A Batalha de Guadalete ou Guadibeca (Herculano também lhe chama Chrysus), foi travada em 31 de Julho de 711 na actual Espanha, entre Árabes e Visigodos. Faz no próximo domingo 1.300 anos.
Rodrigo (ou Roderick, que derivou para Roderico), descendente dos reis visigodos da dinastia dos Baltos, subiu ao trono depois de ter vencido o rei Vitisa, ao qual mandou arrancar os olhos. Então, aproveitando-se das lutas internas que dividiam os visigodos, os muçulmanos do Norte de África decidiram invadir a Península. Segundo certos autores, esta invasão foi favorecida pelo Conde Julião, bizantino, desejoso de se vingar de uma ofensa que lhe fora feita pelo rei Rodrigo, e pelos partidários de Vitisa, dirigidos pelo Bispo Dom Oppas.
Outros historiadores afirmam, porém, que os mouros vieram para auxiliar o rei Vitisa, e que o conde Julião, de origem bizantina, os auxiliou por simpatia pelo antigo rei. De qualquer modo, foi encarregado de comandar a invasão o general Tarik ibn-Ziyad ou (Tárique), que foi de facto o primeiro invasor muçulmano da Hispânia e desembarcou facilmente no Calpe - antiga denominação de Gibraltar -, de onde avançou através da Península, defrontando as hostes visigóticas nas margens do Guadalete, no dia 31 de Julho de 711. O exército de Rodrigo, muito inferior em número às hostes árabes, não tinha a menor possibilidade de resistir ao tremendo choque.
Na batalha, invulgarmente cruenta, morreu o próprio rei visigodo, e pode afirmar-se que data desse dia a perda definitiva do império (godo, ou gótico, segundo a expressão usada por Alexandre Herculano). Tárique, o muçulmano, vencedor do primeiro grande combate travado na Península entre mouros e cristãos, prosseguiu o seu vitorioso avanço, tomando a cidade de Toledo. Outro chefe mouro, de nome Musa, desembarcou por seu turno na costa espanhola e conquistou Sevilha, então conhecida por Hispalis. Não tardou muito que Mértola, Mérida, Niebla e Ossuna (onde Viriato e os seus lusitanos haviam derrotado as imensas legiões romanas de Fábio Emiliano) caíssem em poder dos mouros.
Segundo muitos historiadores, a razão da fácil entrada das forças muçulmanas na península deveu-se à rejeição dos povos peninsulares ao domínio dos seus senhores Visigodos, um povo germânico que controlava a peninsula com mão-de-ferro.
Nenhum dos vários povos peninsulares tinha o direito de ter homens armados, e quando foram necessários homens para lutar, eles não tinham armas para o fazer.
Wikipédia, com uma ou outra ligeira adaptação.
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