25.4.11

A renhida competição pelo petróleo líbio

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, OTAN), que paira sobre o Mediterrâneo, destruiu esta madrugada um edifício das instalações do coronel Muammar Kadhafi em Tripoli, aprofundando assim a renhida competição das potências ocidentais pelas maiores reservas de petróleo existentes no continente africano.
Quase meia centena de feridos teria sido o resultado desta investida da Aliança Atlântica em terras do Norte de África, agora uma vez mais à mercê da cobiça da França, da Itália, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Três potentes explosões abalaram durante a noite a capital da Tripolitânia, levando à interrupção temporária de programas de rádio e de televisão.
Nicolas Sarkozy e os dirigentes anglo-saxónicos parecem não querer desistir enquantro não neutralizarem o homem que acabou em 1969 com a monarquia líbia, constituída a partir do antigo emirato da Cirenaica, junto à fronteira com o Egipto.
Nos Estados Unidos, o senador republicano John McCain, que já esteve sexta-feira na capital da Cirenaica, Benghazi, impulsiona a cruzada contra o sistema de Muammar Khadafi, enquanto o magnata Donald Trump vai afirmando que a intervenção na Líbia só interessa mesmo na medida em que permita a conquista de vastos campos de petróleo.
Países árabes como o Qatar e o Koweit manifestam entretanto a sua simpatia pelas forças de inspiração monárquica e pró-ocidentais que existem na referida cidade de Benghazi e que poderão levar a uma Líbia retalhada, mais fácil de ser explorada.

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