Isto não é um conflito sobre religiões; e por isso não têm a mínima razão aqueles distraídos que andam a dizer que "o Ocidente vai entregar a Costa do Marfim aos muçulmanos".
A Obama e a Sarkozy não importa minimamente que Alassane Ouattara seja um muçulmano, aliás moderado. O que lhes interessa é que se trata de alguém muito ligado às instituições de Bretton Woods, pronto para aplicar naquele recanto da África as receitas do FMI e do Banco Mundial.
Com Ouattara, e não com o socialista e xenófobo Laurent Gbabo, os Estados Unidos e a União Europeia querem tirar o máximo proveito do cacau, do robusta, da borracha, do chá, do petróleo e do gás natural da Côte d'Ivoire.
A eles pouco importa que o novo Presidente possa ir à mesquita às sextas-feiras, desde que lhes ajude a extrair tudo o que for possível do solo e do subsolo de um território que cobiçam.
Quem é que disse que o colonialismo acabou na segunda metade do século XX? O importante é que continue a correr o marfim (sob todas as suas formas). J.H.
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