afrique.
Blaise Compaoré era ministro de Estado e ministro da Presidência quando há 24 anos se dizia, muito antes de a coisa se concretizar, que andava a planear um golpe contra o seu amigo Thomas Sankara, autor de uma mensagem de esperança para o continente africano.
O capitão Compaoré acabou mesmo por conseguir neutralizar o homem que se chamava Sankara e que tinha grande carisma. Um revolucionário que procurara liquidar a base económico neo-colonial de um território chamado Alto Volta.
Thomas Sankara, tal como Muammar Khadafi e Otelo Saraiva de Carvalho, parecia acreditar numa revolução ao serviço da justiça social e concretizada por meio da chamada democracia directa. Jorge Heitor
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