Alassane Dramane Ouattara, nascido no dia 1 de Janeiro de 1942 e que hoje aguarda a rendição do Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Koudou Gbagbo, apresenta-se como o filho espiritual do primeiro chefe daquele Estado, Félix Houphouët-Boigby.
Ouattara, nascido no centro do país e com estudos secundários no antigo Alto Volta, actual Burkina Fasso, licenciou-se em Matemáticas Elementares e doutorou-se depois em Economia, nos Estados Unidos.
Beneficiário de uma bolsa norte-americana, Alassane Ouattara afirmou depois não ter podido ficar insensível e inactivo perante os apelos de seu "pai" Houphouët-Boigny aque o ajudasse a modernizar uma economia de tipo ocidental e a evitar um agravamento da situação social, quando no início de 1990 se chegou a encarar uma redução de 10 por cento nos salários da fundação pública.
Alassane Dramane Ouattara (ADO para os amigos)afirma que a sua árvore genealógica remonta ao império de Kong, fundado há três séculos por Sekou Ouattara, tecelão que tratou de controlar as rotas do ouro, da noz de cola, das armas e dos escravos, como nos explica o historiador Josef Ki-Zerbo.
ADO, um de 12 irmãos, trineto de um imperador comercial, filho espiritual de um Presidente que fora ministro da IV República Francesa, desposou na França a empresária Dominique Novion Follereaux, da qual teve dois dos seus quatro filhos: Loïc e Nathalie.
É portanto este economista, liberal, ocidentalizado, líder da União dos Republicanos, amigo de Nicolas Sarkozy, a pessoa que se presta a aceitar a renúncia do historiador socialista Laurent Koudou Gbagbo e a substituí-lo como Presidente da República da Costa do Marfim.
Fazendo reverter as tentações socializantes e nacionalistas de Gbagbo, Alassane Dramane Ouattara tenciona recolocar o seu país no rumo francamente pró-ocidental que Houphouët-Boigny traçou entre 1960 e 1993.
O FMI, o Banco Mundial e as grandes empresas francesas agradecem. Jorge Heitor
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