18.1.11

Claro que na Tunísia ainda pouco mudou

Os tunisinos colocaram no fim da semana passada demasiada esperança na formação de um chamadeo Governo de União Nacional; e afinal agora estão a verificar, aos poucos, que afinal ainda não mudou grande coisa desde que o sucessor de Habib Burguiba fugiu para a Arábia Saudita.
O presidente da Assembleia Nacional e o primeiro-ministro tentaram uma operação cosmética, chamando algumas figuras da antiga oposição; mas isso, só por si, não chegar para se falar de uma mudança do regime. Do velho regime cujas raízes remontam a 1956.
Alguns dos que tinham aderido precipitadamente a esta pretensa União Nacional já estão a retroceder, ao verificarem quais os verdadeiros intentos dos herdeiros de Burguiba e de Ben Ali: mudaqr alguma coisa para que tudo ficasswe quase na mesma.
O chefe do Governo e os titulares dos Negócios Estrangeiros, do Interior, da Defesa e das Finanças são os mesmos.
Portanto, não se pode falar, nem de perto nem de longe, de uma Revolução. Mas sim de uma ligeira evolução na continuidade de um sistema político com mais de meio século de existência.
Aguardemos com muito calma, sem deitar foguetes, até se compreender melhor o que é quer se está a passar e que por enquanto não é nada de substancialmente novo nem nenhuma mudança radical. Jorge Heitor

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