1.7.14

Confraternização de Ramos-Horta com os golpistas guineenses

Militares homenageiam Ramos-Horta

AMURA ESTATUETA
O quartel da antiga Fortaleza de Amura, em Bissau, foi o palco para uma cerimónia de homenagem da Chefia das Forças Armadas guineenses, ao Representante Especial do Secretário-geral.
O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, General António Indjai, entregou ao Nobel da Paz de 1996, uma estatueta com um guerreiro balanta, peça de artesanato tradicional do País.
José Ramos-Horta passou em revista forças militares em formatura, e pouco depois participou numa breve confraternização.
O General António Indjai, expressou a sua gratidão ao contributo dado por José Ramos-Horta, desejando-lhe “longa vida, bom trabalho e boa viagem”, a poucas horas do Representante Especial do Secretário-geral da ONU terminar a sua missão no Pais.
Uma missão assim destacada pelo porta-voz do Estado Maior, Brigadeiro-general Daba Na Wa: “ permitiu que a Guiné-Bissau regressasse à Ordem Constitucional, esperamos que o seu trabalho produza frutos e que a paz venha”.
José Ramos-Horta disse estar comovido com esta cerimónia de despedida organizada pelas forças armadas guineenses, com quem conversou muitas vezes: “levo para Nova Iorque a boa notícia de que há paz na Guiné-Bissau e as forças armadas e de segurança contribuíram decisivamente para a estabilização do País”. O Nobel da Paz está também confiante num diálogo que haverá entre militares, o novo Primeiro-Ministro e Presidente da Republica eleitos. Ramos-Horta reiterou ainda os apelos para que a Comunidade Internacional desbloqueie os fundos de emergência necessários para que o Governo possa pagar salários em atraso e fazer face a outras prioridades de tesouraria.
José-Ramos Horta, nestas declarações na Fortaleza de Amura, disse que deixa “parte do coração nas tabancas, a outra nas ilhas” guineenses e garantiu que mesmo depois de deixar as funções de Representante das Nações Unidas, continuara a apoiar a Guiné-Bissau, ajudando em áreas como a educação.
Pouco depois, o Nobel da Paz dirigiu-se ao Palacio Presidencial, onde o Presidente da Republica da Transição, Manuel Serifo Nhamajo, o Primeiro-ministro cessante, Rui Duarte Barros e outros membros do Executivo lhe apresentaram cumprimentos.

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