Os italianos ocuparam a Cirenaica durante a guerra que em 1911 travaram contra o Império Otomano e proclamaram-na um protectorado no dia 15 de Outubro de 1912.
Em 17 de Maio de 1919, a Cirenaica passou a ser considerada colónia italiana, depois de os otomanos se terem rendido ao facto consumado. E a 25 de Outubro de 1920 Roma reconheceu o xeque Sidri Idriss como chefe dos Senussi, ficando ele como emir. Mas em 1929 os italianos voltaram atrás nesse reconhecimento, tendo em Janeiro de 1934 a Cirenaica sido unida à Tripolitânia e ao Fezzan para formar a colónia da Líbia.
Durante a II Guerra Mundial os Aliados enfrentaram na Cirenaica as tropas naziz e em 1942 foi a vez de o Reino Unido ocupar esse estratégico território cireneu e de o administrar até 1951.
Em 1949 Idris as-Senussi, com o apoio dos britânicos, proclamou a Cirenaica emirato independente, núcleo do Reino da Líbia que viria a surgir em 24 de Dezembro de 1951.
Desde que em 1 de Setembro de 1969 o jovem Muammar Kadhafi derrubou a dinastia Sanussi que fora apadrinhada sucessivamente pela Itália e pelo Reino Unido, a Cirenaica tem vindo a testemunhar ocasionalmente uma actividade contrária ao sisterma político instalado em Tripoli. Como a rebelião militar que houve em 1980 na cidade de Tobruk, bem conhecida dos cinéfilos pelo filme Um táxi para Tobruk.
O actual sistema paralelo montado em Benghazi, na Cirenaica, é pois a sucessão lógica de todo um século de acontecimentos que tiveram a intervenção de países europeus, outrora ditos colonialistas.
Agora são a Itália, o Reino Unido, a França e até mesmo os Estados Unidos quem se interessa muito pela Cirenaica, a região histórica que fica entre a Tripolitânia e o Egipto.
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